Segundo a Copel, foi feito um estudo para definir quais famílias seriam indenizadas. “Com esse estudo nós podemos fazer a separação das famílias que receberam essa energia bem de frente ao vertedouro das demais que receberam um volume até menor do que seria caso não houvesse as usinas no Rio Iguaçu”, explica o superintendente de gestão de patrimônio imobiliário da Copel, Carlos Eduardo Medeiros.
Essa foi a primeira etapa de pagamentos e de acordo com a empresa, mais 60 famílias devem receber uma compensação pelos estragos causados pela enchente nas propriedades rurais.
Segundo a Copel, mais pagamentos devem ser feitos nos próximos dias assim que for concluído um levantamento da Defesa Civil e da Secretaria de Ação Social de Nova Prata do Iguaçu. Para receber o valor, os moradores também vão precisar apresentar documentos que comprovem os bens que foram perdidos na enchente.
“Está havendo um estudo hidrológico onde pode ser que sejam mudadas as cotas de alagamento diante dessas fortes chuvas. Nós vamos ver se aquele local é um local seguro ou se as casas precisam mudadas de local, ou se as estruturas que lá está construída podem ser mantida naquele mesmo local” explica o prefeito de Nova Prata do Iguaçu, Adroaldo Hoffelder.
“A sorte é que veio esse dinheiro agora, veio em uma boa hora”, diz o agricultor Romário de Oliveira.
Na segunda, dia 18, moradores de quatro cidades do sudoeste do estado, que foram atingidos pela abertura das comportas da Usina de Salto Caxias se reuniram com representantes da Copel para negociar a indenização que a empresa vai pagar às famílias. Porém, a Copel afirmou que só iria indenizar moradores de Nova Prata do Iguaçu e Realeza.
O defensor público Diego Martinez Contuário vai entrar com uma ação civil pública conjunta para pedir que a empresa aumente o número de famílias indenizadas. "A defensoria não concorda com a proposta da Copel porque nós acreditamos que muitos desses danos causados pela Copel devem ser indenizados e que a maior parte dos danos é, sim, de responsabilidade da Copel”, afirmou Contuário.
Entenda o caso
Após as chuvas que caíram no estado entre os dias 7 e 8 de junho, a Copel abriu as comportas da Hidrelétrica Salto Caxias e a força da água causou estragos em centenas de casas ao logo do Rio Iguaçu. De acordo com a empresa, a abertura das comportas foi necessária para evitar que a água transbordasse o limite da represa. Conforme a Copel, se isso acontecesse, os prejuízos poderiam ser ainda maiores na região.
Em nota, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) informou ter avisado a Defesa Civil de que as comportas da usina seriam abertas. Já a Defesa Civil disse que foi informada só no momento em que as comportas foram abertas, o que dificultou o aviso aos moradores.
Com informações, Iguaçu Notícias.