Na época, a empresa Consilux, concessionária que administra os radares em Curitiba, informou que por causa de um problema técnico, não foi feito nenhum registro de imagens naquela noite.
De acordo com a família, o motorista que recebeu a multa revelou a infração por que se comoveu com o adiamento do júri popular de Carli Filho pelo Superior Tribunal Federal (STF). Ele teria mantido a infração escondia durante todos esses anos por medo de sofrer ameaças e represálias e pede para não ser identificado. De acordo com Christiane Yared, deputada Federal e mãe de Gilmar, o homem escaneou a multa e o extrato de pagamento e enviou para a família.
Os pais de Gilmar acreditam que as imagens tenham sido removidas pela empresa. “Existe um terceiro carro envolvido. Eu tenho até o nome da pessoa que estaria neste carro, mas não tenho provas. A Consilux alega que tiveram um problema naqueles radares. Mas o dia todo?”, questionou Gilmar Yared.
A imagem postada por Gilmar no Facebook, mostra que o motorista de um gol foi multado por transitar acima da velocidade máxima permitida. A hora da infração é 00h50 e o acidente entre Carli Filho e o carro onde estavam os dois jovens ocorreu 00h54, poucos metros a frente de onde o motorista do gol foi multado.
De acordo com o advogado da família, Elias Matar Assad, o documento foi encaminhado para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. A família pede que o sumiço das imagens do radar da Consilux seja investigado.
A empresa Consilux foi procurada, mas disse que vai se manifestar sobre o documento apenas nesta quarta, dia 20. Já a Prefeitura de Curitiba, em nome de quem a infração foi emitida, foi questionada sobre a autenticidade do documento e ainda não se manifestou.(Com Ric Mais)