A promotoria solicitará também, segundo o jornal, a presença (como réus) do presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, do ex-presidente do clube, Sandro Rosell, do pai de Neymar, bem como de Luis Álvaro de Oliveira e Odílio Rodríguez, ex-presidentes do Santos. O clube paulista e o Barcelona também deverão comparecer (como pessoas jurídicas).
Réu na Justiça espanhola, Neymar é acusado pelo grupo DIS, que detinha parte dos direitos econômicos do atacante, de corrupção privada e estelionato em razão de contratos simulados. A Justiça espanhola vê indícios de irregularidade no contrato firmado entre Santos e Barcelona por 17 milhões de euros. O Santos Futebol Clube, o Barcelona e a N&N Consultoria, empresa da família de Neymar, também são réus no processo. Documentos mostram que o valor da negociação do atleta, feita em 2013, já bateu a casa dos 90 milhões de euros (R$ 385 milhões), segundo advogados que cuidam do caso. A DIS cobra 40% de todo o valor apurado, porcentagem que detinha dos direitos econômicos do atleta, que poderia chegar a 32 milhões de euros (R$ 140 milhões).
Outro interessado em receber eventual diferença de valores da transação é a Federação das Associações dos Atletas Profissionais (FAAP). Ela, que por lei tem direito a ganhar 0,8% de todas as transferências realizadas no futebol brasileiro (nacionais e internacionais), também entrou como parte prejudicada na ação penal proposta pela DIS. Os réus podem ser condenados a pagar uma indenização, mas também à prisão.
As penas dos dois crimes apontados, corrupção privada e estelionato de contrato simulado, variam de seis meses a quatro anos de detenção. Somadas, podem chegar a oito anos de prisão. (Folhapress)