Ministério da Saúde inicia Pesquisa Nacional de Saúde Bucal

O Ministério da Saúde iniciou hoje (1º) à terceira edição da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil), para identificar as condições de saúde bucal da população e subsidiar a elaboração de políticas públicas na área. Até o final do mês, a pesquisa vai coletar dados da população em 422 municípios.

O estudo inclui 395 municípios do interior, 26 capitais e o Distrito Federal.

O SB Brasil é o maior estudo sobre as condições de saúde bucal da população brasileira. Este ano, o estudo será realizado com 50.800 pessoas. Na primeira etapa, os profissionais da Atenção Primária à Saúde Bucal passarão de porta em porta para convidar a população para a pesquisa e buscar pessoas dentro das faixas etárias selecionadas. Na segunda fase, serão coletados dados socioeconômicos, por meio de questionário, com realização do exame bucal.

O Ministério da Saúde considera que a participação da população é muito importante porque, além de contribuir na pesquisa, o participante que apresentar algum problema bucal já será encaminhado para a Unidade Básica de Saúde (UBS) local.

Participação

O secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, ressaltou a importância da ação. “A participação é importante para o ministério conhecer melhor a saúde bucal da população. O nosso compromisso é garantir o acesso de toda a população brasileira ao serviço odontológico”, disse o secretário.

Farão parte da pesquisa pessoas de cinco grupos, com idades de 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos. Será verificada também a necessidade de tratamento dentário, de urgência de tratamento e de próteses dentárias.

No interior dos estados, serão pesquisadas 100 pessoas de cada idade índice ou grupo etário, totalizando 500 pessoas. Nas capitais, foram definidas 250 pessoas para as idades índices de 5 e 12 anos e de 300 pessoas para os outros grupos etários (15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos), totalizando 1.400 pessoas. Somando as cidades do interior com a capital, cada estado participará da pesquisa com um total de 1.900 pessoas.

Continuidade

O SB Brasil 2022 dá continuidade às pesquisas realizadas em 2003 e 2010. Os investimentos do Ministério da Saúde nessa primeira fase da pesquisa somam cerca de R$ 4 milhões.

Por meio da pesquisa, busca-se identificar as doenças bucais mais prevalentes, como a cárie dentária e a doença periodontal, bem como a necessidade de próteses dentárias, condições de oclusão, traumatismo dentário e o impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida, entre outros aspectos.

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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Campanha mostra relação entre hábitos saudáveis e prevenção do câncer

Começou hoje a (1º) a campanha Câncer, Dá para Prevenir?, promovida pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O objetivo é informar profissionais de saúde e a população sobre a relação entre excesso de peso, inatividade física e consumo de álcool e de carne processada com o câncer e aumentar o reconhecimento de que a doença pode ser prevenida com alimentação saudável e prática de exercícios físicos.

Pesquisas indicam que cerca de 30% dos casos de câncer podem ser prevenidos um por modo de vida mais saudável. "Isso já está bem estabelecido”, destacou a nutricionista da Área Técnica de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, Bruna Pitasi.

Alimentação saudável, prática regular de atividade física e redução no consumo de carnes processadas e bebidas alcoólicas podem contribuir para a prevenção de 12 tipos de câncer, disse Bruna à Agência Brasil. Entre os casos da doença com mais incidência na população e que podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis, a nutricionista apontou os cânceres de mama, colorretal, de próstata, endométrio, estômago e cavidade oral.

Pesquisa global de opinião pública sobre as percepções em relação ao câncer, feita em 2020 e liderada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), revelou que 70,4% dos brasileiros não reconhecem a atividade física como fator de proteção contra a doença e que 69,5% não associam o excesso de peso à maior chance de desenvolver tumores malignos.

Impacto

Bruna Pitasi disse também que os fatores de risco têm grande impacto no Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive em termos econômicos, contribuindo para o aumento do número de casos de câncer. “Quanto mais exposta a população está a esses fatores de risco, quanto maior o consumo de bebidas alcoólicas, de carne processada, quanto mais a pessoa for sedentária e estiver acima do peso, maior será a chance de aumento do número de casos de câncer e, consequentemente, maior a demanda por tratamento e maiores gastos para o sistema de saúde.”

Quanto aos gastos federais, o estudo do Inca revelou que cerca de R$ 3,5 bilhões foram gastos em 2018 com procedimentos ambulatoriais e hospitalares no SUS para tratamento de pacientes oncológicos. A sondagem estimou que, se não houver mudança no cenário de fatores de risco, a tendência é aumentarem os casos de câncer. A projeção de evolução de gastos ficaria em torno de R$ 7,8 bilhões, em dez anos.

Para prevenir o câncer, o Inca recomenda que a população mantenha, ao longo da vida, o peso corporal dentro dos limites recomendados de índice de massa corporal (IMC). O limite saudável para adultos é o IMC de 18,5 a 24,9 kg/m².

Comparando os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar de 2008-2009 e da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, o Inca observou que a prevalência de excesso de peso em adultos com idade igual ou maior que 20 anos, que dependem exclusivamente do SUS, aumentou de 47% para 58%, em homens, e de 48% para 59%, em mulheres.

Profissionais

Nosite da campanha, os profissionais de saúde contam com informações mais técnicas. “A ideia é sensibilizar esses profissionais para que qualquer oportunidade de contato com a população é oportuna para falar da prevenção do câncer por meio da alimentação e da atividade física.” A campanha visa sensibilizar esses profissionais para falar da prevenção do câncer e ficará no ar durante todo o mês de junho.

Na cidade do Rio de Janeiro, em especial, o Inca vai expor cartazes e banners da campanha nos trens do metrô e em estações da Supervia, a partir do dia 20, para prestar esclarecimentos à população em geral.

Para compartilhar a campanha em suas redes sociais, o leitor pode utilizar as hashtags #CâncerDáPraPrevenir e #EuPrevinoCâncer.

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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SUS oferece tratamento gratuito para quem quiser parar de fumar

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem quiser parar de fumar.

Em São Paulo, o atendimento é feito por meio do Programa Cessação de Tabagismo, promovido pelo Ministério da Saúde, pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES).

Na capital paulista, o tratamento é realizado nas unidades Básica de Saúde (UBS) e nos centros de Atenção Psicossocial (Caps AD). Nos demais locais do país, o Ministério da Saúde recomenda buscar a unidade de saúde mais próxima.

“O tabagismo é a primeira causa de morte evitável no mundo. As ações educativas, legislativas e econômicas no Brasil vêm gerando um aumento no número de pessoas que querem parar de fumar, o que evidencia a importância de priorizar o tratamento do fumante como uma estratégia fundamental no controle do tabagismo”, disse a coordenadora do Programa Cessação de Tabagismo na rede municipal da Saúde de São Paulo, Liamar de Abreu Ferreira.

O tabagismo é uma doença provocada pela dependência física à nicotina, e causa cerca de 50 doenças diferentes, como enfisema pulmonar, câncer e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. No Brasil, mais de 160 mil mortes por ano são atribuídas ao tabaco, segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

Tratamento

Na capital paulista, o tratamento para eliminar a dependência pelo cigarro ocorre em encontros semanais. São três meses de atendimento e um ano de acompanhamento. As sessões são coordenadas por profissionais de saúde.

Serão analisados a motivação do paciente em deixar de fumar, o nível de dependência física à nicotina, a existência de comorbidades psiquiátricas, e a necessidade do uso de medicamentos. São disponibilizados pelo SUS adesivos de nicotina, goma de mascar e pastilha, e cloridrato de bupropiona.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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Câncer de pulmão também pode atingir não fumantes

O tabagismo é o fator preponderante em relação aos casos de câncer de pulmão. Cerca de 70% das ocorrências são de pessoas que têm ou tiveram contato com o cigarro, segundo a publicação científica do Reino Unido The BMJ. O número expressivo faz com que boa parte das campanhas se voltem para esse público.

Ao olhar para os 30% restantes, no entanto, observa-se um grupo que também requer atenção: casos de câncer de pulmão por fatores modificáveis. Os exemplos são trabalhadores expostos à sílica, amianto e à metais pesados, além de pessoas de regiões com altos índices de poluição atmosférica.

“No mínimo 10% dos casos de câncer de pulmão em homens é de origem ocupacional. Nas mulheres, essa fração é muito menor pelo perfil de trabalho, que é menos frequente nessas atividades com a exposição. Mas tem também a exposição ambiental, a poluição atmosférica é responsável por cerca de 5% a 10% dos casos de câncer de pulmão”, aponta o pneumologista Gustavo Faibischew Prado, coordenador da Comissão de Pneumologia do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica.

Ele lembra que há também a exposição ao radônio, um gás que emana do solo em regiões ricas em minérios que dão origem a ele, como urânio e rádio. Isso é comum em países do Hemisfério Norte e ao norte da América do Norte.

“Todos [os fatores] poderiam ter maior controle. Até mesmo o radônio, que a gente não pode impedir que ele emane do solo, a estratégia de redução da exposição é a concretagem de lajes de subsolo em edifícios comerciais ou residenciais”, explica.

O monitoramento do gás se dá da mesma forma que se monitora a concentração de monóxido de carbono, como é feito em São Paulo. “O único não modificável são fatores genéticos”, destaca o pneumologista.

Pandemia

A psicóloga Lenise Amorim, de 41 anos, é um destes casos. “Em outubro de 2020, em plena pandemia, eu recebi o diagnóstico de câncer no pulmão, já localmente avançado e nessa ocasião eu tinha só 39 anos. Eu era completamente assintomática e não tinha nenhum histórico de tabagismo e também nunca convivi com pessoas que fumavam”, relata.

A descoberta ocorreu durante uma ressonância magnética para investigar um nódulo no pescoço que já estava ali há dez anos.

Segundo Prado, esse tipo de câncer normalmente é encontrado de forma não intencional por um exame solicitado por outro motivo.

“A gente viu bastante, durante a pandemia, porque, de certa forma, baixamos muito os limiares para solicitação de exames de imagem, como tomografia de tórax, para pacientes com sintomas respiratórios suspeitos para covid. Com isso, a gente teve muito diagnóstico incidental de nódulos pulmonares e muitas dessas lesões pequenas foram investigadas e diagnosticadas como câncer de pulmão.”

Ele acrescenta que é comum que essas doenças já sejam descobertas em estágios avançados. No caso de Lenise, era um estágio 3, de uma escala que vai até 4. Contudo, o tumor ainda estava localizado apenas no pulmão.

O médico alerta, no entanto, que não há recomendação para rastreamento em pessoas que não tem fatores de risco. “É ainda improvável que a gente venha a propor programas de rastreamento de câncer de pulmão para pessoas sem fatores de risco, sem histórico de tabagismo, sem exposição a carcinógenos no trabalho e, nesses casos, muitas vezes o diagnóstico acontece de forma incidental”, explicou.

Lenise fez o tratamento com medicação durante sete meses e depois uma cirurgia para retirar o tumor. Ela teve a alteração genética do tumor mapeada por meio de uma análise genômica e o resultado permitiu que ela fosse tratada com uma terapia-alvo indicada para o seu perfil e depois passasse por uma cirurgia.

“[Hoje] Eu não tomo nenhuma medicação. Estou curada”, contou à Agência Brasil, destacando que ainda será acompanhada para um monitoramento regular.

O médico pneumologista lembra ainda que atualmente existem diversas opções para tratamento do câncer de pulmão, “aproximando os pacientes da cura, o que era um cenário bastante mais desafiador até pouco tempo atrás”.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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ANS aprova incorporação de terapias contra câncer por planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou nessa segunda-feira (30) a inclusão de seis terapias orais contra o câncer no rol de procedimentos de cobertura obrigatória para os planos de saúde.

Com isso, as operadoras terão prazo de até dez dias para começar a oferecer os tratamentos a seus beneficiários.

As terapias envolvem quatro medicamentos. O acalabrutinibe poderá ser usado em três procedimentos: para tratamento de pacientes adultos com leucemia linfocítica crônica (LLC), em primeira linha de tratamento; para adultos com LLC recidivada ou refratária; e para adultos com linfoma de células do manto (LCM) que receberam pelo menos uma terapia anterior.

Além disso, foram incluídas terapias com os medicamentos apalutamida e enzalutamida, ambos para tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático sensível à castração (CPSCm), e lorlatinibe, para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC), localmente avançado ou metastático que seja positivo para quinase de linfoma anaplásico (ALK), em primeira linha.

Segundo a ANS, o rol de procedimentos inclui mais de 3 mil tecnologias em saúde, que têm cobertura obrigatória para os planos de saúde regulamentados, ou seja, contratados após 2 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9.656/98.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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