Multa por crimes ambientais cresce 24% no Paraná entre janeiro e novembro de 2024

O Governo do Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), aplicou R$ 229 milhões em multas por desmatamento ilegal e outros crimes ambientais no Paraná até novembro deste ano, um aumento de 24,96% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 183 milhões). Desse total, R$ 124 milhões (54,15%) foram em razão de danos causados à flora, especialmente à Mata Atlântica. Os dados são do Sistema de Informações Ambientais (SIA) do IAT, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

O levantamento revela ainda que este ano foram lavrados 8.977 Autos de Infração Ambiental (AIA) por ilegalidades ambientais – que são ações ou omissões que prejudicam o meio ambiente e os recursos naturais, de forma direta ou indireta. O número de 2024 representa elevação de 26% frente a 2023 (7.124 AIAs). Desse total, 4.783 referentes à flora.

O valor recolhido pelo Estado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000.

Engenheira florestal do Núcleo da Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT, Aline Canetti destaca que o aumento do volume de multas reforça a eficácia do trabalho desenvolvido pelo IAT no combate ao desmatamento criminoso no Estado – a queda na supressão florestal foi superior a 70% em 2023.

“As operações de força-tarefa que o IAT realiza mostram claramente para a população que os crimes ambientais não ficam impunes. A tecnologia, como o uso de imagens satélite, nos permite mapear danos ambientais, mesmo que eles tenham ocorrido há anos, e isso garante que os autores sejam responsabilizados”, afirma. “Com a intensificação da fiscalização e das iniciativas de educação ambiental, o Paraná conseguiu reduzir o desmatamento em quase 80%, o que já é um resultado bem expressivo”.

Paralelamente, segundo levantamento organizado pelo IAT com base em dados de 2021 da plataforma colaborativa MapBiomas, especializada em meio ambiente, o Paraná teve um aumento significativo de cobertura florestal natural nos últimos anos. Passou de 54.856 km² em 2017 para 55.061 km² em 2022, uma diferença de 205 km², o equivalente a uma área de 20,5 mil campos de futebol.

O Paraná foi o único estado do Sul do País com aumento de cobertura vegetal no período. Santa Catarina reduziu a vegetação de 40,4 mil km² para 39,6 mil km² de 2017 a 2021. Já no Rio Grande do Sul passou de 27,9 mil km² para 27,7 mil km² no mesmo período. Em Santa Catarina houve um declínio constante da área verde desde 1985, com aumento entre 2010 e 2015, mesma realidade do Rio Grande do Sul, que observou uma pequena mudança de cenário entre 2012 e 2018.

COMO AJUDAR – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna silvestres. Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.

O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão.

No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível no Fale Conosco, ou nos escritórios regionais. É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.

 

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

Estado distribuiu mais de 366 milhões de medicamentos, soros e vacinas em 2024

Para garantir o abastecimento de medicamentos, soros e vacinas para as 22 Regionais de Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), distribuiu em 2024 mais de 366 milhões de unidades desses insumos, o que corresponde a cerca de R$ 2 bilhões. Além disso, o Paraná promoveu avanços significativos na Assistência Farmacêutica, incluindo a modernização da infraestrutura e a ampliação do acesso da população aos medicamentos com expansão do programa Remédio em Casa e a adoção de tecnologias digitais para otimizar o atendimento.

A rede estadual conta com 23 farmácias distribuídas nas 22 Regionais de Saúde (RS), atendendo mais de 485 mil usuários cadastrados para o recebimento de 316 itens padronizados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF). De janeiro a novembro de 2024 foram realizadas mais de 30 mil consultas farmacêuticas para orientar os pacientes sobre a forma correta de uso do medicamento e aspectos relacionados à sua condição clínica, facilitando a adesão ao tratamento e o alcance do resultado terapêutico.

O acesso aos medicamentos CEAF se dá através das Farmácias das Regionais de Saúde do Estado e também em farmácias municipais. No ano passado, 370 municípios ofereciam os medicamentos desse grupo. Neste ano, o número subiu para 383, abrangendo 96% das cidades do Paraná.

“O fortalecimento da Assistência Farmacêutica no Paraná reflete o compromisso do Governo do Estado em garantir saúde e dignidade à população. Cada medicamento entregue, seja em casa ou nas farmácias da rede, representa cuidado e acesso ao tratamento necessário. Estamos ampliando e modernizando os serviços para atender cada vez melhor os paranaenses”, destaca o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

REMÉDIO EM CASA – Desde 2019, o número de pacientes cadastrados no programa Remédio em Casa cresceu 639%, passando de 3.653 para mais de 27.000 usuários em 2024. Em comparação com 2023, quando o programa atendia cerca de 18 mil pessoas, o aumento foi de 50%. Desse programa constam 49 itens de uso contínuo (exceto os de controle especial ou que necessitam de refrigeração) que podem ser entregues na residência dos usuários, promovendo segurança e conforto aos pacientes.

O Remédio em Casa está implantado em seis Regionais de Saúde (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa) e atende os usuários residentes nesses municípios.

Outro destaque foi a modernização da rede de frio para conservação de medicamentos, soros e vacinas. A Sesa investiu R$ 2,5 milhões na aquisição de 64 câmaras de refrigeração científicas, para armazenar materiais que necessitam de uma temperatura exata, e implantou três câmaras frias nas Regionais de Saúde de Cascavel e União da Vitória, aumentando a capacidade de armazenamento de produtos refrigerados. Além disso, o monitoramento de temperatura em tempo real recebeu um investimento adicional de R$ 455 mil.

“A modernização da rede de frio é fundamental para garantir a qualidade e a segurança dos medicamentos, soros e vacinas destinados à população paranaense”, diz Deise Pontarolli, coordenadora da Assistência Farmacêutica da Sesa. “Esses investimentos refletem o compromisso da Secretaria da Saúde em manter um armazenamento adequado, no que diz respeito a produtos sensíveis à temperatura, e fortalecer a logística da assistência farmacêutica em todas as regiões do Estado”, ressaltou.

Por meio do Incentivo à Organização da Assistência Farmacêutica (IOAF), a Sesa repassa R$ 21 milhões aos municípios em 2024. Esses recursos serão destinados à modernização das farmácias e centrais de abastecimento farmacêutico, incentivando a melhoria e a ampliação dos serviços oferecidos à população.

DIGITAL – O Paraná segue investindo em tecnologia por meio do sistema Farmácia do Paraná Digital, que permite cadastro e envio remoto de documentos para solicitação e renovação de medicamentos. Disponível para os municípios-sede das Regionais de Saúde, o serviço eliminou processos em papel e promoveu maior agilidade e acessibilidade aos usuários. Desde sua implantação em outubro de 2021, mais de 21 mil cadastros foram realizados pela plataforma.

 

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

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Grandes obras rodoviárias totalizam R$ 4 bilhões em investimentos no Paraná em 2024

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), está concluindo 2024 com a entrega de obras em várias regiões do estado. Outras empreitadas há muito aguardadas saíram do papel e outras estão sendo licitadas ou planejadas para os próximos meses. De um total de cerca de R$ 4 bilhões em contratos próprios, parcerias e acordos, R$ 1.062.320.419,40 foram executados nos serviços destas obras somente este ano.

“2024 é o ano que viu o começo dos serviços da Ponte de Guaratuba, que vai passar de um terço executada até o final do ano. Um investimento de quase R$ 400 milhões que vai transformar o Litoral paranaense, e logo será acompanhada pela duplicação entre Matinhos e Pontal do Paraná, e entre Guaratuba e Garuva”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

“Também demos o pontapé na duplicação em concreto entre Guarapuava e Pitanga, com a primeira obra já em andamento e as duas seguintes com edital na praça. Em Ponta Grossa também já começou a duplicação da PR-151 até o trevo da PR-438 e em breve teremos ordem de serviço para a pista de concreto até Palmas” diz. “E lançamos há pouco o edital do anteprojeto para duplicar a PR-151 no perímetro urbano, do câmpus da UTFPR até a Frísia”.

Neste ano também foi iniciada a restauração em concreto (whitetopping) da PRC-280 entre Palmas e Clevelândia, já com o novo pavimento concluído, e demais serviços sendo finalizados nos próximos meses. O trecho seguinte de whitetopping, entre Clevelândia e Pato Branco, começa a concretagem já em janeiro. Obra semelhante começou as atividades entre Goioerê e Quarto Centenário, com as placas do pavimento rígido de concreto já em execução na PR-180.

Duas obras em pavimentação asfáltica tiveram início em 2024, a implantação de um trecho variante da PR-364 em Irati, e a pavimentação da PR-990, ligando Rebouças até a PR-364. Nas próximas semanas deve começar a pavimentação da PR-092 em Doutor Ulysses, e após elaborado o projeto de engenharia, a restauração e ampliação da PR-180 e PR-281 entre Francisco Beltrão e Dois Vizinhos.

ENTREGAS – Foram concluídas no primeiro semestre a pavimentação da PR-239 entre Toledo e Bragantina, distrito de Assis Chateaubriand, o Contorno Oeste de Marechal Cândido Rondon e a duplicação de um trecho da BR-277 em Cascavel, esta última em parceria com a Itaipu Binacional.

Em meses mais recentes, foi concluída a nova iluminação viária da BR-277 em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu, também em parceria com a Itaipu Binacional, um novo viaduto na BR-376 em São José dos Pinhais, um trecho de duplicação e restauração da PR-412 em Matinhos e o primeiro lote de duplicação em concreto da Rodovia dos Minérios, entre Curitiba e Almirante Tamandaré, com o segundo lote já em andamento, no perímetro urbano de Almirante Tamandaré.

“Neste final de 2024 temos a conclusão de mais obras, como as novas marginais de Pitanga, o Contorno Norte de Castro e a duplicação em Campo Mourão. Para o primeiro trimestre de 2025 trabalhamos com a perspectiva de entregar a duplicação entre Mauá da Serra e Lerroville, o novo viaduto na BR-369 em Londrina e os viadutos na BR-376 em Sarandi” explica o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti.

ANDAMENTO – Continuam em andamento, com perspectiva de conclusão no semestre que vem, a pavimentação da PR-239 entre Pitanga e Mato Rico, com a pista sendo concluída agora em dezembro e demais serviços nos próximos meses.

No segundo semestre deve ser concluído o Trevo do Catuaí em Maringá, e também, todas obras em parceria com a Itaipu Binacional, a pavimentação da Perimetral Leste de Foz do Iguaçu, a duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469) em Foz do Iguaçu, e a pavimentação da estrada entre Ramilândia e Santa Helena.

Está tramitando ainda a licitação da construção de uma nova ponte sobre o Rio Ivaí, entre Japurá e São Carlos do Ivaí.

PARCERIAS – Outras duas obras estão em andamento nas rodovias paranaenses, graças a parcerias entre o Governo do Paraná, por meio da SEIL e da Secretaria da Fazenda, e a iniciativa privada, cabendo ao DER/PR fiscalizar as atividades.

A Klabin S/A está realizando a ampliação da capacidade da PR-160 no perímetro urbano de Imbaú. Ela deve iniciar em breve também a implantação do Contorno de Ventania e a construção de um novo viaduto em Telêmaco Borba, com várias outras obras previstas dentro desta mesma parceria, em um valor total de R$ 450 milhões.

Já a C.Vale Cooperativa Agroindustrial está executando o Contorno de Palotina, obra de R$ 169,3 milhões, que inclui também um novo viaduto.

ACORDOS – Acordos judiciais com antigas concessionárias de pedágio também resultam em mais obras para a população, como a duplicação da PR-151 em Ponta Grossa, já mencionada, e futuramente a duplicação da PR-445 entre Lerroville e Irerê.

 

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

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Com 444 toneladas, Paraná foi o segundo estado que mais apreendeu drogas em 2024

O trabalho das forças de segurança do Paraná colocou o Estado no pódio de apreensões de drogas neste ano. Foram 444 toneladas de entorpecentes apreendidas entre janeiro e novembro de 2024, o segundo maior volume do Brasil. O Estado fica atrás apenas do Mato Grosso do Sul (534 toneladas), de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sisnep), plataforma integrada do governo federal que agrega informações operacionais, investigativas e estratégicas sobre segurança nos estados.

Com uma média de 1,3 tonelada de drogas retiradas de circulação por dia, o Paraná respondeu por um terço do total das apreensões feitas em todo o Brasil no ano, que somou 1,4 mil toneladas nos 11 primeiros meses. O volume representa um aumento de 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 397 toneladas de drogas foram interceptadas, e também supera todas as apreensões de 2023, que chegaram 435 toneladas.

Foram 12.361 ocorrências no ano, uma média de 37 por dia e 9,5% a mais que no mesmo período de 2023, quando foram registradas 11.284 ocorrências. “O Paraná se destacou neste ano. Em 2023 já tivemos um bom volume de apreensões, mas 2024 foi melhor ainda. Somos o segundo estado com o maior número de apreensões de drogas, também o segundo com mais cumprimentos de mandados de prisão, só perdemos para São Paulo, que é muito maior, e a redução no número de homicídios, que é o mais importante para nós”, afirma o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira.

“Foi um ano muito bom para a segurança pública, fruto do trabalho integrado das nossas polícias, que se reflete também em outras áreas. Na redução no número de furtos e roubos e nos feminicídios onde o programa Mulher Segura atuou de forma mais efetiva”, ressaltou Teixeira. “Isso é resultado da reorganização feita na área, com investimento forte para a aquisição de viaturas, armamentos, aeronaves, embarcações, drone e cães de faro, e também a contratação de efetivos para nossas forças de segurança”.

As apreensões de maconha responderam pelo maior volume confiscado dos traficantes em 11 meses no Estado, somando 436 toneladas, mais de duas vezes o volume somado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já a cocaína e craque apreendidos no Estado somaram 7,4 toneladas, quantia também superior a todo o volume confiscado nos demais estados do Sul.

As operações em território paranaense tiveram um pico no mês de junho, com quase 78 toneladas de entorpecentes apreendidas por policiais estaduais, federais e guardas municipais. Além disso, foram 15,7 toneladas em janeiro, 20 toneladas em fevereiro, 17,4 toneladas em março, 39,4 toneladas em abril, 54,8 toneladas em maio, 44,5 toneladas em julho, 56,3 toneladas em agosto, 32,7 toneladas em setembro, 52,1 toneladas em outubro e 32,9 toneladas em novembro.

HOMICÍDIOS – O Paraná também chegou ao menor número de homicídios dolosos (com intenção de matar) desde 2017, quando os dados sobre o crime passaram a ser inseridos no Sismep. Entre janeiro e novembro, foram 1.392 vítimas, uma redução de 12,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 1.597 casos. A taxa de homicídios do Estado foi de 12,8 por 100 mil habitantes, abaixo da média nacional, de 16,3%.

Os dados nacionais demonstram a tendência já observada pelo Centro de Análise, Planejamento e Estatística da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). O Paraná chegou ao primeiro semestre deste ano com o menor registro de homicídios dolosos em 18 anos para o período. As ocorrências caíram de 972, no 1º semestre do ano passado, para 862 nos seis primeiros meses de 2024, uma queda de 11,32% no comparativo entre os dois períodos. Foi o menor número de casos desde 2007, quando iniciou a série histórica do Estado.

 

 

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

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Chuva bate recorde no Paraná e alaga lavouras de arroz

O mês de dezembro tem registrado chuvas acima da média no Estado do Paraná, desde o litoral, até a capital e o interior. Entre os dias 4 e 18 de dezembro, o Estado teve o maior índice de chuva do Brasil, com acumulados acima de 200 milímetros, incluindo a capital Curitiba, segundo a Climatempo.

As chuvas intensas têm prejudicado lavouras pelo Estado. De acordo com Kleber Canassa, presidente da Associação dos Produtores de Arroz Irrigado do Paraná (Apai-PR), do total de 16,7 mil hectares de arroz irrigado no Estado, 9 mil hectares foram afetados. São cerca de 60 famílias atingidas, 72 mil toneladas perdidas e prejuízo de cerca de R$ 140 milhões de reais em decorrência das chuvas em dezembro, segundo os cálculos da associação.

“É o segundo ano consecutivo de chuvas excessivas em toda a extensão do Rio Ivaí. Ano passado também perdemos com o enchentes”, afirmou Canassa.

No período de 1991 a 2020, a média de chuva do Paraná em dezembro, em geral, não passa de 220 milímetros, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No norte do Estado, algumas regiões já ultrapassaram os 260 milímetros.

Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Curitiba acumulou 219,2 milímetros entre 1 e 18 de dezembro. Isso representa 44% acima do volume médio de precipitação para dezembro, que é de aproximadamente 152 milímetros.

Os produtores atingidos são de Planaltina do Paraná, Santa Mônica, Santa Isabel, Santa Cruz de Monte Castelo, Querência do Norte, Icaraíma, Ivaté, Douradina, Tapira e Cidade Gaúcha.

De acordo com Ângela Ishiyama, gestora do Sindicato Rural de Santa Cruz de Monte Castelo, município localizado no noroeste do Paraná, alguns produtores relataram perdas. "[Os danos] foram principalmente em lavouras de arroz. E alguns pecuaristas precisaram remover o gado do pasto".

O Departamento de Economia Rural (Deral) informou em seu último boletim de condições de tempo e cultivo que algumas lavouras de arroz foram submersas. As lavouras que já estão na fase final de desenvolvimento devem sofrer menos impacto, porém as que estão no início de frutificação podem ter perdas totais.

Para outras culturas, as chuvas mantiveram boas perspectivas para a safra de verão que começa a ser colhida, informou o Deral. “Espera-se uma recuperação nas produtividades obtidas no ciclo anterior, que podem gerar 25,3 milhões de toneladas ou 19% a mais que as 21,3 milhões obtidas em 23/24”, informou o último boletim do órgão.

A previsão é que chova ainda mais até o fim do ano. A partir desta segunda-feira (23/12) até a quarta-feira (25/12) de Natal, o sol aparece, mas devem acontecer pancadas isoladas de chuva durante a tarde e a noite, com temperaturas amenas.

As cidades que mais acumularam chuva entre 4 e 18 de dezembro foram: Dois Vizinhos, com 321 milímetros; Nova Tebas, com 320 milímetros; Arapuã, com 314 milímetros; Laranjeiras do Sul, com 300 milímetros; e Prudentópolis, com 299 milímetros. As informações são do Inmet, Simepar e Cemaden (Centro de monitoramento e Alerta de Desastres Naturais).

Cidades que mais acumularam chuva entre 4 e 18 de dezembro

  • Dois Vizinhos - 321 milímetros
  • Nova Tebas - 320 milímetros
  • Arapuã - 314 milímetros
  • Laranjeiras do Sul - 300 milímetros
  • Prudentópolis - 299 milímetros
  • Cantagalo - 297 milímetros
  • Entre Rios - 289 milímetros
  • Guarapuava - 280 milímetros
  • Borrazópolis - 278 milímetros
  • Assis Chateaubriand - 270 milímetros

 

 

 

 

Por Globo Rural

 

 

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