R$ 1 bilhão em pavimentação: Asfalto Novo, Vida Nova transforma as pequenas cidades

Com quase 80 anos de idade, o aposentado Nhory Olegini tem sido testemunha ocular das transformações no Sudoeste paranaense.

Nascido em Clevelândia, ele já viveu em outros municípios da região e percorria desde novo as cidades próximas quanto tudo ainda “era picada” – os caminhos abertos em meio à mata para a passagem das pessoas. Muito diferente da rua onde mora hoje, em Vitorino, que acabou de ganhar asfalto e calçadas novinhos pelo programa Asfalto Novo, Vida Nova.

“Me criei em Francisco Beltrão, então passava por aqui desde piá por aqui para ir para Pato Branco. Era tudo picada, a gente saía de carroça de mula e já passava por Vitorino. Era só estradão”, diz ele. “Vim morar em Vitorino em 1969, a avenida era tudo barro e aqui era um carreirinho. Me mudei para Colombo e voltei para cá em 2013, tinha só calçamento. Esse asfalto aqui é coisa nova, nem acreditava que ia sair desse jeito. Ainda bem que a gente tem quem olhe por nós, porque aí as coisas saem bem feitas”.

Vitorino e outras cidades da região Sudoeste são exemplos de como o programa do Governo do Estado, em parceria com a Assembleia Legislativa, está transformando a infraestrutura dos pequenos municípios paranaenses. O programa tem como regra também investimentos em iluminação em LED e plantio de árvores nativas. A Secretaria de Estado das Cidades já liberou quase R$ 1 bilhão para projetos em 242 cidades, o que equivale a 60% dos municípios paranaenses.

O programa está sendo executado por fases, atendendo primeiro os municípios com até 7 mil habitantes e, depois, com até 12 mil habitantes. No mês passado, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou a expansão do Asfalto Novo, Vida Nova, com aporte extra de R$ 700 milhões para atender municípios que têm entre 12 mil e 25 mil habitantes, que integram a terceira fase do programa, e entre 25 mil e 50 mil habitantes, que fazem parte da quarta fase.

Com esta ampliação, nove em cada 10 cidades paranaenses terão toda a área urbana pavimentada, com o programa chegando a 363 municípios paranaenses. A iniciativa demonstra o compromisso do Governo do Estado com o desenvolvimento urbano de cidades de vários portes e de todas as regiões do Paraná.

VITORINO – Em Vitorino, cidade com 9,7 mil habitantes, o Asfalto Novo, Vida Nova é uma forma de impulsionar o desenvolvimento da cidade. O recurso, de pouco mais de R$ 4 milhões, foi utilizado para pavimentar as vias urbanas dos bairros Araucária, Industrial e Azulão.

Entre as vias selecionadas, também estão inclusas aquelas que vão abrigar 70 unidades habitacionais pelo programa Vida Nova, modalidade do Casa Fácil Paraná, também do Governo do Estado, que vai construir 6 mil moradias a famílias em situação de vulnerabilidade social do Paraná.

“O investimento do Asfalto Novo, Vida Nova foi aplicado em uma região industrial, em ruas que não tinham pavimento ainda, para melhorar a logística e a instalação de novas indústrias na cidade. E também inclui o local onde será feito o projeto habitacional do Vida Nova. Já preparamos uma área para a construção das moradias e já deixamos pronta a infraestrutura”, explica o prefeito de Vitorino, Marciano Vottri.

“É um programa inovador, que traz desenvolvimento e progresso para o nosso município, melhora a qualidade de vida da nossa população, a trafegabilidade e a segurança pública, porque o projeto é completo, com acessibilidade e iluminação pública. É um projeto fantástico, que vem beneficiar muito o nosso município”, ressalta o prefeito.

Mais do que tudo, o programa é uma forma de melhorar a qualidade de vida das famílias como a de seu Nhory, da esposa e da filha, Sandra Legini.

“Agora que fizeram o asfalto ficou maravilhoso. Nessa época de colheita, tinha muito pó, mas agora passam os caminhões e não tem mais pó nem barro, porque virava uma lama só quando chovia”, conta Sandra. “Minha mãe é cadeirante e não dava para sair com ela aqui para fora. Agora a gente empurra ela, vai e volta e é tranquilo. A calçada é acessível, igual as que tem em cidade grande”.

  • Asfalto Novo, Vida Nova transforma infraestrutura de pequenas cidades do Sudoeste
Em Vitorino, cidade com 9,7 mil habitantes, o Asfalto Novo, Vida Nova é uma forma de impulsionar o desenvolvimento da cidade. O recurso, de pouco mais de R$ 4 milhões, foi utilizado para pavimentar as vias urbanas dos bairros Araucária, Industrial e Azulão. Foto: Geraldo Bubniak/AEN


MAIS CIDADES – Outra cidade do Sudoeste que está ganhando cara nova com o programa é Salgado Filho. O investimento de R$ 5,1 milhões está levando asfalto novo para 22 ruas de diversos bairros, como Borba, São Francisco e Alto do Sol Nascente. Com a ação, 70% das ruas da cidade serão pavimentadas, mas o objetivo é chegar a 100% das vias.

“Fizemos um levantamento na cidade toda para encontrar as prioridades, quais ruas seriam mais urgente. A população participou ativamente dessa escolha através de uma audiência pública e o nosso plano diretor passou por uma adequação para receber o programa”, explica o prefeito Volmar Duarte. “Tivemos um suporte do Governo do Estado em todo esse processo, que está transformando a cidade. Se tivéssemos que contar apenas com recursos próprios, jamais teríamos condições de executar”.

O asfalto novo passa na frente da casa do auxiliar de serviços gerais Leonir Oliveira da Silva. “A rua era de chão batido e aí foi feito calçamento e, agora, o asfalto que fez muito diferença, acabou o pó. Algumas ruas que não tinham condições de passar, o cascalho soltava demais. Agora com asfalto ficou muito bom, está maravilhoso andar em Salgado Filho”, conta.

A menos de 15 quilômetros da cidade, a vizinha Flor da Serra do Sul também vê a transformação chegando com a pavimentação, que recebeu cerca de R$ 4,8 milhões para asfaltar todo o distrito de Tatetos e outras ruas da cidade. Perto de 90% das obras já foram finalizadas, e cerca de 85% da cidade está coberta com asfalto atualmente, mas o objetivo é pavimentar 100% das ruas. 

“Graças a esse programa, fizemos o maior projeto de mobilidade já vista no distrito de Tatetos, onde conseguimos asfaltar 80% das ruas com calçadas, luz de LED, um projeto completo”, ressalta o prefeito Valmor Felipe Junior. “As famílias estão muito felizes com o projeto e áreas valorizaram muito. Só temos a agradecer, porque conseguimos asfaltar as ruas que precisavam, a cidade está diferente e mais bonita”.ASFALTO

Um investimento de R$ 5,1 milhões está levando asfalto novo para 22 ruas de diversos bairros de Salgado Filho. Foto: Geraldo Bubniak/AEN


INVESTIMENTOS – O Asfalto Novo, Vida Nova é a maior iniciativa de pavimentação urbana do Brasil, com centenas de entregas realizadas nos últimos anos. Na primeira etapa, que contemplou municípios com até 7 mil habitantes, foram investidos R$ 567,7 milhões do Tesouro do Estado, beneficiando 147 municípios com obras de pavimentação em vias urbanas.

Já na segunda fase, direcionada a cidades entre 7 mil e 12 mil habitantes, o investimento alcançou R$ 271,3 milhões, atendendo 65 municípios. A terceira fase do programa tem 89 municípios elegíveis, sendo que 23 deles já estão com todos os requisitos atendidos pelo programa, com projetos em andamento. Ao todo, já foram destinados R$ 102,2 milhões em recursos para estas cidades.

A quarta fase vai contemplar 37 cidades, expandindo significativamente a abrangência do programa. Com a ampliação, entre aportes realizados e previstos, o Asfalto Novo, Vida Nova vai alcançar cerca de R$ 1,5 bilhão em investimentos. Todo o programa pode ser acompanhado neste painel interativo.

 

 

 

 

 

 

POr - AEN

 Pós-Carnaval com carteira assinada: Agências do Trabalhador têm 19,6 mil vagas

As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados iniciam a semana com a oferta de 19.600 vagas de emprego com carteira assinada no Estado .

A maior parte é para alimentador de linha de produção, com 5.876 oportunidades. Na sequência, aparecem as de magarefe, com 734 vagas, operador de caixa, com 632, e faxineiro, com 560 oportunidades.

A região de Cascavel, no Oeste, conta com o maior volume de postos de trabalho disponíveis, com 3.959. São 1.091 vagas para auxiliar de linha de produção, 290 para magarefe, 244 para abatedor, e 161 para ajudante de motorista. A Grande Curitiba, com todos os municípios da Região Metropolitana, aparece em seguida (3.675). São 373 oportunidades para alimentador de linha de produção, 242 para faxineiro, 198 para atendente de lojas e mercados e 192 para operador de caixa.

Na Capital, além das vagas tradicionais, a Agência do Trabalhador Central oferta 41 vagas para profissionais com ensino superior e técnico em diversas áreas, com destaque para as funções de técnico em segurança do trabalho (curso técnico em segurança do trabalho) - 4 vagas; assistente social (curso superior em serviço social) - 2 vagas; pedagogo (curso superior em pedagogia) - 2 vagas; e técnico eletrônico (cursando técnico em eletrônica, eletrotécnico, automação ou áreas afins) - 2 vagas.

Nas demais regionais do Interior são destaques em volume de ofertas Londrina (2.417), Campo Mourão (2.240), Foz do Iguaçu (1.640), Pato Branco (1.322), Umuarama (1.232) e Jacarezinho (1.120).

Em Londrina, as funções que lideram as ofertas de vagas são alimentador de linha de produção, com 577 vagas, servente de obras, com 136, operador de telemarketing ativo e receptivo, com 110, e faxineiro, com 93 oportunidades. Na região de Campo Mourão, há oferta de emprego para as funções de alimentador de linha de produção, com 944 oportunidades, magarefe, com 200, abatedor, com 83, e vendedor de comércio varejista, com 49.

Em Foz do Iguaçu, os destaques são para alimentador de linha de produção (522), repositor de mercadorias (115), operador de caixa (91) e abatedor (​​60). Na região de Pato Branco, são ofertadas 462 vagas para alimentador de linha de produção, 462 para magarefe, 61 para operador de caixa e 55 para vendedor de comércio varejista. 

Alimentador de linha de produção, no segmento industrial, também lideram as ofertas em Jacarezinho e Umuarama.

ATENDIMENTO – Os interessados devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado.

 

 

 

 

 

Por - AEN

Saúde da mulher: com olhar integral, Paraná garante avanços na assistência médica

No Dia Internacional da Mulher, comemorado neste sábado (8), a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) reforça seu compromisso com a saúde e o bem-estar das paranaenses. Por meio da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da Mulher, o Estado promove iniciativas que garantem acesso a exames preventivos, planejamento familiar, atenção materno-infantil e suporte a vítimas de violência, assegurando atendimento humanizado e de qualidade.

"As mulheres desempenham um papel essencial na sociedade e, por isso, nosso compromisso é garantir a elas um atendimento de qualidade e um sistema de saúde que responda às suas necessidades em todas as fases da vida”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “O cuidado com a saúde feminina vai além da assistência médica, passando também pela promoção de direitos e pela criação de políticas públicas que garantam mais qualidade de vida e bem-estar".

No Paraná, a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da Mulher contempla ações de prevenção, tratamento e reabilitação, assegurando que exames essenciais, como o Papanicolau e a mamografia, estejam disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e reforça a importância do autocuidado.

Outro aspecto prioritário é o planejamento familiar, um direito reprodutivo que garante o acesso a métodos contraceptivos seguros, além de orientação e acompanhamento para que as mulheres possam tomar decisões autônomas sobre a maternidade.

Recentes avanços na legislação também ampliaram o acesso à laqueadura, reduzindo a idade mínima para solicitação do procedimento de 25 para 21 anos, eliminando a exigência de consentimento do cônjuge e permitindo a realização da esterilização cirúrgica durante o parto, desde que respeitado o intervalo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o procedimento, com avaliação da equipe de saúde.

O Paraná também investe na Linha de Cuidado Materno-Infantil, priorizando a identificação precoce da gestação, a estratificação de risco e o encaminhamento para hospitais de referência. O atendimento especializado para gravidez de risco, a alta qualificada e o acompanhamento no pós-parto garantem suporte essencial para mães e bebês.

Além disso, para mulheres em situação de violência sexual, o Estado mantém Serviços de Atenção Especializada, que oferecem acolhimento humanizado, atendimento integral e oportuno, fortalecendo a rede de proteção e garantindo suporte adequado.

"A valorização da mulher passa pelo respeito, pelo reconhecimento e por políticas que assegurem seus direitos e sua segurança. Neste 8 de março, reafirmamos nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, onde todas as mulheres possam viver com dignidade, autonomia e oportunidades", afirma Beto Preto.

 

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

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Força feminina: como as mulheres fazem a diferença no trabalho da Polícia Civil

A presença feminina na Polícia Civil do Paraná (PCPR) tem se consolidado nos últimos anos, com mulheres ocupando posições de destaque na investigação criminal e na segurança pública. Em uma profissão historicamente dominada por homens, elas enfrentam desafios diários, mas também conquistam reconhecimento e espaço dentro da instituição. No Dia Internacional da Mulher, a PCPR destaca a atuação das policiais civis na instituição.

Para a delegada da PCPR Camila Cecconelo, o trabalho policial exige dedicação e resiliência, mas é extremamente gratificante. “A investigação de crimes é um quebra-cabeça que exige análise e foco. Cada caso solucionado, cada criminoso retirado do convívio social e cada família que é grata pelo resultado alcançado, representa uma grande conquista”, afirma.

Hoje, 1.162 mulheres compõem o efetivo da PCPR em todo o Estado. Este número mostra a crescente inserção feminina na segurança pública, reforçando a importância da diversidade dentro da corporação. 

Os desafios, no entanto, começam antes mesmo da posse no cargo. A agente de polícia judiciária Isabelle Alves Soares Boguchevski relembra sua experiência ao prestar seu primeiro concurso para uma instituição militar. “Eu tinha pontuação para ser aprovada, mas havia apenas uma vaga para mulher e 15 para homens. Na época, fiquei frustrada, mas segui em frente e, hoje, sou realizada como agente da Polícia Civil”, relata.

Além da competência técnica exigida para a investigação criminal, as mulheres trazem características que fazem diferença no trabalho policial. Segundo Cecconelo, a atenção aos detalhes, o comprometimento e a resiliência são fatores que fortalecem as equipes de investigação como um todo. 

A presença feminina na PCPR também contribui para desconstruir estereótipos sobre o papel das mulheres na segurança pública. A crescente quantidade de mulheres na polícia e o excelente trabalho que realizam demonstram que competência, determinação e coragem não têm gênero. 

Para aquelas que sonham em seguir carreira na polícia, a mensagem é clara: persistência e coragem são essenciais. “Não tenham medo de desafios. O caminho pode ser bastante desafiador, mas a segurança pública precisa de mulheres comprometidas”, aconselha a delegada. 

A papiloscopista Isabel Fernanda Garcia de Freitas reforça a importância da determinação e defende o potencial feminino em qualquer lugar. “Que nenhuma dificuldade nos faça duvidar do nosso potencial. Sigamos firmes, conquistando espaços, com a força da determinação.”

No Dia Internacional da Mulher, a presença feminina na PCPR é uma prova da força e da dedicação de tantas profissionais que, diariamente, trabalham para garantir a segurança da sociedade. Como lembra a delegada Cecconelo, essa data é uma oportunidade de reconhecer a coragem das mulheres que transformam o mundo diariamente com seu trabalho.

 

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

 Mulheres são maioria com curso superior no Paraná e representam 58% dos graduados

As mulheres são a maioria entre as pessoas com curso de nível superior residindo no Paraná, segundo dados mais recentes do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos quase 1,7 milhão de graduados no Estado em qualquer modalidade de nível superior – bacharelado, licenciatura ou tecnologia –, 992,5 mil são mulheres, o equivalente a 58,8% do total, uma proporção maior do que estados como Rio de Janeiro (58%), Santa Catarina (57,9%) e São Paulo (56,9%).

Além da vantagem em relação aos homens no nível de ensino, o número de mulheres com diploma de nível superior quase dobrou no Paraná em apenas 12 anos. No Censo de 2010, elas eram cerca de 500 mil, passando para as atuais quase um milhão de graduadas, segundo o último recenseamento.

Essa evolução no nível de instrução das mulheres foi determinante para que o Paraná alcançasse a marca de um quinto da população com ensino superior. Também é um fator relevante que ajudou o Estado a atingir o maior número de mulheres empregadas da história, com 2,66 milhões de trabalhadoras.

Se depender das atuais estudantes, esta presença feminina mais forte na academia e, por consequência, no mercado de trabalho, deve perdurar no Paraná. Nos cursos de graduação, 57,2% do corpo estudantil é formado por alunas. Entre os estudantes dos cursos de especialização, este índice é de 62,3% de mulheres, chegando a 57,8% no mestrado e 53,4% no doutorado.

Para a reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Marta Gimenez Favaro, os números demonstram um processo histórico de ocupação de espaços. “As mulheres têm se apresentado para diferentes funções, inclusive de manutenção de suas famílias. A busca pela formação profissional é um mecanismo que ainda se faz muito válido para que você possa ocupar espaços mais qualificados no mundo do trabalho e a possibilidade de uma maior remuneração”, ressaltou.

“Na UEL essa realidade também se apresenta. Nós temos uma proporção maior de mulheres ocupando os diferentes espaços, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Podemos dizer com bastante precisão que nos cargos de gestão, mais de 50% são ocupados por mulheres”, explicou, citando as pró-reitorias de graduação, de pesquisa e pós-graduação e de extensão, cultura e sociedade, todas chefiadas por mulheres.

Desde 2019, a UEL coordena a campanha “Antes de Tudo #EuRespeito”, focada na inclusão e no respeito à diversidade de gênero, mas também de cor, orientação sexual, crença e contra qualquer tipo de preconceito. As ações estão concentradas no processo de recepção dos novos estudantes, em substituição aos antigos trotes, e buscam criar um ambiente acolhedor para toda a comunidade escolar.

“A ocupação dos espaços é crescente e que bom que tem sido, mas precisa ser acompanhada de uma reflexão de como esses espaços estão preparados para recepcionar o trabalho. Somos diferentes por natureza, mas temos a capacidade de desenvolver as funções com as habilidades que são específicas, o homem com as suas, a mulher com as suas e isso precisa ser respeitado. Não é um movimento de nos igualar em potência física, mas sim respeitar a especificidade e a capacidade de cada um”, concluiu a reitora.

PROTAGONISMO – Faz tempo que o agro deixou de ser um ambiente 100% masculino. Hoje as mulheres atuam no campo em diversas funções, seja na agricultura familiar ou de grandes empresas, na gestão, na produção e claro, na ciência, essencial para garantir o lugar de destaque do Paraná na produção de alimentos e ajudando a consolidar o Estado como supermercado do mundo.

“Temos percebido, principalmente eu que trabalho na área das agrárias, como veterinária, agronomia e zootecnia, que são cursos tradicionalmente frequentados por homens, que já estamos com a maioria de mulheres. Quando me formei, era a única menina da sala. Hoje temos mais de 50% das mulheres nesses cursos”, destacou a professora e pesquisadora do curso de Zootecnia da UEL, Ana Maria Bridi. “Muda a dinâmica, traz diversidade, gera conhecimentos e alternativas diferentes.”

Mas apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados. “Se você for em empresas, multinacionais, cooperativas, no setor agro em geral, nós não somos a maioria. Existe ainda muito preconceito em contratar mulher. Precisamos ser muito, mas muito melhor do que um homem para sermos contratadas. Se a gente for igual, já não funciona”, opinou Ana. “A partir do momento que uma mulher sobe, ela chama as outras. O preconceito acaba.”

Entre essas mulheres que estão desbravando o setor agro está Milena Cesila Rabelo, aluna de pós-graduação em agronomia da UEL. Ela trabalha em uma solução natural para o controle do percevejo marrom da soja, cultura a qual o Paraná está entre os principais produtores do Brasil e do mundo. “Buscamos desenvolver produtos biológicos para controle dessa praga, que é o grande problema atual da cultura da soja”, destacou.

Ela explica que os métodos atuais utilizam as mesmas moléculas de aplicação para controle do percevejo, normalmente de inseticidas químicos. “Com o uso sequencial dessas moléculas, os percevejos acabam tendo resistência, então o que buscamos aqui é uma solução biológica que não cause essa resistência e que consiga ter um controle sobre ele”, comentou.

Na pesquisa de Milena estão sendo utilizados bactérias e fungos entomopatogênicos (organismos capazes de colonizar diversas espécies de pragas), que controlam os insetos que já estão presentes no meio ambiente naturalmente. O objetivo é que, ao final do mestrado, seja disponibilizado um produto que não afete nem o meio ambiente e nem humanos e animais que consomem a soja.

O Paraná produziu em 2023 cerca de 22,4 milhões de toneladas de soja, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). É a principal cultura paranaense, com uma participação de 25% e Valor Bruto de Produção (VBP) de aproximadamente R$ 49 bilhões. Os dados de 2024 ainda não foram disponibilizados.

REDE ESTADUAL – Com sete universidades estaduais, o Paraná conta com a maior rede de ensino superior do Brasil. Nelas, a realidade espelha o cenário geral das demais instituições de graduação e pós-graduação públicas e privadas instaladas no Estado. Entre os estudantes matriculados, 38.497 são mulheres, o que corresponde a 59% do total de 64.864 estudantes dos cursos de graduação. A vantagem também se mantém no corpo docente, com 3.833 professoras para 3.695 professores.

Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, os números evidenciam o processo de crescimento da participação feminina na academia e na ciência. “As mulheres são maioria entre os estudantes de graduação e pós-graduação, e no quadro geral de professores. Isso ilustra bem o esforço que elas têm feito para conquistar cada vez mais espaço no meio acadêmico e ajuda o próprio sistema estadual de ensino superior a ser mais democrático”, afirmou.

 

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

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 Repasses aos municípios aumentam 9,34% em fevereiro e superam R$ 1,23 bilhão

O Governo do Paraná transferiu mais de R$ 1,23 bilhão aos municípios em fevereiro, conforme dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). O valor representa um aumento de 9,34% em relação ao mesmo período de 2024, quando os repasses somaram R$ 1,12 bilhão.

A maior parte desses recursos veio do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que totalizou R$ 779 milhões. Esse tributo é a principal fonte de receita do Estado, representando aproximadamente 25% da arrecadação.

Além disso, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025 contribuiu com R$ 439,2 milhões, o Fundo de Exportação adicionou R$ 12 milhões e os royalties do petróleo somaram R$ 828 mil.

Entre as regiões que mais receberam repasses no último mês, a Região Metropolitana de Curitiba liderou com R$ 364,1 milhões. Em seguida, a região Oeste recebeu R$ 167,2 milhões, enquanto o Noroeste foi contemplado com R$ 150,2 milhões.

Os recursos são provenientes de transferências constitucionais e fazem parte das receitas públicas correntes. Eles podem ser aplicados pelos municípios em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e transporte.

LEGISLAÇÃO – As transferências de recursos são feitas de acordo com o Índice de Participação dos Municípios (IPM), seguindo as normas constitucionais. Esses índices são calculados anualmente, considerando uma série de critérios estabelecidos pelas leis estaduais.

Os valores destinados a cada um dos municípios, assim como seu detalhamento, podem ser acessados pelo Portal da Transparência.

Confira as 10 cidades que mais receberam repasses em fevereiro de 2025:

Curitiba (R$ 168,4 milhões)

Araucária (R$ 55,5 milhões)

Londrina (R$ 43,7 milhões)

São José dos Pinhais (R$ 43,7 milhões)

Maringá (R$ 41,4 milhões)

Ponta Grossa (R$ 34,5 milhões)

Cascavel (R$ 33,4 milhões)

Foz do Iguaçu (R$ 25,2 milhões)

Toledo (R$ 20,5 milhões)

Guarapuava (R$ 18,5 milhões)

 

 

 

 

Por AEN/PR

 

 

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