Típico das festas juninas, amendoim tem maior área plantada no Paraná em 12 anos

Ingrediente indispensável nas tradicionais festas de junho e julho, o amendoim ocupa 2,6 mil hectares no Paraná na safra atual, sendo a maior área plantada nos últimos 12 anos no Estado.

As informações são do Boletim de Conjuntura Agropecuária feito pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 7 a 13 de junho.

Nessa área, os produtores paranaenses devem colher 8 mil toneladas de amendoim, representando em torno de 1% da produção nacional. De acordo com o Deral, a principal região produtora do amendoim é Paranavaí. O núcleo regional tem participação superior a 77% em área e 81% em produção no Estado.

O analista Edmar Gervásio explica que, até a década de 1970, o amendoim produzido no Brasil tinha como principal finalidade a produção de óleo refinado de cozinha. Com a chegada da soja, um produto muito mais barato, começou a substituição do amendoim pela soja para extração do óleo, que hoje é a referência. 

Com isso, o amendoim começou a se tornar um produto de nicho, mais voltado para a confeitaria e consumo humano em suas mais diversas formas. Nas festas juninas, ele assume um posto de destaque, presente em paçocas, pé-de-moleque, caramelizado, in natura e enriquecendo uma infinidade de sobremesas.

A partir de 2014 começou a se observar movimento de aumento de área plantada no Brasil, em média de 11% ao ano. Na safra atual, devem ser plantados no País 248,2 mil hectares, sendo a segunda maior área desde do início da série histórica levantada pela Conab, que começou em 1976.

A produção nacional de amendoim deve totalizar 758 mil toneladas na safra 2023/24. São Paulo é o principal produtor com participação de 80% no total. O segundo maior produtor é o Mato Grosso do Sul, com 81,6 mil toneladas ou 11% do total.      

MILHO – A colheita da segunda safra de milho 2023/24 avançou no Paraná. Até esta semana, já foram colhidos mais de 300 mil hectares dos 2,4 milhões plantados. Este volume equivale a 13% da área total e é um dos maiores percentuais para o período. Neste ritmo, o Deral estima que o Estado vai fechar o mês de junho com mais de um terço colhido, a maior fração da história para a segunda safra de milho. 

CAFÉ  A colheita de café chegou a 21% no parque cafeeiro paranaense. As condições climáticas têm sido bastante favoráveis para os trabalhos, pois tem chovido pouco em toda região produtora desde maio. A maturação uniforme é outro fator positivo para a boa evolução da colheita, no entanto, as produtividades têm sido levemente decepcionantes até o momento. Ainda assim, a produção é estimada em 41,7 mil toneladas, 5% abaixo da safra 2023 (43,9 mil), mas bastante acima da problemática safra de 2022, quando o Paraná produziu 29,2 mil toneladas.

MAÇÃ – Sobre a produção de maçãs, o Boletim informa que estima-se uma redução de 20% ao inicialmente projetado nas principais regiões produtoras de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, que respondem por 54,7% e 41,6%, pela ordem, dos cultivos nacionais. No Paraná, que participa com 2,8% dos volumes colhidos, os campos de Palmas apresentaram uma redução de 30% da expectativa. A menor oferta por esta quebra na produção impacta na precificação da fruta.

CARNE BOVINA E SUÍNOS  A arroba bovina começou junho em baixa, cotada a R$ 216,70, e segue sem grandes variações. Os estoques dos frigoríficos também se encontram satisfatórios, dando pouca margem para negociação de preços por parte do produtor. Segundo dados do Deral, no atacado os preços também se mantêm frios, oscilando levemente para baixo durante a primeira semana do mês.

Sobre a carne suína, o Deral analisa os dados da Pesquisa Trimestral de Abate de Animais do IBGE. No primeiro trimestre de 2024 o Paraná aumentou a produção de carne suína em 7,5%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, passando de aproximadamente 274 para 294 mil toneladas.

Esse crescimento foi evidenciado tanto em frigoríficos com chancela do Serviço de Inspeção Federal – SIF (+7,8% ou 18 mil t), quanto em frigoríficos com chancela do Serviço de Inspeção do Paraná – SIP (+5,5% ou 2 mil t) e do Serviço de Inspeção Municipal – SIM (+12,4% ou 297 t). 

OVOS – O IBGE divulgou em 6 de junho os resultados da Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos (POG), revelando que a produção total de ovos para consumo, incluindo "in natura", industrializados e para exportação, atingiu 892,967 milhões de dúzias no primeiro trimestre de 2024. Este volume representa um aumento de 7,7% em relação ao mesmo período de 2023, com um acréscimo de 64,016 milhões de dúzias.

No ranking nacional de produção de ovos para consumo, o Paraná ocupa o oitavo lugar, com uma produção de 48,550 milhões de dúzias, representando 5,4% do total nacional. No que diz respeito à produção de ovos para incubação, o Paraná liderou com 62,490 milhões de dúzias (30,5% do total nacional), seguido por (milhões de dúzias): São Paulo: 31,130; Goiás: 29,920; Santa Catarina: 26,490 ; e, Rio Grande do Sul: 21,733.

 

 

 

 

 

 

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 Vendas do comércio varejista avançam 4% no Paraná no primeiro quadrimestre

O volume de vendas do comércio varejista do Paraná cresceu 4% entre janeiro e abril de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado.

O dado dos quatro primeiros meses do ano é da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi puxado pelo crescimento nas vendas do setor de material de construção (14,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, empatado com o setor de móveis (13,7% cada), e veículos, motocicletas, partes e peças (12,3%). Na sequência aparecem outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,1%), hipermercados e supermercados (8,8%) e móveis e eletrodomésticos (8,7%).

A alta das vendas registrada no Paraná também impactaram positivamente a receita, com crescimento de 6,6% no acumulado do ano de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. É o segundo melhor resultado do Sul do País, atrás do Rio Grande do Sul (7,2%) e à frente de Santa Catarina (4,9%).

Na variação mensal entre abril e março, o volume de vendas no Estado cresceu 1,4%, acima da média nacional, de 0,9%. É o sétimo melhor resultado do Brasil e o melhor da Região Sul. Santa Catarina teve recuo de -0,3% e Rio Grande do Sul teve queda de -1%. Nos últimos 12 meses em relação ao mesmo período anterior, o Paraná registra alta de 2,3% no volume de vendas do comércio varejista.

AMPLIADO — Segundo a PMC, o volume de vendas do comércio varejista ampliado do Paraná segue a mesma tendência de crescimento, registrando alta de 4,2% entre janeiro e abril de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. Essa categoria inclui vendas de automóveis, peças de veículos, materiais de construção e produtos alimentícios, além dos demais setores investigados pelo órgão.

O resultado foi puxado pelo crescimento nas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças (14,5%), eletrodomésticos (14%) e material de construção (13,2%). Na sequência aparecem móveis e eletrodomésticos (12,1%), móveis (10,5%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%).

O crescimento de 14,5% no setor de veículos, motocicletas, partes e peças é o quinto melhor resultado do País e o primeiro do Sul. Santa Catarina (13,9%) e Rio Grande do Sul (11,5%) aparecem na sequência, mas abaixo da média nacional (14%). A PMC realiza esse recorte em 12 estados.

Já no volume de venda de materiais de construção, o Paraná ficou em segundo lugar entre os 12 estados que participam da pesquisa, com 13,2% no período de janeiro a abril de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. Bahia aparece em primeiro, com 21,1%. Rio Grande do Sul aparece em nono lugar (-0,4%) e Santa Catarina em décimo (-1,2), abaixo da média nacional (2,4%).

SERVIÇOS — Na última quarta-feira (12), o IBGE também divulgou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que apontou um crescimento de 5,6% no setor no Paraná entre janeiro e abril de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. O turismo também teve alta, de 5,3% no primeiro quadrimestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.

Os dados completos da Pesquisa Mensal do Comércio podem ser consultados no sistema Sidra, do IBGE.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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 Governo propõe criação de fundo para alavancar investimentos em infraestrutura

O Governo do Paraná enviou à Assembleia Legislativa (Alep) um projeto de lei para instituir o Fundo Estadual em Infraestrutura Inteligente (Feiin).

Criado com o objetivo de ampliar os investimentos públicos no Paraná, que já cresceram mais de 300% nos últimos cinco anos, o fundo vai fomentar o desenvolvimento de projetos de infraestrutura rural, logística e sustentável.

A nova medida visa garantir que os royalties recebidos pelo Estado sejam utilizados de maneira eficiente e estratégica, com foco no desenvolvimento sustentável e na melhoria da qualidade de vida da população paranaense. Ela pretende fortalecer a malha de transportes, implementar políticas de incentivo e expansão do setor agropecuário e selecionar ações que promovam a sustentabilidade, inclusão social, desenvolvimento econômico equitativo e resiliência às mudanças climáticas.

“A expansão da infraestrutura gera empregos no curto prazo e melhora a qualidade dos serviços no longo prazo. Além de impulsionar políticas públicas como a promoção de boas práticas socioambientais, o apoio ao setor agropecuário beneficiando produtores rurais, e a construção de espaços públicos em áreas que melhoraram sua infraestrutura logística”, explicou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O Fundo terá autonomia de gestão pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). "Ele representa um investimento fundamental para o desenvolvimento econômico e social de nossa região, e nos permitirá alavancar projetos que trazem benefícios duradouros para a população do Paraná, garantindo um crescimento equilibrado e resiliente para as futuras gerações”, destaca Norberto Ortigara, secretário da Fazenda.

RECEITAS – As receitas do fundo serão provenientes de compensações financeiras pela exploração de recursos hídricos para geração de energia elétrica na Usina de Itaipu, pela exploração de petróleo e gás natural no Paraná, pela exploração de recursos minerais no Estado e dos royalties da exploração de xisto na Unidade de Industrialização do Xisto em São Mateus do Sul.

Os recursos serão aplicados na execução de programas, ações e projetos de melhoria da infraestrutura, geridos pelos seguintes órgãos e entidades: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento; Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística; Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Instituto Água e Terra.

Eles serão geridos pelo Conselho Deliberativo do Fundo Estadual em Infraestrutura Inteligente, que será composto pelos titulares das secretarias que receberão os recursos, a Casa Civil e a Procuradoria-Geral do Estado.

 

 

 

 

 

 

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 Boletim Agrometeorológico de maio indica excesso de chuvas no Sul e escassez no Norte

Em maio de 2024 ocorreram grandes variações de precipitação no Estado. Enquanto mais ao Sul houve um alto quantitativo de chuva provocado pela atuação nos sistemas frontais (frentes frias), nas regiões centrais e ao Norte houve escassez, com registro somente na segunda quinzena do mês (Figura 1).

O maior acumulado mensal de chuva ocorreu em Francisco Beltrão, no Sudoeste, com 343,6 mm. O menor índice pluviométrico registrado foi de 21,4 mm nos Campos Gerais. Os dados são do Boletim Agrometeorológico de maio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).

As anomalias de precipitação foram superiores à média histórica nas regiões Sul, Sudoeste e RMC e nas demais os índices permaneceram abaixo da média histórica (Figura 2 e 3). O Sudoeste e Sul registraram superávits de chuva de 111,0 mm e 84,6 mm, respectivamente, em relação à média histórica. As regiões Noroeste e Norte foram as que tiveram menores índices pluviométricos, com déficits de 49 mm e 67,8 mm em relação à média histórica. A média estadual de precipitação foi de 134,4 mm, sendo que a média histórica é de 126,3 mm.

As temperaturas foram bastante elevadas para a época, especialmente as mínimas, com valores acima da média histórica em todo o Estado, devido à presença de um forte bloqueio atmosférico durante a segunda quinzena de abril e primeira quinzena de maio (Figura 4). Em Cambará, Norte pioneiro, a anomalia das temperaturas mínimas do ar atingiu 4,4 ºC. Em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, a média das temperaturas máximas do ar foi 23,9 ºC, sendo que a média histórica é 20,7 ºC. Na média estadual, as temperaturas máxima e mínima do ar foram 1,7 ºC e 2,5 ºC acima da média histórica, respectivamente. Houve atuação de uma massa polar de fraca intensidade no final do mês, provocando apenas geadas leves e restritas a algumas áreas do Centro/Sul do Paraná. A menor temperatura registrada foi de 2,3 ºC no dia 29 de maio no município de Entre Rios, localizado na região Central do Estado.

MILHO 2ª SAFRA – No final de maio, 52% das lavouras de milho segunda safra do Paraná estavam em boas condições, 31% medianas e 17% ruins (Seab). Houve uma piora em relação ao mês de abril (68% boas, 22% médias e 10% ruins) devido à estiagem. Praticamente todo o milho do Estado está na fase de frutificação e maturação (98%) e a colheita já iniciou em algumas áreas (7%).

FEIJÃO 2ª SAFRA – No mês de maio, a colheita de feijão passou de 16% (abril) para 94% da área. Nas lavouras restantes as condições estavam 47% boas, 33% medianas e 20% ruins (SEAB). Houve uma piora em relação ao mês de abril, quando 66% das lavouras estavam em boas condições. Isso aconteceu em decorrência da chuva e umidade excessivas registradas nos últimos dois meses na região Sul do Paraná que é a principal produtora, desencadeando problemas de pragas e doenças e também na qualidade do produto colhido, dificultando inclusive a comercialização.

TRIGO – A semeadura do trigo atingiu 73% até o final de maio, com 84% das lavouras em boas condições (Seab). Devido à seca, a cultura teve uma piora em relação ao mês anterior, que era 97%. Muitas lavouras tiveram germinação desuniforme ou plântulas mortas pela falta de umidade.

CEREAIS DE INVERNO – A cevada chegou a 37% da área semeada, com 93% em boas condições (Seab). Prossegue também a semeadura da aveia branca e da aveia preta.

CANA-DE-AÇÚCAR – Intensificou-se a colheita de cana, favorecida pelo tempo majoritariamente seco nas regiões produtoras (Norte e Noroeste). As produtividades têm sido normais apesar do déficit hídrico.

FRUTICULTURA – O clima favoreceu as frutíferas da época como laranja, poncã e banana, as quais estão em fase de colheita e apresentam boas produtividades.

OLERÍCOLAS – As hortaliças e olerícolas em geral apresentaram boas produtividades, inclusive as áreas da segunda safra de batata, que passaram de 29% para 56% colhidas (Seab).

CAFÉ – O café apresentou uma boa frutificação e a maioria das lavouras encontrava-se em fase de maturação (65%), sendo consideradas 83% em boas condições e 17% em condições medianas (Seab). 15% do café do Paraná foram colhidos até o final de maio. Muitas lavouras apresentaram uma quantidade relevante de grãos miúdos, devido às altas temperaturas e longos períodos de estiagem durante a safra.

PASTAGENS – De forma geral, as pastagens apresentaram uma boa produção de massa verde, exceto em localidades em que a seca foi mais severa, como no Noroeste do Estado.

MANANCIAIS HÍDRICOS – Os rios, represas e córregos apresentaram níveis de água dentro da normalidade.

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 Com apoio do Estado, propriedade do Oeste transforma dejetos em energia

A família Sandmann, produtora de suínos e aves em Santa Helena, no Oeste do Paraná, enfrentava problemas comuns neste tipo de atividade, como mau cheiro e excesso de moscas.

Ao mesmo, também tinha dificuldade em encontrar matéria-prima para o aquecimento dos aviários. Ao buscar alternativas sustentáveis para esses desafios, os Sandmann conheceram o programa Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR), desenvolvido pelo Governo do estado, por meio do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater).

Com o subsídio ofertado pelo programa, a família investiu na implantação de uma Usina de Biometano, que foi inaugurada terça-feira (11). A unidade vai transformar os dejetos animais produzidos no local em energia, usada como combustível para abastecer os seis caminhões da propriedade e, também, para substituir a lenha no aquecimento dos aviários.

O projeto teve um investimento total de R$ 1,6 milhão com os juros subsidiados pelo RenovaPR, programa pelo qual o governo estadual incentiva a geração própria de energia nas propriedades rurais.

A usina deverá utilizar 100% dos dejetos produzidos no local e gerar uma economia de R$ 42 mil por mês com combustível e de R$ 240 mil por ano em matéria-prima. Além disso, os proprietários pretendem, em breve, comercializar o excedente de biometano com um posto de abastecimento da cidade.

De acordo com Luana Sandmann, umas das proprietárias da granja, esse projeto é um sonho da família há mais de cinco anos. “Um dos nossos maiores desafios era acabar com o desconforto causado pelas pocilgas, já que a expansão do município está fazendo com que a área urbana chegue mais perto das granjas. Quando comecei a buscar informações, tive auxílio de pessoas e empresas que abraçaram nossa ideia e nos auxiliaram. Isso transformou uma ideia pequena neste projeto incrível de inovação e sustentabilidade”, afirma.

DO DISCURSO À PRÁTICA – Segundo Herlon Goelzer de Almeida, coordenador do RenovaPR, a inauguração da usina é a realização de um sonho que tira a sustentabilidade do discurso e a coloca na prática. “Sustentabilidade é gerar emprego e renda com equilíbrio ambiental, produzindo riqueza ao mesmo tempo. Temos tudo isso neste projeto”, disse.

“Sem falar que o retorno financeiro para a propriedade é incrível. A estimativa é que o capital investido retorne em 36 meses. Ou seja, em três anos o sistema já estará pago, mas vai continuar beneficiando a propriedade por muitos anos, gerando economia financeira e resolvendo um passivo ambiental”, afirmou Herlon.

O chefe do núcleo da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento de Toledo, Paulo Salesse, fez questão de enfatizar o empenho dos técnicos do IDR-Paraná para que este projeto fosse possível.

“Santa Helena é um dos municípios que mais produz alimento no Paraná. E agora começa a produzir alimentos com sustentabilidade de verdade, do começo ao fim. Existe a mão empreendedora do produtor, mas também o apoio do Governo do Estado através do subsídio e da assessoria dos técnicos do IDR-Paraná. Foi esta união que fez com que este projeto se tornasse realidade” afirmou.

BIOMETANO  O biometano é o resultado da filtragem do biogás com a obtenção de metano em alta concentração – mais de 93% – que pela legislação brasileira na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) adquire a equivalência ao GNV (Gás Natural Veicular), que é fóssil. Porém o biometano, por ser de origem de decomposição de materiais orgânicos, é considerado uma energia renovável.

RENOVAPR – O programa Paraná Energia Rural Renovável já desenvolveu 8.171 projetos de energia sustentável em propriedades rurais desde seu lançamento, em agosto de 2021. O investimento é de R$ 1,38 bilhão. A maior parte dos projetos ainda são de energia solar, porém o programa está voltando seus esforços para ampliar a participação do biogás e biometano, principalmente entre produtores de proteína animal e nas agroindústrias.

 

 

 

 

 

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