Os contribuintes paranaenses já podem emitir as guias de recolhimento (GR-PR) do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025. O valor total lançado para este ano é de R$ 6,84 bilhões para uma base de 4 milhões de veículos tributados.
Essa quantidade de veículos tributada é cerca de 14% menor do que a apresentada no ano passado e se justifica principalmente pela isenção de motocicletas, motonetas e ciclomotores de até 170 cilindradas. O decreto assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em dezembro já está em vigor e beneficia cerca de 732 mil paranaenses.
Assim como no exercício anterior, os proprietários de veículos que optarem pelo pagamento à vista do imposto terão um desconto de 6% do valor. Para isso, os motoristas devem ficar atentos à data-limite, que varia de acordo com o final da placa.
São elas:
Finais 1 e 2: 20/01/2025
Finais 3 e 4: 21/01/2025
Finais 5 e 6: 22/01/2025
Finais 7 e 8: 23/01/2025
Finais 9 e 0: 24/01/2025
Outra possibilidade é a quitação do tributo em cinco parcelas. Neste caso, porém, o desconto não é ofertado. Além disso, o pagamento da primeira cota deve ser feito nas mesmas datas citadas acima.
Calendário para pagamento parcelado:
Finais 1 e 2: 20/01, 20/02, 20/03, 22/04, 20/05
Finais 3 e 4: 21/01, 21/02, 21/03, 23/04, 21/05
Finais 5 e 6: 22/01, 24/02, 24/03, 24/04, 22/05
Finais 7 e 8: 23/01, 25/02, 25/03, 25/04, 23/05
Finais 9 e 0: 24/01, 26/02, 26/03, 28/04, 26/05
COMO PAGAR – Como destaca o chefe do Setor de IPVA da Receita Estadual, Leonardo Marcon, as guias do IPVA no Paraná não são mais enviadas pelos correios aos endereços dos contribuintes. “Para fazer o pagamento, os proprietários devem acessar o Portal do IPVA ou o Portal de Pagamentos de Tributos para gerar as guias”, explica. “Outra possibilidade é o uso do aplicativo Serviços Rápidos, da Receita Estadual, disponível para Android e iOS, que permite o acesso às guias de pagamento”
E, assim como já aconteceu no exercício 2024, os contribuintes poderão pagar o IPVA 2025 via pix a partir do QR Code presente na guia, podendo ser realizado a partir de mais de 800 instituições financeiras, bem como seus canais digitais, não limitados aos parceiros do Estado. A novidade é que, neste ano, o pagamento é compensado na hora, garantindo aos proprietários mais agilidade e praticidade.
Além disso, é possível pagar o IPVA 2025 com cartão de crédito, o que permite parcelar os débitos em até 12 vezes — sujeitas, neste caso, a juros aplicados pela instituição emissora dos cartões. As taxas podem ser verificadas AQUI.
ISENÇÕES – Além das motocicletas, motonetas e ciclomotores de até 170 cilindradas, o IPVA 2025 ampliou a isenção para outras categorias, como a de veículos movidos 100% a hidrogênio. Também ficam dispensados os caminhões, ônibus e micro-ônibus movidos exclusivamente a gás natural, inclusive biometano.
Outra novidade para o exercício atual é a isenção dos veículos cujo imposto total seja inferior a uma Unidade Padrão Fiscal do Paraná (UPF/PR), ou seja, de até R$ 140,89.
VALORES – O IPVA é um dos principais geradores da receita tributária estadual e fica atrás apenas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em montante arrecadado pelo Estado. A alíquota do IPVA é de 3,5% sobre o valor venal de carros e motos em geral, e de 1% para ônibus, caminhões, veículos de aluguel, utilitários de carga ou movidos a gás natural veicular (GNV).
O valor venal refere-se ao valor de mercado de um veículo e é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com dados regionalizados para o Paraná.
SITES FALSOS – A Secretaria da Fazenda alerta os contribuintes sobre a presença de sites fraudulentos relacionados à cobrança do IPVA. A recomendação é gerar sempre as guias de pagamento através dos sites oficiais, identificáveis por endereços que terminam com a extensão “.pr.gov.br”, ou utilizar o app da Receita Estadual.
Por - Agência Brasil
Durante os dias mais quentes, é comum que o consumo de água aumente. A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) recomenda que a hidratação ocorra apenas com a utilização de água tratada. Também os demais usos da água, sejam para a higiene, para a alimentação e para o lazer, precisam vir de fontes seguras.
"A água da Sanepar é fornecida à população após rígidas análises dos padrões da água em todos os 345 municípios atendidos, o que garante a sua potabilidade e a sua qualidade. O uso da água contaminada ou de uma fonte que não tem garantia de potabilidade pode trazer diversos riscos à saúde”, explica Audrei Basso Osinski, que trabalha no Laboratório Central da Sanepar e atualmente responde pela Gerência de Avaliação de Conformidades da Sanepar.
Ela afirma que a Sanepar segue padrões nacionais e internacionais de potabilidade, estabelecidos tanto pelo Ministério da Saúde quanto pela Organização Mundial de Saúde, na distribuída à população.
“Para assegurar a qualidade da água entregue aos clientes, mensalmente são realizadas mais de 600 mil análises da água, desde a captação, saída das estações de tratamento e também nas redes de distribuição. A Sanepar realiza ainda, anualmente, cerca de 7,5 milhões de análises nos laboratórios operacionais durante o processo de tratamento da água, ainda dentro das estações e nos quatro grandes laboratórios centrais”, conta.
Audrei informa que a Sanepar é autossuficiente nas análises de 109 parâmetros da qualidade da água distribuída para a população, sendo os parâmetros determinados pelo Ministério da Saúde, através da Portaria de Consolidação 5/2017, anexos XX e XXI. “Dependendo da característica, cada um dos parâmetros previstos pela Legislação deve ser avaliado com periodicidade mensal, trimestral, semestral ou anual. Os resultados são registrados e armazenados em sistema de gestão de laboratório e disponibilizados ao Ministério da Saúde”, comenta.
GARANTIA – De acordo com a Portaria 5, é obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre em toda extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede) e nos pontos de consumo.
“O cloro residual permite que a água permaneça potável ao ser transportada das estações de tratamento até os pontos de consumo. Para avaliar esse quesito, entre outros, a água da Sanepar é analisada em diferentes momentos dos processos de captação, tratamento e distribuição e só é distribuída à população após a confirmação de que está de acordo com os padrões de potabilidade”, esclarece Audrei.
ANÁLISES – A Companhia possui quatro laboratórios centrais no Paraná nas maiores cidades do Estado (Curitiba, Maringá, Londrina e Cascavel), além de 153 laboratórios descentralizados de água. No Litoral, a Sanepar mantém sete laboratórios operando 24 horas por dia, analisando de hora em hora características químicas, físicas, microbiológicas e organolépticas. Para garantir a qualidade da água que fica armazenada nos imóveis, a Sanepar recomenda que os clientes façam a limpeza periódica de seus reservatórios domiciliares, buscando também que as caixas-d’água estejam devidamente vedadas.
Por - AEN
Tecnologia para uma vida melhor foi uma das prioridades da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em 2024, fechando o ano com novas plataformas que auxiliam na gestão das informações para aprimorar o atendimento aos cidadãos pelo SUS.
A saúde digital abrange o uso de sistemas de registros médicos eletrônicos, telessaúde e plataformas digitais que gerenciam dados e informações da saúde.
Essas iniciativas promovem a inovação, a integração e a inteligência artificial para apoiar a tomada de decisões clínicas e de gestão, refletindo em um atendimento mais eficiente e de qualidade à população.
Um dos principais avanços é a plataforma Paraná Saúde Digital, que está em operação desde junho de 2024. Com 100% de financiamento do Governo do Estado, a ferramenta demonstra todos os dados da Atenção Primária, prestada nos municípios, porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento ultrapassa R$ 13 milhões.
Essa nova plataforma de inteligência artificial, embora já esteja em operação, vai incluir ainda outras áreas como, por exemplo, a Gestão e Regulação de Leitos. Além de informações dos sistemas próprios do Estado, ela reúne dados de prontuários eletrônicos dos municípios e sistemas do Ministério da Saúde.
“A transformação digital da saúde modificará a forma de inserção de dados, análise e painéis ilustrativos, trazendo um cenário mais próximo da realidade de cada município. Essa mudança é necessária e o Paraná avança nesse sentido”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Em 2024 tivemos muitas mudanças e continuaremos a investir nessa expansão, pois são importantes ferramentas para a tomada de decisões”.
TELESSAÚDE – Em 2024, o Núcleo de Telessaúde do Paraná, vinculado à Sesa, oportunizou o acesso a exames de telediagnóstico, aumentando a resolutividade da Atenção Primária à Saúde. A estratégia de telediagnóstico, iniciada em 2021 com foco na dermatologia e no eletrocardiograma (ECG), continua a se expandir pelo Estado e a gerar resultados significativos no cuidado aos paranaenses.
O telediagnóstico é o diagnóstico a distância, no qual os exames são transmitidos por meio da internet para um médico especialista emitir um laudo. O objetivo é dar uma resposta mais rápida aos usuários.
No eletrocardiograma, a grande vantagem do sistema é a rapidez desta entrega. Para os casos de exames realizados como rotina, o diagnóstico é fornecido em até duas horas pelos cardiologistas, enquanto os casos de urgência têm uma resposta quase imediata, com o laudo emitido em até 10 minutos. Isso tem sido crucial para a detecção precoce de condições cardíacas graves, permitindo um tratamento rápido e eficaz.
Desde 2022, início da oferta do Telediagnóstico em Eletrocardiograma (Tele-ECG), já foram realizados mais de 90 mil laudos, sendo 40.794 somente em 2024. Neste ano, 59 novos locais de atendimento nos municípios (unidades de saúde, ambulatórios, hospitais e pronto atendimento) implementaram a ferramenta, totalizando agora 96. Na dermatologia, já foram emitidos mais de 3.700 laudos desde 2022. Em 2024, 22 novos municípios aderiram à estratégia.
Para 2025 está prevista uma nova fase de expansão do Tele-ECG. Esse processo é baseado na manifestação de interesse dos gestores municipais, na análise das condições locais de infraestrutura e equipamentos, e nos dados dos sistemas de informação de saúde.
Willian Mol de Souza, coordenador do Centro de Gestão da Informação da Sesa, ressalta que a saúde digital auxilia no aprimoramento dos serviços de saúde.
“O uso de plataformas de tecnologia e o auxílio da inteligência artificial resultam em decisões mais rápidas e eficazes. A expansão que o Estado está realizando nesse setor permite otimizar a gestão e melhorar a qualidade do atendimento ao cidadão, impulsionando a construção de um sistema de saúde mais eficiente e equitativo”, afirma.
CONSULTORIA – Além dos telediagnósticos, o Paraná também oferece serviços de teleconsultoria para apoiar profissionais de saúde na gestão de casos clínicos e tomada de decisão. As teleconsultorias nas áreas de TEA (Transtorno do Espectro Autista) e hanseníase estão sendo realizadas como projeto-piloto. Para TEA estão disponíveis em Adrianópolis, Araucária, Pinhais Piraquara e Rio Negro. Já a teleconsultoria em hanseníase está focada na Macrorregional Leste.
“Quanto mais individualizados os dados, mais conseguimos chegar ao cidadão e atender suas necessidades. As novas tecnologias são fundamentais para a transformação digital do SUS e nossa forma de trabalhar com as informações disponíveis”, ressalta a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti Lopes.
SUS DIGITAL – O Programa SUS Digital, do Ministério da Saúde, teve a adesão dos 399 municípios paranaenses. Ele amplia o acesso da população a ações e serviços de saúde. Também busca criar um ambiente colaborativo entre os diversos atores do SUS, capaz de garantir o aprimoramento da gestão.
GEORREFERENCIAMENTO – Um dos importantes sistemas utilizados no combate às arboviroses no Paraná é o GeoConass Arboviroses. Em uso desde 2023, o sistema auxiliou a conter a epidemia de chikungunya registrada no Paraguai que, por ser país vizinho do Brasil, a epidemia tinha alto risco de chegar ao Brasil.
Esse sistema foi desenvolvido em parceria com o Centro de Inteligência Estratégica para a Gestão Estadual do SUS (Cieges) do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Ele é uma das ferramentas que faz o geoprocessamento de dados do território, permitindo o monitoramento espacial para o bloqueio de casos e avaliações de intervenção.
Por - AEN
Em 2024 o Paraná chegou a 319 municípios integrados ao Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). É o líder em números absolutos, representando 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.
O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Natalino Avance de Souza, acentuou a importância da parceria com o sistema nacional para construir uma política consistente de segurança alimentar e nutricional. “O enfrentamento da fome não é simples, precisamos dessa união para ter um ambiente inovador e sustentável de produção se quisermos abastecer os municípios, o Estado, o País e termos a presença forte no mundo, que é o nosso caminho”, afirma.
Márcia Stolarski, chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan) da Seab, salienta que a segurança alimentar está entre os principais focos de trabalho do governo estadual. “São várias ações voltadas à parcela de paranaenses mais vulneráveis e à população em geral, além de garantia de renda aos produtores familiares”, diz.
Para a presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-Paraná), Roseli Pittner, a adesão ao Sisan é um dos caminhos para se promover a cidadania. “Entendemos que possibilita o direito humano à alimentação adequada e saudável, garantindo a dignidade a todos”, afirma.
“É ainda uma forma de cada município fortalecer suas ações de segurança alimentar e nutricional, com ações que possibilitem aperfeiçoar práticas alimentares saudáveis, respeitando a diversidade cultural e social e melhorando a economia por meio de políticas públicas direcionadas”, completa.
AÇÕES CONJUNTAS – O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) tem atualmente 1.301 municípios. Em números absolutos, o Paraná é seguido pelo Maranhão, com 130 municípios, e Minas Gerais, com 107. Em números porcentuais, o Estado, com 80% de suas unidades aderidas, é o segundo, atrás de Roraima, que tem 14 dos 15 municípios no sistema (93,3%).
“Consideramos o processo de adesão que ocorreu no Estado do Paraná muito importante, inclusive servindo de referência para que outros Estados reforçassem a mobilização junto aos seus municípios”, diz o coordenador-geral de Articulação Federativa, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Élcio Magalhães.
Para ele, há um conjunto de ações ocorrendo há alguns anos no Paraná que levou a esse resultado. Entre eles a organização da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Consea-PR, com atuação descentralizada; a atuação do Ministério Público, em especial junto aos prefeitos, estimulando e apresentando o Sisan; o conjunto de políticas estaduais de segurança alimentar e nutricional e as ações e políticas federais de estímulo.
Ele ressaltou que há um esforço para se construir uma rede de municípios aderidos ao Sisan. “Considerando que existe uma obrigação legal de atuação do Estado a partir da entrada do direito à alimentação adequada no artigo 6.º da Constituição Federal, o Sisan se tornou um instrumento para garantir e promover este direito”, afirma Magalhães.
O coordenador-geral da Articulação Federativa salientou ainda que o Sisan possibilita participação em programas importantes como o Plano Brasil sem Fome, Estratégia Alimenta Cidades, Política Nacional de Abastecimento, Programa de Aquisição de Alimentos, entre outras iniciativas federais e estaduais.
A adesão ao Sisan também facilita que os municípios somem forças do poder público, entidades privadas e terceiro setor para a redução da fome, a partir da produção, reaproveitamento e distribuição de alimentos de forma mais sustentável e estruturada.
SISAN – O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), estabelecido pela Lei n.º 11.346/2006, conhecida como Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), é um sistema público que tem como objetivo a elaboração e articulação de políticas nacionais, estaduais e municipais voltadas para a segurança alimentar e nutricional.
Além disso, o Sisan é responsável por monitorar e avaliar as mudanças na situação de alimentação e nutrição da população, bem como verificar o impacto dos programas e ações desenvolvidos nessa área. A atuação conjunta dos órgãos governamentais em todos os níveis e das organizações da sociedade é essencial para a formulação e implementação efetiva das políticas de segurança alimentar e nutricional no País.
Por - AEN
Um acidente fatal abalou a BR-277 em Palmeira, Paraná, na manhã deste domingo (5). Uma BMW com placas argentinas, carregada com mais de 100 quilos de maconha, colidiu de frente com um carro, resultando na morte de duas pessoas e ferindo outras três.
O ex-vereador de Mangueirinha, Sérgio Luiz do Santos, de 48 anos, e sua esposa Bernardina Demiciana Campos dos Santos, de 44 anos, perderam a vida no trágico acidente. O motorista da BMW fugiu do local e ainda não foi localizado.
Os feridos, um homem de 24 anos e duas mulheres de 20 e 24 anos, foram socorridos e levados para o Pronto Socorro de Palmeira e para o hospital em Ponta Grossa.
A Polícia Rodoviária Federal encontrou a droga escondida em tabletes dentro da caixa de ar e painel do veículo. A BMW e os entorpecentes foram encaminhados para a delegacia de Palmeira, onde a Polícia Civil investigará o caso.
Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde dos sobreviventes.
Em 2024, o Paraná reafirmou sua liderança nacional em doações e transplantes de órgãos e, em diversos indicadores, registrou os melhores resultados em seis anos. De janeiro a setembro, o Estado atingiu uma taxa de 42,8 doações por milhão de população (pmp), mais que o dobro da média nacional, de 20,3 pmp. Em seguida vem Santa Catarina, com 40,6 pmp, Rondônia (39,6 pmp), Rio Grande do Sul (28,9 pmp) e Rio de Janeiro (26,7 pmp).
Os dados são do último relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), divulgado em setembro. O relatório mostra, também, que o Paraná teve a menor taxa de recusa familiar do país, de apenas 27%, destacando o sucesso das ações de conscientização e o compromisso com a saúde pública.
Já no período de janeiro e outubro de 2024, dados da secretaria estadual da Saúde (Sesa), oriundos da Central Estadual de Transplantes (CET), mostram que em 2024 foram feitas 1.086 notificações de potenciais doadores feitas por hospitais quando há ocorrência de morte encefálica. O aumento das notificações de pacientes com morte encefálica refletem a atuação da Central Estadual de Transplantes e das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs).
Essas entidades atuam com treinamento, apoio e conscientização dos hospitais para realização da notificação junto à CET, o que dá início a todo o processo que poderá se concretizar em doação e transplante. Das 1.086 notificações feitas em 2024, foram efetivadas 416 doações, resultando em uma taxa de 43,6 doadores pmp no período de janeiro a outubro, a maior desde 2019.
Nesse mesmo período de dez meses, o Paraná realizou 694 transplantes de órgãos sólidos (coração, rim, pâncreas e fígado), um aumento de 11,75% em relação a 2019 - maior crescimento dos últimos anos. Entre os procedimentos, os transplantes cardíacos apresentaram o maior aumento percentual. Foram 31 transplantes em 2024, aumento de 121,4% em comparação a 2019.
Os transplantes renais somaram 415 procedimentos, 7% a mais que 2019, enquanto os transplantes hepáticos registraram 238 cirurgias, com aumento de 19%. Já os transplantes de córneas alcançaram 1.075 procedimentos, um crescimento expressivo de 46% em relação a 2019.
“O avanço desses números reflete o compromisso do Governo do Estado em salvar vidas e transformar a realidade de centenas de famílias”, diz o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Este resultado só foi possível graças ao trabalho dedicado dos profissionais do Sistema Estadual de Transplantes e à conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos”, afirma. “O Paraná segue como referência nacional, e continuaremos fortalecendo nossas ações para oferecer esperança e qualidade de vida a quem precisa.”
ESTRUTURA - O Sistema Estadual de Transplantes (SET) do Paraná é composto pela Central Estadual de Transplantes e quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), estrategicamente localizadas em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.
Conta com aproximadamente 700 profissionais e uma estrutura que inclui 70 Comissões Intra-Hospitalares, 60 equipes transplantadoras de tecidos, 23 equipes de transplantes de órgãos sólidos, 16 centros de transplantes de órgãos, 25 centros de córneas, 23 centros musculoesqueléticos, seis centros de válvulas cardíacas, cinco bancos de tecidos e seis laboratórios de histocompatibilidade.
FROTA – Em 2024, o Governo do Estado realizou a maior renovação de frota da história do SET, com a aquisição de 18 novos veículos, num investimento de R$ 1,9 milhão. Desses, nove foram destinados à Central em Curitiba e três para cada uma das OPOs em Cascavel, Maringá e Londrina. Além disso, duas novas aeronaves foram incorporadas à frota da Casa Militar, que agora conta com 12 aeronaves para transporte emergencial de órgãos e equipes médicas.
CAPACITAÇÕES - Para garantir a excelência no serviço, o Paraná investiu em capacitação e sensibilização. Em 2024, foram realizados 28 cursos sobre determinação de morte encefálica para médicos, 19 cursos sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, oito cursos de acolhimento e entrevista familiar para doação, três cursos de formação de coordenadores hospitalares e dois cursos específicos sobre atuação no centro cirúrgico.
Além disso, 75 palestras e ações de sensibilização reforçaram a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, capacitando mais de 1.100 profissionais de saúde e impactando diretamente mais de 2.000 pessoas.
“A capacitação e a dedicação das nossas equipes que atuam em todas as etapas do processo de doação são fundamentais para que cada vez mais pessoas sejam beneficiadas por meio de um transplante,” reforça Juliana Ribeiro Giugni, coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes.
Por AEN/PR