O setor de serviços continua em alta no Paraná. Nos quatro primeiros meses do ano, o setor cresceu 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Esse foi o terceiro melhor resultado do Brasil no acumulado de janeiro a abril, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice está acima da média nacional, que cresceu 2,3% no mesmo recorte.
Entre os principais responsáveis pelo resultado estão os subgrupos outros serviços (12,7%), serviços de informação e comunicação (8,8%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (5,2%). Completam a lista transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (4,1%) e serviços prestados às famílias (3,2%).
Apesar de uma leve queda no comparativo mês a mês, entre março e abril de 2024 (-1,0%), o volume de serviços nos últimos 12 meses acumula alta de 9,6% em comparação aos 12 meses anteriores. Esse resultado é o segundo maior do Brasil, atrás apenas do Mato Grosso (12,4%) e bem acima da média nacional no período, de 1,6%. Em relação aos outros dois estados do Sul, o Paraná lidera com folga no acumulado dos 12 meses, seguido por Santa Catarina, com alta de 6,8% (6ª posição nacional) e Rio Grande do Sul, com 1,7% (24ª posição).
RECEITA – O primeiro quadrimestre de 2024 também acumula alta de 9,8% na comparação com os quatro primeiros meses do ano passado em relação à receita nominal do setor. Em nível nacional, o Paraná ocupa a 6ª posição, atrás do Amazonas (13,2%), Santa Catarina, Espírito Santo e Minas Gerais (10,5%), e Distrito Federal (10,4%). Rio Grande do Sul teve alta de apenas 2,6%, 25ª posição nacional e terceiro lugar regional. A média nacional no período foi de 6,3%.
TURISMO – Os bons resultados do Paraná também se refletem nas atividades turísticas, que compõem o setor de serviços. No primeiro quadrimestre deste ano, a alta no turismo paranaense foi de 5,3% em relação ao mesmo período do ano passado, o quarto melhor resultado do País, atrás da Bahia (12%), Minas Gerais (9,1%) e Pernambuco (5,4%). O resultado paranaense também é o melhor da região Sul: Santa Catarina (4,3%) vem na sequência e o Rio Grande do Sul teve queda de -4,6%, 10º lugar das 12 regiões pesquisadas.
No comparativo entre março e abril de 2024, o setor cresceu 2,9% no Paraná, acima da média nacional, de 2,3%. No recorte regional, o Paraná fica à frente de Santa Catarina (0,8%) e Rio Grande do Sul (-3,6%). Já nos últimos 12 meses, o Estado aparece na 4ª posição, com 8,3%, enquanto que a média nacional foi de 4,7% e bem acima de Santa Catarina (4,5%) e Rio Grande do Sul (-0,4%).
Por - AEN
Campos de lavanda já fazem parte da paisagem paranaense. A área cultivada vem ganhando espaço e soma atualmente 12,5 hectares.
Estruturada em 2022 tendo à frente o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (lDR-Paraná), a Rota das Lavandas é um circuito turístico que inclui propriedades em Araucária, Carambeí, Londrina, Palmeira, Toledo e Umuarama. Desde 2022 as propriedades receberam 152 mil visitantes e produziram uma renda bruta de R$ 7 milhões.
O Lavandário Het Dorp, em Carambeí, nos Campos Gerais, é administrado pela família Los e está aberto aos turistas de terça-feira a domingo. A área com lavanda é de 1,5 hectare. Na propriedade há, ainda, 2,5 hectares de girassol, a reprodução de um vilarejo holandês, loja com produtos cosméticos à base de lavanda, uma queijaria e um café.
A lavandula é o gênero de plantas da família Lamiaceae que abrange várias espécies e cultivares popularmente conhecidas como lavanda. Em Portugal é denominada alfazema. Seu óleo essencial, extraído da destilação de folhas, caules e flores, tem ação antisséptica, ansiolítica, relaxante e estimulante da regeneração da pele. É indicado para o uso em produtos cosméticos e fitoterápicos.
Lucas Henrique Los explica que a propriedade sempre foi dedicada à criação de gado de leite e produção de queijos. O plantio de lavanda começou há três anos, para aumentar o rendimento da chácara. Desde então a família Los vem aprimorando o cultivo. A variedade mais plantada é a lavanda francesa ou Lavandula dentata que floresce o ano inteiro. A planta tem um porte arbustivo, apresenta flores azul-arroxeadas e têm um aroma marcante.
No lavandário, os visitantes podem conhecer outras cinco variedades de lavanda (a inglesa, a portuguesa, a egípcia, a espanhola e o híbrido lavandim), cuja floração tem seu ápice entre novembro e março. Para que a chácara tenha sempre lavandas em flor, os proprietários fazem podas frequentes que revigoram as plantas.
A criação da Rota das Lavandas, segundo Loss, está estimulando o turismo na região, sendo visível o aumento do número de visitantes na cidade. “A atividade turística está despertando o interesse das pessoas e levou à criação do Conselho Municipal do Turismo no ano passado”, diz ele. Los afirma que a criação do circuito propiciou a troca de experiências entre os produtores. “Fazemos reuniões online para trocar informações a respeito de fornecedores de produtos, experiências e práticas que deram certo no cultivo”, observou.
SOJA, MILHO E LAVANDA - O plantio de soja e milho sempre foi o forte da fazenda da família de Rosilene Welter, em Toledo. Há cinco anos, por influência da filha, ela resolveu diversificar as atividades da propriedade e criou um espaço dedicado ao ecoturismo rural. São cinco mil metros quadrados, meio hectare, ocupados com a lavanda. Durante a florada, o visitante pode fazer passeios pelo cultivo.
Também existem áreas com girassol, canola e trigo sarraceno. “Fizemos um paisagismo bacana para que o pessoal possa passar um dia na fazenda. Fazer piquenique, curtir uma pequena trilha. Na verdade, um dia de mais contato com a natureza. É um turismo de experiência. Os visitantes podem conhecer várias qualidades de frutas e de plantas aromáticas. Temos também uma loja de produtos feitos na fazenda e por nossos parceiros, à base de lavanda”, conta Rosilene.
Para Rosilene, a criação da Rota da Lavanda foi importante para o desenvolvimento do seu empreendimento turístico. “Quando me convidaram para fazer parte da Rota, junto veio uma série de trocas de experiências com outras pessoas que estavam participando, o incentivo de o que fazer e como fazer. Muitas dicas de como começar com o turismo rural. Foi muito aprendizado do pessoal do IDR-Paraná que ajudou bastante porque eu não tinha todo esse conhecimento em como começar. Aí a gente deslanchou”, lembra.
Segundo ela, o turismo rural pode até demorar um pouco para dar um lucro representativo, mas a atividade é positiva em outro aspecto. “Na parte de compensação pessoal vale muito a pena. É fantástico receber pessoas. Cada vez é um aprendizado diferente que dinheiro nenhum do mundo paga”, afirma.
INFORMAÇÃO - Para quem pensa em explorar o cultivo de lavanda e o turismo rural, Rosilene recomenda a busca de informação. “Para quem quer começar nessa atividade, o mais importante é a capacitação. Procurar cursos que estejam ligados ao turismo rural, desde a legislação, recebimento de pessoas, seguros, guias de turismo. Vários órgãos, inclusive o IDR-Paraná, sabem como identificar e conduzir as pessoas até esse aprendizado. E nunca desistir porque vale a pena”, concluiu.
SUCESSÃO PREMIADA - O Lavandário Het Dorp, em Carambeí, ganhou o prêmio Orgulho da Terra, na categoria Sucessão Familiar, em 2022. Leonardo Los, o proprietário, investiu na educação de seus três filhos, mas viu dificuldades em mantê-los trabalhando com a produção de leite, atividade tradicional da família. A saída foi aceitar as novidades trazidas pelos jovens e dividir responsabilidades.
Assim, Nicolass Los ficou responsável pelo rebanho leiteiro que segue produzindo leite de qualidade. Paulo Los buscou capacitação de queijeiro e passou a produzir diversos tipos de queijos na propriedade. Lucas Los ficou responsável pelo lavandário e o desenvolvimento de todas as atividades turísticas da propriedade. Desta forma a família Los conseguiu uma transição segura e tranquila, mantendo duas gerações na atividade rural.
Por - AEN
Mais espaço para vítimas e socorristas, equipamentos mais modernos e uma comunicação mais eficiente com os hospitais estão entre as características que tornam a nova frota de ambulâncias do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) do Paraná a mais moderna do Brasil.
Ao todo, o Estado adquiriu 60 novos veículos neste modelo, o que equivale a mais de 63% das 95 ambulâncias ativas do serviço, que é vinculado ao Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) e gerido de forma compartilhada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e os municípios.
As ambulâncias foram adquiridas via licitação a um custo unitário de R$ 498 mil, totalizando R$ 29,8 milhões para a renovação da maior parte da frota. Os veículos foram entregues em lotes entre 3 de julho de 2023 e 3 de junho de 2024, quando as últimas 15 unidades foram entregues pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior junto com outros veículos do Corpo de Bombeiros. Do remanescente da frota ativa, 31 fazem parte de um pacote de ambulâncias comprado em 2022 e outras quatro de um lote de 2019.
De acordo com o coordenador estadual do Siate, major Marcos Galeazzi, a aquisição das ambulâncias faz parte de um processo de melhoria contínua do serviço e que foi possível após um amplo diálogo com os socorristas. Alguns consultados estão presentes quase desde a fundação formal do serviço no Paraná, há 34 anos, e têm ampla experiência na linha de frente dos primeiros socorros a milhares de vítimas de acidentes de trânsito, quedas, desabamentos, soterramentos, ferimentos por arma e queimaduras, entre outras ocorrências.
“Para chegarmos ao Termo de Referência contendo as condições específicas para essa nova ambulância questionamos estes profissionais sobre aspectos como altura, tração do motor, sistema de ar-condicionado, comunicação entre os socorristas e motoristas”, disse Galeazzi.
Com o tempo, a equipe responsável analisou as demandas mais comuns e a sua viabilidade técnica para chegar no documento final da licitação. “Isso nos trouxe um arcabouço de melhorias a serem acrescentadas ao documento, o que fez com que as novas ambulâncias adquiridas se tornassem as mais modernas em operação no Brasil. Isso fez com que outros oito estados já nos procurassem para usar o nosso Termo de Referência como base para suas licitações”, acrescentou o coordenador estadual do Siate.
MAIS CAPACIDADE – Um dos principais diferenciais dos novos modelos é a possibilidade de transporte simultâneo de até duas vítimas dentro das condições ideias de suporte, que contam com macas e aparelhos de oxigênio individuais. A característica é crucial nas rotinas do Siate, em que o tempo para atendimento é um fator determinante nas chances de sobrevivência e na mitigação de eventuais sequelas em decorrência dos acidentes.
As melhorias incluem também um sistema de ar-condicionado elétrico independente entre a cabine e o espaço de atendimento, o que garante mais conforto e eficiência ao veículo, e macas de poliéster, que são mais leves que as tradicionais de madeira e facilitam a higienização e esterilização dos equipamentos. A central elétrica também é independente, o que evita curtos-circuitos e minimiza a perda de energia.
COMUNICAÇÃO MAIS ÁGIL – Outra melhoria que afeta diretamente o atendimento é o uso de rádios digitais, o que permite a transmissão de dados em tempo real sobre as vítimas pelo Siate e as unidades hospitalares. A modernização do sistema de comunicação é reflexo de uma articulação conjunta entre o Corpo de Bombeiros e a Secretaria da Saúde (Sesa).
“O socorrista consegue enviar o prontuário eletrônico em tempo real para o responsável da unidade hospitalar que vai receber o paciente em uma rede que cobre todo o Paraná, inclusive com a existência de mais antenas repetidoras em algumas regiões para garantir um sinal de qualidade e que não caia”, explicou Galeazzi.
“Como eles sabem com mais exatidão o estado da vítima ela não precisa passar por uma nova triagem no hospital porque já sabem como está o monitoramento cardíaco, a pressão arterial, já podem solicitar os exames e encaminhamentos necessários para o atendimento mais rápido possível”, acrescentou o coordenador estadual do Siate.
PADRÃO DE QUALIDADE – A conclusão da renovação da frota de ambulâncias marca mais uma etapa no esforço de aprimoramento do Siate no Paraná. Desde 2019, o Corpo de Bombeiros iniciou um trabalho para estabelecer padrões de qualidade de excelência à população, com procedimentos que devem ser seguidos por todos os profissionais.
A estratégia integrada começou com o estabelecimento de uma capacitação padrão aos socorristas de todo o Estado homologada pela Escola de Saúde Pública do Paraná. Com isso, todos os profissionais que já atuavam no Siate passaram por novos treinamentos, enquanto outros 600 que vão ingressar no serviço – 120 por ano – já passam pelo mesmo processo de qualificação.
O material utiliza como base é o PHTLS (sigla em inglês para PreHospital Trauma Life Support ou Atendimento Pré-Hospitalar ao Trauma na tradução oficial). O programa de treinamento é internacionalmente reconhecido por melhorar a qualidade do atendimento ao paciente traumático, reduzindo as taxas de mortalidade e morbidade.
“O Siate é um Serviço de 34 anos, então estamos focados em aprimorar aquilo que dá certo. As novas ambulâncias são a conclusão desta etapa de aprimoramento, mas continuaremos a buscar novas melhorias nas próximas licitações para que o Siate continue a ser uma referência para a população paranaense”, garantiu o coordenador.
Por - AEN
A sede da Secretaria de Segurança Pública (SESP), em Curitiba, recebe nesta semana o encontro regional (etapa Sul) sobre a Política Nacional de Atenção às Mulheres Privadas de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional (PNAMPE).
O objetivo é promover uma troca de experiências e de boas práticas entre os estados para que seja feito um nivelamento nacional quanto às políticas públicas em prol das mulheres apenadas para o ciclo de 2024 a 2027.
O evento de abertura também contou com uma mostra laboral de diversos objetos confeccionados por mulheres do sistema penitenciário paranaense.
O diretor de Políticas Públicas da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp), coronel Saulo de Tarso Sanson, afirmou que eventos assim são importantes para unificar as ações, sem esquecer as particularidades de cada localidade.
“A construção do novo plano estadual para o triênio 24 a 27 será de suma importância. O encontro é uma oportunidade de trocar ideias e boas práticas para que, então, se possa desenvolver ações que sejam efetivas de acordo com a realidade de cada região. As políticas públicas desenvolvidas pelo Paraná vem ao encontro do Programa Mulher Segura, que visa combater a violência contra a mulher no Estado”, disse.
“Nossa gestão à frente da Polícia Penal do Paraná tem colocado mulheres em destaque e este evento demonstra a preocupação no desenvolvimento de políticas voltadas para as apenadas”, disse o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Reginaldo Peixoto.
O objetivo principal, acrescentou ele, é a reintegração social dessas mulheres por meio da educação e do trabalho para inseri-las na sociedade. “O objetivo é minimizar as situações delicadas que elas passam e as especificidades do gênero e, com isso, que elas não retornem para a prisão”, explicou Peixoto.
“Que neste encontro possamos contribuir para garantir ainda mais o acesso às políticas públicas a essas mulheres e também uma atenção especial às mulheres negras, que são maioria entre o público carcerário feminino”, aponta a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Ivanete Paulino Xavier.
A diretora da Penitenciária Feminina do Paraná (PFP) e presidente da Política Estadual de Atenção às Mulheres Privadas de Liberdade e Egressas, Alessandra Prado, espera que este ciclo que se inicia no triênio 2024-2027 seja marcado pela busca por políticas ainda mais eficazes. “Percebemos a evolução no dia a dia de cada política voltada às mulheres no cárcere. Estamos à disposição para ajudar a construir políticas nacionais fortes e eficazes para atender as demandas e dar melhores condições às apenadas”, enfatizou.
“Nosso objetivo é desenvolver juntos uma política eficaz a nível nacional que traga melhores condições para cada uma das mulheres em privação de liberdade. Faremos visitas técnica nas unidades femininas com objetivo de realizar intercâmbio de conhecimentos e experiências”, afirmou a policial penal federal e coordenadora de Atenção às Mulheres e Grupos Vulneráveis da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Raissa Pereira de Araújo.
DOCUMENTÁRIO – Durante o encontro foi exibido o documentário “Olha Pra Elas”, com direção de Tatiana Sager e roteiro de Renato Dornelles. A produção mostra dramas pessoais vividos por mulheres privadas de liberdade em seis unidades penais do Rio Grande do Sul e de São Paulo.
O filme já foi premiado no Florianópolis Audiovisual do Mercosul (FAM), como “Melhor Filme Work in Progress”, recebendo também o prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo em 2020. Foi selecionado para a mostra de filmes da lusofonia da 27ª edição do “Festival Caminhos do Cinema Português”, em Portugal, e para o “Festival Cinema Negro Em Ação”, no Brasil, em 2022.
PNAMPE – Criada por meio da Portaria Interministerial nº 210, de 16 de janeiro de 2014, a Política Nacional de Atenção às Mulheres Privadas de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional (PNAMPE) visa fomentar o diálogo e a disseminação de conhecimentos relacionados às iniciativas direcionadas às mulheres sob custódia e egressas do sistema prisional.
O cronograma do evento inclui, também, a partilha de boas práticas por parte dos estados, juntamente com oficinas voltadas para a elaboração, implementação e avaliação de planos estaduais.
Para quarta-feira (12) estão previstas visitas técnicas na Penitenciária Feminina do Paraná (PFP) e no Centro de Integração Social (CIS), unidades femininas localizadas no Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
“Desde que ingressei no Ministério Público, há 33 anos, tenho tido aprendizados constantes e permanentes quanto às práticas da execução penal. Gostaria de expressar minha admiração pela Polícia Penal do Paraná, pois o que vejo nas unidades penais femininas como o CIS e a PFP é uma grande vontade de fazer o certo e aprimorar cada vez mais”, destacou a promotora de Justiça e corregedora, doutora Stella Maria Floriani Burda.
Outras etapas como esta já foram realizadas nas cidades de Belém, no Pará (etapa Norte); em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (etapa Centro-Oeste); em João Pessoa, na Paraíba (etapa Nordeste); e em Vitória, no Espírito Santo (etapa Sudeste).
Por - AEN
Com a construção de 13,7 km de novas redes por dia, em média, o Paraná Trifásico ultrapassou a marca de 17 mil quilômetros de estruturas instaladas e já beneficia 366 municípios em todo o Estado.
Isso representa 68% dos 25 mil quilômetros que a Copel está construindo e vai concluir até o final de 2025. Ainda em 2024, a previsão é chegar a 20 mil km, 80% do total da iniciativa.
A companhia está investindo cerca de R$ 3 bilhões para construir as novas redes trifásicas, que substituem as antigas estruturas rurais monofásicas, modernizam a rede elétrica no campo e garantem acesso mais barato à rede para os consumidores rurais. Desde o início do programa, a empresa já aplicou R$ 2 bilhões nas obras.
“Com o Paraná Trifásico, estamos aplicando o que há de mais moderno em redes rurais para fortalecer a infraestrutura elétrica e proporcionar segurança energética ao estado”, afirma o presidente da Copel, Daniel Slaviero. Ele ressalta que a população do campo e o setor agroindustrial são os principais beneficiados. “Este é um programa que vai ao encontro das necessidades do produtor rural paranaense”.
OBRAS POR REGIÃO – Até o momento, o programa chegou a mais de 90% dos municípios paranaenses. O Centro-Sul reúne a maior parte das redes construídas: 4.054 quilômetros entregues. Os municípios de Reserva, que já recebeu 236 km de novas redes, Ponta Grossa (204 km), e Palmeira (194 km) são os que detêm a maior quilometragem na região.
Na sequência, o Oeste concentra 2.912 quilômetros de novas redes. Em Cascavel, são 244 km de redes, em Guaraniaçu, 163 km, e em Toledo, 159 km. No Noroeste, a companhia entregou 2.846 quilômetros de redes trifaseadas. Umuarama, com 109 km construídos, Mandaguari (96 km) e Nova Cantu (94 km) sediam as redes mais extensas na região. No Norte, as obras do Paraná Trifásico somam 2.503 quilômetros até o momento, com destaque para Cândido de Abreu, com 230 km, Londrina, com 121 km, e Ivaiporã, 107 km.
Já a Região Sudoeste recebeu 2.494 quilômetros de redes do programa: Francisco Beltrão tem 211 km de novas estruturas, Capanema conta com 113 km, e Coronel Domingos Soares soma 105 km. Por sua vez, na Região Metropolitana de Curitiba foram concluídos 2.357 quilômetros de redes trifásicas. A Lapa, com 308 km, é o município com a rede mais extensa. Rio Branco do Sul, com 232 km de novas redes, e Antônio Olinto, no Sul, com 174 km, são os outros destaques.
PROGRAMA – Toda a espinha dorsal da rede de distribuição no campo está sendo trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica existente. Além de garantir energia de mais qualidade e com maior segurança, o programa proporciona o acesso do produtor rural à rede trifásica a um custo muito inferior ao que até hoje era pago.
“Os novos cabos que estamos instalando contam com uma capa protetora mais resistente à queda de galhos ou outros objetos”, explica Edison Ribeiro da Silva, superintendente de engenharia de expansão da Copel. Ele destaca que os postes antigos que se situavam no meio das plantações estão sendo retirados e os postes novos estão sendo instalados junto às estradas, o que facilita o acesso dos técnicos em caso de necessidade. “Dessa forma a gente fortalece a rede, melhora a qualidade do fornecimento de energia e leva mais conforto à população”.
As novas redes têm conexões inteligentes com a central de monitoramento da companhia por meio de equipamentos conhecidos como religadores automáticos. Esses equipamentos têm capacidade para identificar problemas e “abrem temporariamente” para passagem de eventuais curtos e para evitar desligamentos, além de religarem a energia sem precisar de interferência humana. Os dispositivos podem ser acionados remotamente pelo Centro de Operação da Copel, em Curitiba.
Culturas que dependem da energia elétrica intensiva para a sua produção ganham com o programa. Dentre elas, destacam-se leite e derivados, suinocultura, avicultura, piscicultura e fumo.
Por - AEN
Um balanço da Receita Estadual do Paraná a respeito do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2024 indica que 75,1% do valor total do imposto lançado foi recolhido aos cofres públicos.
Ao todo, o montante global de IPVA cobrado neste ano foi de R$ 6,42 bilhões, que incidiram sobre uma frota de 4,7 milhões de veículos. Até o dia 1º de junho, haviam sido recolhidos R$ 4,82 bilhões.
Até o momento, 3,4 milhões de veículos fizeram o pagamento total ou parcial do IPVA 2024, ou seja, 72,5% da frota tributada. Mais de 2,8 milhões de veículos (60% da frota) quitaram integralmente o imposto; para outros 585 mil (12,45% da frota) houve pagamento parcial, ou seja, de ao menos uma parcela. O calendário de vencimentos do IPVA 2024 encerrou-se em 23 de maio.
O coordenador de Arrecadação da Receita Estadual do Paraná, Ezequiel Rodrigues dos Santos, explica que o índice de pagamentos efetuados segue em linha com o observado em exercícios recentes e ressalta que há prejuízos para quem deixa de pagar. “Veículos inadimplentes ficam impossibilitados de emitir o Certificado de Licenciamento, que é obrigatório para a circulação nas vias públicas. Transitar sem o licenciamento pode resultar em multa e retenção do veículo até a regularização das pendências”, alerta.
O não pagamento do IPVA também impede a transferência de propriedade do veículo e dificulta a obtenção da Certidão Negativa de Tributos. Se a inadimplência persistir, o débito pode ser inscrito na Dívida Ativa do Estado, e o nome do proprietário incluído no Cadin Estadual. Isso gera restrições, como dificuldade de acesso a empréstimos e crédito, inclusive a impossibilidade de aproveitar créditos do programa Nota Paraná.
COMO QUITAR – Os proprietários com parcelas vencidas do IPVA 2024 podem quitá-las através do Portal IPVA, com acréscimo de multa e juros. A multa é de 0,33% ao dia mais juros de mora, conforme a taxa Selic. Após 30 dias de atraso, o percentual é fixado em 10% do valor do imposto. Além disso, é possível parcelar débitos de exercícios anteriores pelo mesmo portal.
Uma forma prática de pagar o IPVA é via pix, por meio do QR Code impresso nas guias de recolhimento. O método é aceito por mais de 800 instituições financeiras e o pagamento é compensado em até 24 horas. Ele pode ser realizado pelos canais digitais dos bancos, mesmo aqueles sem convênio com o Estado. As guias podem ser geradas de forma segura pelo aplicativo Serviços Rápidos da Receita Estadual, disponível para Android e iOS.
Além disso, é possível pagar o IPVA com cartão de crédito, com a opção de parcelamento em até 12 vezes, sujeito à cobrança de juros pelas emissoras dos cartões. A tabela de taxas está disponível AQUI.
SITES FALSOS – A Secretaria da Fazenda do Paraná alerta sobre a existência de sites falsos de cobrança do IPVA. Os contribuintes devem sempre gerar as guias por meio dos canais oficiais, que possuem final “pr.gov.br”, ou pelos aplicativos da Receita Estadual e do Detran.
O Portal de Pagamentos de Tributos do Estado do Paraná também passou por uma reformulação na sua interface. Um dos objetivos da mudança foi garantir maior facilidade na experiência do usuário, além de proporcionar mais segurança aos contribuintes. A Fazenda Estadual esclarece ainda que não encaminha correspondências e nem correio eletrônico com guias para o pagamento do imposto.
Por - AEN