Estado entrega licença para instalação de usina de etanol de milho de R$ 1,7 bilhão da Coamo

O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou nesta quarta-feira (14) a Licença de Instalação (LI) para a construção da primeira usina de etanol de milho da Coamo Agroindustrial Cooperativa, em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Estado. O documento foi emitido pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

O investimento da Coamo será de R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 500 milhões em financiamento aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos do Fundo Clima.

“É uma alegria participar desse momento histórico, a primeira grande indústria de etanol de milho do Paraná, uma planta bilionária de investimentos da Coamo, consolidando o Paraná como um dos maiores produtores de biocombustível do Brasil”, afirmou Ratinho Junior. “Ela já nasce ultramoderna, pois além de produzir o etanol de milho, que é um combustível sustentável, terá também autogeração de energia, fazendo com que essa indústria seja autossuficiente e abastecendo as demais plantas do parque industrial da Coamo”.

“Além disso, com o seu derivado daquilo que sobra, ela faz o DDGS, que é a base para a ração com proteína animal, em especial para bovino e suinocultura. É geração de emprego na veia, consolidando o Paraná como o estado mais sustentável do Brasil, e também como o supermercado do mundo, que gera alimento, biocombustível e energia limpos”, acrescentou o governador.

A cooperativa recebe anualmente 3 milhões de toneladas de milho, das quais entre 500 mil e 600 mil toneladas serão destinadas à produção de biocombustível. O complexo terá capacidade para processar 1.700 toneladas de milho por dia e produzir 765 mil litros de etanol a cada 24 horas. As operações devem ser iniciadas no segundo semestre de 2026.

Além disso, o projeto vai garantir a produção diária de 510 toneladas de farelo para nutrição animal (DDGS) e 34 toneladas de óleo de milho, produtos gerados após a fermentação. O DDGS é um farelo rico em fibras e proteínas, utilizado na alimentação animal, enquanto o óleo de milho pode ser destinado à produção de biodiesel.

“Isso prova que o Paraná está na vanguarda. A Coamo é a maior cooperativa da América Latina e o Governo do Estado vem aqui demonstrar o respeito que tem por Campo Mourão e pela região, trazendo a licença de instalação. Estamos provando que é possível crescer, se desenvolver, gerar emprego, renda, melhorar a vida das pessoas, cuidar e recuperar o meio ambiente”, ressaltou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes.

“Essa é uma planta que nasce com o DNA de uma indústria limpa. Ela vai gerar energia para todo restante do parque industrial da Coamo. Com isso, Campo Mourão vai ter mais empregos, mais renda, receberá mais impostos e a cidade, sem dúvida alguma, será melhor”, finalizou o secretário.

Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, o investimento da cooperativa mostra que é possível o crescimento econômico aliado à sustentabilidade. “Com o investimento benéfico da Coamo, vamos ver se materializar para sempre mais uma matriz de sustentabilidade para ser oferecida ao mundo pelo nosso grandioso Paraná. O supermercado do mundo é pouco para nós”, defendeu.

A nova planta será construída no Parque Industrial da Coamo, às margens da BR-487. Atualmente, o complexo abriga nove plantas industriais voltadas principalmente para a alimentação humana e animal. Entre as instalações estão moinho de trigo, fiação de algodão, indústrias de margarinas e gorduras vegetais, entre outros.

“Para nós hoje é mais uma etapa da construção do desenvolvimento sustentável no Estado. O Paraná é rico em solo, em água, em florestas, e tem uma capacidade produtiva muito grande demonstrada pelos seus agricultores e, nesse particular do etanol, demonstrada pelos cooperados da Coamo”, comenta o diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT), Everton Souza.

“Essa preocupação do licenciamento ambiental traz a perspectiva de que nós possamos ter no Paraná empreendimentos que geram empregos, impostos e renda, tudo isso com sustentabilidade. Foi um trabalho árduo da nossa equipe técnica e da cooperativa para subsidiar a decisão de emitir primeiro uma licença prévia, que determinou que o local era cabível de se instalar uma usina. Agora, a licença de instalação permite efetivamente a execução da obra de construção da planta”, salientou Souza.

De acordo com a cooperativa, serão criados 2.200 empregos diretos durante a construção da nova planta industrial, e outras 250 vagas quando estiver em operação. Segundo o presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, o objetivo é agregar valor à produção dos cooperados.

“Vamos esmagar 600 mil toneladas de milho ao ano, com produção de etanol, farelo de milho e óleo de milho. Para a comunidade é espetacular porque gera emprego perene, qualidade e traz desenvolvimento. É uma indústria que agrega valor. Não é mais apenas a venda de um cereal, mas sim um cereal transformado em um biocombustível e num farelo de alta proteína”, afirmou.

Outro ponto importante é que, além do etanol, a indústria terá uma matriz energética térmica baseada em eucalipto de reflorestamento próprio, com 5 mil hectares de cultivo. A usina gerará 30 megawatts de energia elétrica, suficiente para abastecer 100% do parque industrial do complexo de etanol de milho.

“Além de todos esses produtos, ela vai gerar energia elétrica. Isso permite que todas as outras nove indústrias sejam autossuficientes a partir de uma matéria-prima renovável, que são os reflorestamentos de eucalipto. É um ciclo virtuoso, uma indústria altamente sustentável, onde escolhemos Campo Mourão e o Paraná por questões de logística, por estar mais ao Sul, então comercialmente também beneficia bastante”, concluiu o presidente executivo.

O Brasil conta com 24 usinas de etanol de milho em operação. Destas, 11 são dedicadas exclusivamente ao milho, enquanto as demais são usinas flex, que produzem etanol também pela cana-de-açúcar. A produção de etanol de milho é predominante na região Centro-Oeste, mas há projetos de expansão em diversas regiões do País.

MEMORIAL – Durante a entrega da Licença de Instalação, Ratinho Junior também visitou o Memorial da Coamo, que conta a história tanto da cooperativa quanto da própria cidade.

“É algo que nos enche de orgulho. Conhecer mais a fundo a história da Coamo, que já é conhecida por todos que vivem um pouco da agricultura, dessa evolução do Brasil, com detalhes, a transformação que aconteceu ao longo desses últimos 50 anos. É ver essa que se transformou, da união de 79 agricultores, na maior cooperativa da América Latina, faturando acima de R$ 30 bilhões”, salientou Ratinho Junior.

O Memorial fica na Avenida Guilherme de Paula Xavier, nº 6950, e recebe todos os públicos, desde crianças e escolas até adultos e cooperados. Para visitar o espaço é necessário agendamento. Mais informações podem ser conferidas AQUI.EVENTO COAMO

Foto: Roberto Dziura Jr./AEN


COAMO – Com 54 anos de existência, a Coamo Agroindustrial Cooperativa é a maior empresa do Paraná e aparece na 44ª posição entre as 500 maiores do Brasil no ranking Época Negócios 360º 2024, liderando o setor que mais se destaca no cenário de negócios do Estado: o cooperativismo. A gigante do setor encerrou o ano passado com uma receita global de R$ 28,82 bilhões. Desse montante, R$ 694 milhões foram distribuídos entre os mais de 32 mil cooperados espalhados pelo Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Mesmo diante das dificuldades climáticas, a Coamo recebeu um total de 8,02 milhões de toneladas de produtos agrícolas em 2024, equivalente a 2,7% da produção brasileira de grãos e fibras. No mercado externo, exportou 4,34 milhões de toneladas de commodities e produtos alimentícios, gerando um faturamento de US$ 1,88 bilhão.

A industrialização é um pilar importante dos negócios da Coamo. A planta de etanol deve se somar a outras plantas de processamento de soja, café, margarina e gordura vegetal, distribuídas entre Campo Mourão, Paranaguá (PR) e Dourados (MS). Em 2024, inaugurou sua nova fábrica de rações, produzindo nutrição animal para gado de corte e leiteiro, equinos, suínos, aves, peixes, cães e gatos, com investimento de R$ 178 milhões.

PRESENÇAS – Participaram da entrega da licença os secretários estaduais Aldo Bona (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) e Sandro Alex (Infraestrutura e Logística); o subchefe da Casa Civil, Lúcio Tasso; o prefeito de Campo Mourão, Douglas Fabrício; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi; diretores e cooperados da Coamo e demais autoridades da região.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná teve maior salto da região Sul em ranking nacional de inovação na última década

Em uma década, o Paraná deu um salto no cenário nacional da inovação, de acordo com o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), calculado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

De sexto colocado em 2014, o Estado subiu para o terceiro lugar em 2024, consolidando-se como uma das economias mais dinâmicas e tecnológicas do País. O avanço foi o maior entre os estados do Sul. A série histórica foi divulgada nesta semana e pode ser consultada AQUI.

O desempenho mais recente coloca o Paraná atrás apenas de São Paulo e Santa Catarina no ranking, que avalia 74 indicadores, como infraestrutura, ambiente de negócios e produção tecnológica. A lista dos seis estados mais inovadores permaneceu a mesma na última década, mas com o Paraná registrando o maior crescimento. Completam a lista Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

O Paraná também se destaca no chamado IBID-Contexto, que é um subindicador que analisa as condições que tornam um estado mais ou menos propícios à inovação. O estado também teve o maior salto do Sul, saindo da quinta posição em 2014 para a segunda em 2024.

O levantamento avalia resultados de investimentos estratégicos em pesquisa, parcerias público-privadas e capital humano. "Estamos colhendo os frutos de um trabalho que começou há anos, com foco em integrar academia, empresas e governo", diz o secretário estadual da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani. “Já temos um grande ecossistema de inovação, universidades públicas e privadas muito bem conceituadas, investimentos em pesquisas e um setor produtivo altamente tecnológico. Nosso foco agora é ser referência em IA no País”.

Somente no ano passado, o Governo do Paraná destinou, através do Fundo Paraná, R$ 581,6 milhões para ações, programas e projetos estratégicos da área de ciência, tecnologia e inovação. Esse é o valor recorde na história do Estado. Os recursos têm sido direcionados a parques tecnológicos, incubadoras, projetos de pesquisa em universidades, editais de incentivo à startups e educação tecnológica.

“Saltamos de 2022 de um orçamento de R$ 100 milhões para mais de R$ 580 milhões em 2024. Um dos pilares desse avanço é o Fundo Paraná, principal instrumento de financiamento à inovação no Estado”, complementa o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.

O fundo é aplicado pelas secretarias estaduais da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti); Inovação e Inteligência Artificial (SEIA), além da Fundação Araucária, Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).

Até o fim de 2024, o Estado também ampliou para 490 o número de ambientes promotores de inovação credenciados em uma estratégia de integração entre pesquisa, setor produtivo e governo. Além disso, o Estado tem 53 incubadoras, 63 pré-incubadoras, 12 aceleradoras, 64 centros de inovação, 35 agências de inovação, 74 hubs de inovação e 154 espaços maker.

Para conectar melhor as regiões do Estado, o Governo do Paraná também está liderando um processo de governança do Sistema Paranaense de Inovação. O objetivo é reunir representantes de diversas áreas de atuação, seja possível entender as demandas das regiões do Paraná e utilizar a inovação como um agente transformador nos municípios, por meio de políticas públicas, incentivo a pesquisas e capacitações.

 

 

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

 Maio Laranja: PCPR orienta como identificar e prevenir violência contra crianças

Durante o Maio Laranja, campanha nacional de conscientização sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) reforça a importância da atenção, do diálogo e da denúncia como formas de proteção a meninos e meninas. 

A violência pode se manifestar de maneiras diversas, sendo física, emocional, sexual ou por negligência e, muitas vezes, os sinais passam despercebidos até por quem convive diariamente com a vítima.

Segundo o delegado Rodrigo Rederde, pais, professores e profissionais da saúde devem observar com atenção mudanças no comportamento. Queda no rendimento escolar, isolamento, agressividade, medo sem motivo aparente, retorno a comportamentos infantis (como urinar na cama) ou até mesmo um interesse precoce por temas ligados à sexualidade podem indicar que algo está errado.

No caso de adolescentes, o ambiente virtual também requer atenção redobrada. Jogos online, redes sociais e aplicativos de mensagens podem ser usados por agressores para praticar violência psicológica ou sexual. “É essencial que os pais conheçam e acompanhem o uso dessas plataformas”, orienta o delegado.

A identificação de possíveis abusos, no entanto, exige sensibilidade e cuidado. É comum que familiares, ao perceberem algo estranho, tentem agir por conta própria. Iniciar uma investigação particular ou abordar diretamente um suspeito pode atrapalhar o trabalho da polícia e comprometer provas. “Temos casos em que pais, ao tentarem conversar com o agressor ou acessar conversas online, dificultam o andamento da investigação. O correto é sempre procurar as autoridades competentes”, reforça.

BOLETIM DE OCORRÊNCIA – Ao suspeitar de qualquer forma de violência, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência. No Paraná, isso pode ser feito em qualquer delegacia. Em cidades maiores, os casos são encaminhados aos Núcleos de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), nos quais as equipes especializadas assumem a investigação.

Em municípios menores, as delegacias locais também estão preparadas para atuar nesses casos. A denúncia pode ser feita anonimamente pelo 181, do Disque-Denúncia, ou pelo 197, da PCPR, garantindo o sigilo e a segurança do denunciante.

Uma vez feito o registro, a criança ou adolescente passa por uma escuta especializada, conduzida por psicólogos treinados para acolher sem causar revitimização. Esse momento é essencial para dar início à investigação formal, que seguirá com a coleta de provas, depoimentos de pessoas próximas e análise de informações digitais, quando necessário.

DIÁLOGO – Além da repressão aos crimes, a prevenção é um pilar fundamental. A PCPR recomenda que famílias e escolas criem espaços de diálogo constante, nos quais crianças e adolescentes se sintam seguros para falar. Quanto maior a confiança nos adultos, maior a chance de revelar os abusos. “É dever de todo cidadão agir ao identificar qualquer forma de vulnerabilidade que atinge crianças ou adolescentes. A omissão também causa danos”, destaca o delegado.

Ele enfatiza que a campanha Maio Laranja não é apenas um momento de reflexão, mas um chamado à ação. "Em caso de suspeita, denuncie", enfatiza.

MAIO LARANJA – O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, celebrado em 18 de maio, alerta para a importância de proteger crianças e adolescentes. A data reforça a necessidade de denúncia e de ações preventivas para enfrentar esse grave problema social.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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