Como forma de aumentar a sua capacidade produtiva e para ampliar a garantia do fornecimento de vacina antirrábica veterinária, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assinou, nesta quinta-feira (20), um acordo de cooperação tecnológica para transferência de tecnologia com a empresa argentina Biogénesis Bagó Saúde Animal.
A assinatura foi realizada junto ao governador Carlos Massa Ratinho Junior, no Palácio Iguaçu.
O Tecpar é um dos precursores no controle da raiva, por meio da fabricação de vacinas antirrábicas para uso animal e humano, desde 1944. Em 1973, com a criação do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR), foi implantada a vacinação antirrábica canina e felina em todo País e as campanhas nacionais de vacinação para estes animais, que acontecem uma vez por ano.
O instituto paranaense historicamente atende a demanda do Ministério da Saúde, que distribui gratuitamente a vacina por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco no conceito de Saúde Única. Com base nesta concepção, ao imunizar animais, indiretamente diminui-se a incidência da doença em humanos. Para atender o Ministério da Saúde, o Tecpar já conta com uma parceria de quatro anos com a Biogénesis Bagó, que passa a ser fortalecida a partir de agora.
Para o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o acordo entre a empresa e o Tecpar coloca o instituto em sinergia com parceiros privados com o objetivo de fortalecer o polo biotecnológico paranaense. "Essa relação que se fortalece agora moderniza o Tecpar, que está em contato com o setor privado para apoiar o desenvolvimento econômico e atender a sociedade com novos produtos e serviços. O Paraná tem uma forte vocação industrial e a parceria com a Biogénesis Bagó ajuda a fortalecer também o Estado como um polo de biotecnologia, com impacto na geração de emprego e renda no Paraná", salientou.
A partir desse novo acordo, segundo o diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss, o instituto passa a ampliar a oferta de imunizantes e também permite a chegada da vacina antirrábica veterinária a novos públicos. "A empresa Biogénesis Bagó Saúde Animal foi selecionada por meio de edital para compor junto ao Tecpar um fortalecimento da capacidade produtiva para fazer frente às campanhas de vacinação. Além disso, o Tecpar se colocou à disposição da Organização Pan-Americana da Saúde para fornecer a vacina aos países do continente que precisam do imunizante", pontuou.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona, salientou que a parceria vai potencializar a capacidade produtiva do Tecpar e ajudar a atrair investimentos para o Paraná. "Essa parceria atrai para o Estado novos negócios e reforça o papel do Tecpar como laboratório público estratégico na área da saúde, na sua relação com a política pública de saúde brasileira", observou.
Marcelo Alejandro Bullman, presidente da Biogénesis Bagó no Brasil e América Latina, destacou que a companhia argentina é líder no segmento de biotecnologia e busca, por meio desse acordo com o instituto, fortalecer a presença da empresa no Paraná.
"Há quatro anos atuamos junto ao Tecpar para oferecer soluções para a raiva, em especial com a vacina antirrábica veterinária, e queremos continuar colaborando no fornecimento da vacina para o Ministério da Saúde. Com esse acordo, estamos mais próximos para melhorar a capacidade produtiva do Tecpar e também para atuar no segmento de biotecnologia no Estado do Paraná", pontuou.
PRESENÇAS – Participaram da cerimônia de assinatura do termo de cooperação os diretores do Tecpar Iram de Rezende, Giovani Brito, Lindolfo Luiz Junior e a procuradora jurídica Adrianne Correia; Fabrício Hoffelder Bortolanza, da empresa argentina; a deputada estadual Flavia Francischini; Guilherme Piratello, chefe de Gabinete da Vice-Governadoria; e, Eduardo D'Alécio, chefe de gabinete, e Jean Torres, coordenador de Desenvolvimento da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços.
Por - AEN
A Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR), em parceria com o Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed), está arrecadando material escolar para estudantes da rede pública de ensino do Rio Grande do Sul.
A campanha 'Educação pelo RS', lançada pelo Consed, convoca todos os estados a apoiarem crianças e jovens gaúchos que tiveram suas rotinas escolares interrompidas pelas fortes chuvas que assolaram o estado entre abril e maio. Prazo para entrega é até 1º de julho.
Foram danificadas 1.086 das 2.338 escolas públicas estaduais de 255 municípios. As doações podem ser feitas por alunos, professores, funcionários, pais e também pela comunidade. Entre os itens sugeridos estão mochilas, cadernos, lápis de cor, canetas hidrocor, apontadores, giz de cera, canetas, estojos, lápis, lapiseiras, caixas de grafite, borrachas, calculadoras, réguas e squeezes (garrafas para líquidos).
Os materiais arrecadados serão enviados ao Rio Grande do Sul pela Seed-PR no dia 10 de julho. "A campanha reforça a importância da educação enquanto direito fundamental dos estudantes. É tempo de priorizarmos a recuperação pós-desastre e, por isso, a união e o engajamento coletivo podem fazer a diferença na vida de milhares de crianças e jovens, cuja a aprendizagem foi interrompida pela tragédia", afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.
SEGURANÇA - As doações podem ser entregues nas próprias escolas da rede estadual de ensino do Paraná. Por questão de segurança, a entrega deve ser feita diretamente aos alunos ou professores, que se encarregarão de levar os materiais para os pontos de coleta, dentro das escolas. A medida visa garantir a segurança e organização do processo, evitando a entrada de pessoas alheias à comunidade escolar nas unidades de ensino.
As doações também podem ser entregues na sede da Secretaria de Estado da Educação, na Avenida Presidente Kennedy, 2511, em Curitiba.
Por - AEN
No dia 6 de junho, a empresa Apostou assinou a ordem de serviço que autorizou o início da comercialização da loteria instantânea, a Raspinha, no Paraná e em quinze dias já foram abertos mais de 50 pontos de venda, mostrando a capilaridade e a aceitação dessa modalidade lotérica fiscalizada e autorizada pela Lottopar.
Os pontos de venda podem ser consultados neste link dentro do portal da autarquia, onde também é possível acessar o mapa interativo com a localização onde a Raspinha pode ser adquirida.
Os locais de venda estão divididos em pontos dedicados e revendas autorizadas e ambos só podem ser abertos e comercializar a Raspinha com autorização da Lottopar. Os pontos de venda dedicados são as lojas próprias do concessionário, que funcionam também como pontos de atendimento, onde o apostador pode pessoalmente tirar dúvidas, comprar cartelas, trocar os bilhetes premiados por dinheiro, fazer sugestões e reclamações. Já as revendas autorizadas são as bancas de revistas, panificadoras, lojas de conveniência e comércio em geral, locais em que as cartelas com premiação de até R$ 50 podem ser trocadas. Para valores acima desse montante, apenas nos pontos de venda dedicados.
Um dos pontos de revenda autorizado a comercializar a Raspinha é a Banca Tibagi, no Centro de Curitiba e administrada pelo João Paulo Feitosa, que afirma que as vendas superaram as expectativas. “Iniciamos a venda terça-feira (18), e no período da tarde, antes mesmo de fechar a banca, já não tinha mais nenhuma. Foram oitenta Raspinhas, vendidas rapidamente. Está sendo um sucesso, pois pelo menos 15 delas estavam premiadas. Já pedi mais e daqui a pouco a empresa responsável irá repor”, afirma o comerciante.
Para o diretor de operações da Lottopar, Fabio Veiga, esse início de operação está sendo positivo, sem nenhuma intercorrência e tudo conforme planejado. “O concessionário tem um plano de negócios com uma capilaridade bastante ampla, o que intensifica também o nosso trabalho de autorização e fiscalização. Para cada ponto de venda a ser aberto, nós fazemos um trabalho minucioso de averiguar se o local é adequado e atende aos requisitos estabelecidos em Edital, como não estar próximo a escolas, por exemplo, já que os jogos lotéricos são permitidos apenas para maiores de 18 anos”, afirmou.
MAPA INTERATIVO – O mapa interativo, idealizado pela área de tecnologia da informação da Lottopar, pode ser acessado neste link. Nele é possível acompanhar a distribuição dos pontos de venda da Raspinha pelo Estado. Ao clicar no ícone do ponto de venda, abre a informação completa do estabelecimento, como endereço, bairro, cidade e telefone, inclusive podendo ser traçada a rota de deslocamento até o ponto de venda. Ainda é possível acessar a lista completa neste link, com todos os pontos de venda autorizados.
Para o gestor de Tecnologia da Informação da Lottopar, Jonathan Camargo, “essa solução além de promover a transparência em relação às operações lotéricas fiscalizadas e autorizadas pela Lottopar, também facilita que o paranaense possa localizar os pontos de venda da “Raspinha”. O mapa interativo vai funcionar quase em tempo real, ou seja, quando o ponto de venda for autorizado e estiver com o produto disponível para venda, ele já deve aparecer no mapa”, destacou.
COMO FUNCIONA – O apostador sabe se o bilhete está ou não premiado raspando os campos encobertos desse bilhete, onde estão gravadas combinações de símbolos que determinam os prêmios. Em todos os pontos de venda físicos, o consumidor poderá adquirir uma raspinha pelo valor de R$ 2,50. Neste primeiro lote, são quatro modalidades de jogos: “Aposta Certa”, “Bilhar”, Strike” e “Jogo da Velha”. O sistema é o “achou, ganhou”. São milhares de prêmios com valores de R$ 2,50 a R$ 60 mil.
OUVIDORIA – Os paranaenses também contam com atendimento de ouvidoria da Lottopar, onde podem participar com sugestões, reclamações, denúncias e elogios sobre as operações lotéricas. Para acessar esse canal, é só clicar na aba de atendimento, localizada no portal da Lottopar, ou ainda presencialmente na sede da autarquia, na Rua Marechal Deodoro, 950 – 1º andar, no centro de Curitiba, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13 às 17h30, pelo telefone (41) 4009-3778, bem como mediante contato direto com o ouvidor da instituição pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Por - AEN
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) registraram, somente nos primeiros seis meses do ano, 11.856 ocorrências por quedas de pessoas entre 60 e 103 anos, no Paraná.
No Samu foram 8.096 atendimentos e no Siate 3.070. Além dos chamados de urgência, houve ainda 1.052 atendimentos na Atenção Primária à Saúde pelo mesmo motivo. Em 2023, o número ultrapassou 30 mil registros.
Escorregões, tropeços, passos em falso e falta de equilíbrio são as causas mais frequentes de quedas de pessoas acima de 60 anos. Com um grau mais leve ou grave, elas são comuns nessa faixa etária e podem acarretar sérias consequências ou ainda deixar sequelas, comprometendo a qualidade de vida. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama a atenção da população em geral, profissionais de saúde e cuidadores para esse cenário.
De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, no ano passado 1.214 pessoas idosas no Estado perderam a vida em decorrência das quedas, sejam elas de mesmo nível ou de nível elevado. Desse total, 163 tinham entre 60 e 69 anos; 271 entre 70 e 79 anos e 780 pessoas acima de 80 anos.
Ainda em 2023, o 192 do Samu foi acionado 15.861 vezes no atendimento específico para queda de pessoas idosas. Já o 193 do Siate recebeu 12.288 chamados durante o mesmo período, e na APS foram 2.758, totalizando 30.907 atendimentos.
“Os serviços de urgência e emergência do Estado recebem mais de 40 chamados por dia da própria pessoa que sofreu a queda, de familiares ou vizinhos. O atendimento ao trauma é feito pensando na agilidade e cuidado aos pacientes que necessitam do nosso serviço, com cobertura de 100% do território paranaense”, enfatizou a gerente de Atenção à Urgência da Sesa, Giovana Fratin.
Segundo a médica geriatra da Divisão de Atenção à Saúde do Idoso da Sesa, Caren Cristiane Muraro, a queda é bastante comum, mas que não deve ser um acontecimento normal do envelhecimento.
“Uma simples queda pode camuflar algo que não está bem, pode ser um reflexo de algo maior. Por isso, nunca se deve omitir a sua ocorrência à família e aos profissionais de saúde”, afirma Cristiane Muraro. “Pode ser um sinal de um possível indicativo de fragilidades físicas e até doença aguda, contribuindo para esse número expressivo de acidentes que ocorrem todos os dias no Paraná”, disse.
Delvair Piovesan Soligo, de 87 anos, reside em Renascença, no Sudoeste do Paraná. Em janeiro deste ano ela sofreu uma fratura do fêmur e teve que passar por uma cirurgia. O motivo para o procedimento: uma queda em casa, quando ia pegar o celular. A neta Samyra Soligo Rovani conta que a avó perdeu o equilíbrio e em poucos segundos tudo aconteceu.
“Minha avó teve um acidente aascular cerebral há um ano, que deixou algumas sequelas. Por ter uma cardiopatia, após a queda, a levamos diretamente para o hospital. Lá constataram a necessidade da cirurgia na perna. Apesar de algumas complicações no pós-operatório, atualmente ela está bem”, conta a neta.
De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde (MS), os fatores de risco que mais se associam às quedas são: idade avançada; história prévia de quedas; imobilidade; baixa aptidão física; fraqueza muscular de membros inferiores; fraqueza do aperto de mão; equilíbrio diminuído; marcha lenta com passos curtos; dano cognitivo; doença de Parkinson; sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmácia.
“Notamos que esse número tem prevalência em mulheres, que correspondem a mais da metade dos acidentes. Doenças como a osteoporose, a miopia ou a presença de catarata, diabetes, labirintite, também podem contribuir para a diminuição da locomoção e insegurança da pessoa idosa”, ressaltou a médica Cristiane Muraro.
DICAS DE PREVENÇÃO – Além das quedas, existem outros perigos que, apesar de menos frequentes, também fazem parte deste cenário, como queimaduras, choques elétricos, acidentes com animais, ferimentos com instrumentos cortantes e intoxicações. A residência é o local onde a maioria das quedas e outros acidentes acontecem.
É importante conhecer e corrigir os riscos ambientais; ingerir líquidos e manter alimentação saudável; evitar comportamentos de risco; realizar avaliações periódicas de saúde incluindo visão e audição; usar sempre os óculos, aparelho de audição e de auxílio à marcha (bengalas, andador) quando recomendados; usar somente medicamentos prescritos pelo médico (revisados periodicamente, eliminando ou substituindo os que podem contribuir para ocorrência de quedas), além de fazer exercícios regularmente.
TRABALHO PERMANENTE - Com uma população de aproximadamente 1,9 milhão de habitantes acima de 60 anos, o Paraná tem ampla gama de políticas da saúde voltadas à população idosa. As estratégias possibilitam não somente melhorar a qualidade de vida desse público, mas também auxiliar equipes médicas para garantir melhor atendimento em todo o Estado.
Essencialmente voltado à prevenção de quedas, a Sesa, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), disponibiliza o Manual de Prevenção de Quedas de Idosos, que aborda vários riscos e apresenta medidas preventivas essenciais para garantir a segurança dos idosos em suas residências.
“O projeto Envelhecer com Saúde no Paraná norteia nossos trabalhos, ações e iniciativas às pessoas idosas no Estado. Mantemos um olhar atento às pessoas dessa faixa etária e sabemos da importância em aprimorar nossas políticas públicas voltadas a elas”, enfatizou Maria Goretti Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa. “Capacitamos nossos profissionais, assim como temos muito material de apoio que pode servir de suporte e que orienta as famílias e cuidadores”, acrescentou.
ENCONTRO ONLINE - Nesta quinta-feira (20), às 14h, a Secretaria da Saúde e o Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Idosa promovem, com apoio da Escola de Saúde Pública do Paraná, um encontro online com o tema “Quedas e Acidentes Domésticos com Pessoas Idosas: Podemos Prevenir”. O público-alvo são pessoas idosas e seus cuidadores. Para participar é só clicar AQUI ou acessar este link.
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta quarta-feira (19) um pacote de R$ 2,5 bilhões em novos investimentos para 80 municípios com os menores índices de desenvolvimento do Estado.
Os recursos fazem parte do programa Rota do Progresso e estão separados em nove eixos programáticos, que visam estimular a economia, a geração de emprego e levar mais qualidade de vida à população dessas cidades.
As ações multissetoriais vão beneficiar as localidades com menor Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM), indicador desenvolvido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) para medir o desempenho dos municípios paranaenses em relação à renda. O Ipardes também será o órgão responsável por acompanhar a aplicação das ações que constam no programa e medir o avanço dos indicadores.
Ratinho Junior destacou que o Governo do Estado investe para melhorar o padrão de vida dos pequenos e médios municípios paranaenses, estruturando as cidades para levar o desenvolvimento de forma igualitária a todo o Paraná. “Estamos fazendo um programa que liga várias áreas, para atender 80 cidades que por algum motivo, ao longo da história, não acompanharam o desenvolvimento econômico e social do Estado, para que tenham o mesmo padrão de qualidade de vida das demais”, disse.
“Um dos eixos diz respeito à industrialização, com a liberação de R$ 1 bilhão de crédito tributário, antecipando esse pagamento às empresas que tenham crédito de exportação com o Estado, para que elas invistam nessas cidades para ajudar no desenvolvimento regional”, explicou o governador. “Também vamos investir em saneamento, em estradas rurais e na capacitação dos jovens, para levar mais oportunidades e levantar esses municípios”.
O secretário estadual do Planejamento, Guto Silva, explicou que foi pensado um projeto multissetorial para prestar um auxílio mais agudo do Estado a esses municípios. “É um grande investimento para induzir o desenvolvimento e mudar a realidade de renda dessas cidades de forma incisiva, para gerar empregos e renda e fazer com que o Estado se desenvolva como um todo e de forma igualitária”, salientou.
AGRICULTURA – Como a agricultura é a principal atividade econômica de muitas dessas cidades paranaenses, o programa conta três linhas de ação distintas para desenvolver ainda o mais setor, com foco principal nos produtores familiares.
Cerca de R$ 24 milhões, sendo R$ 300 mil por município, serão destinados ao estímulo à geração de renda de acordo com a vocação econômica de cada região, o que inclui investimentos extensão rural e na produção, beneficiamento e comercialização de produtos que agreguem valor à produção.
O pacote visando o setor agropecuário também engloba R$ 380 milhões em obras para a pavimentação de estradas rurais, com foco principal em trechos de serra que dificultam o escoamento da safra devido às más condições. Até o momento, 49 trechos prioritários já foram identificados para receber pavimentos em pedras poliédricas, blocos sextavados ou asfalto.
Outros R$ 30 milhões serão usados para priorizar a aquisição de itens para programas sociais, como o Comida Boa e o Mais Merenda, produzidos nas 80 cidades. A previsão é ampliar a participação de pequenos negócios desses municípios nas contratações públicas realizadas pelo Poder Executivo Estadual, através do programa Compras Regionais Paraná.
GERAÇÃO DE EMPREGO – Cada um dos 80 municípios receberá, ao menos, um novo barracão industrial, orçado em aproximadamente R$ 600 mil, totalizando mais R$ 48 milhões. As estruturas podem ser ocupadas por empresas relacionadas à vocação produtiva de cada cidade, com foco na geração de empregos.
Fazem parte da iniciativa, ainda, a confecção de um Plano de Desenvolvimento por Cidade através da Universidade Sem Fronteiras, coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Será elaborada uma estratégia específica para cada município, com uma abordagem de gestão eficiente em educação, saúde, infraestrutura e geração de empregos. A Seti também vai oferecer capacitações nas áreas de gestão e inovação para a formalização de pequenas cooperativas e na área de inteligência comercial.
Outros R$ 62 milhões são do programa Talento Tech, com foco na educação e tecnologia. Lançado na semana passada pelo governador, consiste na oferta de 3 mil bolsas de estudo para alunos dos ensinos Médio e Superior de 50 municípios. Os jovens terão acesso à qualificação em 150 cursos relacionados à área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), dos quais metade terá vagas de trabalho asseguradas ao final do curso em Big Techs parceiras do programa.
CRÉDITO PARA INVESTIMENTOS – Aproximadamente R$ 1 bilhão dos recursos anunciados fazem parte do Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados (Siscred), que gerencia créditos de ICMS acumulados por empresas e cooperativas. Os créditos poderão ser usados pelas empresas em empreendimentos industriais em um ou mais municípios contemplados.
Sob alguns regimes especiais, os créditos – gerados, por exemplo, a partir de operações de exportação – podem ser utilizados para financiar investimentos em projetos específicos, como na construção de silos ou usinas de biomassa e fotovoltaicas. Em casos assim, o Siscred permite que empresas com créditos excedentes façam a transferência para outros contribuintes do ICMS, em geral fornecedores, que podem utilizá-los para abater débitos do imposto.
SANEAMENTO – Também integra o pacote o investimento R$ 745 milhões em obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Sanepar em 68 dos 80 municípios. O objetivo é antecipar a universalização do acesso ao saneamento, estipulada para 2030. Atualmente, mais de 80% do Paraná já é atendido com coleta e tratamento de esgoto e 100% recebe água tratada.
Os investimentos atendem as cidades de Agudos do Sul, Altamira do Paraná, Anahy, Antônio Olinto, Barbosa Ferraz, Bela Vista da Caroba, Boa Vista da Aparecida, Bom Sucesso, Borrazópolis, Cafezal do Sul, Campina da Lagoa, Cândido de Abreu, Cantagalo, Cerro Azul, Congonhinhas, Cruz Machado, Cruzeiro do Sul, Curiúva, Diamante do Sul, Diamante do Oeste, Doutor Camargo, Espigão Alto do Iguaçu, Francisco Alves, Godoy Moreira, Grandes Rios, Guaraci, Guaraqueçaba, Inajá, Itaguajé, Itaperuçu, Jaboti, Japira, Jundiaí do Sul, Laranjal, Lidianópolis, Lunardelli, Mamborê, Marilena, Mato Rico, Morretes, Nova Tebas, Palmital, Paulo Frontin, Perola D'Oeste, Pinhalão, Porecatu, Ramilândia, Rancho Alegre, Ribeirão do Pinhal, Rio Bom, Rio Branco do Ivaí, Rosário do Ivaí, Salto do Itararé, Salto do Lontra, Santa Amelia, Santa Cruz de Monte Castelo, Santana do Itararé, Santo Antônio do Caiuá, São João do Caiuá, São Jorge do Patrocínio, São José da Boa Vista, São José das Palmeiras, São Sebastião da Amoreira, Sapopema, Tomazina, Tuneiras do Oeste, Vera Cruz do Oeste e Xambrê.
CRITÉRIOS – O IPDM é elaborado Instituto para os 399 municípios do Estado e retrata o desempenho em relação à renda. Ele aglutina dados do mercado de trabalho formal, agropecuária, educação e saúde. Os indicadores finais se consolidam entre os valores 0 e 1, cujos resultados se enquadram em quatro estratos de desempenho: Baixo Desempenho (de 0 a 0,39), Médio-baixo Desempenho (de 0,4 a 0,59), Médio Desempenho (de 0,6 a 0,79) e Alto Desempenho (de 0,8 a 1).
Com uma população de 8.426 pessoas e IPDM de 0,4, Tomazina, no Norte Pioneiro, é um dos municípios beneficiados pelo Rota do Progresso. “É um que olha para as necessidades das nossas cidades e vai possibilitar a geração de renda e emprego para a nossa população, desenvolvendo a área agrícola, industrial e oferecendo apoio técnico para oferecer um desenvolvimento integral”, afirmou o prefeito Flávio Zanrosso.
Também no Norte Pioneiro, Salto do Itararé, quer melhorar principalmente as condições dos pequenos agricultores. O município tem uma população de 5.192 habitantes, a maioria na área rural, e IPDM de 0,3452. “Temos muitas confecções na minha cidade e também a lavoura de soja e café. Esse programa vem em boa hora para fomentar nossas vocações econômicas”, disse o prefeito Paulo Fragoso da Silva. “Já tínhamos conseguindo um recurso para asfaltar 100% da cidade, e agora queremos levar a pavimentação para a área rural, para melhorar as condições de transporte da nossa produção”.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; os secretários estaduais da Fazenda, Norberto Ortigara; da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance; da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona; da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte; do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni; da Segurança Pública, Hudson Teixeira; e da Justiça e Cidadania, Santin Roveda; os presidentes da Sanepar, Wilson Bley Lipski; do Ipardes, Jorge Callado; da Invest Paraná, Eduardo Bekin; da Ocepar, José Roberto Ricken; da Fiep, Edson Vasconcelos; da Faciap, Fernando Moraes; e da Fetaep, Alexandre Leal; o superintendente do Sebrae/PR, Vítor Tioqueta; e os deputados estaduais Luiz Claudio Romanelli; Cloara Pinheiro; Artagão Júnior, Luís Corti e Gilson de Souza; e o secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti.
Por - AEN
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná somou R$ 197,8 bilhões em 2023, de acordo com a
publicada nesta quarta-feira (17) no site da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab).Os números representam um crescimento nominal de 3% em relação ao VBP de 2022 (R$ 191,2 bilhões). Se considerada a inflação do período, o resultado foi 11% superior.
O VBP contempla aproximadamente 350 itens diversificados, incluindo grãos, proteínas animais, fruticultura, floricultura, silvicultura e uma ampla gama de produtos da agropecuária paranaense. Os dados são levantados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, ao longo do ano com pesquisas de preços e das condições das lavouras nos municípios.
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, destacou a grandeza do que é produzido no campo. “O VBP apresentou um aumento significativo, puxado basicamente pelas culturas de verão, que tiveram um ótimo desempenho, e isso remete a ter um VBP por hectare/ano de R$ 13,5 mil aproximadamente, que é um dos maiores VBP por hectare que temos hoje no Brasil”, disse.
“Isso mostra que o Paraná pratica a melhor agricultura do País hoje, reforça o segmento como pilar essencial da economia, mostra o valor dos nossos agricultores, das nossas entidades e posiciona o Estado como bastante produtivo na Nação”, complementou.
De acordo com o relatório analítico da economista Larissa Nahirny, coordenadora da Divisão de Estatísticas Básicas do Deral, o clima favoreceu a maior parte da agropecuária no Estado. “Ao contrário da safra 21/22, na qual as condições climáticas afetaram drasticamente as produtividades das culturas de verão, na safra 22/23 esses produtos obtiveram excelentes resultados”, afirmou. A nota baixa foi representada pela 2ª safra e por algumas culturas de inverno, como feijão e trigo, que registraram perdas de qualidade e produtividade.
PECUÁRIA – Em termos de segmento, o relatório aponta a liderança da produção pecuária na formação do VBP pelo segundo ano consecutivo. O setor representa 49% do valor gerado nas propriedades rurais do Paraná em 2023, com R$ 96,5 bilhões. “Embora em termos nominais o valor tenha sido ligeiramente inferior ao de 2022 (R$ 96,7 bilhões), em termos reais o resultado é 7% superior em razão da deflação do período”, disse Larissa.
Para o chefe do Deral, Marcelo Garrido, a expressividade da pecuária no VBP é um importante indicativo do direcionamento da matéria-prima produzida no Estado. “Significa que estamos agregando mais valor à soja e ao milho, que são a base da alimentação animal”, analisou.
O setor da avicultura como um todo, incluindo produção de frango de corte, para recria, ovos férteis e ovos para consumo, é o mais expressivo dentro do segmento da pecuária. No ano passado gerou mais de R$ 44,7 bilhões nas propriedades rurais. É seguido pelos bovinos, com R$ 25,5 bilhões, e pelos suínos, que geraram R$ 12,4 bilhões. A produção de leite teve ligeiro aumento, de 4,4 bilhões para 4,5 bilhões de litros, com VBP de R$ 11,4 bilhões.
AGRICULTURA – A agricultura de forma geral foi responsável por 46,6% do faturamento bruto, somando R$ 92,1 bilhões, contra R$ 85,1 bilhões de 2022, quando as condições climáticas foram desastrosas. Nesse segmento prevaleceram os grãos e outras grandes culturas, com R$ 82,3 bilhões. O valor é 17% superior aos R$ 76,1 bilhões de 2022, em termos reais.
É aí que desponta a soja, principal cultura paranaense. Após perda de aproximadamente 8 milhões de toneladas na safra 21/22, o produto alcançou recorde de 22,4 milhões de toneladas em 2023, com VBP de aproximadamente R$ 49 bilhões. “Só não foi maior em razão da desvalorização do preço médio de comercialização”, disse a coordenadora de Divisão de Estatística Básica do Deral. Em 2023 o preço médio da saca ficou em R$ 130,99, valor 15,5% inferior ao de 2022.
Na segunda colocação apareceu o milho, com produção de 17,8 milhões de toneladas nas duas safras. “Representou uma recuperação do potencial produtivo do cereal após ciclos problemáticos”, analisou Larissa. “Mas os preços médios de comercialização desvalorizaram, assim o VBP, de R$ 14,5 bilhões, reduziu em 23% em termos reais”. No ciclo anterior tinham sido R$ 20,2 bilhões.
A cana-de-açúcar, que tinha ficado na quarta colocação em 2022, assumiu no ano passado a terceira posição, com R$ 4,3 bilhões. Ela ultrapassou o trigo, que teve redução significativa de 34%. De R$ 5,4 bilhões passou para R$ 3,6 bilhões.
O segmento agrícola também foi incrementado com a participação de hortaliças, que somou VBP de R$ 6,7 bilhões. As batatas, que alcançaram R$ 1,8 bilhão, e o tomate, com R$ 1,1 bilhão, foram as espécies mais importantes. Na fruticultura, destaque para as laranjas, com R$ 752 milhões; e para morango, com R$ 505 milhões. Em flores o crescimento real foi de 20%, passando de R$ 224 milhões para R$ 250 milhões.
PRODUTOS FLORESTAIS – O VBP florestal, de R$ 9,2 bilhões, foi inferior aos R$ 9,6 bilhões do ano anterior. “Com a desvalorização de boa parte dos preços dos produtos florestais, verificou-se uma redução expressiva na extração de toras para produção de papel e celulose e uma ligeira alta para as demais finalidades”, afirmou a economista do Deral. O destaque nesse segmento é a erva-mate, que teve crescimento de 10% na produção, passando de 763,5 mil toneladas para 840,4 mil toneladas. O VBP da cultura somou R$ 1,3 bilhão.
PREÇOS – Larissa observou ainda que os preços dos produtos tiveram um arrefecimento no mercado global de commodities, após duas altas expressivas, de 28% em 2021 e de 15% em 2022. No ano passado o Índice de Preços de Alimentos, levantado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), recuou 14%.
No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2023 com variação de 4,62%, enquanto o índice de bebidas e alimentos avançou apenas 1,03%. As perdas mais expressivas ficaram por conta de óleos e gorduras (-14,44%), carnes (-9,37%) e aves e ovos (-6,37%). Na outra ponta, apresentaram altas mais expressivas as hortaliças (25,79%), cereais, leguminosas e oleaginosas (15,89%) e frutas (8,34%).
“A mesma dinâmica observada pelo IPCA ocorreu com os preços recebidos pelos produtores”, analisou a economista. Os produtores de grãos, por exemplo, receberam em média 19,5% a menos pela saca do que em 2022. Nas carnes bovina, suína e de frango o preço foi 13,2% inferior na média. Já as hortaliças aumentaram 37,2% e as frutas, 24,9%, em média.
Sobre as exportações paranaenses, a analista registrou a soma de US$ 19,5 bilhões para 30 milhões de toneladas no ano passado, acréscimo de 16% e de 42%, respectivamente, comparado com 2022.
“Considerando a redução dos preços no mercado global e a valorização do real no período, o resultado foi alavancado pela recuperação do complexo soja, cujo volume embarcado aumentou 76%”, afirmou Larissa.
MUNICÍPIOS – A partir da publicação das
no Diário Oficial, os técnicos e gestores municipais podem analisar os números e, caso desejem, entrar com recurso fundamentado para questionar dados do desempenho agropecuário. “O prazo é de 30 dias a contar da publicidade oficial. Depois desse período, o Deral divulga o resultado final do VBP de 2023”, explicou o chefe do Departamento de Economia Rural, Marcelo Garrido.
Por - AEN