Após dias congelantes, fim de semana será chuvoso no Paraná

Após uma semana de recordes de temperaturas mínimas por todo o Paraná e registro de geadas até mesmo no Litoral, a chuva que chegou na quinta-feira (26) se mantém no fim de semana e, no domingo (29), uma nova frente fria se aproxima, trazendo temporais para várias regiões paranaenses.

Nesta sexta (27) a nebulosidade segue presente por todo o Estado e estão previstas chuvas leves ocasionais na metade Sul do Paraná. Já na metade Norte há possibilidade de chuva moderada com presença de raios, e temperaturas máximas de até 28°C. No sábado, quem mora no Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do Paraná pode encontrar temporais isolados. No Leste e Sul da região Noroeste também pode chover à tarde, com menos intensidade.

Já quem estará nas regiões dos Campos Gerais e demais áreas da faixa Norte, terá um sábado agradável, com predomínio de sol. Não há previsão de mínimas abaixo de 10°C em nenhuma região do Estado, e as máximas no sábado (28) também podem chegar a 28°C no Noroeste.

“Temos uma situação de instabilidade, um sistema quente, que desce nesta sexta a partir do Noroeste da região do Mato Grosso do Sul, e se projeta em direção ao Rio Grande do Sul. Vai chover um pouco mais lá nesses dias, principalmente no sábado, na altura do Rio Grande do Sul”, explica Fernando Mendes, meteorologista do Simepar.

No Paraná, as instabilidades voltam como frente fria no domingo. Os temporais começarão entre as regiões Oeste e Sudoeste, mas também chegam ao Centro-Sul e Campos Gerais.

“Uma nova massa de ar mais frio começa a se projetar pelo Centro-sul da Argentina, na altura do Uruguai. Teremos um pouco mais de chuva no domingo, associado ao deslocamento de uma frente fria que não promete ser tão intensa, mas pode causar algumas situações de rajada de vento mais fortes especialmente em porções mais ao Sul, Sudoeste e Campos Gerais”, ressalta Mendes.

O acumulado de chuva mais expressivo entre esta sexta-feira e o início da próxima semana deve ficar principalmente no setor Oeste, com até 40 milímetros nos pontos com temporais mais expressivos. No Centro e no Leste, a chuva não deve passar de 20 milímetros. No domingo a temperatura pode chegar a 28°C também no Litoral.

Após a passagem da frente fria, na próxima semana as temperaturas devem cair novamente – mas o frio não será tão intenso quanto nesta semana. As mínimas previstas são de aproximadamente 5°C na região Sul.

CONDENSAÇÃO – Depois de uma terça e uma quarta-feira com tempo seco e temperaturas negativas em praticamente todo o Estado, a quinta foi de muita chuva no Paraná e as temperaturas se elevaram um pouco. Cruzeiro do Iguaçu registrou 141,2 mm de chuva e Candói, 90,8mm.

Com essa mudança brusca do tempo, moradores de várias cidades do Norte, Nordeste, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba perceberam um fenômeno diferente dentro de casa: as paredes e pisos parecem “suar”. Em Ponta Grossa, onde o fenômeno foi intenso em muitas casas nesta sexta-feira, o salto de temperatura foi visível: a mínima foi de -2.3°C na quarta, de 7.9°C na quinta e chegou a 15,5°C na sexta.

“O que ocorre é que nós tivemos uma massa de ar frio muito intensa. Então, houve uma diminuição da temperatura desses materiais das paredes e pisos. Elas estão mais frias. E, como voltou a ter mais umidade no ar, ocorre um processo de condensação, ou seja, o ar quente e úmido entra na casa e condensa o vapor d’água das superfícies mais frias”, explica Mendes.

SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas atmosféricas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até incêndios e secas.

Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Mesmo com geadas, lavouras do Paraná mantêm grande ritmo produtivo

O frio trouxe consigo dois dias com geadas intensas em uma área de maior amplitude que o comum, que incluiu regiões que não passam tão frequentemente por este fenômeno. Apesar da geada causar perdas para algumas culturas, o frio, em geral, também pode apresentar benefícios para as culturas de inverno.

A Previsão Subjetiva de Safra (PSS), elabora pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgada nesta quinta-feira (26) mostra as previsões para as safras atuais referente à última segunda-feira (23), ou seja, ainda não mensura o impacto das geadas dos últimos dias, mas os técnicos do departamento anteciparam qual cenário esperar.

No geral, o clima mais frio colabora para o controle de pragas de todas as culturas, diminuindo custos para o produtor. Para o trigo, cultura de inverno, o frio pode favorecer novas brotações quando acontece durante desenvolvimento vegetativo, resultando em mais espigas e maior potencial produtivo.

Ou seja, o trigo não teve tantos prejuízos pela geada, como explica o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho. “Na maior parte das lavouras, a geada aconteceu em um momento em que o trigo ainda não chegou em uma fase que pode ser tão prejudicada, já que cerca de 81% encontram-se em desenvolvimento vegetativo”, explicou.

No entanto, quando ocorrem durante o período reprodutivo podem causar perdas para o trigo. Assim, o problema pode estar nos 11% que se encontram em floração, fase em que a planta fica mais suscetível a danos pela geada, e 1% em frutificação, quando também pode ser prejudicial.

O documento aponta uma produção de 2,6 milhões de toneladas de trigo, 16% a mais que o ano anterior, que era de 2,3 milhões de toneladas em uma área 27% menor que 2024, de 1,13 milhão hectares para 833,4 mil.

A segunda safra do milho, que é uma cultura de verão, em maior parte já passou pelas etapas que podem causar grandes prejuízos, já que 63% já se estão em maturação. Porém, 36% ainda estão em frutificação e 1% em floração, fases suscetíveis. Ou seja, 1 milhão de hectares estavam suscetíveis a perdas por geada, principalmente no Oeste e na região de Campo Mourão. Por outro lado, o Deral explica que mesmo que hajam perdas de 20% nesta área, ainda sim seria uma safra histórica, superando o recorde anterior da safra 2021/22.

Antes das geadas, a previsão era de que fossem colhidas 16,5 milhões de toneladas (27% a mais que as 13 milhões colhidas no ano anterior) em uma área de 2,76 milhões de hectares (9% a mais que os 2,5 milhões de hectares no ciclo de 2023/24).

O Deral informa que o cálculo efetivo das perdas ocorridas pelas geadas deve ser feito de 7 a 10 dias após o ocorrido, com as primeiras informações podendo ser observadas na próxima terça-feira (1º de julho), através do Boletim de Condições de Tempo e Cultivo.

CAFÉ – O café também pode apresentar reflexos do frio, com problemas de qualidade em alguns grãos, já que 21% estão em frutificação e 79% em maturação. A previsão até então é de que sejam colhidas 43,1 mil toneladas, 7% a mais que o ano anterior (40,4 mil toneladas), da área de 25,4 mil hectares, 2% maior que a anterior de 25,4 mil hectares.

CEVADA – A cevada, que está 73% plantada, ainda está em maior parte em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. O Deral prevê que a safra deve produzir 423 mil toneladas, 43% a mais que o ano passado, em uma área de 96,9 mil hectares, também maior que a anterior em 20% (de 80,5 mil para 96,9 mil hectares.

HORTICULTURA – As folhosas foram as mais afetadas pela geada, principalmente a céu aberto. A batata, principal produto do Estado, está menos vulnerável por ser subterrânea, mas a parte externa pode ter sofrido danos. Estufas com manejo adequado conseguiram preservar parte da produção.

Alguns produtores podem ter tido perdas totais. A expectativa é de aumento nos preços devido à redução da oferta. Já a recuperação das culturas pode acontecer em até 90 dias, dependendo da estrutura e da preparação de cada produtor.

No caso da batata, a primeira safra teve desempenho 48% superior ao ano passado, ajudada pelo clima. Já a segunda safra cresceu 11%. Quanto ao tomate, foi identificado um novo vírus, mas o manejo evitou perdas maiores. A segunda safra caiu 16%, mas a produção se recuperou nos campos mais recentes.

BOLETIM – Nesta quinta-feira (26) o Deral divulgou também o Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 19 a 25 de junho. Os reflexos das geadas em produtos vegetais são comentados com mais profundidade, além de trazer informações sobre as proteínas animais.

No caso dos derivados lácteos, houve queda no preço em junho, mas nas próximas semanas possivelmente haverá impacto da queda brusca de temperatura. O documento também analisa o custo de produção do frango vivo, que atingiu R$ 4,78 o quilo em maio. Em relação ao mês anterior houve retração de 2,12%, pois estava em R$ 4,88 o quilo.

O boletim fala ainda da carne de peru, produto de relevância na pauta de exportações do Brasil. Em 2024 foram 64.079 toneladas, gerando receita de US$ 153,794 milhões. Na condição de terceiro maior criador de perus do Brasil, o Paraná registrou faturamento de US$ 30,835 milhões, com venda de 13.647 toneladas.

 

 

 

 

Por - AEN

 Prova do concurso da PMPR acontece no domingo em 12 cidades

A prova do concurso público para soldado da Polícia Militar do Paraná (PMPR) acontece no próximo domingo (29).

Elas serão realizadas em Curitiba, Cascavel, Campo Mourão, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Paranaguá, Pato Branco, Ponta Grossa e Umuarama. Foram 23.491 inscritos. O certame oferece 2 mil vagas.

Para realização do exame, os candidatos devem estar atentos às regras do edital, principalmente em relação aos itens proibidos, que podem causar a eliminação sumária. É fundamental chegar ao local com 60 minutos de antecedência ao fechamento dos portões, que abrirão às 12h e fecharão impreterivelmente às 12h45, com o início do exame às 13h. Para o acesso, será obrigatório apresentar um documento de identidade físico e original com foto, o cartão de convocação e utilizar caneta esferográfica de tinta azul ou preta.

O 1º tenente Giulliano Augusto Tozetti, chefe da Seção de Concursos da PMPR, explica a importância de se preparar e conhecer o local de prova com antecedência. "O candidato pode se deslocar até o local, seja de carro, moto, bicicleta, transporte coletivo ou aplicativo e verificar qual será sua rota. Isso inclui sair de onde ele está hospedado ou reside, calcular o tempo do trajeto e identificar pontos com possível trânsito. É preciso chegar com antecedência e fazer a prova com tranquilidade", explica. 

Documentos digitais ou cópias, mesmo que autenticadas, não serão aceitos. Além disso, é proibido de ingressar no local de prova portando qualquer tipo de aparelho eletrônico, como telefone celular, relógio, calculadora ou fone de ouvido, mesmo que estejam desligados ou guardados em bolsas. Não haverá local para a guarda desses objetos, e a simples posse resultará na eliminação do candidato. A proibição se aplica a qualquer tipo de arma, bonés, chapéus ou óculos escuros.

A prova poderá ser realizada com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. Os candidatos também poderão levar lanches de consumo rápido, como barras de cereal, que devem permanecer à vista do fiscal.

A duração total das provas objetiva e discursiva será de 5 horas. Durante a realização, o candidato só poderá retirar-se definitivamente da sala após transcorridas 3 horas do início e o caderno de questões somente poderá ser levado pelo candidato que permanecer por, no mínimo, 4 horas e 30 minutos. 

Após a aprovação no exame objetivo e discursivo, a seleção dos candidatos passará por pelas seguintes etapas: exame de capacidade física, avaliação psicológica, exame de sanidade física e investigação social. Todas com caráter eliminatório. Ao término do certame, os candidatos selecionados passarão por formação e serão lotados na região escolhida no momento da inscrição: Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa ou Cascavel.

A aplicação da prova será realizada pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC). Demais informações poderão ser conferidas no site da banca organizadora: https://ibfc.selecao.net.br/informacoes/476/.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná vai aplicar dose de reforço com vacina ACWY contra meningite a partir de julho

A partir de 1º de julho de 2025, entra em vigor uma nova diretriz no esquema de vacinação infantil contra a meningite.

Crianças com 12 meses de idade passarão a receber, como dose de reforço, a vacina meningocócica ACWY, em substituição à vacina meningocócica C. A mudança foi determinada pelo Ministério da Saúde e repassada pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) aos 399 municípios.

A orientação foi oficializada por meio da Nota Técnica nº 77/2025 do Ministério da Saúde e tem como objetivo ampliar a proteção dos bebês contra a doença meningocócica, causada por diferentes sorogrupos da bactéria Neisseria meningitidis. Com a nova vacina, além do sorogrupo C, já incluído na imunização de rotina, as crianças estarão protegidas também contra os sorogrupos A, W e Y — prevenindo não apenas casos de meningite bacteriana, mas também a meningococcemia.

No Paraná, a cobertura vacinal para meningocócica C ficou em 91,56% para menores de um ano e 92,94% para o reforço aos 12 meses de idade. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%. A mudança busca ampliar a proteção coletiva e reduzir ainda mais a circulação da bactéria nos territórios paranaenses.

O novo esquema vacinal seguirá este cronograma:

- 3 meses: 1ª dose da meningocócica C (conjugada)

- 5 meses: 2ª dose da meningocócica C (conjugada)

- 12 meses: reforço com a vacina meningocócica ACWY (conjugada)

A vacina ACWY já é indicada também para adolescentes de 11 a 14 anos, com aplicação em dose única, e agora passa a integrar também o calendário de reforço infantil. A substituição da vacina de reforço faz parte das estratégias adotadas pelo governo federal no plano global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o enfrentamento das meningites bacterianas até 2030, e reforça o compromisso do Paraná em garantir uma imunização cada vez mais eficaz e atualizada à população.

Além disso, crianças que já completaram o esquema com três doses da vacina meningocócica C não precisam se revacinar com a ACWY; crianças que perderam a dose de reforço aos 12 meses podem recebê-la com a vacina ACWY até completarem 4 anos, 11 meses e 29 dias.

 

 

 

 

Por - AEN

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