Opera Paraná dobra número de cirurgias eletivas e chega a 687 mil procedimentos em 2024

Implantado em 2022, o Programa Opera Paraná promove uma revolução na saúde pública do Estado, resultando em aumento de 107% no número de cirurgias realizadas entre 2021 e 2024 – passando de 331.787 para 687.245 procedimentos realizados pelo SUS.

Esse crescimento é fruto dos investimentos intensificados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que já separou mais de R$ 700 milhões para ampliar a oferta de serviços e reduzir as filas de cirurgias eletivas (entre investimentos efetivados e programados).

Na primeira fase do Opera Paraná, foram investidos R$ 150 milhões do Tesouro Estadual, propiciando um aumento de 47% no número de cirurgias realizadas entre 2021 e 2022 (de 331.787 para 488.441 procedimentos). Na sequência, na segunda fase do programa, foram aplicados R$ 450,6 milhões, que foram repassados para os estabelecimentos contratualizados pela Sesa, conforme a Resolução Sesa nº 904/2023. Esse investimento levou a um crescimento de 20% no número de cirurgias realizadas entre 2022 e 2023, elevando o total de procedimentos de 488.441 para 589.276.

Agora, o Governo do Estado prepara o lançamento da terceira fase do Opera Paraná, com previsão de investimento de mais de R$ 340 milhões.

"O Opera Paraná é um marco na saúde pública estadual. Estamos investindo fortemente para garantir que as pessoas tenham acesso rápido a cirurgias de que precisam, reduzindo o tempo de espera e melhorando a qualidade de vida dos paranaenses”, afirma o secretario da Saúde do Paraná, Beto Preto. “O compromisso do governador Ratinho Júnior é continuar expandindo esse atendimento, levando mais cirurgias a todas as regiões do Paraná".

Ele também ressaltou a importância da parceria com os profissionais da saúde e as gestões municipais. "Agradecemos todos os nossos parceiros: médicos, enfermeiros, hospitais, equipes médicas, secretarias municipais da saúde, que organizam as listas de espera. Isso faz com que o trabalho aconteça de forma eficiente e chegue a quem mais precisa", complementa.

AVANÇOS – Os resultados aparecem na Capital e no Interior. O prefeito de Francisco Alves, Alirio Mistura, celebra os avanços do programa no município. "Pegamos o município com 160 pessoas na fila de cirurgia e, com o apoio da equipe da Secretaria estadual da Saúde, conseguimos zerar essa espera. Entre janeiro e fevereiro de 2025, finalizamos mais de 180 cirurgias, e até o início de março nossa fila estará praticamente zerada", afirma.

Mistura destacou ainda o papel do Opera Paraná na ampliação do acesso aos procedimentos. "O governo abriu as portas para que pudéssemos encontrar os caminhos necessários. Hoje, com a ajuda da Secretaria de Saúde, da Regional e do nosso município, sabemos como estruturar as demandas. O trabalho é contínuo, e estamos felizes em poder oferecer dignidade à população por meio dessas cirurgias", diz.

PROGRAMA – O Opera Paraná, lançado pelo Governo do Estado em 2022, tem como objetivo reduzir as filas de espera para cirurgias eletivas, ampliando a oferta de serviços em hospitais de pequeno a grande porte. Os procedimentos contemplados pelo programa incluem desde cirurgias de baixa complexidade, como a remoção de amígdalas e o tratamento cirúrgico de varizes, até intervenções mais complexas, visando garantir uma melhor qualidade de vida à população.

Além disso, o Opera Paraná conta com o apoio do governo federal, por meio do Programa Nacional de Redução de Filas, reforçando o compromisso do Estado em ampliar o acesso da população aos procedimentos cirúrgicos de maneira ágil e eficiente.

 

 

 

 

 

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 Milho: previsão de 1ª safra histórica e 2ª safra também promete ser das melhores

Os produtores de milho da primeira safra paranaense podem ter a melhor produtividade histórica, com a retirada de mais de 10,4 mil quilos por hectare. Para ajudar no bom desempenho dessa cultura, a segunda safra está avançando no plantio e também promete ser das melhores já colhidas no Estado.

Essa é uma das informações trazidas pela Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

Os 10,4 mil quilos por hectare, se confirmados, vão superar o recorde de 10,2 mil quilos conseguidos na safra 2022/23. Com isso a produção pode superar em 11% o volume de 2,5 milhões de toneladas do ciclo anterior, chegando a 2,8 milhões de toneladas, mesmo ocupando uma área 9% inferior, de 294,4 mil hectares caiu para 267,5 mil.

“Essa produtividade é benéfica, ainda que a primeira safra seja pequena”, disse o analista da cultura no Deral, Edmar Gervásio. Historicamente, a primeira safra vem perdendo terreno, principalmente para o plantio de soja. “Mas para quem apostou será muito bom, vai colher boa produtividade”.

SEGUNDA SAFRA - O plantio da segunda safra avança, favorecido pelas condições climáticas, e já cobre aproximadamente 65% dos 2,6 milhões de hectares projetados. Se essa situação permanecer, nos próximos 15 dias deve superar os 90%. A produção estimada hoje é de 15,9 milhões de toneladas.

“Será a maior produção caso essa expectativa se confirme”, acrescentou Gervásio. O principal risco para a cultura são eventuais geadas de moderadas a fortes em período antecipado. As lavouras foram plantadas respeitando o zoneamento correto e prevendo esse fenômeno natural em períodos que acontecem normalmente.

SOJA - O avanço da colheita da safra de soja, que alcançou 50% da área de 5,77 milhões de hectares, tem levado o Deral a revisar para baixo a estimativa a cada mês. A projeção agora é de 21,2 milhões de toneladas, 4,7% inferior às 22,3 milhões estimadas inicialmente.

No entanto, a região Sul, onde a colheita deve se acentuar a partir de agora, não sofreu tanto com as alterações climáticas, e pode apresentar produtividade mais alta que no período anterior. “Se isso ocorrer, poderá compensar parcialmente as reduções das demais regiões do Estado, onde a estiagem foi mais severa”, ponderou o analista do Deral Edmar Gervásio. “Espera-se ainda uma boa safra se pensarmos em termos de abastecimento e comércio”.

Até agora as maiores perdas foram observadas na região de Campo Mourão, no Centro-Oeste do Estado, com 376 mil toneladas a menos que o previsto. A região Oeste vem a seguir com a perda de 317 mil toneladas. A última avaliação a campo mostra que, em geral, 80% do que ainda resta está em bom desenvolvimento, 17% em situação mediana e apenas 3%, ruim.

OLERICULTURA – As colheitas de batata e cebola já se encerraram no Estado, com crescimento de produção em ambas. A batata de primeira safra rendeu 584,2 mil toneladas, 48% acima das 393,7 mil toneladas do período anterior. “A qualidade do produto colhido está boa”, informou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade.

A de segunda safra já está com 66% dos 10,9 mil hectares plantados. Por enquanto está mantida a previsão de produzir 342,6 mil toneladas, visto que 94% das lavouras estão classificadas como boas e o restante, em condições médias.

A cebola produziu 127,7 mil toneladas, 44% a mais que as 88,7 mil toneladas de 2023/24. “A região de Guarapuava melhorou demais a qualidade, colhendo mais de 50 toneladas por hectare, e contribuiu bastante para a boa produção”, disse Andrade.

O tomate de primeira safra está todo plantado e com 79% da área de 2,5 mil hectares já colhida. Atualmente a previsão é de colher 168,5 mil toneladas. A segunda safra está com 67% dos 1,7 mil hectares plantados e 11% colhido. Estima-se produção de 120,2 mil toneladas.

No entanto, os tomates das duas safras têm sofrido com um surto de infecção virótica, provavelmente transmitido pelo inseto vetor Bemisia tabaci, conhecido como mosca-branca. Em algumas regiões do Estado, quase 100% da produção foi comprometida. Técnicos de vários institutos, entre eles a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), tem realizado inspeções para analisar o problema e orientar produtores.

OUTRAS CULTURAS – A região Noroeste do Paraná tem reduzido alguns plantios, como o milho de segunda safra, para investir em outras culturas que não apenas a soja. A mandioca é uma das que aumentaram, com 8% a mais que os 138,6 mil hectares do ano anterior. Os 150 mil hectares previsto de colheita agora devem render 4,2 milhões de toneladas (12% a mais que as 3,7 milhões de 2024).

“É uma cultura que se adapta melhor aos períodos quentes”, justificou o agrônomo Carlos Hugo Godinho. “Além do aumento de área, a produtividade prevista é maior, mesmo com todo esse calor; as plantas estão reagindo muito bem”.

A produção de tabaco teve crescimento no Sul do Estado, onde algumas regionais perderam um pouco a área de grãos. De 73 mil hectares passou para 81 mil hectares (11% a mais). A atividade é conduzida prioritariamente por pequenos agricultores que têm pouco espaço produtivo. Eles devem colher um recorde de 199,8 mil toneladas.

BOLETIM – O Boletim de Conjuntura Agropecuária  referente à semana de 21 a 27 de fevereiro também foi divulgado nesta quinta-feira pelo Deral. Além de comentar as estimativas de safra de algumas culturas, ele traz informações sobre o desenvolvimento da alface no Estado e sobre a produção de suculentas.

No setor de proteína animal, fala sobre o aumento no preço da carne de tilápia, em cortes populares de bovino e nos ovos. A carne de frango, por sua vez, teve queda no preço, enquanto a suinocultura comemora a redução nos custos de produção.

 

 

 

 

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 Audiência pública da Agepar vai debater Revisão Tarifária Periódica da Sanepar

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) realizará, no dia 13 de março, audiência pública para debater a aplicação preliminar das metodologias de cálculo tarifário para a 3ª RTP - Revisão Tarifária Periódica dos serviços de água e esgoto prestados pela Sanepar.

Na audiência pública, a sociedade civil tem a oportunidade de apresentar suas sugestões sobre o tema e participar mais ativamente do processo de revisão tarifária. Realizada periodicamente, a RTP traz definições importantes sobre a tarifa a ser cobrada dos usuários dos serviços de água e esgoto nos próximos anos para prestação do serviço.

“O processo de Revisão Tarifária é um momento que ocorre a cada quatro anos, em são revisados os custos, despesas e investimentos, além da justa taxa de retorno, para que a Sanepar possa prestar seus serviços com qualidade, mantendo preços módicos. Esta é a última oportunidade de participação da sociedade antes da definição final da tarifa que vigorará nos próximos quatro anos.”, explica Adalto Acir Althaus Junior, chefe da Coordenadoria de Saneamento Básico da Agepar.

A audiência pública será realizada no formato on-line, a partir das 10h, e é aberta para participação de qualquer cidadão, incluindo representantes de empresas, associações, órgãos e entidades públicas, entre outros. As sugestões podem ser enviadas tanto por escrito como ao vivo, com a participação oral na Audiência Pública. Ressalta-se que todas as contribuições recebidas serão analisadas e respondidas em até 30 dias úteis.

COMO PARTICIPAR -  Com transmissão ao vivo pelo Youtube no dia da audiência, qualquer cidadão pode participar da audiência pública, seja por meio de manifestações ou apenas como ouvinte. Interessados em apresentar suas contribuições, no entanto, devem se inscrever pelo site da Agepar. Também neste link está disponível o Regulamento completo da audiência. O período para envio de contribuições escritas e inscrição para manifestação oral estará aberto das 14h do dia 5 de março até às 8h30 do dia 10 de março. No dia da audiência, os cidadãos também terão nova oportunidade para inscrição para manifestação oral e envio de perguntas por escrito, que se encerrará às 11h do dia 13 de março.

 

 

 

 

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 Procon-PR vai fazer mutirão de renegociação de dívidas e orientação financeira

A Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio da Coordenação Estadual de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon-PR), em parceria com a Secretaria Nacional do Consumidor, Associação Brasileira de Procons (ProconsBrasil) e Febraban (Federação Brasileira de Bancos), vai organizar um mutirão on-line de renegociação de dívidas a partir do dia 1º de março.

O mutirão faz parte das ações relacionadas ao Mês do Consumidor, e ocorre até o dia 31 de março. Durante esse período, os consumidores terão acesso também a plataforma Meu Bolso em Dia, que oferece, de forma gratuita, conteúdos sobre educação financeira e sobre como evitar situações de superendividamento.

“Poderão ser negociadas dívidas em atraso no cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e outras modalidades de crédito contraídos com bancos e instituições financeiras”, destacou Santin Roveda, Secretário da Justiça,

As dívidas com garantias reais, como financiamento de veículos ou imóveis, por exemplo, ou de contratos que estejam com os pagamentos em dia, não poderão ser renegociadas neste mutirão.

A negociação acontecerá exclusivamente através da plataforma de solução de conflitos consumidor.gov.br. Além disso, o consumidor poderá negociar diretamente com o banco no qual o consumidor tem conta ou uma dívida.

O consumidor terá acesso também a plataforma Meu Bolso em Dia, que oferece, de forma gratuita, conteúdos sobre educação financeira, tema tão relevante e necessário para ajudar as pessoas a saírem do sufoco.

Para participar do mutirão de forma on-line, basta o consumidor fazer o seu registro na plataforma consumidor.gov.br, quando receberá um login e senha. Nesse momento, o consumidor fará o relato do seu problema, devendo informar que deseja participar do mutirão de renegociação de dívidas.

“É importante que no relato, o consumidor informe o quanto pode pagar por mês na sua negociação”, alerta Claudia Silvano, coordenadora do Procon-PR.

Após finalizar o registro, o banco ou a instituição financeira tem o prazo de 10 dias para apresentar uma proposta ou resposta para o consumidor. Terminado o prazo para resposta do fornecedor, o consumidor tem 20 dias para avaliar o retorno dado.

 

 

 

 

 

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 Piracema: termina neste sábado o período de restrição da pesca no Paraná

O período de defeso da Piracema termina neste sábado (1º) no Paraná. Com isso, volta a ser permitida a pesca de espécies nativas como bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuva.

O ciclo teve início em novembro e busca preservar a reprodução natural dos peixes na bacia hidrográfica do Rio Paraná. A ação é anual e normatizada pela Portaria 377/2022.

Nos próximos dias, o órgão ambiental vai apresentar um balanço com os números de apreensões e Autos de Infração Ambiental (AIA) emitidos durante a Piracema. No último período, entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, foram lavrados 92 AIAs, com multas que totalizaram R$ 265 mil. Houve ainda a apreensão de 194,68 quilos de peixe, além de materiais e equipamentos como redes de pesca, molinetes, carretilhas, anzóis, entre outras ferramentas de pesca utilizadas irregularmente.

A restrição de pesca é determinada pelo IAT há quase duas décadas, em cumprimento à Instrução Normativa nº 25/2009 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O IAT é um órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), responsável, também, pela fiscalização do cumprimento das regras na pesca.

A lei de crimes ambientais define multas de aproximadamente R$ 1.200 por pescador e mais de R$ 20 por quilo de peixe pescado. Além disso, os materiais de pesca, como varas, redes e embarcações, podem ser apreendidos se ficar comprovada a retirada de espécies nativas durante o defeso, com cobrança de R$ 100 por apetrecho recolhido. O transporte e a comercialização também são fiscalizados no período.

 

 

 

 

 

 

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 Com consumo de água alto pelo calor, Sanepar reforça necessidade de uso consciente

Às vésperas do feriado de Carnaval, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) constatou que o consumo de água permanece alto, inclusive no período noturno, fruto do calor extremo que várias regiões do Paraná estão enfrentando, especialmente em cidades como Londrina, Cambé e Ponta Grossa.

De acordo com o Simepar, praticamente todo o Estado teve temperaturas acima da média em fevereiro de 2025 – esta quarta-feira (26) foi o dia mais quente do ano em Pinhais, Guarapuava, Fazenda Rio Grande e Lapa. Em Ponta Grossa e Londrina, por exemplo, tanto as temperaturas máximas quanto as mínimas neste mês ficaram acima da média histórica.

Em Ponta Grossa, a temperatura mínima média neste mês de fevereiro está 2ºC acima do normal, enquanto que a máxima supera a média histórica para o mês em 1ºC. Em Londrina, a temperatura mínima está 1,4°C acima da média histórica, já a temperatura máxima chega a 1,3ºC a mais do que a média para o mês de fevereiro, segundo o Simepar.

“É um momento de desafio. Precisamos estar juntos para superar este desafio climático que vem assolando todo o Sul do Brasil, trazendo uma onda de calor ao Paraná, fazendo com que o consumo de água seja em níveis extremamente elevados”, destaca o presidente da Sanepar, Wilson Bley.

O gerente geral da Sanepar para a Região Nordeste, Gil Gameiro, explica que há uma relação de consumo maior que pode variar de 2% a 5% para cada grau de temperatura que ultrapassa os 30ºC. No Sistema de Abastecimento Integrado Londrina-Cambé, o consumo de água, em janeiro e fevereiro, cresceu mais de 20% em relação à média do ano passado.

“Além deste fator, a temperatura a partir de 24ºC se estendendo por mais horas, durante o período noturno e perdurando por vários dias, causa consequências para os sistemas de água. Mesmo trabalhando ininterruptamente, com o alto consumo, a reservação dos sistemas vai tendo seus níveis reduzidos, afetando o abastecimento em algumas regiões”, explica.

Segundo Gameiro, a Sanepar também percebeu alteração no pico de consumo. “Historicamente o pico de consumo, ou seja, quando quase todo mundo está com uma torneira aberta ou o chuveiro, ocorre entre 19 horas e 20 horas. Porém, em dias mais quentes, o consumo tem permanecido alto até bem mais tarde, até 23 horas, meia-noite”, detalha.

Gil destaca que a Sanepar já iniciou a fase de testes dos equipamentos da obra que vai atender plenamente o abastecimento na região afetada nestas semanas com manobras operacionais compensatórias, isto é, manobras para a recuperação dos níveis dos reservatórios. A nova adutora e elevatória do Sistema Tibagi custou R$ 27 milhões e deve ser entregue em abril, bem antes da previsão, que era agosto.

“Esta obra vai aumentar a nossa capacidade de transporte de água para reservatórios das regiões Oeste e Leste de Cambé. São mais seis quilômetros de adutora e uma estação elevatória de água. Cortamos o Centro, a partir da Rua Sergipe, até a região Oeste, próximo ao Moinho”, conta.

PONTA GROSSA – Outra cidade que apresentou grande aumento de demanda de abastecimento relacionada à temperatura é Ponta Grossa. No mês de fevereiro, as alterações climáticas marcadas por longos períodos de ondas de calor, refletiram diretamente no aumento da demanda por água tratada.

Historicamente, o pico de consumo diário em Ponta Grossa ocorria entre 11 horas e 13 horas. Atualmente, com a incidência de temperaturas elevadas por vários dias consecutivos, houve a ampliação nesse período de consumo, ficando entre 10 horas e 15 horas. Nos dias mais quentes o consumo chega a se elevar em torno de 25%.

Para suprir este aumento de demanda, a Sanepar está realizando várias ações emergenciais na cidade. Entre elas, no último fim de semana, colocou em operação um poço, que de imediato já está atendendo a uma parcela da população, e que terá sua capacidade ampliada, por meio de ajustes em equipamentos, ainda no mês de março.

A companhia também deve antecipar a utilização da nova adutora do rio Pitangui e de um novo módulo de tratamento, para que ainda em março seja possível incrementar a produção do sistema em mais 7%. Ao fim das obras, prevista para abril próximo, esta ampliação deve aumentar a capacidade do sistema em 15%.

PLANEJAMENTO E USO CONSCIENTE – O presidente da Sanepar reforça ainda que, entendendo que esse novo regime climático possa perdurar, a Companhia está revisando seu planejamento estratégico para preparar-se para este desafio. “Estas obras não são obras rápidas, são obras estruturantes, que têm um prazo de maturação. Nós estamos aumentando a nossa produção para que o consumo seja equilibrado. Agora, é claro, precisamos do uso racional de todos, desse bem finito que é a água potável, para aquelas necessidades que são básicas no nosso dia-a-dia”, disse.

Ele recomenda que a água tratada da Sanepar seja destinada a fins nobres, como a hidratação, a alimentação e a higiene, sendo utilizada a água da chuva ou de reuso para outras atividades, como lavar calçadas, veículos, tapetes, regar plantas e mesmo dar descargas.

 

 

 

 

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