O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta quarta-feira (11) em Brasília, na reunião de encerramento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que o Paraná terá uma espécie de Plano Safra estadual chamado Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agro - Fiagro FIDC, que será gerido pela Fomento Paraná. É o primeiro desse modelo em todo o Brasil.
Criado com base na Lei Federal nº 14.130/2021, o novo Fiagro já recebeu aporte inicial de R$ 350 milhões do Governo do Estado, que será o principal investidor neste momento. A previsão é gerar investimentos no campo que ultrapassem R$ 2 bilhões quando ele estiver em pleno funcionamento em 2025.
O principal objetivo é oferecer uma alternativa às condições de financiamento do Plano Safra e de outros recursos destinados ao crédito rural, que têm se mostrado insuficientes para atender a toda a demanda nacional e no próprio Estado, de modo a promover investimentos estratégicos para impulsionar ainda mais o agronegócio no Paraná, com sustentabilidade.
O Fiagro deve contribuir na promoção do crescimento econômico, com a segurança alimentar, com a preservação do meio ambiente e com o fortalecimento das comunidades rurais, podendo ser usados para sistemas de irrigação, expansão da produção, armazenagem, equipamentos e outras linhas. Também poderá ser usado pela indústria que atende o setor, como tratores e outros maquinários agrícolas.
O governador reforçou que o Paraná tem como vocação ser o supermercado do mundo, como segundo maior produtor de soja, maior produtor de proteína animal, maior produtor de orgânicos e líder nacional em cooperativismo. O Estado exporta alimentos para mais de 170 países.
"E o agronegócio do Paraná tem uma grande qualidade: a industrialização. Esse é um caminho que o Brasil deve seguir. E agora com o Fiagro, que terá juros menores que o Plano Safra, vamos dar mais um grande salto", afirmou Ratinho Junior.
Ele também anunciou que a Suno Asset será a gestora responsável pela estruturação do novo Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agro - Fiagro FIDC. A escolha se deu a partir de um edital de chamada pública aberto pela Fomento Paraná em julho.
A gestora Suno Asset possui fundos com mais de R$ 500 milhões investidos no agronegócio e mantém operações que financiam mais de 200 produtores no Paraná, além de participação de cooperativas paranaenses que integram fundos do agro geridos pela entidade. O fundo deve entrar em operação ao longo de 2025.
De acordo com o diretor-presidente da Fomento Paraná, Vinícius Rocha, o Governo do Estado fez um aporte de recursos importante para aplicação exclusiva na criação do Fiagro. “O fundo é parte de um conjunto de iniciativas para aumentar ainda mais a produtividade do agronegócio paranaense, que hoje representa mais de um terço do PIB estadual, mas que cada vez mais exige investimentos em ciência, tecnologia e na infraestrutura”, detalhou.
A partir da seleção da gestora serão iniciados trâmites junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e construído o regulamento, a política de investimentos, as diretrizes e as estratégias. A expectativa é que os investimentos a serem realizados pelo fundo sejam alavancados a partir da captação de recursos de outros investidores, pois ele prevê a possibilidade de novos cotistas qualificados, desde que autorizada a emissão de cotas pelo Comitê de Investimentos.
Os Fiagros são fundos que canalizam recursos do mercado financeiro para o setor agrícola, permitindo que investidores participem diretamente do crescimento das cadeias produtivas do agronegócio, um dos pilares da economia do Paraná e do Brasil. O Fiagro FIDC une as características dos Fiagros tradicionais com as dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), criando uma solução específica para o agronegócio.
Por - Agência Brasil
A Secretaria estadual da Saúde (Sesa), por meio do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), faz um apelo à população para doação de sangue antes das festas de fim de ano.
O objetivo é reforçar os estoques e garantir o atendimento a pacientes que necessitam de transfusões durante este período, tradicionalmente marcado por maior demanda nos hospitais e serviços de saúde. A doação pode ser feita em uma das 23 unidades do Hemepar espalhadas pelo Estado.
De acordo com a coordenadora do Hemepar, Vivian Raksa, as festas de fim de ano são momentos críticos para os estoques de sangue devido à redução no número de doadores e à maior demanda por transfusões. “O Natal e Ano-Novo são momentos de celebração e união, mas também de conscientização. Precisamos garantir que os estoques de sangue estejam em níveis adequados para atender a todos que necessitem. Cada doação pode salvar até quatro vidas e fazer a diferença para muitas famílias”, enfatiza.
Na última semana, o Hemepar Curitiba observou uma queda no número de doadores. Em dias normais, cerca de 160 a 190 pessoas comparecem à unidade da Capital para doar sangue. No mês de dezembro, esse número cai para 100 a 120 doações diárias, reforçando a necessidade de engajamento da população.
Para evitar a falta de sangue, a Sesa recomenda que os doadores assíduos programem suas visitas aos bancos antes do início do período de férias. Além disso, reforça o convite para que toda a população, inclusive quem ainda não é doador, participe deste ato de solidariedade.
VOLUNTÁRIO – Para ser voluntário é preciso ter entre 16 a 69 completos, pesar no mínimo 50 quilos, ter boa saúde, estar bem alimentado, hidratado e apresentar um documento de identidade com foto. Homens podem doar a cada dois meses, enquanto mulheres devem respeitar um intervalo de três meses entre as doações.
São coletados aproximadamente 470 ml de sangue, além de quatro tubos para exames laboratoriais. Diariamente, o Hemepar encaminha cerca de 700 bolsas de sangue para hospitais em todo o Estado, totalizando mais de 21 mil bolsas por mês e 252 mil ao ano.
As doações podem ser realizadas em todas as unidades do Hemepar no Paraná. Para localizar a unidade mais próxima e agendar a doação, acesse o site www.hemepar.pr.gov.br ou entre em contato pelo telefone disponível em cada unidade.
Por - AEN
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família alerta as entidades que atendem crianças e adolescentes para que não deixem para a última hora a submissão dos projetos que podem ser contemplados com recursos disponíveis no Edital 005/2024, de R$ 100 milhões.
O prazo para apresentação no Sistema de Transferências e Apoio a Gestão (Sistag) é até as 18h do dia 8 de janeiro de 2025.
São seis linhas disponíveis para projetos que devem ter o valor mínimo de R$ 100 mil e o máximo de R$ 300 mil. Se a instituição inserir um projeto com valor máximo em cada linha pode acessar até R$ 1,8 milhão. Os recursos são oriundos do Fundo da Infância e da Adolescência.
“Temos visto muitas organizações elaborando seis projetos para aí iniciar o processo de inclusão no sistema. O que estamos orientando é que a cada projeto finalizado esse processo já aconteça porque, às vezes, podem ocorrer instabilidades e não entrar nenhum projeto. É importante também que as entidades não deixem para a última hora”, ressalta o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.
Os projetos devem corresponder a uma das seis linhas: Direito à Vida e à Saúde; Direito à Liberdade, Respeito e Dignidade; Direito à Convivência Familiar e Comunitária; Direito à Educação, Cultura, Esporte e Lazer; Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho; e Fortalecimento das Estruturas do Sistema de Garantia de Direitos.
Eles abrangem áreas como a social, educacional, cultural ou esportiva, com compra de equipamentos, capacitação de profissionais, custeio e outros itens, desde que estejam inseridos em um dos eixos previstos.
O edital foi lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em outubro e é o maior já lançado no Estado para este tipo de atividade. Os recursos vão viabilizar projetos que não poderiam sair do papel sem o apoio do Estado. A estimativa é que mais de 1.000 entidades acessem o montante.
Para auxiliar as instituições, a Sedef realizou uma tarde de capacitação para as entidades elaborarem os projetos. Os materiais estão à disposição para consulta no site da secretaria.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), por meio da Coordenação Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PR), em conjunto com os Procons municipais, participa da segunda edição do “Mutirão Renegocia!”, que ocorrerá de 16 de dezembro a 17 de janeiro. A iniciativa é coordenada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A campanha é destinada aos consumidores que estão endividados, com necessidade de negociar dívidas existentes, como forma de prevenção ao superendividamento. "O objetivo é auxiliar o consumidor a negociar dívidas bancárias e não bancárias, como água, luz, telefone e outros, e iniciar o ano com mais tranquilidade", afirma o secretário da Justiça e Cidadania, Santin Roveda.
"O mutirão põe em prática as ações de prevenção ao superendividamento e o entendimento de que o consumidor superendividado é aquele que, com sua renda, não consegue arcar com suas necessidades básicas e de seus familiares", explica Roveda.
Ao participar do mutirão, os consumidores terão a oportunidade de renegociar dívidas de forma mais favorável, com condições especiais de pagamento, possíveis descontos e prazos melhores. Para participar, o cidadão deve utilizar a plataforma consumidor.gov.br, canal de atendimento online oferecido pelo Procon-PR, que permite a interlocução fácil e direta entre consumidores e fornecedores.
Feito o registro pelo consumidor na plataforma, os fornecedores têm o prazo de 10 dias para dar uma resposta ao cliente.
A coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, orienta que o consumidor informe, no momento do registro, quais são suas condições de pagamento. “É importante que seja uma parcela que caiba no bolso do consumidor, para que ele avalie, quando receber as propostas, se poderá arcar com o parcelamento oferecido”, diz.
Poderão ser negociadas quaisquer dívidas de consumo, bancárias e não bancárias, com exceção de contratos de crédito com garantia real, financiamentos imobiliários e de crédito rural e pensões alimentícias.
Por - AEN
O governo federal vai promover o Dia D de mobilização de ações de prevenção contra a dengue no próximo sábado (14). Em 2024, foram contabilizados, até agora, mais de 6,7 milhões de casos e 5.950 mortes por causa da doença.
O sistema de saúde investiga se outros 1.091 óbitos tiveram a doença como causa. Para se ter uma ideia, no ano passado, foram 1.179 mortes pelo vírus, um número cinco vezes menor.
A proposta é realizar campanhas de conscientização e engajamento da população em todo o país para prevenir os focos do aedes aegypti, mosquito que transmite o vírus que causa a dengue. De acordo com o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha, o momento, agora, é de prevenir. “Como estamos chegando no período em que as chuvas voltam a ocorrer com maior intensidade, este é o momento ideal para que o mosquito também aumente a sua proliferação”, explicou o especialista.
Ele diz que a série de ações de conscientização conta com a parceria de estados e municípios para divulgar a necessidade da população contribua com ações simples. Entre essas providências, está o de retirar de casa qualquer objeto que possa acumular água, ambiente que pode se transformar num foco de proliferação do mosquito Aedes aegypti. “Nós queremos chamar a atenção da população como um todo. Este é o momento de prevenir uma potencial epidemia que poderia acontecer em janeiro ou fevereiro”.
Mudanças climáticas
O secretário, que é médico e foi pesquisador da Fiocruz, alertou que as mudanças climáticas precisam ser levadas em conta porque a elevação da temperatura média ambiental, as chuvas e secas intensas, mexeram com a biologia do mosquito transmissor da dengue. “Isso aumenta a nossa preocupação. No ano de 2024, não houve uma única semana em que registrássemos um menor número de casos do que a mesma semana de 2023”, exemplificou.
Ele entende que há uma situação peculiar ao Brasil e outros países da América do Sul em que há intermitência no fornecimento da água para o uso doméstico. Esse cenário faz com que as famílias armazenem água para o dia a dia. “Nós temos observado que o armazenamento improvisado da água naqueles dias em que ela está disponível nas torneiras têm se transformado posteriormente em potenciais focos”.
Outra questão de vulnerabilidade tem relação com a coleta do resíduos sólidos deixados de forma irregular. “Quaisquer objetos, independentemente do tamanho, que possam acumular água, poderão se transformar num potencial foco de proliferação do mosquito. Desde uma tampinha de garrafa”.
Epidemia
No ano de 2024, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná foram as unidades federativas com as maiores incidências da doença. Rivaldo Cunha observa, em relação à geografia da doença, que os especialistas têm observado um lento e contínuo crescimento no número de casos registrados nas regiões Sudeste e Sul. “Isso evidentemente nos preocupa. Ainda é um crescimento não assustador. Há condições reais de que, a partir da nossa mobilização cidadã (...) possamos evitar uma nova epidemia”.
Em 2024, os picos ocorreram de fevereiro a maio, quando o país contabilizou mais de um milhão de casos por mês. O pior período foi março, com mais de 1,7 milhão de registros da doença. Neste ano, o maior número de pessoas diagnosticadas com dengue foi na faixa etária dos 20 aos 29 anos de idade.
Por - AEN
Com o objetivo de discutir a Rede de Atenção à Saúde (RAS) a partir das experiências vivenciadas nos territórios, promover a troca de saberes e fortalecer o protagonismo das equipes regionais, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza em Curitiba o 15º Encontro de Formação de Tutores Regionais do PlanificaSUS Paraná. O evento, que teve início na terça-feira (10) e segue até quinta-feira (12), e reúne mais de 100 profissionais das 22 Regionais de Saúde do Estado.
Com a participação do grupo operacional do PlanificaSUS Paraná, a equipe do Hospital Israelita Albert Einstein e dos tutores da regiões, o encontro tem como foco inicial a análise da Linha de Cuidado em Saúde Mental e o impulsionamento de discussões sobre as ações já implementadas, além da definição das próximas etapas a serem executadas.
O evento também promove o compartilhamento de experiências regionais de todas as regionais e o desenvolvimento de um planejamento estratégico para 2025. Durante as discussões, as equipes apresentaram as iniciativas realizadas em seus territórios e debateram estratégias para fortalecer e aprimorar a Rede de Atenção à Saúde (RAS) no estado.
De acordo com a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde e coordenadora estadual do PlanificaSUS Paraná, Maria Goretti David Lopes, a capacitação contínua das equipes é essencial para transformar o sistema de saúde. “Estamos investindo na educação permanente das equipes para provocar mudanças e construir um sistema de saúde mais eficiente. São muitos desafios a serem superados, mas o PlanificaSUS permite integrar diferentes níveis de atenção, especialmente entre as áreas técnicas de Atenção e Vigilância em Saúde”, destacou.
A diretora também reforçou a importância de ouvir as equipes e valorizar as experiências locais. “Tivemos muitos avanços e ainda enfrentamos desafios significativos. Para superá-los, é fundamental ouvir as equipes, valorizar suas experiências na planificação e pensar juntos em formas de fortalecer esse projeto tão importante”, complementou.
PLANIFICASUS – O PlanificaSUS Paraná foi iniciado em 2019 como um projeto piloto na 4ª Regional de Saúde (Irati), com apoio técnico do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Hospital Israelita Albert Einstein, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (ProadiSUS). Em 2021, o Paraná tornou-se o primeiro estado brasileiro a descentralizar a metodologia, expandindo-a para todas as suas regiões de saúde.
Atualmente, o PlanificaSUS Paraná abrange 974 unidades da Atenção Primária à Saúde, 36 Ambulatórios e 35 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), envolvendo cerca de 10 mil profissionais. O projeto é conduzido por um grupo que inclui representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), do Conselho Estadual de Saúde do Paraná (CES-PR), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems-PR) e da Associação dos Consórcios Intermunicipais de Saúde do Paraná (Acispar).
O PlanificaSUS é uma estratégia que busca reorganizar os processos de trabalho das equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) e da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), com o objetivo de aprimorar o acolhimento e o cuidado oferecido aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Por - AEN