O governador em exercício Darci Piana recebeu, nesta quarta-feira (26), no Palácio Iguaçu, representantes da Associação Brasileira de Energia Sustentável (Abes) para discutir o cenário de logística reversa no Estado.
Durante o encontro, foi apresentado um panorama da participação do Paraná na produção de baterias, setor em que o estado concentra 54% dos fabricantes e recicladores no Brasil. Na última semana, Darci Piana já havia recebido a diretoria da Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat) para discutir a inclusão das empresas paranaenses a uma política efetiva de logística reversa.
O objetivo da reunião foi mostrar a cadeia de logística reversa realizada pelos fabricantes de baterias e como eles podem se adequar para a criação de um programa que contemple as regras ambientais, como a necessidade de licenciamento emitido pelo Instituto Água e Terra (IAT), a correta destinação final do produto, plano para prevenção de incêndios, entre outros.
Para Piana, garantir a destinação correta dos materiais por meio da logística reversa contribui para manter o Paraná como referência em sustentabilidade. “O Paraná é o estado mais sustentável do Brasil e tem uma política consolidada de logística reversa, que é referência nacional. Mas queremos sempre avançar nessa área, para reduzir cada vez mais os possíveis danos ao meio ambiente”, afirmou o governador em exercício.
O Paraná é referência no setor, sendo o primeiro a ter um plano assinado no Brasil. Desde 2012, o Estado conta com uma política específica, dois anos após a criação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. Atualmente, 15 cadeias econômicas possuem planos de logística reversa, com 30 entidades signatárias. Com isso, o Estado definiu as diretrizes para implementação e operacionalização da responsabilidade pós-consumo e estabeleceu procedimento para incorporação da logística reversa no âmbito do licenciamento ambiental.
No Estado, a regularidade da logística reversa está entre as condições para que o Instituto Água e Terra (IAT) emita a licença ambiental a essas empresas, sendo que as mesmas precisam apresentar anualmente o relatório comprobatório de adesão ao plano de logística reversa. Esse procedimento garante a destinação correta de produtos com alta capacidade de contaminação, como o chumbo-ácido presente nas baterias.
“As empresas que têm impacto ambiental precisam ter um plano de logística reversa. Desde a sua produção até o descarte final, a responsabilidade é da indústria. Então não adianta só vender, tem que vender e recolher a bateria no fim da vida dela e dar a destinação adequada”, destacou Rafael Andreguetto, diretor de Políticas Ambientais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
Cerca de 91% da composição de uma bateria nova é de origem reciclada. “A logística reversa de baterias é algo que ocorre no Brasil há muitos anos, porque para a produção de uma bateria nova, necessariamente precisamos da velha. O Brasil não tem extração de chumbo, então precisamos desse chumbo presente na antiga, o que chamamos de secundário”, explicou o diretor-executivo da Abes, Nilson José dos Santos.
“Agora nós estamos na fase de entregar a documentação, uma prestação de contas e é isso que nós estamos fazendo aqui. A ideia foi apresentar para a Sedest como é que as indústrias do Paraná se comportam do ponto de vista de logística reversa, tanto no Estado quanto no Brasil”, acrescentou.
DISCUSSÕES COM O SETOR — Na última semana, Darci Piana recebeu também a diretoria da Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat) para discutir a inclusão das empresas paranaenses a uma política efetiva de logística reversa. De acordo com a Abrabat, a entidade representa cerca de 70% do mercado brasileiro de baterias automotivas de chumbo-ácido.
A Sedest e o IAT firmaram, em 2017, um Termo de Compromisso com o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), entidade vinculada à Abrabat, para a realização do gerenciamento da logística reversa do setor. “Nossa proposta é apoiar o Estado na implementação das regulamentações ambientais e prestar apoio às indústrias do Paraná, para que elas se adaptem e elevem o nível de operação. Isso inclui principalmente a logística reversa, mas também a regulamentação ambiental na produção de baterias”, explicou o presidente da Abrabat, Alex Pacheco.
“O Paraná tem uma posição muito importante dentro do cenário nacional em termos de produção industrial de baterias. A questão da logística reversa é um ponto-chave para a adequação das empresas nesse fluxo, para que atuem em conformidade com a legislação, dando atenção ao retorno das baterias usadas e ao seu destino adequado”, salientou ele.
PRESENÇAS – No encontro desta quarta-feira (26), participaram o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; a diretora da Receita Estadual, Suzane Gambetta Dobjenski; o deputado estadual Anibelli Neto; e representantes da Abes e de empresas associadas.
Na reunião com a Abrabat, participaram o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; a vice-presidente da Abrabat, Andréa Lyra; o presidente do Conselho de Administração da Baterias Moura, Paulo Sales; e a diretora-executiva do Iber, Amanda Schneider.
Por - AEN
O Paraná foi o estado que mais investiu em educação em todo o Brasil em 2024. Foram mais de R$ 17,5 bilhões destinados ao ensino de crianças, jovens e adultos, valor que permitiu ao Estado cumprir o limite constitucional com relativa folga.
A cifra corresponde a 32,28% da receita líquida de impostos (RLI), o maior percentual de todo o País, segundo apontam dados preliminares da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).
O limite constitucional é o valor mínimo que os estados devem gastar em áreas fundamentais, como saúde e educação. De acordo com a Constituição Federal, os governos estaduais devem aplicar 25% das receitas de impostos em Educação. No Paraná, a Constituição Estadual define o acréscimo de 5%, que deve ser destinado ao ensino superior – ou seja, para as universidades estaduais.
Isso significa que pelo menos 30% das receitas de impostos devem ir para a educação pública paranaense, o que inclui remuneração de professores, aquisição e manutenção de equipamentos e construção de escolas. Em 2024, o Paraná empenhou mais de R$ 1,2 bilhão a mais do que o mínimo exigido.
E embora nem todos os estados tenham divulgado seus Relatórios de Gestão Fiscal ainda, dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) levantados pela equipe de Assessoria Técnica de Economia da Sefa mostram que os 32,28% empenhados pelo Paraná o colocam no topo do ranking das unidades da federação. O Estado fica à frente do Mato Grosso do Sul (30,93%) e Mato Grosso (27,08%), os melhores estados com resultados publicados.
Depois ainda aparecem São Paulo (27,04%), Rio Grande do Sul (26,92%), Roraima (26,47%), Santa Catarina (25,98%), Distrito Federal (25,97%), Bahia (25,85%) e Maranhão (25,82%).
“Esse é mais um índice que nos enche de orgulho, pois mostra que o Paraná valoriza como ninguém a educação de sua população em todos os níveis”, afirma o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. “Investir em educação é investir no futuro e isso é o que fazemos aqui. Não se trata de gastar apenas para cumprir o que diz a lei, mas de fazer com que isso chegue aos estudantes e que esse número se transforme em resultado amanhã”.
NA PRÁTICA – Os R$ 17,5 bilhões empenhados pelo Paraná em educação em 2024 correspondem também a um aumento significativo nos valores gastos em 2023. De um ano para o outro, as despesas para fins do índice cresceram 11%, aumentando em mais de R$ 1,7 bilhão.
Esse investimento massivo faz com que os resultados já comecem a aparecer, como a liderança no ranking Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) bem comprova. A educação no Paraná foi eleita a melhor do Brasil tanto no ensino médio quanto no ensino fundamental no ranking do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Segundo o secretário de Estado da Educação do Paraná, Roni Miranda, isso faz parte do compromisso do Governo do Estado com ensino público de qualidade. “Esses recursos possibilitaram avanços na modernização do ensino, com a aquisição de equipamentos de informática, kits de robótica e ampliação da conectividade nas escolas, além de R$ 1,5 bilhão investidos em infraestrutura”, disse.
Um dos destaques em relação às despesas paranaenses com educação foi o crescimento de 163,5% nos repasses destinados ao Ensino Médio, que saltaram de R$ 105 milhões em 2023 para R$ 276 milhões em 2024.
“Para 2025, manteremos essa prioridade com um orçamento robusto e iniciativas como o intercâmbio do programa Ganhando o Mundo, que beneficiará 1.200 alunos”, completou Miranda. “Investimos acima do mínimo constitucional porque acreditamos que a educação é a base do desenvolvimento e a chave para um futuro com mais oportunidades para nossos jovens”.
OUTRAS FRENTES – Em 2024, as despesas empenhadas em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) foram de R$ 17,6 bilhões, montante 11,2% superior ao registrado em 2023 (R$ 15,8 bilhões). Esse valor foi usado para garantir o funcionamento de escolas, incluindo também o transporte escolar, assim como aquisição e preparo das merendas oferecidas aos alunos.
Além disso, o Paraná repassou R$ 9,9 bilhões ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) — um aumento de 13,6% em comparação ao ano anterior. Já as despesas do Ensino Superior alcançaram a marca de R$ 3,1 bilhões, valor 21,3% maior do que em 2023.
Por - AEN
Todos os dias da semana, as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) da Unidade da Saúde da Família (USF) Jardim Karla, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, fazem, em média, dez visitas às casas das pessoas para registro domiciliar, acompanhamento dos integrantes das famílias e coleta de dados. Há dois anos esse trabalho era realizado manualmente, sem o uso de tecnologia e o processo era bem mais demorado.
“Quando eu entrei, a gente ainda fazia na folha de papel, pegava a assinatura dos pacientes, e chegava no posto e registrava a visita. Aí passamos para o caderno, mas a mesma situação, chegava, registrava no computador”, lembra Denise Rodrigues de Araújo de Souza, que é agente comunitária e atua há dez anos na USF.
Em 2022 essa realidade mudou, após o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), ter repassado aos municípios recursos para compra de mais de 13 mil tablets, a fim de se adaptar às novas tecnologias e agilizar o processo de verificação dos dados.
“O tablet facilitou, pois registramos a visita na casa e daí a gente chega na unidade e só sincroniza, indo direto para o computador para emitir os relatórios na hora do fechamento das visitas”, explica Denise.
O Paraná conta com 13.067 agentes de saúde, em sua maioria mulheres. Os dados são do Ministério da Saúde, de outubro de 2024. Esses profissionais desempenham um papel fundamental na promoção da saúde e na prevenção de doenças, atuando diretamente nas comunidades para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. Na Unidade Jardim Karla trabalham dez agentes.
FACILIDADE – A utilização do aparelho aumentou a velocidade de compartilhamento de informação com o restante da equipe e a redução no tempo de cadastramento, manutenção e atualização dos cadastros da população de cada território.
Durante as visitas os profissionais utilizam tablets para registrar diversas informações sobre as famílias e indivíduos atendidos em suas áreas de atuação. Os dados coletados variam conforme o sistema utilizado de cada município, mas geralmente incluem dados pessoais e familiares, situação socioeconômica, histórico de saúde e doenças crônicas, acompanhamento de gestantes e crianças, dentre outros assuntos da saúde.
“Fizemos um investimento de R$ 15 milhões para colocar tablets na mão desses agentes que vão até a casa das pessoas, preenchem as informações off-line, e quando chegam na Unidade Básica automaticamente as informações vão para o Ministério da Saúde. Estamos dando um passo rumo à modernidade”, diz o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
INTEGRAÇÃO DE DADOS – O processo de trabalho dos agentes comunitários na integração das ações de Atenção e Vigilância em Saúde auxilia na qualificação das informações da população. Além disso, no momento da visita domiciliar é possível obter a localização geográfica de cada agente, via GPS, facilitando o mapeamento dos pontos de cobertura das equipes.
“A gente está sempre disposto a ajudar o paciente e o paciente a nos receber também. Todas as informações são atualizadas em cada visita. É muito importante essa atualização por conta do telefone, caso a unidade de saúde precise entrar em contato”, reforça Ana Zélia Nascimento, também ACS em Pinhais. “As vezes o morador foi embora ou o filho casou, então temos que estar sempre atualizando todos os dados”.
FORTALECIMENTO – No ano passado, a Sesa também liberou um incentivo financeiro de R$ 8,2 milhões para aquisição de tablets para os Agentes de Combate a Endemias como material de apoio para execução de ações de Vigilância em Saúde nos municípios. A ação é destinada à prevenção e promoção da saúde no combate às doenças endêmicas no Paraná. Até agora 245 municípios aderiram a esta linha de financiamento.
Por - Agência Brasil
A segunda edição do Balanço Social do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) mostra que, em 2023, o Instituto devolveu para a sociedade R$ 7,10 para cada R$ 1 investido.
O documento apresenta também que os 1.400 profissionais realizaram 106,3 mil atendimentos nas propriedades e desenvolveram 110 projetos de pesquisa. O retorno global do Instituto, somando as ações com os parceiros, passa de R$ 7,7 bilhões.
Para o presidente do IDR-Paraná Richard Golba, o Balanço Social é uma apresentação do trabalho do Instituto na prática. “Hoje somos mais de 1.400 profissionais dedicados em desenvolver projetos e atender mais de 100 mil propriedades rurais no estado. Esse documento mostra que o investimento no Instituto é um bom negócio para a sociedade. Devolvemos sete vezes mais através das nossas ações, programas e tecnologias”, afirma.
Estes números representam a ação do Instituto em 2023. Até o início do segundo semestre o IDR-Paraná deve apresentar o Balanço Social de 2024.
Nesta edição, foram avaliadas 73 ações do IDR-Paraná em pesquisa agropecuária, extensão rural e logística. Assim como na primeira edição, três pilares foram levados em consideração para chegar a este resultado: impacto econômico, social e ambiental.
Para avaliar o impacto econômico foi utilizado o método do excedente econômico que compara a situação anterior (sem adoção da tecnologia) com a atual. Neste quesito foi avaliado a renda adicional através da diversificação da produtividade, redução de custos, agregação de valor e acesso a recursos pelos agricultores.
No caso do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), por exemplo, o retorno total foi de R$ 486 mil. Com 100 hectares atendidos, foram R$ 276 mil no aumento de produtividade, R$ 126 mil em redução de custos e R$ 84 mil em expansão de área.
Em relação aos ganhos econômicos da cultivar Feijão Preto IPR Urutau, os resultados ultrapassam R$ 84 milhões, com plantas mais resistentes e de alta produtividade nas lavouras. O Programa Manejo Integrado do Cancro Cítrico, uma das prioridades do Instituto, para garantir a saúde da produção de citros no estado, teve um retorno ainda maior. De R$ 567 milhões em expansão de área.
Outro impacto relevante economicamente é no tópico redução de custo. Apenas com o programa de estímulo à energia solar a economia foi de R$ 423 milhões.
SOCIAL – Na perspectiva do impacto social foi considerado adaptação simplificada de indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Social de Inovações Tecnológicas Agropecuária (Ambietc Social) da Embrapa. Foi considerado um conjunto de 14 indicadores, agrupados aspectos como Emprego, Renda, Saúde, Gestão, Administração e Capital Social.
Já para avaliar o impacto ambiental foram utilizados indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental de Inovações Tecnológicas Agropecuárias, que consiste na adaptação de metodologia utilizada pela Embrapa. Ele teve por base um conjunto de 36 indicadores agrupados em cinco aspectos: Eficiência Tecnológica, Conservação Ambiental, Recuperação Ambiental, Bem-estar e Saúde Animal e Qualidade do Produto.
BALANÇO SOCIAL – Esta é a segunda edição do documento, que pode ser consultado AQUI. Ele endossa a preocupação do IDR-Paraná em prestar contas à sociedade sobre o serviço público executado no Estado.
Para realização do Balanço Social foi instituído um grupo gestor, responsável por elaborar o documento e consolidar o trabalho na rotina do IDR-Paraná. Coordenado pela Gerência de Planejamento do Instituto, o grupo recolheu relatórios dos coordenadores de projetos e gerentes de diferentes áreas para chegar ao resultado.
INSTITUTO – Criado em dezembro de 2019, o IDR-Paraná é a incorporação de quatro instituições renomadas na agropecuária paranaense e nasceu para fortalecer o sistema estadual da agricultura. Com o objetivo de tornar a agricultura paranaense cada vez mais competitiva e garantir a redução da desigualdade no meio rural. Ele uniu o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), o Centro Paranaense de Referência de Agroecologia (CPRA) e o Instituto Agropecuário do Paraná (Iapar).
Por - AEN
O paranaense já está acostumado acordar e acessar a previsão do tempo do celular ou o site do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) para planejar o dia.
Em Curitiba, por exemplo, depois de um temporal no fim da tarde de terça-feira (25), os dados do Simepar para esta semana apontam um acumulado de chuva de menos de 5 milímetros ao longo da quarta e da quinta-feira (26 e 27).
Mas o que esses números representam efetivamente? Cinco, 10 ou 15 milímetros são chuvas fortes ou regulares? Para esclarecer algumas dúvidas comuns, o Simepar preparou algumas respostas práticas que podem ajudar no planejamento diário.
O Simepar adota uma tabela para interpretar a força dos temporais. Se, em um período de 6 horas, chover menos de 0,2 mm, a chuva sequer é considerada. Entre 0,3 mm e 2,5 mm é considerada como chuvisco. Se torna uma chuva fraca quando o acumulado em 6h é entre 2,5 mm e 10 mm. A partir daí até 25 mm, a chuva é moderada. Dos 25 mm aos 50 mm é considerada chuva forte e acima dos 50 mm é considerada chuva extrema.
O período em que a precipitação é registrada é extremamente relevante para avaliar a força da chuva. Um exemplo é o que aconteceu nesta terça em Curitiba. Apenas no bairro Pinheirinho, em uma hora, a estação meteorológica da prefeitura de Curitiba registrou um acumulado de 36 mm de chuva. Essa quantidade em um período de 6 horas já seria considerada uma chuva forte, e a precipitação foi concentrada em ainda menos tempo.
"Um milímetro por minuto já é considerado chuva forte. Se chover 15 mm em 15 minutos, ou 60 mm em uma hora, é muita água para absorção. Outras variáveis interferem no impacto desta chuva, como por exemplo a topografia da região e a infraestrutura das cidades. Áreas montanhosas, quando recebem grande acumulado de chuvas, por conta da inclinação podem sofrer com enxurradas e cabeças d'água”, explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.
No site do Simepar é possível verificar a previsão de chuva por hora, nos 399 municípios do Paraná, para o dia vigente e o dia seguinte. Os dados da previsão do tempo são atualizados duas vezes por dia. Além da previsão, também é possível ver no site o quanto efetivamente choveu em cada estação meteorológica do Simepar pelo Estado, com atualizações a cada 15 minutos. Basta clicar no link “acesse nossas estações”, na página inicial.
IMPACTO – De acordo com a Defesa Civil Estadual, o impacto dessa precipitação na rotina das pessoas depende de fatores que vão além da relação do volume num determinado período. As características do local e o histórico dos dias anteriores podem influenciar de maneira positiva ou negativa durante a chuva.
Um exemplo foi o que aconteceu em Curitiba na semana passada. “Foram 42 milímetros de chuva em menos de uma hora. Se tivesse chovido a mesma quantidade em 24h provavelmente não haveria problemas. Mas como ocorreu em menos de uma hora e em uma área extremamente urbanizada, isso acabou dificultando o escoamento da água, que é a dificuldade de drenagem urbana”, explica o capitão Anderson Gomes, chefe do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd).
O Cegerd recebe as informações meteorológicas do Simepar e avalia os riscos de enxurradas, alagamentos, inundação e deslizamentos, para emitir alertas para a população. “Todos os fatores são analisados para emissão de alerta, pois cada situação e região têm características específicas. Chuvas continuadas, por exemplo, começam a degradar o solo, e quando essa região recebe uma pancada de chuva forte, desencadeia eventos de deslizamento”, explica o capitão.
MÉDIAS HISTÓRICAS – A chuva no mês de fevereiro tem ficado dentro ou abaixo da média em quase todos os municípios que possuem estação meteorológica do Simepar. Apenas três tiveram chuvas expressivas acima da média histórica: em Antonina, até o dia 24 deste mês, choveu um acumulado de 310,8 mm – 72 mm a mais do que a média histórica para todo o mês de fevereiro, que é de 238,5 mm.
A estação meteorológica de Campo Mourão registrou um acumulado de 275,8 mm também até 24 de fevereiro, valor que é 114 mm superior à média de fevereiro – 162 mm. Em São Miguel do Iguaçu choveu 230,8 mm no mesmo período – 101 mm a mais do que a média de fevereiro, que é de 129 mm.
Por - AEN
A Caixa Econômica Federal paga nesta quarta-feira (26) a parcela de fevereiro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 8.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 671,81. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,55 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,81 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Os beneficiários de 623 cidades receberam o pagamento na segunda-feira (17), independentemente do NIS. A medida beneficiou moradores do Rio Grande do Sul, afetados por enchentes de abril a junho, e de mais seis estados, afetados por chuvas ou por estiagens. Além de todos os 497 municípios gaúchos e 62 do Amazonas, o pagamento unificado ocorreu em 16 cidades do Paraná, 14 do Sergipe, dez do Mato Grosso, nove de São Paulo, sete de Minas Gerais, seis da Bahia e duas do Piauí.
Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).
Regra de proteção
Cerca de 2,92 milhões de famílias estão na regra de proteção em fevereiro. Em vigor desde junho de 2023, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 367,63.
Cadastro
Desde julho de 2023, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, cerca de 31 mil famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
Em compensação, outras 101 mil de famílias foram incluídas no programa em fevereiro. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.