As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados começam a semana com a oferta de 18.846 vagas de emprego com carteira assinada.
A maior parte é para alimentador de linha de produção, com 5.185 oportunidades. Na sequência, aparecem as de abatedor, com 781 vagas, operador de caixa, com 681, e repositor de mercadorias, com 556.
A região de Cascavel concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (4.720). São 1.545 vagas para alimentador de linha de produção, 501 para abatedor, 152 para carregador (armazém) e 149 para servente de obras.
A Grande Curitiba aparece em seguida (4.198) em volume de oportunidades, com 461 para alimentador de linha de produção, 305 para operador de telemarketing receptivo, 228 para repositor de mercadorias e 207 para operador de telemarketing ativo e receptivo.
Na Capital, a Agência do Trabalhador Central oferta 106 vagas para profissionais com ensino superior e técnico em diversas áreas, com destaque para as funções de professor de educação física (superior completo), com 15 vagas, eletricista de instalação (curso técnico na área), com 10 vagas, soldador (curso técnico na área), com nove vagas, e técnico em nutrição (curso técnico na área ou em enfermagem), com sete vagas.
Há vagas do Master Job Curitiba, ainda, para advogado, supervisor comercial, analista de folha de pagamento, babá, confeiteiro, encarregador de manutenção, professor de ensino fundamental e marceneiro.
Nas demais regionais do Interior há muitos empregos disponíveis em Campo Mourão (2.213), Londrina (1.825), Foz do Iguaçu (1.577), Pato Branco (1.362) e Umuarama (1.234).
Em Campo Mourão, as funções que lideram as ofertas de vagas são alimentador de linha de produção, com 769 vagas, magarefe, com 218, abatedor, com 186, e trabalhador da manutenção de edificações, com 131 oportunidades. Em Londrina, os destaques são para alimentador de linha de produção (643), servente de obras (67), pedreiro (42) e armazenista (40).
Na região de Foz do Iguaçu há oferta de emprego para as funções de alimentador de linha de produção, com 493 oportunidades, operador de caixa, com 117, repositor de mercadorias, com 110, e ajudante de motorista, com 52. Em Pato Branco, são ofertadas 406 vagas para alimentador de linha de produção, 79 para magarefe, 78 para operador de caixa e 53 para vendedor em comércio varejista.
Na região de Umuarama, as funções que lideram as ofertas de vagas são alimentador de linha de produção, com 501 vagas, trabalhador no cultivo de árvores frutíferas, com 77, magarefe, com 70, e abatedor, com 61 oportunidades.
ATENDIMENTO – Os interessados devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado.
Confira as principais vagas por região
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Por - AEN
O Paraná inicia nesta segunda-feira (27) a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite para crianças menores de cinco anos.
A ação deve seguir até 14 de junho, sendo 8 de junho o Dia D de mobilização. A estimativa é que 717.915 crianças nesta faixa etária recebam essa vacina no Estado. A meta é atingir 95% de cobertura da vacina durante o ano.
As crianças menores de um ano deverão ser vacinadas conforme a situação vacinal atual para o esquema primário aos dois, quatro e seis meses de idade (três doses da Vacina Inativada Poliomielite — VIP). Nesta faixa, o Estado estima que 139.732 crianças sejam vacinadas. Para o púbico de um a quatro anos (578.183 crianças), deve ser utilizada a Vacina Oral Poliomielite (VOP).
“A imunização será feita pelos municípios paranaenses e as salas de vacina estarão à disposição para fazer esse grande movimento durante a campanha. A vacina contra a poliomielite é um avanço que permitiu que conseguíssemos fazer com que essa doença não existisse mais e por isso contamos com a participação da população para continuarmos protegidos”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A poliomielite também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que em geral acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível. No Paraná, o último registro da doença foi em 1986, em São José dos Pinhais. Já no Brasil, o último caso foi registrado em 1989, na Paraíba. A poliomielite está erradicada no País desde 1994.
A transmissão acontece diretamente de uma pessoa para outra através de gotas muito pequenas que saem da nossa boca e nariz quando falamos, tossimos ou espirramos. A transmissão também pode acontecer quando a pessoa tem contato direto com fezes contaminadas ou bebe água ou come alimentos contaminados. O vírus da pólio se desenvolve na garganta ou no intestino e se espalha pela corrente sanguínea. Ao chegar ao sistema nervoso central (medula e cérebro), o vírus ataca os neurônios e pode provocar paralisia.
A principal forma de prevenção contra essa doença é a vacina. Segundo o Ministério da Saúde, desde 2016 as coberturas vacinais têm apresentado uma queda progressiva em todo o País. De acordo com dados do LocalizaSUS, do Ministério da Saúde, no ano passado, o Brasil fechou em 84,95% de cobertura da VIP, sendo que o Paraná atingiu 90,18%. Já com relação a VOP, em 2023 o Brasil atingiu 76,99% e o Paraná 83,38%.
Por - AEN
Em alusão ao Dia Estadual de Conscientização sobre a Hanseníase, 26 de maio (domingo), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama a atenção de toda a população para o enfrentamento da doença, com destaque para a importância do diagnóstico precoce, tratamento e a luta contra o preconceito.
O Brasil está em segundo lugar em número de casos de hanseníase, sendo o Paraná o estado da região Sul com maior incidência. Mais de 725 pessoas realizam o tratamento da doença em 2024.
Para marcar a data, instituída pela Lei Estadual nº 17.359 de 2012, a Sesa promove algumas ações de mobilização, como a divulgação do documentário “A Morada de São Roque”, com lançamento oficial no dia 31 de maio, às 14h, na Cinemateca, em Curitiba. O evento é aberto ao público e não há necessidade de agendamento:
A película mostra a história do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná (HDSPR), situado em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Conhecido como o antigo Leprosário São Roque, iniciou suas atividades em 1926 com a política de internamento compulsório. O hospital-colônia, exclusivo para pacientes portadores da hanseníase, era um dos mais emblemáticos do País.
Na pré-estreia do documentário, exibido para os profissionais de saúde e a comunidade da região, houve ainda a visita guiada ao Museu São Roque (Musar), um espaço dedicado a mostrar a trajetória da doença e da instituição. Dentro da programação foi realizada, ainda, uma ação de avaliação de contatos de pessoas diagnosticadas com hanseníase, que aconteceu no município de Piraquara, no dia 22 de maio.
AÇÕES ESTRATÉGICAS – Além das iniciativas alusivas à data, a Sesa mantém ações estratégicas e permanentes para prevenção, diagnóstico oportuno e tratamento da doença, além do enfrentamento ao estigma e à discriminação. Entre elas, o Telediagnóstico em Dermatologia, operacionalizado pelo Núcleo Estadual de Telessaúde.
As lesões de pele são fotografadas no âmbito das unidades da Atenção Primária à Saúde, com o auxílio do dermatoscópio, equipamento que aumenta a qualidade da imagem e possibilita fazer a análise diferencial de lesões malignas. Elas são avaliadas pelo médico especialista que emite o laudo da imagem em até 72 horas, o que agiliza o diagnóstico e o início do tratamento.
“O tratamento é oferecido gratuitamente pelas unidades de saúde do SUS, mas, se a doença não for tratada, há riscos de transmissão e sequelas que podem levar a incapacidades permanentes”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.
Além disso, o HDSPR está reestruturando o setor de reabilitação com a dispensação de órteses e confecção de palmilhas e adaptadores. Recentemente, a unidade firmou parceria com o Instituto Alliance Agaisnt Leprosy que disponibilizará material, insumos e capacitação para a equipe na confecção de palmilhas e adaptadores às pessoas que tem ou tiveram hanseníase.
Após o treinamento dos profissionais envolvidos no atendimento e a entrega do material, o HDSPR espera iniciar os atendimentos no início do mês de junho.
A organização, fundada em 2018, com sede na Capital, é filantrópica e com atuação internacional. O objetivo da instituição é qualificar profissionais de saúde unindo a ciência, educação e filantropia no combate à hanseníase.
Há ainda a busca ativa para detecção precoce dos casos, tratamento; reabilitação; manejo das reações hansênicas e dos pacientes pós-alta; investigação dos contatos de forma a interromper a cadeia de transmissão; formação de grupos de autocuidado e ações adicionais que promovam o enfrentamento do estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
“O Estado também atua na educação permanente dos profissionais para a identificação precoce de sinais e sintomas, diagnóstico da doença e um cuidado qualificado das pessoas com hanseníase, incluindo a avaliação e prevenção das incapacidades físicas”, reforça Maria Goretti.
O tratamento é realizado exclusivamente pelo SUS e a medicação é fornecida gratuitamente nas unidades de saúde, com duração de seis a 12 meses, podendo ser prorrogado até 18 meses. A transmissão é interrompida ao iniciar a medicação. A hanseníase tem cura e tratamento.
HANSENÍASE – Trata-se de uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais. A hanseníase tem cura desde a década de 1980 e cessa a transmissão assim que iniciado o tratamento.
Veja quais são os sintomas mais comuns (na presença de alguns desses sintomas recomenda-se procurar o serviço de saúde):
- Manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato
- Formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores
- Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados abertos nos pés
- Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos
- Áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos, (especialmente nas sobrancelhas), caroços pelo corpo
- Coceira ou irritação nos olhos
- Entupimento, sangramento ou ferida no nariz
Por - AEN
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Educação, pretende expandir o programa Parceiro da Escola a partir de 2025.
Esse é o objetivo de um projeto de lei que vai ser encaminhado aos deputados estaduais na próxima semana. Ele tem como intuito otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante uma parceria com empresas com expertise em gestão educacional. Elas serão responsáveis pelo gerenciamento administrativo das escolas selecionadas na rede e pela gestão de terceirizados (limpeza/segurança).
O Parceiro da Escola será instalado mediante consulta pública junto à comunidade escolar, em modelo similar das consultas das cívico-militares, dentro de um processo democrático. A proposta é que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades, nas quais foram observados pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive uma diminuição da evasão escolar – o número corresponde a cerca de 10% da rede.
O programa tem como finalidade principal possibilitar que os diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional, dedicando-se ao desenvolvimento de metodologias pedagógicas, treinamento de professores e acompanhamento do progresso dos alunos. Os diretores, os professores e os funcionários efetivos já lotados nas escolas serão mantidos e as demais vagas serão supridas pela empresa parceira, sendo obrigatória a equivalência dos salários com aqueles praticados pelo Estado do Paraná. A gestão pedagógica seguirá a cargo do diretor concursado.
As empresas serão contratadas em lotes, mediante edital, por um período específico que ainda está sendo analisado. Elas deverão ter atuação comprovada na área. O projeto prevê que o investimento seja similar ao praticado atualmente na escola que passará pela mudança.
Nas escolas participantes, além de todos os serviços já ofertados pela rede estadual, as instituições contarão com um gestor administrativo, acompanhamento direto de nutricionista e educadores adicionais, inclusive para contraturno, tendo em vista garantir atendimento ao estudante em sala de aula, principalmente em situações da ausência de professores. Além disso, os estudantes receberão gratuitamente kits de uniforme escolar.
Países desenvolvidos, líderes dos rankings mundiais de educação, como Canadá, Coreia do Sul, Inglaterra e Espanha, utilizam sistemas semelhantes de parcerias na administração. No Paraná, esse projeto-piloto já é desenvolvido desde 2023 no Colégio Estadual Aníbal Khury, em Curitiba, e no Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
“Essa divisão de responsabilidades permite maximizar o progresso acadêmico dos estudantes e a qualidade geral da educação oferecida pelas escolas. Ao contar com o suporte de uma entidade privada especializada em gestão educacional, as instituições de ensino público ganharão acesso a recursos e expertise que promoverão melhorias nas escolas. Os resultados nas escolas que já contam com o programa são satisfatórios”, afirma o secretário da Educação, Roni Miranda.
O programa também prevê avaliação perene das escolas parceiras, garantindo a eficiência da ação. Esse processo envolve aspectos qualitativos dos serviços ofertados pela empresa parceira, níveis de satisfação da comunidade escolar e o cumprimento de metas propostas pelo Estado, como aprendizagem e frequência escolar.
O programa não atinge escolas indígenas, aquelas em comunidades quilombolas e em ilhas ou as cívico-militares.
PILOTOS – O programa funciona desde o início do ano passado com 2,1 mil estudantes matriculados em duas escolas da rede de ensino estadual. Nessas duas instituições os parceiros são Tom Educação e Apogeu. Em ambas as entidades, os índices de matrículas, frequência e desempenho escolar dos estudantes apresentaram melhoras significativas entre 2023 e 2024. Também houve matrícula de 100% no Enem.
No Colégio Estadual Anita Canet, o êxito do modelo de gestão foi observado nos índices de matrículas e desempenho dos alunos. Em 2023, a escola contava com 895 alunos matriculados e as matrículas subiram para 965, um aumento de 8%. A frequência dos estudantes saltou de 84% para 88%. Em relação ao aprendizado, dados da Prova Paraná, exame aplicado periodicamente na rede, mostram que a média de acertos dos alunos da escola aumentou de 41% em 2022 para 45% em 2023.
Ao mesmo tempo em que houve mudança na gestão, o colégio, assim como toda a rede, seguiu recebendo investimento do Estado. No ano passado foi reformado o laboratório de informática, feitas adequações nas áreas externas, adquiridos 40 novos notebooks, instaladas câmeras de segurança nas salas de aula e nos corredores, comprados equipamentos esportivos e implementadas aulas de jiu-jitsu no contraturno.
No Colégio Estadual Anibal Khury os resultados são similares. Em 2020 a escola atendia cerca de mil alunos, número que subiu para 1.141 em 2024. Em relação à frequência, o número passou de 85% em 2022 para 87% em 2023. Outro dado relevante foi a redução das aulas vagas, que são aquelas que deixam de ser dadas por falta ou ausência do professor. Em 2022, 22% das aulas do ano não foram realizadas por tal motivo. Em 2023, a partir do modelo que garante a presença de docentes na escola, o número de aulas vagas caiu para 6%.
No ano passado o Estado reformou o refeitório e adequou o depósito de merenda da unidade. Também instalou um bicicletário, pintou as quadras coberta e descoberta, implementou sistema de segurança e câmeras de monitoramento e adquiriu 31 novos chromebooks.
Pesquisas realizadas pelo IRG instituto com os pais e responsáveis nas duas escolas mostraram uma aprovação de mais de 90%.No Anita Canet, 96% da comunidade aprovou o modelo e 93,1% se sente satisfeito ou muito satisfeito com a parceria. No Anibal Khury 90% aprovam e 81,6% dos pais e responsáveis estão satisfeitos ou muito satisfeitos.
Confira a lista das escolas elegíveis para a consulta
. Essa fase só terá início depois da aprovação do programa.
Por - AEN
O Governo do Estado iniciou nesta quinta-feira (23), em Cascavel, no Oeste do Paraná, a uma série de cinco Fóruns Regionais de Planejamento e Desenvolvimento Territorial que visam conectar o orçamento do Estado às realidades de cada região.
No encontro foram apresentados a lideranças, entidades da sociedade civil organizada, empresários locais e membros da academia os instrumentos de planejamento e de ciência e tecnologia voltados ao desenvolvimento regional e o monitoramento de políticas públicas.
Este primeiro encontro, realizado na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), abrangeu três regiões (4, 5 e 11) que reúnem 109 municípios.
O secretário estadual do Planejamento, Guto Silva, afirmou que a série de fóruns se constitui em instrumento relevante para dar uma resposta à sociedade, que vai ser ouvida na definição de ações e de obras estruturantes que conduzam ao desenvolvimento local.
“O papel do poder público é alinhar esse desejo da sociedade com a realidade orçamentária e tirar do papel sonhos importantes de cada território”, afirmou Silva. "Queremos, por parte do governo, ser mais assertivos em relação ao sentimento da região. Que esse sentimento seja colocado no orçamento e, consequentemente, vire uma ação concreta para beneficiar a vida de milhares de paranaenses".
A Secretaria do Planejamento apresentou o programa Paraná Produtivo, que foi criado em 2021 e que hoje abrange todos os 399 municípios do Estado. A iniciativa tem foco na identificação de potenciais e carências das regiões, tendo como base a participação e protagonismo das lideranças regionais.
A SEPL também apresentou o Observatório do Planejamento, plataforma que promove uma gestão pública mais eficiente e transparente, alinhada com as demandas da sociedade.
Já a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) expôs os programas da pasta relacionados ao desenvolvimento territorial, como a Ageuni (Agências de Desenvolvimento Regional Sustentável, instaladas nas sete universidades estaduais), o Projetek (Escritório de Projetos Executivos de Engenharia e Arquitetura para atender cidades pequenas nas áreas de abrangência das universidades estaduais), o Paraná Empreende Mais (que qualifica micro, pequenos e médios empresários, empreendedores individuais, informais e futuros empreendedores de todo o Estado) e o programa Propriedade Intelectual com Foco no Mercado - Prime (que transforma pesquisas acadêmicas em produtos e serviços para a sociedade.
BALANÇO – Guto Silva ainda ressaltou a importância dos fóruns regionais para projetar o Paraná do futuro. "Os municípios precisam muito de planejamento e, naturalmente, devem escutar e envolver a sociedade civil organizada, o setor privado, o mundo político”, disse. “E isso precisa estar dentro de uma lógica, de uma metodologia, para que se possa instrumentalizar um grande plano de longo prazo, um masterplan para 30 anos".
De acordo com o diretor-geral da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Jamil Abdanur Junior, existem hoje no Paraná 188 ambientes de inovação apoiados pelas sete instituições estaduais de ensino superior, que visam o desenvolvimento territorial. "No Paraná, temos um sistema muito robusto e consolidado, com uma capilaridade muito grande, visto que as nossas sete instituições de ensino estão presentes em todas as regiões do Estado”, afirmou.
Ele enfatizou que essas instituições, em particular, têm uma série de programas que podem contribuir sobremaneira com as discussões e encaminhamentos de soluções de desafios enfrentados pelos municípios paranaenses. “O Paraná, na sua rede estadual, conta com 95% do corpo docente constituído de doutores e mestres, pesquisadores, professores, e estudiosos que, entre todas as diversas áreas, têm, também, na sua formação e áreas de atuação, o tema Planejamento e Desenvolvimento Territorial”, disse Abdanur.
EXPERIÊNCIA DE MEDELLÍN – O fórum em Cascavel contou, ainda, com a participação do consultor internacional colombiano Jean Edouard Tromme, que ministrou a palestra “Medellín: Um modelo de transformação territorial”. Ele compartilhou a experiência da cidade latino-americana, que tem alcançado reconhecimento nas áreas de mobilidade urbana e de ampliação da qualidade de vida.
"Os territórios são das pessoas para as pessoas. Se as pessoas não participam, se elas não fazem parte, se elas não são os atores que vão levar a cabo as principais ações, isso não funciona. Se você quer transformar um território, você tem que ter confiança e transparência com as pessoas", disse.
Segundo ele, qualquer iniciativa de transformação deve ser sustentável no tempo, senão se limita a ações dispersas. "Para ser sustentável no tempo, é preciso que os embaixadores do planejamento sejam as pessoas da sociedade. E aqui, hoje, vejo que começaram esse processo em uma boa direção", afirmou Tromme.
CURITIBA – Nesta sexta-feira (24) é a vez de Curitiba receber o encontro, que será no Prédio da Administração da Universidade Federal do Paraná (UFPR). As inscrições para o evento na Capital podem ser feitas AQUI.
Os fóruns são realizados pela Secretaria do Planejamento, Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Sebrae-Paraná, programa Paraná Projetos, Paraná Produtivo e Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni).
Os encontros, que irão até junho, passam também pelos municípios de Guarapuava, Londrina e Maringá.
Confira o calendário dos próximos encontros:
24/05 - Curitiba
UFPR - Prédio da Administração - Av. Coronel Francisco H. dos Santos, 100 - Jardim das Américas
Inscrições AQUI
13/06 - Guarapuava
Unicentro - R. Padre Salvador. 875
Inscrições abertas a partir de 27/05
20/06 - Londrina
UEL - Rod. Celso Garcia Cid – PR-445, km 380 - Campus Universitário
Inscrições abertas a partir de 27/05
21/06 - Maringá
UEM - Av. Colombo, 5790 - Jd. Universitário
Inscrições abertas a partir de 27/05
Por - AEN
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) promoveu nesta quinta-feira (23) o 1º Workshop de Prevenção e Combate ao Incêndio Florestal, com o objetivo de apresentar as estratégias de atuação frente aos incêndios florestais, tendo em vista a presença do fenômeno La Niña.
Realizado no auditório da Sanepar, no bairro Tarumã, em Curitiba, o evento reuniu representantes de órgãos e entidades públicas e de empresas privadas.
“O Corpo de Bombeiros realiza anualmente a sua operação de prevenção e combate aos incêndios florestais. Percebemos essa necessidade de integração com outros órgãos que atuam nos incêndios florestais, seja na prevenção ou no combate, pois o trabalho é árduo e exige muitos recursos, então essa articulação é essencial”, explicou o subcomandante-geral do CBMPR, coronel Antônio Geraldo Hiller Lino.
O encontro marcou o início da Operação Quati João de 2024. “A operação dura vários meses e, durante esse tempo, faremos encontros virtuais em que serão relatados os atendimentos feitos e os prognósticos para o próximo período”, acrescentou o oficial.
Só nos primeiros meses de 2024 já foram registradas quase 4 mil ocorrências de incêndios florestais no Estado. Em todo o ano de 2023 houve pouco mais de 5,5 mil. Segundo dados do CBMPR, foi observado um aumento de ocorrências nos meses de julho a setembro do ano passado.
O alerta para esse tipo de incidente é maior para os próximos meses pois a presença do La Niña tende a favorecer a incidência de focos de incêndio ambiental. “Na região Sul, o efeito da La Niña é a diminuição da chuva, que deixa o ambiente mais seco, favorecendo a ignição e a propagação de incêndios”, explicou o coronel.
“O evento foi uma grande oportunidade para que as instituições que atuam na prevenção, no combate, ou têm relação com a preservação do meio ambiente, pudessem conhecer como algumas instituições irão atuar para prever riscos, prevenir, mitigar, e caso seja necessário combater incêndios florestais neste ano, cujo risco de ocorrência é alto em função da La Niña”, disse uma das organizadoras do evento e integrante da Câmara Técnica de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal do CBMPR, a capitã Luisiana Cavalca.
A explicação para esse alerta é do representante do Simepar, Marco Jusevicius. Segundo ele, La Niña é um fenômeno que ocorre no Oceano Pacífico, onde há ocorrência de águas mais frias. Esse esfriamento causa uma modificação na circulação atmosférica que altera as condições que se espera de chuva e de temperatura em diversas partes do planeta. “Na região Sul, muitas vezes o efeito mais direto é não permitir a passagem de frentes, causando uma diminuição na atividade de chuva. Deixando o ambiente mais seco, você favorece a ignição e a propagação de incêndios”, disse.
O papel do Simepar nesse mutirão para minimizar os problemas causados pelos incêndios ambientais é estratégico: fornecer informações. “Os cenários e previsões apresentados são usados para que o CBMPR e os demais entes possam alocar recursos de antemão, se preparando para eventualmente entrar em ação”, disse Jusevicius.
A Defesa Civil também esteve presente no evento, contribuindo com informações sobre planos de contingência para casos de emergências e sobre o Previna - Programa de Prevenção de Incêndios na Natureza, criado em 2018 com o objetivo de prover mecanismos para a prevenção e o combate aos incêndios florestais nas Unidades de Conservação Estaduais.
"A integração entre as instituições para dar esse atendimento é muito importante, especialmente nesse período prévio de planejamento de prevenção para que nós possamos dar sempre a melhor proteção a população do Paraná, também com foco na preservação ambiental", ressaltou o assessor de Comunicação da Defesa Civil, capitão Marcos Vidal.
PRESENÇAS – Também contribuíram com o evento a sociedade civil, representada por voluntários e empresas cuja atuação é fortemente ligada ao meio ambiente; o analista ambiental do Núcleo de Biodiversidade e Florestas do Ibama, Luis Cláudio Lot; André Luís Caxeiro, da Federação Paranaense de Montanhismo; o presidente da Rede Nacional de Brigadas Voluntárias e da Brigada Caratuva, Rafael Gava; o diretor-executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Ailson Loper; e o gerente de Políticas Públicas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Amauri Ferreira Pinto.
Por - AEN