Estudo destaca que Nova Ferroeste vai diminuir em 27% o Custo Brasil

Paraná e Mato Grosso do Sul deram mais um passo significativo na consolidação do projeto da Nova Ferroeste, traçado que vai ligar Maracajú (MS) a Paranaguá (PR), também chamado de Corredor Oeste de Exportação. Grupos técnicos dos dois governos (GTFerrovias) apresentaram nesta segunda-feira (22) o estudo preliminar de demanda e traçado, considerado peça-chave na atração de investidores. Entre os destaques está a previsão de que a obra possa reduzir em 27% o custo das exportações.

 

A cerimônia, na sede da Governadoria do Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, contou com a participação do governador Carlos Massa Ratinho Junior e do governador Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul.

 

Ainda sem definição de valor final justamente por estar em fase de conclusão preliminar, a expectativa é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo, até novembro de 2021.

 

“Uma reunião muito importante. Mais um passo que damos na consolidação de um sonho conjunto do Paraná e do Mato Grosso do Sul. Um corredor logístico que vai mudar a infraestrutura de toda essa região, mas com uma grande preocupação com o meio ambiente, com o desenvolvimento sustentável”, afirmou Ratinho Junior.

 

O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior. “O potencial desse eixo é enorme. Com os investimentos que já estamos fazendo no porto e a criação desta linha férrea vamos atender com ainda mais condições o setor produtivo brasileiro”, ressaltou o governador paranaense.

 

A nova malha ferroviária terá 1.285 quilômetros de extensão total. O pacote inclui a construção de uma ferrovia entre Maracajú e Cascavel; um novo traçado entre Guarapuava e Paranaguá; um ramal multimodal ligando Cascavel e Foz do Iguaçu; além da revitalização do atual trecho da Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava.

 

“É um projeto inovador, que vai permitir ao Mato Grosso do Sul abrir uma saída de exportação. A sintonia dos estados é muito grande, o que ajuda a garantir o desenvolvimento do projeto”, comentou Azambuja. “Vai impulsionar ainda mais essa área tão importante para o agronegócio nacional. Menos custos e mais rentabilidade para os produtores”.

 

IMPACTO – De acordo com os técnicos responsáveis pelo estudo, a construção da ferrovia terá um impacto imenso dentro da logística nacional, diminuindo custos e ampliando a capacidade de exportação.

 

A área de influência indireta abrange 925 municípios de três países. São 773 do Brasil, 114 do Paraguai e 38 da Argentina. No Brasil, impacta diretamente 425 cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, totalizando cerca de 9 milhões de pessoas. A área representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

 

O documento aponta, entre outras vantagens, a estimativa de um aumento de 40% nas exportações de grãos e celulose para o Paraguai.

 

Números que, na visão do coordenador do Grupo de Trabalho Ferroviário do Estado do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, reforçam a alta demanda pelo corredor de exportação. “Essa obra é importante por colaborar com a diminuição dos custos de infraestrutura do País. Isso eleva a produtividade e a competitividade dos setores econômicos, com reflexo imediato no crescimento do Brasil", afirmou.

 

TRAÇADO – O traçado elaborado pela equipe da GTFerrovias prevê uma economia logística de R$ 1 milhão por tonelada, com impacto direto na redução do chamado Custo Brasil na exportação, da ordem de 27%. No primeiro ano de funcionamento da ferrovia, isso representaria uma diminuição de R$ 2,4 bilhões no pacote logístico. Poupança que chegaria a R$ 5,2 bilhões no ano 60.

 

“Não é só um projeto do Paraná ou do Mato Grosso do Sul. É um projeto nacional que vai mudar a realidade estrutural do País, aumentando a eficiência de maneira substancial”, disse Thiago Caldeira, secretário do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Governo Federal. O órgão está auxiliando os estados na elaboração do processo de concessão.

 

A expectativa, de acordo com os técnicos, é que pela Nova Ferroeste seja possível o transporte de 54 milhões de toneladas por ano – ou aproximadamente 2/3 da produção da região. 74% seriam de cargas destinadas para a exportação.

 

“Terá uma redução na matriz de custo na produção de alimentos justamente pela queda do custo logístico. Algo em torno de 27%, o que vai se refletir no preço final do produto para a população”, explicou Fagundes.

 

Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Mato Grosso do Sul, disse que os grupos técnicos vão ficar até quinta-feira (25) percorrendo o trajeto da nova ferrovia, de Maracajú a Cascavel. “O cronograma está andando bem, em dia. Esse traçado foi bem pensado, estudado para evitar problemas e respeitando sempre todas as normas ambientais”, afirmou.

 

TEMPO DE VIAGEM – Haverá, ainda, uma redução significativa no tempo de viagem quando comparado com o traçado atualmente em funcionamento. O grupo estima que a rota Cascavel/Paranaguá pela nova malha levará em torno de 18 horas, contra as atuais 100 horas.

 

Com isso, destacou Ratinho Junior, o Corredor Oeste de Exportação resolverá um problema histórico de infraestrutura do Paraná, com impacto para o Brasil e para o Mercosul. O novo traçado, disse, vai ligar o Paraná à malha ferroviária nacional, beneficiando as principais potências do agronegócio nacional, além do Paraguai, que é hoje um dos principais produtores mundiais de grãos.

 

“Ampliação de capacidade e de logística em união com o desenvolvimento sustentável. Isso que vai gerar mais emprego e renda para a nossa gente”, afirmou Ratinho Junior.

 

OUTROS ESTUDOS – A previsão, segundo o GTFerrovias, é que os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica (EVTEA-J) fiquem prontos em setembro e o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) seja finalizado em novembro, para que então a ferrovia possa ser privatizada.

 

“Mais um passo na evolução desse projeto tão ambicioso, que sempre foi sonhado, mas nunca saiu do papel. Queremos estar todos juntos em novembro batendo o martelo na B3 nesta nova concessão”, comentou o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

 

A futura ferrovia irá aproveitar o traçado atual da Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava, e modernizará a descida da Serra do Mar, cujo trecho usado atualmente foi construído ainda no século XIX.

A Nova Ferroeste é estratégica para o País, sendo que o projeto foi qualificado como prioritário no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal. A inclusão garante celeridade na articulação com as entidades intervenientes, aquelas que acabam envolvidas nos processos de licenciamento, como o Ibama, a Funai, o ICMBio e Incra.

 

“Ela é estratégica dentro do projeto de desenvolvimento do Paraná idealizado pelo governador Ratinho Junior. Ainda mais quando consideramos o potencial do agronegócio paranaense. O papel do Estado é prover a logística adequada para o setor produtivo”, disse o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves.

 

Os estudos levam em conta todas essas variantes, e estão sendo elaborados para ter o menor impacto possível em comunidades indígenas, quilombolas, assentamentos e unidades de preservação. Outra preocupação é com as áreas urbanas, evitando trechos que cruzem as cidades. Em Curitiba, por exemplo, os trilhos serão todos desviados, sem a passagem de trens por cruzamentos que podem gerar acidentes.

 

PRESENÇAS – Também participaram da apresentação do estudo a coordenadora de Gestão de Planos e Programas de Infraestrutura e Logística da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística, Josil do Rocio Voidela Baptista; a engenheira Ambiental da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística, Nayara Romano Silva; o economista do Grupo de Trabalho Ferroviário, Roberto Carlos Evencio de Oliveira da Silva; o assessor do Grupo de Trabalho Ferroviário, Juliano Rodrigues; o assessor de Logística da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do MS, Lucio Lagemann; e Jean Mafra, Superintendente de Ferrovias da ANTT; além de políticos e lideranças empresariais do Mato Grosso do Sul.

 

A Ferroeste voltou a apresentar resultados positivos em 2020. Pelo segundo ano consecutivo, a empresa bateu recordes históricos de movimentação total de cargas, de grãos, de contêineres e também teve o maior lucro operacional desde a sua criação, em 1996. Pela malha ferroviária passa a produção agropecuária do Oeste paranaense até Guarapuava, para que seja exportada pelo Porto de Paranaguá.

 

Os bons números que já tinham sido conquistados em 2019, o primeiro ano da história em que a ferrovia fechou no azul, foram todos superados no ano passado. O lucro operacional, já descontadas as depreciações, foi de R$ 1,27 milhão em 2020, quase três vezes mais que no ano anterior, quando a Ferroeste lucrou R$ 453 mil. O Ebitda, que calcula a gestão operacional da empresa, subiu 5,88% no período. (Com AEN)

 

 

 

Estado ampliou a produção e o protagonismo na cadeia de carnes em 2020

O Paraná confirmou o bom desempenho habitual no mercado de proteínas animais no ano passado. Os destaques foram na produção de carne suína e frango, que apresentaram variação positiva de 11% e 3,9%, respectivamente, na comparação com 2019, segundo dados da Estatística da Produção Pecuária, divulgada na última quinta dia (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Com esses números, o Estado se consolida como o primeiro produtor de carne de frango, responsável por 33% da produção nacional, e segundo maior produtor de carne suína, com 21% da produção brasileira. O Paraná também é líder em piscicultura e mantém a vice-liderança na produção de leite (13,6%) e ovos (9%).

 

Somadas, as carnes de frango, suíno e bovino do Paraná totalizaram 5.789.525 toneladas, representando 22,3% do total do Brasil. “O trabalho das cooperativas e agroindústrias do nosso Estado, aliado às demandas interna e externa, ajudou a evitar perdas mais severas da economia em um ano de grandes desafios”, diz o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

 

Colaboraram para impulsionar o desempenho paranaense a demanda internacional, devido a problemas sanitários no exterior; a taxa de câmbio, que melhorou a competitividade do produto; e o crescimento do consumo de frangos e suínos, alternativas mais baratas que a carne bovina.

 

SUÍNO – No ano passado, foram produzidas no Paraná 936 mil toneladas de carne suína, um aumento de 11,1% comparativamente a 2019. O Estado fica atrás apenas de Santa Catarina, responsável por 29% do total nacional, que apresentou crescimento de 16,3%, produzindo 1,3 milhão de toneladas. Já o Brasil produziu 4,5 milhões de toneladas de carne suína, volume 8,5% superior ao de 2019.

 

Segundo o analista de suinocultura do Departamento de Economia Rural (Deral), Edmar Gervásio, o resultado se deve a fatores como o crescimento do consumo interno, especialmente devido à pandemia, além da demanda internacional, que impulsionou as exportações, principalmente para países asiáticos, e pela substituição de proteínas mais caras, como a bovina.

 

Outro ponto do levantamento do IBGE que o técnico destaca é o peso médio por cabeça abatida no Brasil, de 90,7 quilos, alta de 2% com relação a 2019. O Paraná foi o que apresentou maior peso de abate entre os cinco principais estados produtores de carne suínam (que detêm 85% da produção nacional). O abate aconteceu com peso médio de 94 quilos, alta de 3% em relação ao ano de 2019.

 

FRANGO  A pesquisa mostra, ainda, que em 2020 o Paraná continuou liderando amplamente a lista de estados que mais abateram frangos, com 33,4% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,7%) e Rio Grande do Sul (13,6%). No último trimestre de 2020, o Paraná foi o que mostrou maior variação positiva na quantidade de abates com relação ao mesmo período do ano passado, com 6,3%.

 

A produção total de carne de frango em 2020 foi de 4,49 milhões de toneladas, um crescimento de 3,9% na comparação com 2019. Na avaliação do Deral, entre os fatores principais para esse desempenho está a qualidade da carne, que também é mais acessível em termos de preços. Além disso, o Paraná, que lidera o ranking nacional nas vendas externas do setor, teve um crescimento de 1% na exportação sobre o ano de 2019, somando 1,6 milhão de toneladas.

 

BOVINOS  A produção de carne bovina também teve um pequeno aumento, de 0,64%, somando 358,3 mil toneladas, embora a atividade tenha registrado queda de 0,6% no número de abates de 2019 para 2020, seguindo a tendência nacional.

 

De acordo com o técnico do Deral, Fábio Mezzadri, há alguns anos, com a elevação nos valores de cereais como soja e milho, e a estabilidade nos valores da arroba, os produtores rurais vinham abatendo suas matrizes em alta escala e liberando os campos para o plantio de soja, em busca de melhor rentabilidade. (Com AEN). 

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Prefeitura Municipal de Cascavel decreta Estado de Calamidade Pública

Na manhã desta sexta dia 19, a Prefeitura de Cascavel publicou no Diário Oficial do Município o Estado de Calamidade Pública.



A ação considera as condições da Pandemia, com as diversas infecções com a Covid-19, além dos protocolos encaminhados pelo Ministério da Saúde e pela OMS (Organização Mundial da Saúde).



O documento também considera as ações emergenciais necessárias para conter o avanço do Novo Coronavírus, as finanças públicas e a meta fiscal do município, as quais poderão ser comprometidas.

 

Com o fato, o Poder Executivo solicitará à Assembleia Legislativa do Paraná o reconhecimento de Estado de Calamidade Pública para os fins do disposto no Artigo 65 da Lei Complementar Federal, número 101, de 4 de maio de 2000.


 

Na linha de frente, agentes da segurança pública estão sendo contaminados e muitos morrem por complicações da Covid-19

Os policiais civis, policiais penais, policiais científicos, policiais e bombeiros militares estão entre os profissionais na linha de frente durante a pandemia. Mais um fator de risco para eles, que já enfrentam diariamente o perigo na missão de salvar, proteger e garantir a segurança pública da sociedade, seja nas ruas, nas penitenciárias, delegacias ou batalhões.

 

Infelizmente, diariamente os números da pandemia crescem no Brasil, apontando uma triste realidade: estamos à beira do caos. O sistema de saúde está em colapso, poucos brasileiros foram vacinados e muitas pessoas ainda vão perder a vida.

 

E nas tristes estatísticas estão também os profissionais da área de segurança pública. Dezenas de policiais e bombeiros faleceram por complicações da Covid-19 e centenas foram contaminados.

 

Entre os policiais e bombeiros militares da ativa, somente em Curitiba e região metropolitana foram 829 contaminados, em dados registrados até o dia 25 de fevereiro, e sem somar os militares estaduais de outras regiões do Estado.

 

Desde o início da pandemia, até o dia 05 de março, foram totalizados 726 casos de policiais penais contaminados e cinco deles acabaram não resistindo.

 

Entre os policiais científicos, foram 51 casos de contaminações e afastamentos, até o dia 04 de março. O número pode parecer pequeno, mas não é quando comparado ao quantitativo da Polícia Científica no Paraná, que possui 516 profissionais, entre peritos oficiais e auxiliares.

 

Somam-se ainda dezenas de casos de policiais civis, cerca de 20 delegados contaminados e ao menos duas mortes.

 

Sem qualquer reconhecimento profissional, os policiais e bombeiros paranaenses também estão morrendo, mas mesmo diante do caos, não "abandonam o barco". Todos os dias, deixam suas famílias na incerteza de como retonarão para as suas casas, mas seguem firmes na missão, pelo bem da sociedade.

 

É pedir muito ao Governador do Paraná, Ratinho Junior, que ele reconheça todo esse esforço e dedicação? Quanto vale a vida dos nossos policiais e bombeiros?

 

 

 

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