Casos e óbitos reduziram na última semana, mas índices se mantêm elevados

A média móvel de casos e mortes pela Covid-19 diminuiu na última semana no Paraná, em comparação com a anterior, mostram os dados da Secretaria de Estado da Saúde. Na 11a semana epidemiológica, que encerrou no sábado (20), o Estado registrou 27.166 casos, 16,07% a menos que na semana epidemiológica 10, quando 32.369 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus. A redução no número de óbitos foi de 21,2%, passando 1.019 óbitos para 803 de uma semana para outra.

 

Os números, porém, ainda são muito altos. Isso porque a 10a semana epidemiológica, que compreende o período de 7 a 13 de março, foi a que registrou o recorde de mortes durante toda a pandemia no Estado. Ela refletiu o número de casos da semana anterior, quando 35.879 pessoas foram contaminadas, o pico de diagnósticos positivos neste ano.

 

A taxa de letalidade naquela semana também ficou maior que a média estadual. Cerca de 2% das pessoas diagnosticadas com a doença neste um ano de pandemia morreram. Na semana epidemiológica 10, porém, essa taxa ficou em 3,15%. Já na semana 11, o índice reduziu para 2,96%.

 

Para se ter ideia, em novembro do ano passado, quando houve uma remissão da pandemia no Estado, a taxa de letalidade chegou a 0,85%.

 

Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, a pequena queda ainda não é motivo para descuidar das medidas para conter a disseminação do novo coronavírus, como o distanciamento social, o uso de máscaras e a higiene das mãos. “Temos visto uma redução na taxa de contágio, provavelmente influenciada pelas medidas adotadas pelo Estado, mas a porcentagem de testes que tem dado positivo está alta, com cerca de 40% de diagnósticos positivos”, afirmou.

 

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Outra preocupação é com a disponibilidade de leitos no Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo com a abertura de novas estruturas exclusivas para atender pacientes com a Covid-19, em todas as macrorregiões do Estado a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) supera os 90%, com uma média de 95% das UTIs adulto exclusivas ocupadas. Nas macrorregiões Leste e Oeste, a taxa de ocupação é de 96%, na Noroeste é 94% e na Norte é 91%. Na macro Oeste todos os leitos pediátricos para a Covid-19, clínicos e de UTI, estão 100% cheios.

 

INCIDÊNCIA – Até esta segunda-feira (22) o Paraná concentrava 794.608 casos confirmados e 14.885 mortes pela doença. Com isso, a taxa de incidência no Estado chegou a 6.899,53 por 100 mil habitantes, ou 6,9% da população paranaense. O coeficiente de mortalidade no Paraná é de 129 óbitos por 100 mil habitantes, abaixo da média nacional, de 138,9/100 mil.

 

Na macrorregião Oeste, que congrega as Regionais de Saúde de Cascavel (10ª), Foz do Iguaçu (9ª), Francisco Beltrão (8ª), Pato Branco (7ª) e Toledo (20ª), 8,5% da população foi diagnosticada com a Covid-19, com um coeficiente de mortalidade de 135,1 mortos por 100 mil habitantes, maior que a média estadual.

 

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Na macrorregião Leste, onde estão as Regionais de Saúde Metropolitna (2ª), Irati (4ª), Guarapuava (5ª), Paranaguá (1ª), Ponta Grossa (3ª), Telêmaco Borba (21ª) e União da Vitória (6ª), o coeficiente de mortalidade também é mais alto que no Estado, com 134,5 óbitos por 100 mil habitantes. O coeficiente de incidência é de 6.584 casos por 100 mil habitantes, menor que a taxa estadual.

 

Na macrorregião Norte, que conta com as Regionais de Saúde de Apucarana (16ª), Cornélio Procópio (18ª), Ivaiporã (22ª), Jacarezinho (19ª) e Londrina (17ª), o coeficiente de incidência é de 6.416,4/100 mil e o de óbitos é 128,8/100 mil.

 

Já na macrorregião Noroeste, que concentra as Regionais de Saúde de Campo Mourão (11ª), Cianorte (13ª), Maringá (15ª), Paranavaí (14ª) e Umuarama (12ª), o índice de incidência está em 6.603,6 casos por 100 mil habitantes e o coeficiente de mortalidade é de 106,4/100 mil, menor taxa do Paraná. (Com AEN)

 

 

 

 

 

 

 

 

Furtos e roubos caem em todas as regiões do Paraná em 2020

Os furtos e roubos caíram em todas as regiões no Paraná entre os anos de 2019 e 2020. A redução foi de 10,1% na modalidade criminosa praticada sem violência (de 155.070 para 139.284) e de 31,8% em roubos (de 48.734 para 33.238), segundo balanço divulgado nesta terça-feira (23) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.

 

Os dados foram consolidados pelo Centro de Análise, Planejamento e Estatística (CAPE) a partir dos registros dos boletins de ocorrências das polícias Militar e Civil. Eles abrangem análises dos 399 municípios do Paraná a partir das Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP).

 

Este resultado é fruto da preparação das forças policiais mesmo em um ano de inúmeras dificuldades provocadas pela pandemia do novo coronavírus. “A redução destes crimes no Estado é reflexo de um trabalho de planejamento contínuo, com mais viaturas nas ruas e policiais mais bem preparados”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares. “A nossa preocupação maior, além da redução dos números, é trazer mais segurança para os paranaenses”.

 

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Para o comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira, o trabalho de planejamento e integração com as demais forças de segurança foram preponderantes para a diminuição dos índices criminais. “Este resultado é fiel ao planejamento que os batalhões têm feito. Nos pautamos nas estatísticas fornecidas pela Secretaria e pela própria PMPR, ou seja, as viaturas e as forças são aplicadas nos horários e locais com maior incidência. Com essas operações e patrulhamentos, houve a redução significativa”, destacou.

 

O delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach, acrescentou que o profissionalismo e a dedicação dos policiais resultam em investigações qualificadas. “Isso coíbe a prática de crimes. Somada a isso, a integração com outras forças de segurança contribui para a melhoria da segurança pública em todo o Estado. Outro fator importante para a redução é a atuação sistêmica de todas as unidades da Polícia Civil, a integração e a troca de informações permanente”, ressaltou.

 

ROUBOS – Foram 15.496 roubos a menos no Paraná em 2020. As áreas que registraram as maiores quedas foram a 8ª AISP de Laranjeiras do Sul (-43,2%), a 13ª AISP de Toledo (-37,4%), a 21ª AISP de Cornélio Procópio (-36,6%), a 7ª AISP de Guarapuava (-35,9%), a 1ª AISP de Curitiba (-34,8%), a 17ª AISP de Maringá (-33,9%), a 19ª AISP de Rolândia (-33,2%), a 4ª AISP de Ponta Grossa (-32,3%) e a 2ª AISP de São José dos Pinhais (-32,3%).

 

A área de Laranjeiras do Sul, que contempla Cantagalo, Goioxim, Laranjal, Laranjeiras do Sul, Marquinho, Nova Laranjeiras, Palmital, Porto Barreiro, Rio Bonito do Iguaçu e Virmond, viu o índice cair de 111 casos (2019) para 63 (2020).

 

A queda mais tímida nesta modalidade foi na 22ª AISP de Telêmaco Borba (-12,8%), de 811 para 707 casos. Essa área contempla dez cidades: Cândido de Abreu, Curiúva, Figueira, Imbaú, Ortigueira, Reserva, Sapopema, Tibagi, Ventania e Telêmaco Borba.

 

O levantamento apontou que os meses de janeiro e fevereiro foram os que tiveram o maior número de ocorrências de roubos em 2020, com 3.803 e 3.909, respectivamente. Ainda assim, o número foi inferior aos mesmos meses de 2019, com 4.022 em janeiro e 4.091 em fevereiro. Agosto (2.262) e dezembro (2.203) apresentaram os melhores resultados.

 

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FURTOS – O balanço mostra que a 14ª AISP (Campo Mourão), que contempla 27 cidades, foi a que teve a maior queda nesta modalidade criminal (-25,8%). Houve diminuição em 21 regiões e um pequeno aumento na 2ª AISP (São José dos Pinhais), na casa de 3%. Em todo o Estado foram 15.786 ocorrências a menos do que em 2019.

 

Sete áreas ficaram abaixo da variação média do Paraná: a 16ª AISP de Paranavaí (-8,8%), a 4ª AISP de Ponta Grossa (-8,5%), a 17ª AISP de Maringá (-8,3%), a 20ª AISP de Londrina (-5,2%), a 1ª AISP de Curitiba (-5,2%) e a 21ª AISP de Cornélio Procópio (-2,07%).

 

Também neste caso janeiro e fevereiro registraram a maior quantidade de ocorrências de furtos, com 14.347 e 13.746, respetivamente. A partir do mês de março de 2020, os números passaram a cair. Junho (10.359) e agosto (9.933) foram os meses que tiveram o menor número de ocorrências.

 

CAPITAL – Curitiba, cidade mais populosa da 1ª AISP, também apresentou redução nas ocorrências de furtos e roubos em 2020 no comparativo com o ano anterior. A queda foi de 34,8% nas ocorrências de roubo e de 5,2% no crime de furto.

 

CATEGORIAS – A redução mais expressiva categorizada foi relacionada a furtos e roubos em ambientes públicos. Em 2019 foram 33,9 mil ocorrências de furto, 35,3% a mais que as 21,9 mil registradas no ano passado. Em relação a roubos a diminuição foi de 35,2%, de 34,2 mil (2019) para 22,1 mil (2020).

 

Nessa categoria, a 12ª AISP, que compreende Foz do Iguaçu e os municípios da região Oeste, foi a que apresentou maior redução nos roubos. Foram 857 ocorrências em 2020, contra 1,4 mil em 2019, diferença de 39%.

 

Também foram registradas 14,3 mil situações de furtos a residências a menos no Estado em 2020. No ano passado houve 30,4 mil ocorrências, contra 44,7 mil em 2019, redução de 31,9 %. Já as ocorrências de roubo a residências tiveram queda de 16,3%, de 3,7 mil (2019) para 3,1 mil (2020).

 

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Houve redução, ainda, em furtos e roubos no comércio. A redução nas ocorrências de furtos foi de 26,6% (de 20,9 mil em 2019 para 15,4 mil no ano passado). Em relação a roubos, a diferença foi de 24,4% (de 6.661 ocorrências para 5.230).

 

O Paraná teve queda expressiva também no número de furtos e roubos de veículos. A redução na primeira modalidade foi de 24,7% e na segunda de 22,9%. A AISP de Foz do Iguaçu foi que apresentou maior redução de furtos: 496 veículos em 2020 e 832 em 2019, redução de 40,3%. Com relação a roubo de veículos, a maior queda foi na 13ª AISPs de Toledo (-47,8%), de 228 para 119. (Com AEN)

 

 

 

 

 

 

 

Taxa de transmissão da Covid-19 cai no Paraná, aponta estudo

A taxa de transmissão da Covid-19 caiu um pouco no Paraná nos últimos dias. O Estado tem um Rt médio de 0,77, o que significa que cada 100 pessoas com Covid-19 podem contaminar outras 77, como mostram os dados atualizados no domingo (21) pelo sistema Loft, que analisa como está a transmissão do coronavírus no Brasil. Neste momento, o Paraná tem a menor taxa de reprodução (Rt) entre os estados brasileiros.

 

“De forma simples, o Rt indica a média de pessoas que serão infectadas pelo Sars-CoV-2 a partir de uma pessoa doente. Quando o Rt for igual a 1, a doença está estável, quando é maior, temos o crescimento do número de casos. Com essa taxa, abaixo de 1, há uma remissão no contágio”, explica a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Acácia Nasr. “A variação dessa taxa considera as mudanças no comportamento da população, como a quarentena, uso de máscaras e teletrabalho”.

 

A média de transmissão no País é de 1,04, sendo que o Estado com o maior índice de reprodução é o Ceará, com o Rt de 1,2. Somente em outros quatro essa média é igual ou inferior a 1: Amazonas (0,89), Rio Grande do Norte (0,89), Bahia (0,98) e Rio de Janeiro (1).

 

Desde o início da pandemia, há um ano, é a quarta vez em que há uma remissão na transmissão do vírus no Paraná, o que ocorre desde a última quarta-feira (17). O Rt chegou a um pico de 1,88 entre março e abril do ano passado e teve algumas variações, sempre superior a 1, até o início de setembro. A média oscilou entre 0,97 e 1 até o início de novembro, quando voltou a subir.

 

Entre 26 de dezembro e 7 de janeiro também houve uma queda da taxa de transmissão, que depois de uma leve alta voltaria a cair pelo período de um mês, entre 18 de janeiro e 18 de fevereiro de 2021. A transmissão, então, voltou a crescer até atingir um pico de 1,58 em 11 de março – naquela data, cada 100 pessoas infectadas contaminavam outras 158.

 

SEM DESCUIDOS – Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, a queda na taxa de reprodução mostra um acerto das medidas adotas pelo Governo do Estado para conter a disseminação do novo coronavírus, mas não deve haver descuidos porque a situação nos hospitais é preocupante.

 

Ele ressalta que a população não pode relaxar nas medidas de isolamento, e que deve evitar viagens e aglomerações durante o feriado de Páscoa. “Reiteramos que não adianta adotar as medidas de contenção e chegar no feriado com toda aquela movimentação de viagens, visitas aos parentes, um final de semana na praia. Isso tudo ajuda a ampliar a velocidade de contágio”, afirma.

 

"Nosso Rt baixou um pouco, mas os testes mostram que o coronavírus circula muito facilmente, de maneira comunitária, em todo o Estado, principalmente em Curitiba, na Região Metropolitana e na região Oeste. Por isso, quem pode precisa ficar em casa para não fazer o vírus circular”, reforça.

 

TESTES – De acordo com Beto Preto, cerca de 40% dos testes feitos atualmente dão positivo, um sinal de que o contágio ainda está alto no Estado. “O grau de positividade está muito alto e a testagem diminuiu um pouco nos últimos dois meses. A taxa de transmissão está sofrendo alguns revezes, e eu quero chamar atenção para isso. O Paraná é o Estado que mais testa no Brasil, e se há número alto de resultados positivos, significa que ainda há muita circulação do coronavírus no Estado”, ressalva o secretário. (Com AEN)

 

 

 

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