O Paraná está consolidando uma estrutura para avançar nos estudos genéticos, o que pode trazer repostas mais sofisticadas e acertadas no tratamento de doenças, focando na necessidade de cada indivíduo. Em julho do ano passado, o Estado implantou a Rede Paranaense de Pesquisa Genômica, que faz parte do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Genômica (Napi Genômica). No início deste mês, o grupo passou a compor a Rede Corona-ômica Brasil, uma rede nacional que permite o compartilhamento de análises genéticas de pacientes infectados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Na quinta-feira passada (18), foi dado início ao Vale do Genoma, um ecossistema de inovação que será instalado em Guarapuava, no Centro do Estado, voltado diretamente à pesquisa genômica e à inteligência artificial aplicadas à área da saúde, mas com foco também na agricultura e na pecuária. O projeto conta com a participação do Governo do Estado, por meio da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Fundação Araucária, da academia e da iniciativa privada.
Um dos principais nomes da área no Estado é o médico e professor David Livingstone Figueiredo, chefe do Departamento de Medicina da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), coordenador da Rede de Pesquisas Genômicas e diretor-presidente do Instituto de Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec), além de ser um dos idealizadores do Vale do Genoma.
Nesta entrevista, Livingstone destaca que os estudos genéticos são o grande avanço da medicina, que irá tratar, no futuro, cada paciente individualmente, de acordo com suas características genéticas. Da mesma forma, esse tipo de estudo também ajuda a entender, no presente, o desenvolvimento do novo coronavírus, as variantes do SARS-CoV-2 e quais respostas podem ser aplicadas a elas.
Outro campo de aplicação é na agropecuária, com a melhoria genética de plantas e animais que ajudam a evitar pragas e doenças, melhoram a produtividade e garantem processos mais avançados na criação de rebanhos, com as características que vão ao encontro do interesse do produtor.
O Paraná foi um dos primeiros estados a formatar uma Rede de Pesquisa Genômica com foco na Covid-19. O que se espera com esses estudos?
Napi Genômica conta com a participação das sete universidades estaduais, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e de algumas instituições de ensino superior privadas, como a PUCPR e as Faculdades Pequeno Príncipe. São 17 instituições, além de parceiros como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Faculdade de Medicina de Marília. Temos vários projetos desenhados nessa área, começando pelo Napi Genômica, que congrega mais de 200 pesquisadores do Estado. O projeto está focado atualmente no estudo da Covid-19 e o sequenciamento genético do SARS-CoV-2 e do exoma, a fração do genoma que codifica os genes dos pacientes. Estudos interessantes devem sair em breve com esse foco e, para meados de abril, vamos lançar mais de 30 propostas de projetos envolvendo as diferentes áreas de conhecimento da genômica: saúde, agricultura e pecuária. Queremos construir um modelo muito rico, com a participação da iniciativa privada para investir nesses projetos. Nossa intenção é desenvolver pesquisas que tenham uma aplicação fora da academia, que virem produtos e tragam benefício para a população.
Como a participação na rede nacional vai ajudar a fomentar esses estudos, principalmente no que diz respeito ao novo coronavírus?
Quando o Napi Genômica foi idealizado, o foco não era a Covid-19, mas tudo que envolvesse a pesquisa genômica. Porém, com o advento da pandemia, percebemos que tínhamos como contribuir para entender o desenvolvimento da doença e hoje somos um dos poucos centros do Brasil que estão sequenciando o vírus. Com o apoio da Seti e da Fundação Araucária, conseguimos um recurso interessante para sequenciar 300 amostras do coronavírus e 300 exomas de pacientes. Vamos olhar para mais de 25 mil genes de pacientes e associar às gravidades da doença e, mais do que isso, para também entender a importância do aspecto epidemiológico com o sequenciamento genético de mais de mil amostras do coronavírus. Isso vai ajudar a descobrir quais cepas estão realmente circulando no Estado, com uma amostra significativa, proporcional e bem desenhada, de todo o Paraná. Daqui um tempo, vamos fazer de novo sequenciamento para ver como a Covid-19está evoluindo. É um estudo de muita importância para entender a gravidade da doença, as respostas à vacina e tudo mais.
O que se conseguiu apurar até agora com o sequenciamento genético do SARS-CoV-2?
Nós já temos dados de que a cepa P2, a segunda variante identificada no Brasil, descrita pela primeira vez em janeiro deste ano no Rio de Janeiro, já estava circulando no Paraná desde o outubro do ano passado. Provavelmente, com o novo sequenciamento que vamos fazer, que colocará o Paraná como um dos estados que mais vai sequenciar amostras, vamos achar muitas coisas interessantes, que vão refletir em aprendizados que vão ajudar o Estado a lidar com a pandemia mais para frente.
Além da Rede Genômica, seu novo projeto é a implantação do Vale do Genoma. O que esse ecossistema vai representar para essa área de pesquisa?
O Vale do Genoma é um projeto maior nessa área porque consegue reunir a iniciativa privada, a academia e o governo de maneira bem clara, desde a assinatura do Memorando de Entedimento até a execução do projeto. O que será construído em Guarapuava é algo inédito e único no País, um ambiente com recurso privado, que não depende só do setor público, mas o tem como parceiro. Temos iniciativas de inovação no Brasil que acabam ficando muito restritas, ou é um parque que incuba algumas empresas, ou um parque que faz algumas pesquisas. Aqui teremos isso tudo, desde a pesquisa inicial, a avaliação se ela é economicamente viável, a aplicação e o desenvolvimento dos projetos por meio das startups, até chegar ao escalonamento desses produtos, sua produção em larga escala. Queremos criar um ambiente que não existe no Brasil, um completo ecossistema de inovação e referência na pesquisa genômica, nos mesmos moldes do Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Mais do que promover a pesquisa genômica, a ideia é criar um ambiente de negócios nesta área?
Sim, são negócios nos dois pontos de vista, tanto no financeiro como na prática, para trazer respostas à sociedade. Primeiro precisamos de dinheiro para produzir pesquisa e fazer girar a economia. Com isso, podemos trazer uma resposta prática a partir dos estudos genômicos. Se encontrarmos marcadores para certas doenças, isso é uma resposta prática. Se conseguirmos melhorar a produção de soja com a pesquisa genômica, é um resultado prático que reflete na questão econômica, mas também na melhoria de qualidade de vida. Essa é a ideia. Somos muito bons em fazer pesquisa no Brasil, mas ainda não conseguimos aplicá-las à realidade, elas acabam virando papers (artigos científicos apresentados em congressos ou eventos de determinadas áreas), mas não projetos práticos. Por isso precisamos mudar o conceito e dar esse direcionamento às pesquisas que realmente importam para a humanidade.
Que tipo de resultado a pesquisa genômica traz no enfrentamento a doenças? Se fala muito do câncer, mas quais outros tipos de doença podem ser abordadas neste tipo de pesquisa?
Todas as doenças humanas podem ser e serão abordadas a partir da genômica, especialmente as doenças crônicas. Usamos agora o sequenciamento genético para entender a Covid-19, mas também poderemos usar para tratar hipertensão, diabetes, doenças endócrinas, todas elas. O câncer é muito estudado atualmente porque será uma das principais causas de morte na próxima década, mas todas elas podem ser abordadas, inclusive as doenças mentais. Estamos tocando agora um projeto para o diagnóstico genético da deficiência mental idiopática (aquela que ocorre por causas naturais). Hoje, 70% das crianças com doenças mentais não têm diagnóstico, o que é um absurdo. Vamos criar um modelo de diagnóstico, desde a clínica até a abordagem genômica. Todas as doenças podem ser abordadas, e elas serão cada vez mais abordadas segundo essa análise. Não vamos tratar no futuro o paciente com diabetes como qualquer paciente, vamos tratar individualmente, de acordo com o perfil de expressão gênica, de acordo com o seu gene. Isso é medicina personalizada, que é o que queremos fazer no Vale do Genoma. Isso só pode ser feito reunindo duas coisas, genômica e inteligência artificial.
A ideia é tornar o Vale do Genoma uma referência?
Nossa expectativa é grande. A Rede Genômica já é uma referência nacional, já temos esse reconhecimento, tanto que fomos convidados para entrar na Rede Corona-ômica. Não tenho dúvidas de que, se continuarmos com esse propósito de fazer as coisas bem-feitas, em breve seremos referência para o mundo como ecossistema de inovação, de ter um ambiente que traga respostas práticas a tantas dúvidas que temos. O Vale do Genoma é uma superestrutura, um conjunto de infraestruturas públicas e privadas como o grupo Jacto, o Ipec, a Fundação Araucária e a Seti, sendo que cada uma dessas instituições tem seu próprio CNPJ, mas trabalham em um sistema de coopetição, que une a cooperação à competição, como é no Vale do Silício. Teremos aqui diferentes comitês, utilizando vários espaços. Será um ambiente para estimular a inovação.
E além da área da saúde, como esses estudos podem ser aplicados na agropecuária?
Tem um campo vasto para aplicação da pesquisa genômica na agricultura e na pecuária, tanto que a fundação de pesquisa da Cooperativa Agrária, de Guarapuava, já tem um convênio conosco. Com estudos genéticos poderemos evitar novas pragas, tornar a produção mais prática. Na pecuária, a seleção por fenotipagem, aquela que busca selecionar as características físicas dos animais, é limitada, então quando conseguimos ter marcadores genéticos fica mais fácil para selecionar a característica que queremos para aquele animal. Eu não olho mais para a cara dele, olho para o gene. (Com AEN)
A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte fará a distribuição de alimentos perecíveis e não perecíveis da merenda escolar no dia 31 de março. A entrega será para as famílias de estudantes regularmente matriculados nos colégios da Rede Estadual de Ensino e inscritas no CadÚnico, em cumprimento ao decreto 4.316/2020.
A entrega está agendada para o dia 31, pois a chegada de frutas, verduras e hortaliças da agricultura familiar aos colégios estaduais está prevista para o início da semana que vem. Assim, a distribuição acontecerá de forma conjunta com os itens que já estão nos colégios, como arroz, feijão, farinha, açúcar, macarrão, óleo de soja, entre outros. O representante da família só poderá fazer a retirada na escola onde o aluno está matriculado.
"É importante garantir que as famílias em situação de maior vulnerabilidade possam receber esses alimentos, uma vez que não estão sendo utilizados em virtude da suspensão das aulas presenciais”, diz o secretário estadual da Educação, Renato Feder.
A distribuição dos alimentos ocorrerá de acordo com a disponibilidade de estoque das instituições de ensino, ou seja, pode variar de escola para escola, e novas entregas estão condicionadas a fatores como a continuidade da suspensão de aulas presenciais. Quando o ensino híbrido entrar em funcionamento a merenda será utilizada na escola.
A secretaria ressalta que pais e responsáveis devem respeitar a orientação de cada escola tanto para evitar aglomerações quanto para evitar comparecer em horários em que não haverá entrega. Esse processo também deverá respeitar as medidas sanitárias de distanciamento social.
KIT MERENDA – Em 2020, o Governo do Estado distribuiu quase 40 mil toneladas de alimentos, um investimento de R$ 187,9 milhões – bem acima de 2019, quando foram distribuídas 23 mil toneladas (apenas nas escolas), um total de R$ 127 milhões investidos. (Com AEN).
Delegado-adjunto da 15ᵃ SDP (Subdivisão Policial) de Cascavel, Fernando Zamoner, afirmou, em entrevista concedida durante paralisação na tarde desta segunda dia (22), que os policiais estão no limite, haja vista a quantidade de servidores afetados pelo novo coronavírus e pelo descaso dos governos federal e estadual.
Segundo Fernando Zamoner, o serviço policial deve ser considerado essencial. Em um mês, mais de 20 servidores foram contaminados e um policial civil está internado em estado gravíssimo de saúde. O protesto tem por objetivo expor a defesa das prerrogativas dos policiais civis.
Documento apresentado pelos policiais civis aponta que o alto índice de infecção e mortes de policiais no Brasil pelo coronavírus estão mais afetados, inclusive, que os profissionais da área da saúde.
Os policiais reclamam por estarem inseridos no Plano Nacional de Vacinação na 21ª colocação do grupo prioritário, tendo os encarcerados prioridade, na 17ª colocação para serem imunizados. (Com Catve).
Criado há quase 30 anos pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial da Água comemorado em 22 de março traz à tona a necessidade de discussão sobre temas transversais relacionados a esse recurso. No Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), os cuidados com a água são o foco de algumas de suas fiscalizações. De acordo com um levantamento recente, em 2020 foram realizadas 3.432 fiscalizações de atividades técnicas das Engenharias, Agronomia e Geociências relacionadas a esse recurso no Estado. Nos primeiros meses de 2021, já foram registradas 454 fiscalizações desta natureza.
As cinco atividades mais registradas em 2020 foram: instalações de sistemas de esgoto sanitário (1.076), sistemas de água potável (1.047), sistemas de redes de águas pluviais (319), ligação individual de rede de água (221) e perfuração de poços tubulares (97). O ranking das três atividades mais registradas se mantém em 2021, com 105, 93 e 43 fiscalizações, respectivamente.
Para a Gerente do Departamento de Fiscalização (Defis) do Crea-PR, Engenheira Ambiental Mariana Maranhão, os números de instalações de sistema de esgoto sanitário e de água potável são os maiores, porque estão diretamente ligados à construção de edificações. “Em síntese, trata-se da entrada e saída de água. A construção civil não parou, mesmo durante a pandemia, inclusive, em muitas cidades do Paraná, as obras foram intensificadas de 2020 para cá. Os números demonstram isso, se considerarmos os dias úteis, por exemplo, são mais de oito fiscalizações por dia apenas do recorte esgoto sanitário e água potável”, explica.
Ainda conforme a Gerente do Defis, diversas modalidades do Sistema Confea/Crea estão envolvidas nestas atividades e o principal impacto positivo de projetos e instalações de sistemas de água desenvolvidos por profissionais habilitados é a sustentabilidade. “Entre as modalidades relacionadas ao tema constam Engenharia Civil, Ambiental, Química, Florestal, da Pesca, de Segurança do Trabalho, Agronomia e Geologia, além das áreas envolvidas com equipamentos e estruturas como Engenharia Elétrica e Mecânica. Desde os sistemas de esgoto e de prevenção de incêndios (muito recorrentes no meio urbano), até os sistemas de irrigação (utilizados no campo), todos têm em comum a economicidade e preservação da água, quando desenvolvidos por profissionais habilitados”, afirma.
Contexto paranaense
De acordo com o Atlas de Atualização da Base de Dados de Estações de Tratamento de Esgotos, o Paraná figura com o segundo melhor índice do país no atendimento à população urbana com serviço de esgotamento sanitário, atrás apenas do Distrito Federal. A porcentagem de cobertura é de 80,7%, quase o dobro da média nacional, que totalizou 46,5%.
Para o Engenheiro Civil e Especialista em Hidráulica e Saneamento, Antônio Carlos Nery, que trabalhou na Sanepar durante 42 anos e integra a diretoria da Abes-PR (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária Ambiental) há 12 anos, o Paraná é um Estado privilegiado dentro do Brasil. “Já atingimos a universalização em abastecimento de água, e em relação ao esgoto sanitário a cobertura é de 80%, mas nas grandes cidades do Estado supera 90%. Com um detalhe importantíssimo: todo esse sistema de esgoto recebe tratamento, o que hoje é uma raridade em termos de Brasil”, avalia.
Estiagem no Paraná
No ano passado, o Paraná passou por um período de estiagens considerado o mais severo dos últimos 50 anos, impactando diretamente na produção do agronegócio e, consequentemente, na economia do Estado e no bolso do paranaense. O episódio acendeu um alerta sobre a necessidade da construção de soluções secundárias para períodos de secas, sendo as Engenharias fundamentais neste processo, em conjunto com órgãos responsáveis e poder público.
“Existem as políticas nacional e estadual, com todos os seus instrumentos, e conselhos que acompanham quantidade e qualidade. Estamos bem instrumentados, o problema trata-se de implementação. As políticas têm que virar planos e programas para atender toda a sociedade. E para isso acontecer, nós todos temos que entender que não é um problema somente do Governo, é um problema que requer a participação de todos. As políticas devem ser de Estado e não de Governo, porque elas merecem continuidade. Quando trabalhamos com meio ambiente, não estamos falando de um período de quatro anos, mas de gerações”, afirma o Engenheiro Civil. (Com Assessoria CREA-PR).
A Secretaria da Saúde enviou nesta segunda dia (22) mais 369.650 doses de vacina contra o coronavírus às 22 Regionais do Paraná. O número é correspondente à nona remessa recebida pelo Paraná do Ministério da Saúde no sábado (20), composta por 240,4 mil doses, junto com a segunda metade da remessa recebida na última terça-feira (16), somando mais 129,2 mil doses.
O lote recebido no sábado é composto por 234.200 doses da Coronavac, produzidas no Instituto Butantan, e 6.250 desenvolvidas pela Universidade de Oxford/Astrazeneca, parte do primeiro lote produzido Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Já as 129,2 mil doses recebidas na semana passada são todas Coronavac.
“Estamos sob orientação direta do Ministério da Saúde fazendo com que todas essas doses cheguem aos paranaenses e fiquem imediatamente à disposição dos municípios. Faço um apelo para que os municípios gastem todas essas vacinas, é fundamental que elas sejam utilizadas o mais rápido possível”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
As doses foram enviadas por via aérea do Aeroporto do Bacacheri para 15 regionais (Jacarezinho, Cornélio Procópio, Londrina, Apucarana, Ivaiporã, Paranavaí, Umuarama, Cianorte, Campo Mourão, Maringá, Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo). A operação é uma parceria da Casa Militar e da Secretaria de Estado da Saúde.
As outras sete regionais (Paranaguá, Metropolitana, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava, União da Vitória e Telêmaco Borba) buscaram suas doses presencialmente no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).
Com a distribuição, o Paraná inaugura a vacinação de mais dois grupos prioritários: idosos de 70 a 74 anos e comunidades quilombolas. São 264.910 doses destinadas à nova faixa etária dos idosos, correspondendo a 78,87% da população do grupo no Estado; e 6.250 destinadas às comunidades quilombolas, representando 63,1% do total do grupo.
Além disso, o Paraná segue imunizando os grupos de profissionais da saúde (que recebem mais 11.850 doses) e idosos de 75 a 79 anos, com 86.640 doses, referente a 47,11% da população desta faixa etária).
NOVA ESTRATÉGIA – A extensão da vacinação para os novos grupos é parte de uma nova estratégia de vacinação do Ministério da Saúde, que recomendou aumentar a população vacinada pela primeira dose. Desta maneira, as 129,2 mil doses restantes do oitavo lote recebido, que estavam armazenadas no Cemepar até a data indicada para a segunda dose, passam a ser destinadas à primeira dose dos grupos.
A expectativa é que, com o aumento da produção de doses das vacinas no País, o Ministério envie novas remessas referentes às segundas doses dentro do prazo recomendado pelas fabricantes.
“Nós queremos que as vacinas cheguem nos braços dos paranaenses para aumentar a imunização no Estado. A primeira dose já consegue dar, depois de alguns dias, condições para que o paciente se porventura for infectado tenha um quadro muito mais leve, não permitindo a necessidade de uma internação hospitalar”, explicou o secretário. “O Ministério da Saúde nos garante um maior fluxo de vacinas, e eu reitero a necessidade de que esse fluxo seja cumprido. Estamos em um momento em que precisamos ampliar a base de vacinados. Aumentando as pessoas vacinadas pela primeira dose, rapidamente nós conseguimos duplicar esse número”. (Com AEN).
Uma parceria entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a Sanepar resultou na conquista da acreditação de quatro grandes laboratórios de análises de água e esgoto da companhia. As unidades estão localizadas em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.
A acreditação é o reconhecimento oficial junto à Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGRE) de que os laboratórios estão operando com sistema de gestão de qualidade documentado e tecnicamente competente, de acordo com a norma NBR-ISO 17.025:2017.
O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, destaca que o instituto colocou a expertise de seu corpo técnico à disposição da Sanepar, compartilhando sua longa experiência como instituição acreditada junto a CGCRE em diversos serviços de calibração e ensaios.
“Ao longo do tempo o Tecpar modernizou e aperfeiçoou seus laboratórios, a fim de desenvolver soluções tecnológicas dentro dos mais rígidos controles de qualidade. É esse mesmo padrão de excelência que construímos nessa parceria e que hoje encontramos nos quatro laboratórios da Sanepar que receberam a acreditação”, afirma.
Segundo a gerente do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente do Tecpar, Daniele Adão, o êxito no processo de acreditação dos laboratórios é resultado de ações integradas envolvendo equipes de diversos setores do instituto.
“O Tecpar orientou a Sanepar durante todo o processo de acreditação, da preparação até o encaminhamento de documentos. Também prestamos a assessoria necessária para corrigir não conformidades apontadas nos relatórios, até a acreditação ser concedida”, diz Daniele.
ETAPAS – A primeira etapa foi a avaliação in loco da atual situação do Sistema de Gestão de cada um dos laboratórios e diagnóstico. Em seguida, foram realizadas capacitações com empregados da Sanepar, auditorias internas e organização de análises nos quatro laboratórios. A equipe técnica também prestou consultoria a distância, esclarecendo dúvidas por telefone e e-mail.
O gerente do Centro de Medições e Validação do Tecpar, João Pimpão, conta que a unidade fez a calibração de centenas de equipamentos utilizados nos quatro laboratórios de análises químicas e microbiológicas de água e esgoto, além de participar e contribuir em todas as etapas do processo de acreditação.
“O êxito alcançado neste grande desafio junto a uma empresa com o porte da Sanepar abre um novo leque de prestação de serviços para o instituto. Ao se congregar esforços e conhecimentos de equipes de diversas áreas e competências, é possível alcançar novos horizontes para prestar novos serviços de excelência”, afirma Pimpão.
ASSESSORIA TÉCNICA – O Tecpar passou a compartilhar sua ampla experiência oferecendo consultoria técnica e treinamentos para acreditação de laboratórios de ensaios e de calibração. O objetivo é orientar a implantação da norma ISO 17025 em estabelecimentos que pretendem obter e ou manter a acreditação junto à CGCRE.
Neste serviço estão previstas as seguintes etapas: diagnóstico, plano de treinamento, consultoria, auditoria interna, verificação da eficácia, preparo de documentos. Também poderá ser desenvolvida uma lista de serviços de acordo com a necessidade do laboratório.
EXCELÊNCIA – Além dos quatro grandes laboratórios de avaliação de conformidades de água, esgoto, lodo de esgoto, produtos químicos e equipamentos analíticos no Estado (Curitiba, Maringá, Londrina e Cascavel), a Sanepar mantém 180 laboratórios descentralizados de água e 20 laboratórios regionais de esgoto.
Todos são referência no setor de saneamento do Brasil. Bem estruturados, com equipamentos modernos, pessoal capacitado e seguindo requisitos de qualidade, como os da NBR ISO 9001:2015, eles garantem mais confiabilidade nos resultados de milhares de análises de amostras coletadas todos os meses nas 346 cidades atendidas pela Sanepar. (Com AEN)






























