O Governo do Estado prorrogou até as 5 horas do dia 1º de abril as medidas restritivas que estão em vigor no Paraná desde o último dia 10. Com isso, serão mais 16 dias de restrições de circulação. Também estão mantidas as regras para as atividades que têm permissão para funcionar. O Decreto 7.122/2021 foi assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta terça dia (16).
A decisão endossa a necessidade de controle da circulação do coronavírus no Paraná neste momento. O Estado atravessa um período de elevação dos índices relacionados à doença, como número de casos, óbitos, internações e taxa de transmissão. O governador Ratinho Junior reforçou que o momento de emergência vivido no Estado demanda o cumprimento de medidas mais restritivas. Ele também pediu solidariedade.
“Contamos com o bom senso de toda a população para seguir as restrições impostas pelo Decreto, como o toque de recolher e o isolamento social mais intenso aos fins de semana. Ainda não é momento de manter uma rotina normal”, afirmou. “Dessa maneira, juntos, podemos conter a contaminação de mais pessoas pelo vírus e reduzir o impacto causado por casos graves no nosso sistema hospitalar”.
Ratinho Junior também destacou que o Governo do Estado apoia decisões administrativas mais restritivas por parte dos municípios paranaenses. “Há um esforço coletivo muito grande no Paraná para interromper a cadeia de transmissão do coronavírus. É momento de preservar vidas, evitar deslocamentos, adiar compromissos. Temos que fazer esse esforço diante dessa nova variante do vírus, que é avassaladora”, acrescentou.
RESTRIÇÕES – Entre as medidas de enfrentamento que continuam vigentes nos próximos dias estão a restrição de circulação de pessoas entre as 20 horas e 5 horas, excetuando-se apenas os profissionais e veículos vinculados a atividades essenciais. Também continua em vigor a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas em espaços de uso público e coletivo durante o mesmo horário, das 20 horas às 5 horas, em todos os dias da semana.
O documento especifica que serviços e atividades considerados não essenciais devem ser suspensos durante os dois próximos finais de semana. Atividades essenciais (CONFIRA A LISTA), por sua vez, têm seu funcionamento liberado durante todos os dias da semana, inclusive aos finais de semana.
Alguns estabelecimentos comerciais e serviços considerados não essenciais possuem horários de funcionamento específicos. O setor de bares, restaurantes e lanchonetes segue com funcionamento permitido de segunda a sexta-feira, entre 10h e 20h, com 50% de ocupação. Nos finais de semana, o consumo local fica vedado. Já a modalidade de delivery é permitida sem restrições de horário, durante todos os dias.
Shoppings centers têm funcionamento permitido entre as 11h e 20h de segunda a sexta-feira, com 50% da ocupação. Academias de esportes têm limite de 30% da ocupação e podem abrir de segunda a sexta-feira entre 6h e 20h.
Algumas regras para o comércio também variam de acordo com o tamanho dos municípios. Segundo o documento, comércios de rua, galerias comerciais e serviços não essenciais devem seguir o horário das 10h às 17h, de segunda a sexta-feira, e limite de 50% de ocupação nas cidades com mais de 50 mil habitantes. Já municípios com população inferior a 50 mil habitantes devem seguir a orientação de sua própria regulamentação municipal.
ATIVIDADES SUSPENSAS – Continuam suspensas atividades que causem aglomerações, de forma a diminuir a contaminação da população pelo vírus e, consequentemente, reduzir o impacto de casos no sistema de saúde. A fiscalização mais intensa das forças policiais continuará até o dia 1º de abril.
Entre os estabelecimentos cujo funcionamento está suspenso estão aqueles destinados ao entretenimento ou a eventos culturais, como casas de shows, circos, teatros, cinemas e museus; os destinados a eventos sociais e atividades correlatas em espaços fechados, como casas de festas, de eventos, incluídas aquelas com serviços de buffet; os estabelecimentos destinados a mostras comerciais, feiras, eventos técnicos, congressos e convenções; bares, casas noturnas e correlatos; além de reuniões com aglomeração de pessoas, encontros familiares e corporativos.
DEMAIS ATIVIDADES – As aulas presenciais da rede estadual de ensino seguem suspensas, seguindo determinação da última sexta-feira (12). Já as atividades religiosas devem continuar seguindo a regulamentação da Secretaria da Saúde publicada em 26 de fevereiro, especificada na Resolução 221/2021. Segundo o documento, os templos, igrejas e outros espaços devem realizar suas atividades de forma preferencialmente virtual. Em casos de atividades presenciais, deve-se respeitar o limite de 15% da ocupação máxima do local.
A pandemia tem reforçado a importância do planejamento financeiro com a organização do orçamento e a economia de recursos. Nesse contexto, e para seguir incentivando os brasileiros a pouparem, o Sicredi lança a tradicional campanha “Poupança Premiada” - ação realizada nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, que vai distribuir R$ 2,5 milhões em prêmios aos associados da instituição financeira cooperativa.
A promoção, iniciada em março, segue até dezembro, com 200 sorteios semanais de R$ 5 mil. Todas as segundas-feiras são cinco ganhadores, com o primeiro sorteio no dia 22 de março. A campanha também tem um prêmio especial de R$ 500 mil, que será entregue no dia 31 de outubro, celebrando o Dia Internacional da Poupança - além do grande sorteio final de R$ 1 milhão, no dia 20 de dezembro.
Participar é simples
A cada R$ 100 aplicados na poupança do Sicredi é gerado um número da sorte para concorrer aos sorteios que acontecem pela Loteria Federal. Se as aplicações forem na modalidade programada (quando o poupador autoriza o débito programado mensalmente em sua conta), as chances de ganhar são em dobro. “Nos dois casos a participação é automática, uma vez que não é necessário o associado se cadastrar ou preencher cupons. É simples porque ao depositar já está concorrendo. E, se optar pela poupança programada, é ainda mais vantajoso, seja pela conveniência e facilidade - uma vez que basta solicitar uma única vez com seu gerente e todos os meses o valor definido já vai para a poupança - seja pelo incentivo extra dos números da sorte em dobro que recebe a cada depósito", explica a gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adriana Zandoná França.
A especialista em finanças do Sicredi ainda destaca o diferencial do incentivo ao planejamento financeiro com a campanha. “Atuamos para o desenvolvimento das cidades e dos nossos associados, sempre reforçando a educação financeira e a importância de aumentar a reserva financeira. A poupança é uma excelente opção, sobretudo por ser uma modalidade simples, com segurança e liquidez diária. Tem a vantagem de também não ter taxas ou impostos, fazendo com que o poupador tenha sempre uma remuneração constante e segura. Para o investidor conservador, que prefere fugir do risco e da volatilidade da renda variável, é excelente”, afirma.
Os números da sorte podem ser visualizados no site da campanha www.poupancapremiadasicredi.com.br, onde o poupador também confere conteúdos específicos sobre finanças, conhece o regulamento, vencedores dos sorteios e outras informações sobre o Sicredi.
César Menotti e Fabiano são as estrelas da campanha
A campanha deste ano traz como destaque a dupla sertaneja César Menotti & Fabiano, com uma adaptação da música “Leilão” - que colocou os cantores no topo das paradas de sucesso. Na versão especial cantada para o Sicredi, os artistas, que também são associados da instituição financeira cooperativa, destacam a importância de poupar e a grande quantidade de prêmios que os associados concorrem. A campanha será veiculada em rádio, TV, veículos impressos e na internet, além de contar com divulgação nas mais de 740 agências do Sicredi no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.
“A divulgação conta com a participação de uma dupla muito querida do público e que é associada do Sicredi. Por esse motivo, eles já conhecem os diferenciais do cooperativismo de crédito. É uma satisfação enorme lançar mais uma vez essa grande campanha, que muda a vida de muitos associados. Não apenas pelos prêmios, mas por passarem a compreender a importância de poupar e fazer uma reserva financeira”, ressalta o gerente de Marketing da Central Sicredi PR/SP/RJ, Rogério Leal.
Na edição de 2020, a campanha teve uma participação recorde com 104 milhões de números da sorte e premiou 202 associados. Entre os vencedores, um jovem poupador, com apenas nove anos de idade. O associado Vinicius Poli, morador de Medianeira (PR), foi o vencedor de R$ 500 mil, no sorteio especial realizado em outubro, no Dia Internacional da Poupança.
A campanha ainda contemplou o associado Saulo Zulim, de Presidente Venceslau (SP), com o grande prêmio de R$ 1 milhão. “Além de ajudar a realizar os sonhos dos associados, a campanha contribui para o desenvolvimento das áreas de atuação de nossas agências. Com mais recursos captados, podemos aumentar a disponibilidade de linhas de crédito para os associados, reforçando o círculo virtuoso de benefício coletivo”, finaliza Adriana.
Com o tema "Conversando sobre Pesquisa Jurídica e Interdisciplinaridade", foi realizada a aula inaugural do Mestrado em Direito do Centro Universitário de Cascavel - Univel, ministrada de forma online pela Dra. Flaviane Barros, Coordenadora Adjunta da área do Direito CAPES, professora do PPGD PUC/Minas e UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto. Para o Coordenador do Mestrado em Direito - PPGD Univel, Dr. Alexandre Barbosa da Silva, a aula inaugural foi um marco importante no ensino e na educação jurídica de Cascavel e de toda a região Oeste e Sudoeste do Paraná.
“Nosso curso é o primeiro da região. A temática da aula focada em pesquisa e interdisciplinaridade, foi pensada com muito cuidado para que nós pudéssemos em um primeiro momento já conceder aos alunos a possibilidade de entender a importância de um mestrado tanto na vida acadêmica quanto na vida profissional. A pesquisa científica no direito é o que pode nos trazer novos caminhos e tentativas de solucionar problemas que estão na sociedade. A interdisciplinaridade que significa o pensamento em várias vertentes e não apenas no direito, mas em muitos caminhos auxiliares como a tecnologia, a economia, a filosofia e todas essas áreas juntas, ajudam a formar a ideia de um direito com a máxima abrangência social possível. O propósito da primeira aula foi trazer para os alunos essa compreensão da importância da pesquisa e da necessidade de que essa pesquisa seja interdisciplinar”, destaca o Dr. Alexandre Barbosa da Silva.
O Mestrado em Direito do Centro Universitário Univel é coordenado pelo Dr. Alexandre Barbosa da Silva e pelo Dr. Alfredo Copetti Neto e tem como objetivo oferecer uma formação sólida, seja pelo viés teórico, técnico e prático, focada substancialmente no desenvolvimento das capacidades humanas ligadas à pesquisa jurídica e ao processo de tomada de decisões em contextos sócio-institucionais complexos. “A escolha pelo mestrado da Univel se deu em razão do projeto promissor desenvolvido pela instituição. As linhas de pesquisa em compliance e inovações tecnológicas são de grande relevância para os estudos científicos, bem como estão cada vez mais presentes na realidade prática dos profissionais da área jurídica. O corpo docente é da mais alta qualidade, com profissionais de formação sólida, notável conhecimento e com profunda atuação prática naquilo que lecionam. Esse conjunto demonstrou que o programa de mestrado da Univel, aliado à dedicação de todos os envolvidos, será de grande proveito e trará uma imensa contribuição para toda a comunidade jurídica. A aula inaugural gera uma grande expectativa, não só porque marcará o início dessa importante caminhada, mas sobretudo pelo início efetivo dos trabalhos, os quais renderão ótimos resultados”, evidencia o advogado e aluno do Mestrado em Direito da Univel, Adauto Couto.
Para o advogado e aluno do Mestrado em Direito da Univel, Lucas Velasco, o mestrado vem a contribuir de forma significativa. “O mestrado é uma oportunidade de aperfeiçoamento profissional e crescimento pessoal, pois possibilita a investigação científica de um tema, sendo que o resultado desta pesquisa contribui com a comunidade acadêmica. Além de que, para a nossa região é uma oportunidade de maior capacitação aos profissionais do Direito e com áreas de concentração extremamente relevantes que podem proporcionar através do resultado das pesquisas mudanças efetivas em nossa sociedade”, ressalta Lucas Velasco.
A Sanepar informa que prorrogou até 17 de junho o prazo para pagamento das contas da Tarifa Social. Neste mês de março, está completando um ano de adiamento do pagamento das contas pelas famílias inscritas na Tarifa Social devido à pandemia do coronavírus. A medida vem sendo renovada a cada 90 dias.
Em todo o Estado, a Sanepar beneficia 184 mil famílias com esse programa. Aquelas inscritas na Tarifa Social pagam R$ 16,35 para água (até 5 metros cúbicos) e esgoto.
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A medida faz parte das ações do Governo do Estado para colaborar com a população paranaense nesse momento de dificuldade.
Outra ação concreta foi a sanção da lei que diz que o fornecimento de luz, água e gás não pode ser interrompido no Paraná enquanto durar a pandemia de coronavírus. A lei número 20.187/2020, assinada por todos os deputados estaduais, entrou em vigor em abril do ano passado.
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Estão enquadrados no benefício famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 3.300) ou até meio salário mínimo por pessoa (R$ 550); pessoas com mais de 60 anos; com coronavírus, doenças graves ou infectocontagiosas; com deficiência; trabalhadores informais; comerciantes enquadrados como micros e pequenas empresas, além de microempreendedores individuais. (Com AEN)
A Sanepar colocou em operação o mais novo reservatório de água de Cascavel, com capacidade de 2 milhões de litros de água. Instalado na Avenida das Pombas, esquina com a Rua Bem-Te-Vi, a nova estrutura beneficia diretamente moradores dos bairros Floresta e Florais do Paraná e amplia em 200% a capacidade de armazenamento da água da Região Norte da cidade.
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O crescimento acelerado dessa região demandou maior empenho da Sanepar para agilizar a implantação do equipamento, que irá garantir água durante manutenções emergenciais ou programadas no sistema.
Os investimentos somam R$ 2 milhões incluindo o reservatório de aço inox, tubulações que fazem o transporte da água e a automação da unidade, que passou a ser monitorada pelo Centro de Controle Operacional, na estação de tratamento de água do Parque São Paulo.
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“Os investimentos em Cascavel não param porque a Sanepar tem o compromisso de manter o abastecimento para 100% da população da área urbana. São mais de R$ 72 milhões investidos na nova captação e na ampliação do tratamento de água na cidade”, disse o diretor-presidente da companhia, Claudio Stabile.
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Com esta nova unidade, Cascavel tem 24 centros de reservação que juntos armazenam 35 milhões de litros de água. E a Sanepar está licitando outro reservatório para atender a Região Oeste da cidade. (Com AEN)
A afirmação de que o Paraná alimenta o mundo fica ainda mais evidente quando se fala de um pequeno grão, redondo e amarelo, que domina boa parte da lavoura e 36,8% de tudo que é exportado pelo Estado. Partindo de navios desde o Porto de Paranaguá, a soja paranaense chega a mais de 20 países da Ásia e da Europa, além do México, onde vivem 4,1 bilhões de pessoas, mais da metade da população mundial.
Principal produto do agro paranaense e brasileiro, o cultivo da soja ocupa mais de um quarto de todo o território do Estado e está espalhado por todas as regiões. São 5,6 milhões de hectares de área plantada na safra 2020/2021 – ou 56 mil quilômetros quadrados, enquanto o Paraná tem um território de quase 200 mil quilômetros quadrados – e a estimativa de colher 20,4 milhões de toneladas do grão.
Esta reportagem da série Paraná que Alimenta o Mundo vai mostrar o que a soja representa atualmente para o Estado. O cultivo do grão ganhou espaço nos anos 1970, substituindo o café na preferência dos produtores paranaenses, depois que a geada negra de 1975 destruiu o que era então a principal cultura do Estado. “O Brasil já superou há anos a produção de soja dos Estados Unidos e é hoje o maior produtor mundial. E o Paraná se destaca no cenário nacional como o segundo estado com a maior produção”, afirma o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
“De um acidente climático, que foi a grande geada, a um intenso processo de mecanização, a soja se constituiu como a principal cultura agrícola do Paraná. Tem o maior valor de produção, é o principal produto da exportação, ocupa o maior espaço da agricultura e movimenta intensamente vários setores do Estado”, explica Ortigara. “Para o consumo humano, a soja é usada na produção de óleo vegetal, mas o grão é destinado, principalmente, para fabricação de rações, fortalecendo outra vocação do Paraná que é a pecuária e a produção de proteína animal”, diz.
O agricultor Valdomiro Rebellato é um dos paranaenses que apostam no cultivo da oleaginosa desde os anos 1970. Conta com uma área de 345 hectares em Cascavel, na região Oeste, que foi colhida no início de março. “Houve uma evolução muito grande nessas últimas décadas e a tendência é produzir cada vez mais. Veio muita tecnologia, variedades novas de sementes e muito conhecimento para o trato do solo, de maquinário, da época de plantio. Quem investe tem retorno garantido”, afirma.
PRODUÇÃO – O Paraná é o segundo maior produtor da commoditie no Brasil, atrás do Mato Grosso, e também o segundo maior exportador. Em 2020, mesmo com uma pandemia em curso, o Estado bateu recordes de produção, com aproximadamente 21 milhões de toneladas colhidas, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura E abastecimento.
Deste total, 17,3 milhões de toneladas do complexo soja (grãos, farelo e óleo) foram para a exportação, sendo 13,4 milhões de toneladas somente do grão. O valor de exportação superou os US$ 6 bilhões (R$ 33 bilhões na cotação atual), o que representa 36,8% de toda a exportação paranaense e 17% de toda a soja vendida ao exterior pelo Brasil.
Os dados foram compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. Segundo o levantamento, o grosso da produção é exportado para a China, que comprou 12,2 milhões de toneladas (70,6%) do complexo soja no ano passado.
Os outros países compradores foram a Holanda, Coreia do Sul, França, Paquistão, Bangladesh, Índia, Turquia, Alemanha, Tailândia, Polônia, Eslovênia, Espanha, Vietnã, Romênia, Taiwan, Irã, Bélgica, Japão, Reino Unido e México.
VALOR DA PRODUÇÃO - O Valor Bruto da Produção (VBP) chegou a R$ 19,94 bilhões em 2019, no último cálculo do Deral, o que representa 20% de todo o VBP da agropecuária do Paraná. Entre as principais regiões produtoras estão o Centro-Oeste, que na atual safra conta com uma área plantada de 690 mil hectares e a previsão de colher entre 2,3 milhões e 2,6 milhões de toneladas; os Campos Gerais, com área de 558,2 mil hectares e produção estimada entre 2 milhões e 2,2 milhões de toneladas; e o Oeste, que cultivou 516 mil hectares e prevê uma colheita de 1,9 milhão a 2,1 milhões de toneladas.
AVANÇO TECNOLÓGICO – A participação do Paraná vai além do grande volume de produção e inclui também um importante papel no avanço das tecnologias relacionadas ao grão. O Estado sedia a Embrapa Soja, uma das 42 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), referência mundial em pesquisa para a cultura da oleaginosa em regiões tropicais. A unidade, localizada em Londrina (Norte), dividiu por mais de uma década o espaço com o então Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), que hoje integra o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).
“A tecnologia da sojicultura vai além do maquinário e da genética das sementes, que evoluíram muito nos últimos anos, mas está integrada em todo o processo de produção, incluindo o plantio direto, definição da época de semeadura, a cobertura plena, a melhoria do solo e o manejo de pragas e doenças. A pesquisa pública tem grande crédito nesse trabalho”, ressalta o secretário Ortigara.
São saberes que influenciam na colheita e na qualidade do grão. De acordo com o Deral, em uma década, houve um avanço 19% na produtividade no Estado. Enquanto na safra de 2009/2010 foram colhidos 3.186 kg por hectare, na de 2019/2020 foram 3.794 kg/ha. A área plantada aumentou 25,2% no período, passando de 3,34 milhões de hectares para 5,48 milhões de hectares no ano passado.
Na propriedade de Valdomiro Rebelatto, máquinas com GPS garantem mais precisão e diminuem perdas na semeadura e na colheita, além de evitar que a mesma área seja pulverizada mais de uma vez, por exemplo. Mas, para ele, o que mais evoluiu nas últimas décadas foi o preparo do solo.
“A gente começou o cultivo, em 1971, muito precariamente, mas as coisas evoluíram bastante. Naquela época a gente colhia 60 sacas por alqueire. Em meados dos anos 1980 já eram 100 sacas. Aí vieram novas tecnologias da Embrapa, de empresas particulares, que elevaram a produtividade, principalmente graças ao tratamento de solo”, conta.
“No ano passado, fiz um experimento em uma área pequena, com análise em laboratório de talhão em talhão de solo para ver as necessidades nutricionais. Ela fechou com uma média de 211 sacos por alqueire, quatro vezes mais do que colhíamos há 50 anos. Este ano a produtividade deve ser menor devido ao clima, mas que será compensada com o preço, que está muito bom por causa do dólar”, completa. (Com AEN)






























