Faleceu nesta quinta dia 11, o Arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos. Dom Mauro estava hospitalizado desde o dia 16 de fevereiro após ser acometido pela Covid-19.
Diariamente a Arquidiocese de Cascavel emitia uma nota sobre o quadro de saúde do Arcebispo que apresentou oscilações durante todo o período de internação.
O Arcebispo foi hospitalizado apresentando sintomas característicos da segunda fase da doença e recebia oxigênio e seguia em observação.
Durante a madrugada do dia 19 de fevereiro Dom Mauro precisou ser entubado devido o agravamento do quadro e em coletiva a equipe da Arquidiocese disse que os médicos estavam otimistas com a resposta ao tratamento.
Por dias seguidos os boletins emitidos pelos médicos eram satisfatórios e Dom Mauro se recuperava bem, sendo retirado da sedação no dia 27 de fevereiro.
No entanto, na terça-feira (09) a informação foi de que o Arcebispo teve grande piora no quadro clinico e seguia entubado em estado grave.
Trajetória:
Dom Mauro nasceu em 09 de Novembro de 1954, na cidade de Fartura, São Paulo. Formou-se em filosofia e teologia em Jacarezinho e em 13 de maio de 1984, ocorreu sua ordenação sacerdotal, no mesmo município.
Entre 11 de janeiro de 1992 e 31 de janeiro de 1997 exerceu função de pároco da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Bandeirantes. Entre 2 de fevereiro de 1995 e 31 de julho de 1998 foi o vigário geral da Diocese de Jacarezinho.
Em 2 de fevereiro de 1997 tornou-se pároco da Paróquia Imaculada Conceição, Catedral de Jacarezinho. Em 14 de agosto de 1998 foi ordenado Bispo, também na Catedral de Jacarezinho
Dom Mauro também foi Administrador apostólico da Diocese de Umuarama entre 9 de maio de 2002 a 13 de dezembro de 2002 e em 31 de outubro de 2007 foi nomeado Arcebispo de Cascavel, tomando posse em 25 de janeiro de 2008. (Com CGN)
O Paraná recebeu nesta semana o parecer favorável do comitê técnico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e deu mais um passo para o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação, que acontecerá em maio. Essa foi a penúltima etapa de um processo de controle sanitário iniciado há 50 anos e que permitirá um salto na produção e comercialização da cadeia de carnes.
O último foco de aftosa no Paraná foi em 2006 e, desde então, o Governo do Estado trabalha para aumentar o controle sanitário. A vacinação nos rebanhos de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa foi interrompida em 31 de outubro de 2019 e deu lugar a um amplo trabalho de cadastramento. O reconhecimento nacional como Área Livre pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aconteceu em agosto de 2020.
Nos últimos anos também foi realizado um extenso inquérito epidemiológico com coletas de amostras do sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais, provando que o vírus já não circula no Paraná. Também há um esforço redobrado de vigilância nos 33 postos da Adapar, nas barreiras comuns com Santa Catarina e nas zonas de fronteira com Paraguai e Argentina.
Esse trabalho se confunde com a própria trajetória de vida profissional do secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Nessa entrevista, ele fala sobre a nova conquista, o patamar que o Paraná pode alcançar e a necessidade de cuidados diários por parte dos agricultores. Ele também cita a chancela da OIE para que o Paraná seja uma zona livre de peste suína clássica independente.
Que eu me lembre, brincando, começamos a vacinar depois que paramos de passar querosene no chifre dos bois, no final dos anos 1960. São mais de 50 anos articulando campanhas para eliminar a circulação viral no Estado. E aprendemos muito ao longo desse tempo. No mundo animal se trabalha muito em cima das enfermidades. E conseguimos mostrar cabalmente ao mundo e à comissão técnica e científica da OIE que não há evidências de circulação dos três tipos de vírus nesse pedaço de mundo chamado Paraná. Portanto, o recado aos outros países é que o Estado tem volume, escala e qualidade, dá para comprar e comer sem risco. Esse é o tom dessa aprovação. A última etapa acontecerá no dia 27 de maio com o reconhecimento desse pleito já aprovado tecnicamente. No dia 27 receberemos o selo de Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, até que enfim, e o selo de unidade independente livre de peste suína clássica.
Vacinávamos bovinos e bubalinos contra uma doença que não existia. Provamos para o mundo que não temos aftosa. Agora podemos exercitar nossa competência comercial porque temos volume, escala, preço competitivo, e podemos enfim conquistar fatias crescentes do mercado internacional.
Com o selo, que recado o Paraná passa aos pequenos, médios e grandes agricultores, a quem trabalha nesse mercado de carnes?
Primeiro é um reconhecimento do esforço. Valeu a pena a luta, o sacrifício, o empenho. Tivemos incompreensões no caminho. Agora é redobrar o esforço. Não dá para deitar-se numa rede. Quando suspendemos uma técnica de manejo como a vacina temos que ampliar o esforço de vigilância sanitária. E fazemos isso em nome dos negócios. Serve para quem produz 50 litros de leite, quem produz um lote de frango, quem produz porco, peixe. O mundo olha torto quando há algum problema sanitário. Provamos que temos qualidade, atenção nos processos, uma agroindústria atenta. Provamos que temos método, profissionais públicos e privados qualificados. E é uma conquista em nome daquilo que sabemos fazer de mais pujante, que é ser bom na produção de comida, entre elas liderar a produção de proteínas animais. Fechamos 2020 com quase 6 milhões de toneladas na soma de peixe, boi, frango e porco. Manter essa pegada fará bem para o negócio de todos os paranaenses. A chance de entrar em outros mercados que nem conversaram contigo a partir do dia 27 de maio será imensa.
Que patamar o Paraná pode alcançar daqui a 10 anos?
Imagino que o Brasil possa saltar de 29 milhões de toneladas de proteínas animais por ano, fora o leite, que tem um papel importante por conta dos derivados a partir dele, para 35 milhões de toneladas. O Paraná sai de 6 milhões para 7 ou 7,5 milhões de toneladas ou quem sabe até mais porque estamos crescendo bem em frango, no qual somos campeões, e em suínos, vislumbrando a liderança. E crescendo a taxas chinesas em peixes. Temos um crescimento importante até 2030, entre 1 e 2 milhões de toneladas porque temos megaprojetos em instalação no Paraná para suínos, aves, peixe crescendo espantosamente e leite se qualificando cada vez mais. É uma nova cadeia de sucesso no mercado internacional se a gente continuar caprichando.
Qual é o peso da conquista de zona livre de peste suína clássica independente nesse processo?
Nosso pleito foi de isolar o Paraná, que antes integrava um bloco de 14 estados, e passará a ser um bloco independente. Isso isola o Paraná de problemas que possam acontecer nas divisas com outros estados integrantes, no Norte e parte do Nordeste, que não são livres da doença. É uma garantia de que só terei problemas sanitários se tiver aqui dentro. Em resumo, seremos um “país independente” a partir da aprovação do relatório técnico pelos peritos da OIE. Essa medida abre as perspectivas de ser mais agressivo no comércio mundial, já que estamos abatendo mais de 10 milhões de cabeças de suínos por ano, com perspectiva de chegar a 15 milhões só com projetos em construção ou em instalação. É uma grande notícia porque estávamos alijados da disputa de dois terços do mercado global de carne suína. (Com AEN)
Os agentes financeiros ligados ao Governo do Paraná disponibilizaram linhas de crédito, o chamado “dinheiro novo”, na ordem de R$ 618 milhões durante este um ano da pandemia no Estado – o primeiro caso de coronavírus foi identificado no dia 12 de março de 2020. As contribuições da agência estadual do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), de R$ 317 milhões, e da Fomento Paraná, de R$ 328 milhões, permitiram amenizar o impacto econômico sobre milhares de paranaenses ao longo desses 12 meses.
O Estado atuou também em renegociações contratuais, aplicando a extensão de prazo para pagamentos de dívidas. Ação que, somada, ultrapassou R$ 1,2 bilhão no período. Montante que será ampliado com novos benefícios que passam a vigorar neste mês.
“O momento era e continua sendo muito duro. As empresas estão sofrendo, os autônomos passando por dificuldades. Por isso buscamos dar um suporte com essas linhas de crédito para colaborar com a classe empresarial, ajudar todos os setores a se reequilibrar em meio à maior crise de saúde dos últimos 100 anos no mundo”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Ele destacou que o Paraná reagiu rapidamente à crise. O Governo anunciou ainda em março um conjunto de ações para estimular a atividade econômica e preservar emprego e renda dos paranaenses, fazendo do BRDE e da Fomento protagonistas durante a crise sanitária.
Dentre as medidas para fazer frente aos desafios decorrentes da pandemia de Covid-19, o BRDE, por exemplo, criou o Programa Recupera Sul, com juros subsidiados. A estratégia foi disponibilizar uma linha emergencial de capital de giro de longo prazo para os três estado do Sul, base das operações do banco. Cerca de R$ 317 milhões foram destinados ao Paraná.
Considerando todas as operações, o montante de janeiro até dezembro chegou a R$ 1,15 bilhão distribuídos em mil contratos. Se comparado a 2019, houve um crescimento de 41%. “Na crise, não nos escondemos. Pelo contrário, criamos o Programa Recupera Sul, destinamos créditos para a recuperação das empresas e montamos uma força-tarefa em parceria com o Governo do Paraná e outros parceiros para promover a manutenção e geração de empregos no Estado”, destacou o vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski.
FOMENTO – A Fomento Paraná, por sua vez, contratou 30.227 operações em 2020, totalizando mais de R$ 328,2 milhões em recursos para empreendimentos privados de micro e pequeno porte. Desse montante, R$ 301 milhões entraram diretamente na conta da Covid-19 para abastecer o mercado com “dinheiro novo", com juros subsidiados pelo Estado.
Apenas com a linha Paraná Recupera, umas das estratégias de enfrentamento econômico à Covid-19, a Fomento alinhou 23.283 operações que somam R$ 120 milhões – os recursos foram disponibilizados pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE). Outros R$ 9 milhões partiram de contratações por meio da linha Paraná Recupera – Transportes, para donos de vans do transporte escolar e do segmento de turismo.
“O intuito sempre foi não tirar dinheiro de circulação dos municípios e das empresas e também disponibilizar um dinheiro novo como suporte”, disse o diretor-presidente da instituição, Heraldo Neves.
MAIS PRAZO – Merece destaque ainda a prorrogação de prazo concedida aos contratos vigentes dentro dos representantes financeiros do Estado. Na agência do BRDE no Paraná, totalizou R$ 1 bilhão em operações renegociadas, o que corresponde a 82% da carteira do banco.
A moratória oferecida pelo programa Paraná Recupera, da Fomento, suspendeu pagamentos em 586 contratos que beneficiaram 249 municípios, permitindo que recursos da ordem de R$ 137,7 milhões permanecessem no caixa das prefeituras para enfrentamento à Covid-19. Outros R$ 265,5 milhões foram alocados em financiamentos para projetos de desenvolvimento urbano e obras em municípios, totalizando 109 contratos em 80 cidades de todas as regiões do Estado.
No Setor Privado, a suspensão de pagamentos de parcelas devidas à Fomento Paraná, por prazos entre 90 e 180 dias, e a renegociação de contratos, beneficiaram 4.473 empreendedores de todos os portes. Os valores dos contratos renegociados somam mais de R$ 148,4 milhões. Cerca de 90% desse resultado foi obtido a partir de abril, com as medidas adotas por conta da pandemia.
OUTRAS MEDIDAS – Paralelamente, o Governo do Estado investiu em outras ações com impacto financeiro na vida dos paranaenses ao longo desses 12 meses.
Entre elas, postergou o recolhimento de parte do ICMS devido pelas empresas do Simples Nacional relativa ao regime de substituição tributária e o devido pelo diferencial de alíquota. A medida valeu por 90 dias para 207 mil empresas do Simples Nacional no Paraná, o que implicou em cerca de R$ 30 milhões.
Renovou automaticamente as condições do programa de incentivos fiscais por 12 meses. São benefícios já aplicados a 12 setores, entre eles vestuário e vinhos. O prazo acabaria em 30 de abril do ano passado. Essas ações atingem dois tratamentos tributários diferenciados, de redução de base de cálculo e créditos presumidos.
O Estado aportou ainda R$ 5 milhões no fundo garantidor formado por seis Sociedades Garantidoras de Crédito (SGCs), que recebem recursos do Sebrae, prefeituras, associações comerciais, empresas parceiras e do próprio Poder Executivo. O Sebrae aportou R$ 5 milhões e o Sicoob mais R$ 5 milhões, ou seja, são R$ 15 milhões a mais, perfazendo R$ 54 milhões de garantia.
NOVAS LINHAS – No começo deste mês, devido ao aumento do número de contaminados pela Covid-19 no Paraná, o governador Ratinho Junior reativou a linha Recupera Paraná, com juros subsidiados, destinando R$ 10 milhões para atender empreendedores informais e Microempreendedores Individuais (MEIs).
Além disso, os empreendedores que pegaram empréstimos por essa linha no ano passado terão o pagamento das parcelas suspenso por dois meses para aliviar o fluxo de caixa das empresas. A medida pretende beneficiar cerca de 40 mil empreendedores.
O BRDE repassará outros R$ 30 milhões, com juros subsidiados, para ampliar a disponibilidade de crédito dos programas de microcrédito Banco da Mulher Paranaense e Banco do Empreendedor, da Fomento Paraná. “Esse valor é para atender, em especial, o micro e o pequeno comerciante”, afirmou Ratinho Junior.
O setor turístico também será atendido pelos mecanismos de crédito do Governo do Paraná. O BRDE e a Fomento Paraná vão destinar R$ 120 milhões para empréstimos subsidiados, voltados para o capital de giro ou novos investimentos em empreendimentos que trabalham com o turismo, beneficiando o setor hoteleiro e o de serviços. (Com AEN)
O Governo do Estado começou a distribuir nesta quarta dia 10, um novo lote de vacinas contra a Covid-19. São 79.630 doses do imunizante CoronaVac, produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
A remessa é formada pela metade do lote encaminhado na terça-feira (09) pelo Governo Federal, com 74.300 aplicações, e mais um residual com 5.530 doses da remessa da semana passada.
A maior parte das vacinas saiu no início da noite do Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, em um avião que pertence à Casa Militar, com destino ao Interior do Estado. Os imunizantes servirão para abastecer 15 das 22 regionais que integram o sistema público de Saúde do Paraná.
As outras sete divisões da Secretaria de Estado da Saúde, formadas pelos municípios mais próximos da Capital, retiram as doses nesta quinta-feira (11) diretamente no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba. O transporte será feito por via terrestre.
Seguindo o Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, o novo lote foi subdividido em três partes: 39.940 aplicações estão reservadas para continuar a vacinação de idosos entre 80 e 84 anos; 31.180 doses foram separadas para quem tem entre 75 e 79 anos e, por fim, outras 8.510 vacinas vão para os trabalhadores da saúde.
“Ainda não é o número suficiente de vacinas que estamos esperando, mas significa um avanço. Temos capacidade e condições para vacinar até 250 mil doses por dia assim que tivermos todas as doses”, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Ele lembrou que o Governo Federal encaminhou na terça-feira (09) um conjunto de 148.600 aplicações de vacina contra o coronavírus. Com essa remessa, o Estado ultrapassa a marca de 1 milhão de doses recebidas, chegando a 1.001.600 vacinas.
“A expectativa é que até o início da próxima semana nos enviem mais uma quantidade parecida com essa, e assim sucessivamente. Devemos atingir em torno de mais um milhão de doses apenas em março, com possibilidade de novos laboratórios se integrarem ao Plano Nacional de Imunização”, disse Beto Preto.
ARMAZENAMENTO – O restante das aplicações, também com 79.630 doses, seguirá armazenadas no Cemepar para garantir a imunização por completo de quem receber a primeira dose – o intervalo entre aplicações é de 15 a 28 dias, segundo a bula do medicamento.
De acordo com o Plano Estadual de Vacinação, seguindo a ordenação por grupos prioritários, a previsão do Paraná é de vacinar cerca de 4 milhões de pessoas até maio. “O cenário é difícil. Apesar de todo o esforço do Paraná com a maior abertura de leitos da história, não temos mais equipes e equipamentos. Apelo para o bom senso dos paranaenses”, afirmou o secretário.
Confira a quantidade de doses que cada Regional de Saúde vai receber:
1ª RS – Paranaguá – 1.730 doses
2ª RS – Metropolitana – 20.260 doses
3ª RS – Ponta Grossa – 4.080 doses
4ª RS – Irati – 1.540 doses
5ª RS – Guarapuava – 2.580 doses
6ª RS – União da Vitória – 1.220 doses
7ª RS – Pato Branco – 2.230 doses
8ª RS – Francisco Beltrão – 2.610 doses
9ª RS – Foz do Iguaçu – 2.580 doses
10ª RS – Cascavel – 3.720 doses
11ª RS – Campo Mourão – 2.880 doses
12ª RS – Umuarama – 2.750 doses
13ª RS – Cianorte – 1.290 doses
14ª RS – Paranavaí – 2.640 doses
15ª RS – Maringá – 6.250 doses
16ª RS – Apucarana – 2.970 doses
17ª RS – Londrina – 7.340 doses
18ª RS – Cornélio Procópio – 2.320 doses
19ª RS – Jacarezinho – 2.490 doses
20ª RS – Toledo – 3.160 doses
21ª RS – Telêmaco Borba – 1.600 doses
22ª RS – Ivaiporã – 1.390 doses
TOTAL – 79.630 doses. (Com AEN)
O Paraná recebeu nesta semana o parecer favorável do comitê técnico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e deu mais um passo para o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (10) pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, em audiência virtual com o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Também foram reconhecidos os pleitos do Rio Grande do Sul e do Bloco I (Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso). Isso significa que as três solicitações brasileiras foram recomendadas para avaliação final durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, que ocorrerá no período de 22 a 28 de maio deste ano, no formato virtual.
O Paraná obteve reconhecimento nacional de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação em agosto do ano passado e essa validação da OIE é mais uma conquista histórica para o setor agropecuário. O Estado é o maior produtor e exportador de produtos da cadeia animal do País, com liderança em avicultura e piscicultura.
“O Paraná buscava essa qualificação há 50 anos, meio século de luta. É um trabalho de muitos técnicos e do setor como um todo. É um passo muito importante”, afirmou Ratinho Junior. “Agora em maio vamos conseguir a chancela mundial. Cerca de 65% do mundo não compra carne do Paraná pela ausência desse reconhecimento. Ou seja, alguns bilhões de dólares entrarão na nossa economia, gerando milhares de novos empregos”.
A ministra Tereza Cristina afirmou que a fase vencida pelo Paraná foi a mais difícil. “Recebi a notícia da OIE da aprovação de todos os estados nessa fase para em maio conseguir a aprovação final. Quero cumprimentar a todos pelo esforço”, afirmou. “Agora o desafio é manter o status e as nossas equipes técnicas vigilantes. É momento de parabenizar aos governadores e aqueles que se engajaram nessa luta”.
Neste momento, de acordo com os trâmites de avaliação da OIE, todos os 182 Delegados da Organização serão comunicados da decisão e terão o prazo de 60 dias para solicitar informações sobre os pleitos brasileiros, de forma a sustentar a votação durante a 88ª Sessão Geral.
MOMENTO HISTÓRICO – Com o reconhecimento, o setor agropecuário vai garantir a abertura de novos mercados e atrair investimentos para as cadeias de suínos, peixe, frango, leite e pecuária bovina de corte. O status sanitário internacional permitirá ao Paraná praticamente dobrar as exportações de carne suína e alcançar mercados como Japão, México e Coreia do Sul, que pagam mais pelo produto com reconhecida qualidade sanitária.
“Provamos para o mundo que não temos aftosa, que não temos o vírus circulando aqui. Começamos a vacinar nos anos 1960. E desde então o Paraná articula campanhas para eliminar a circulação e aprendemos muito ao longo desse tempo. Conseguimos demonstrar cabalmente ao mundo e ao comitê técnico e científico da OIE que não há esse vírus nesse espaço de mundo chamado Paraná”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.
Para o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, a conquista é fruto de mais de 50 anos de planejamento, engajamento da sociedade, da iniciativa privada, de produtores rurais, de lideranças políticas e do Governo do Estado. Desde outubro de 2019 está proibido o uso e comercialização da vacina contra febre aftosa no Paraná. A campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela campanha de atualização de rebanhos. O cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade do rebanho.
“Agora passamos de uma fase de vacinação para vigilância constante nos 33 postos de fiscalização. Estamos atentos e preparados para essa questão”, afirmou Martins.
TRAJETÓRIA – Em agosto de 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Instrução Normativa nº 52, reconhecendo os seis estados como livres de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento nacional pelo Mapa é um dos passos para alcançar o reconhecimento internacional junto à OIE.
Para realizar a transição de status sanitário, os estados e regiões atenderam requisitos básicos, como aprimoramento dos serviços veterinários oficiais e implantação de programa estruturado para manter a condição de livre da doença, entre outros, alinhados com as diretrizes do Código Terrestre da OIE.
O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). (Com AEN)
O Governo do Estado, por meio da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), orienta a população a buscar horários alternativos no transporte público para evitar aglomerações. A medida consta no Decreto 7.020/2021, que determina novas ações de combate ao coronavírus, incluindo a abertura dos estabelecimentos comerciais a partir das 10 horas, fora do horário de pico.
A regra que começou a vigorar nesta quarta-feira (10) ataca um problema recorrente nos ônibus. Um levantamento feito pela Comec identificou que os usuários ainda têm buscado os horários tradicionais, o que provoca superlotação.
“Temos um grande desafio, que é o transporte coletivo. Na Região Metropolitana de Curitiba 78% dos usuários utilizam o sistema nos horários de pico, entre 5h30 e 7h30 e entre 17h e 18h30. Fora destes horários os ônibus circulam muitas vezes vazios. Precisamos fazer com que as pessoas utilizem os ônibus nestes horários, que haja um equilíbrio”, afirma o diretor-presidente da Comec, Gilson Santos.
Segundo o relatório, quase 80% da concentração de pessoas da linha Campo Largo - Campina do Siqueira, por exemplo, acontece das 5h30 às 8h05, com média de 1,2 mil usuários nesse período, enquanto das 8h às 12h são 372 usuários, apenas 22% do total de uma manhã inteira. O maior movimento é das 6h38 às 7h38 na linha que atravessa 49 quilômetros entre a Capital e o município vizinho.
Os ônibus que percorrem o trajeto de 31,5 quilômetros entre o Terminal de Fazenda Rio Grande e o Terminal do Pinheirinho, em Curitiba, vivem a mesma realidade. O pico, das 6h às 8h, concentra 2,5 mil usuários, em média, mais de 60% do total de uma manhã, enquanto das 8h às 12h o número cai para 1,5 mil. Apenas entre 6h e 7h são 1,4 mil passageiros, todos os dias.
Segundo Gilson Santos, o apelo por horários alternativos e o decreto estadual precisam ser adotados pela população. “Precisamos que os empregadores flexibilizem os horários dos seus colaboradores, independente do serviço. É um momento muito delicado da pandemia e só vamos vencer esse momento com a colaboração de todos. Seja o comerciante, o empresário e até o empregador doméstico”, completa.
DECRETO – A partir das 5 horas desta quarta-feira (10), passou a vigorar o Decreto 7.020/2021, que estabelece novas medidas de combate ao coronavírus. Pelo modelo vigente, algumas atividades comerciais consideradas não essenciais puderam voltar a funcionar, o respeitando regras específicas, principalmente relativas ao horário de funcionamento.
De acordo com o novo texto, lojas de rua, galerias e centros comerciais e de prestação de serviços não essenciais, nos municípios com mais de 50 mil habitantes, poderão funcionar apenas no horário compreendido entre 10 horas e 17 horas, de segunda a sexta-feira, com limitação de 50% de ocupação. A medida busca contribuir com a diminuição no número de usuários no transporte coletivo nos horários de pico.
Qualquer medida restritiva tem impacto direto sobre o transporte público. Segundo a Comec, é uma preocupação que o Estado sempre teve e tentou tratar com equilíbrio. “Mantemos diálogo constante com todos os setores da sociedade e mais uma vez fazemos um apelo, diante do cenário da pandemia, de busca por horários alternativos”, reforça Santos. (Com AEN)






























