Vacina e informação clara vão ajudar o Paraná a sair da pandemia, diz secretário da Saúde

Um ano e um mês desde os primeiros casos confirmados de Covid-19 no Paraná, o Estado mantém a atenção total à doença. O foco agora, garante o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, é manter firme os protocolos que evitam a disseminação do novo coronavírus, garantir a imunização rápida, principalmente dos grupos prioritários, e comunicar com clareza a população para que ninguém deixe de lado os cuidados necessários.

 

Nesta entrevista, Beto Preto traça um cenário sobre a pandemia e comenta sobre as novas cepas do coronavírus que ampliaram a contaminação e comprometeram ainda mais o sistema de saúde. “Estamos extremamente preocupados, o número diário de casos positivos está alto, o vírus continua circulando, em transmissão comunitária e com alta taxa de contágio”.

 

O secretário destaca a estratégia de acelerar a vacinação dos grupos prioritários, seguindo com o Plano Estadual de Imunização que prevê que 4,6 milhões de pessoas sejam vacinadas dentro dos grupos que estão mais expostos ou são mais suscetíveis à doença. “Se conseguirmos vacinar todo esse público até o final de maio, já irão diminuir as internações hospitalares e as mortes pela doença. Mas para isso é preciso ter o principal insumo, que é a vacina”, ressalta.

 

“Adotamos a estratégia de vacinar de domingo a domingo para acelerar a imunização dos grupos prioritários, mas também como campanha para incentivar as pessoas a se vacinarem. Alguns grupos ainda acreditam que a vacina é ruim, mas é o contrário, a vacina é o bálsamo da salvação”, explica. “Temos a missão de informar, e as questões de saúde pública às vezes não são bem entendidas, principalmente em um momento crítico como esse, que também influencia na atividade econômica”, afirma o secretário.

 

Quando a pandemia começou, há um ano, havia uma noção de que era uma doença nova e seria difícil, mas em algum ponto o senhor achou que chegaria ao que atravessamos hoje?

 

Achei que sempre estivemos no fio da navalha. Primeiro, encaramos o início da doença como mais uma virose respiratória, mas com o passar do tempo, com os relatos dos casos que necessitaram de internação hospitalar em uma UTI, ficou claro que era algo muito diferente e abrangente. Quem trabalha com imunologia e virologia sabe que a estrutura viral vai se remodelando ao longo do tempo, por isso o surgimento das cepas diferentes. Daquele organismo de 2020, o Sars-CoV-2, temos hoje diversas cepas. Foi constatado no Paraná uma forte circulação da P1, a cepa amazônica brasileira, que tem um contágio muito maior, com muito mais rapidez de evolução do quadro clínico, por isso o colapso do sistema de saúde. Mas tem a variante britânica, a sul-africana e outras cepas que mudam ao longo do tempo. Olhando para tudo isso de maneira retrospectiva, não dava para imaginar que chagaríamos hoje no que estamos passando.

 

Apesar de eu sempre ter uma leitura de que poderia recrudescer, achava que o pior momento seria no inverno. Por isso estamos extremamente preocupados, o número diário de casos positivos está alto, o vírus continua circulando, em transmissão comunitária e com alta taxa de contágio. Teremos que passar por isso com muita resiliência, tolerância, mas principalmente, com bom senso. Perdemos muitas batalhas, esta guerra nos custou muitas vidas, um esforço enorme da população e consequências para a economia. Mas temos que vencer a pandemia e, para isso, montamos estratégias. Não paramos de trabalhar, a saúde continua de pé e nós vamos avançar.

 

O senhor consegue visualizar quando a situação estará mais calma?

 

Se conseguirmos vacinar até 31 de maio os cerca de 4,6 milhões de paranaenses que fazem parte dos grupos prioritários teremos uma queda expressiva no número de casos de doenças mais graves, que necessitam de internação hospitalar. O plano de imunização atinge a população com mais de 60 anos, aqueles com comorbidades como hipertensão arterial, diabetes, doenças brônquicas, policiais e professores e todos os grupos que se expõem mais ou tem mais riscos por causa da doença. Essa estratégia está montada, mas precisamos do insumo principal, que é a vacina. Mas também já começo a me preocupar com o cenário dentro de quatro ou cinco meses, no período do inverno. A Covid-19 não vai acabar em 2021, ela pode arrefecer, mas provavelmente teremos que continuar cuidando e vacinando. Continuaremos dando atenção à vida dos brasileiros e dos paranaenses para que possamos logo ter um horizonte, para que tenhamos um pouco da nossa vida de volta.

 

Se esse horizonte vem com a vacinação, o que tem sido feito para antecipar sua chegada?

 

Lançamos a estratégia de vacinar de domingo a domingo para ampliar o espectro dos grupos imunizados e acelerar esse processo. Temos muito a agradecer a todos que têm nos ajudados, os municípios e as secretarias municipais de Saúde. As vacinas chegam, são rapidamente distribuídas e os municípios já vão fazendo o seu trabalho. Mas essa campanha também serve para chamar a atenção de todos, porque uma parcela das pessoas ainda acredita que a vacina é ruim. Muito pelo contrário, a vacina é o bálsamo da salvação. Por isso quero pedir, chegando o seu momento de vacinar, procure a unidade de saúde mais próxima de casa. Tem que vacinar, é importante isso. (Com AEN)

 

 

 

Estudo garante economia de R$ 700 milhões na Nova Ferroeste

Como resultado da engenharia simultânea entre desenvolvimento de traçado e Estudo de impacto Ambiental, o percurso planejado para receber a Nova Ferroeste garantiu uma economia estimada de R$ 700 milhões no projeto do modal ferroviário que vai ligar Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá. Esse foi um dos principais resultados do estudo preliminar de demanda e traçado apresentado neste mês para os governadores Carlos Massa Ratinho Junior (Paraná) e Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul). Os estados são parceiros no projeto.

 

Material será esmiuçado ao longo desta semana em cinco reportagens especiais. A intenção é explicar a importância da implementação deste novo corredor de exportação que vai unir duas potências do agronegócio mundial. Começando pelo traçado, nesta segunda-feira (05). Na sequência, falaremos sobre economia, desenvolvimento sustentável e setor produtivo, finalizando com a preparação feita pelo Porto de Paranaguá para receber a nova demanda de grãos e contêineres, entre outros produtos.

 

Em relação ao traçado, o chamado desconto no Capex (montante de dinheiro despendido na aquisição de bens de capital de uma determinada empresa) se deu porque a análise técnica revelou que o melhor itinerário tem 1.285 quilômetros de trilhos ao invés dos 1.370 incialmente projetados, o que aumenta consideravelmente a viabilidade do projeto.

 

O documento mostrou que o melhor itinerário para a via férrea partindo de Maracaju passa por cidades importantes dos dois estados como Amambaí, Dourados, Caarapó, Mundo Novo, todas no Mato Grosso do Sul, Guaíra, Cascavel, Guarapuava e Balsa Nova, no Paraná, antes de chegar ao Litoral. Estão previstas também a instalação de até seis terminais de transbordo e de um ramal ligando Foz do Iguaçu à Cascavel, no Oeste paranaense.

 

Economia de tempo e dinheiro, ressaltou o coordenador do Grupo de Trabalho Ferroviário do Estado do Paraná, Luiz Henrique Fagundes. Segundo ele, o desconto de R$ 700 milhões significa uma redução de cerca 3,5% dentro de um projeto estimado em R$ 20 bilhões. Fator que terá peso no processo de concessão.

 

“O estudo nos mostrou o traçado mais viável, aquele que torna a ferrovia mais competitiva considerando os trechos já existentes da ‘velha’ Ferroeste, como a ligação entre Cascavel e Guarapuava”, explicou. “Esse trajeto será modernizado e aproveitado pela Nova Ferroeste”.

 

ÁREA DE INFLUÊNCIA – O caminho a ser seguindo pelos trens entre Maracaju e Paranaguá, de acordo com os estudos, terá influência direta em 425 municípios (925 indiretamente) de três estados brasileiros: Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A área representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, estimado em R$ 206 bilhões.

 

O alcance chega ao Paraguai (114 municípios e 39% da população) e Argentina (38 municípios e 1,2% da população). No total, terá impacto em 9 milhões de pessoas. “É um projeto que nasceu no Paraná, mas é nacional. Vai melhorar e muito a logística de todo o Brasil”, disse o diretor-presidente da Ferroeste e um dos coordenadores do projeto do novo eixo ferroviário, André Gonçalves.

 

A previsão é que os estudos de viabilidade sejam finalizados em setembro e os estudos de impacto ambiental sejam concluídos em novembro. A expectativa é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo, logo na sequência. O consórcio que vencer a concorrência será também responsável pelas obras.

 

FERROVIA – O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior.

 

A expectativa, de acordo com os técnicos, é que pela Nova Ferroeste seja possível o transporte de 35 milhões de toneladas por ano – ou aproximadamente 2/3 da produção da região, dos quais 74% seriam de cargas destinadas para a exportação. (Com AEN)

 

 

 

Segurança Pública inicia obras na Penitenciária Industrial de Cascavel

As obras da Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC), no Oeste paranaense, começaram nesta semana. Mais de R$ 5,8 milhões serão investidos na reforma e ampliação da unidade, que vai praticamente dobrar sua capacidade, passando das atuais 360 vagas para 694.

 

“Estamos com várias obras de construção, reforma e ampliação em andamento no Estado e esta de Cascavel é muito representativa, já que se trata de uma demanda antiga e uma necessidade efetiva para o reforço do sistema prisional de toda a região Oeste”, destaca o secretário de Estado da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares. “Vamos agregar mais 334 vagas à penitenciária”.

 

O Chefe da Engenharia da Sesp, major Ivan Fernandes, calcula em 300 dias o prazo de execução das obras. A expectativa é que a entrega aconteça no primeiro trimestre de 2022.

 

REESTRUTURAÇÃO – O contrato para a reforma e ampliação da PIC foi celebrado por meio da Paraná Edificações, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas. Os recursos que serão investidos são fruto de uma parceria do Governo do Estado com o Governo Federal com o objetivo de aumentar o número de vagas no sistema prisional.

 

Mesmo durante a pandemia, as obras nas unidades prisionais e delegacias seguem em todo o Paraná. A construção civil está entre as atividades essenciais mantidas em funcionamento e o Governo do Estado tem cumprido o compromisso de avançar na reestruturação dos espaços destinados à segurança pública.

 

"Pedimos a todos os empreiteiros que adotassem as medidas sanitárias adequadas no trabalho. Além disso, o Governo do Estado manteve o pagamento das faturas das execuções das obras e os trabalhos não foram paralisados na pandemia", afirma o major Fernandes.

 

PIC – Inaugurada em 2002, a Penitenciária Industrial de Cascavel é um estabelecimento penal destinado a condenados do sexo masculino em regime fechado. Referência de unidade prisional que incentiva o desenvolvimento profissional dos presos, oferece oficinas e outras atividades.

 

Com a chegada da pandemia, os apenados da unidade passaram a produzir máscaras faciais e jalecos descartáveis, reforçando as ações de enfrentamento à Covid-19 no Estado. Toda a produção da PIC foi doada a unidades de saúde da região de Cascavel. (Com AEN)

 

 

 

Prédios públicos ganham iluminação azul para conscientizar sobre autismo

Na sexta-feira (2), Dia Mundial de Conscientização do Autismo, prédios públicos de Curitiba foram iluminados de azul para lembrar a população sobre a data e estimular o debate e o conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista. A ação foi promovida pela Superintendência Geral de Ação Solidária do Governo do Estado (SGAS) e deve perdurar durante o mês de abril, com luzes azuis iluminando o Palácio Iguaçu, o Palácio das Araucárias e o Tribunal de Contas do Estado, no Centro Cívico, e o Teatro Guaíra, na Praça Santos Andrade.

 

Em suas redes sociais, a SGAS (@sgasparana) também divulgou uma série de posts sobre a data, que trazem mais informações sobre o transtorno e estimula as famílias a procurarem por um diagnóstico. A superintendência também está promovendo uma campanha para mobilizar a população e os servidores do Estado para que vistam, na segunda-feira (5), uma peça de roupa na cor azul e postem em suas redes sociais com a hashtag #souumapecaimportante.

 

Os servidores também receberam uma peça de um quebra-cabeça, que será montado na segunda-feira, em frente ao Palácio Iguaçu, cada pessoa em um horário diferente, para não gerar aglomeração. A ideia é mostrar que todos são peças fundamentais dentro desse grande movimento de conscientização.

 

“A sociedade e muitas famílias ainda desconhecem o que é autismo, como identificá-lo e como buscar um tratamento. Ações como essa nos ajudam a quebrar as barreiras e da falta de informação, do preconceito e tornam a vida dos autistas muito mais inclusivas”, afirma a presidente do Conselho de Ação Solidária, a primeira-dama Luciana Saito Massa. “Precisamos ter consciência de que o transtorno existe e que é um direito de todos estarem incluídos na saúde, na educação e na sociedade”, diz.

 

O Dia Mundial do Autismo foi instituído em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para trazer mais luz sobre o tema. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliam que há 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, 2 milhões no Brasil. Calcula-se que uma em cada 88 crianças apresenta sinais do Transtorno do Espectro Autista.

 

ATENDIMENTO – No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde mantém 350 pontos de atenção especializados no atendimento a pessoas com deficiência intelectual, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Distribuída em todas as regiões do Estado, a rede presta acolhimento, atendimento e tratamento para pessoas com suspeita ou diagnóstico de autismo.

 

A pasta também disponibiliza em seu site (www.saude.pr.gov.br) uma área para cadastro sobre o Transtorno do Espectro Autista, que busca identificar e conhecer a realidade de pessoas com TEA no Estado. As informações contidas no cadastro auxiliam a Secretaria de Estado da Saúde nas ações de atenção e cuidados a essas pessoas.

 

Além disso, a Escola de Saúde Pública do Paraná, em parceria com o The Scott Center for Autism Treatment/Florida Institute of Technology, lançou em setembro de 2020 a Capacitação Multiprofissional em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) voltado ao Transtorno do Espectro do Autismo.

 

A proposta é de atualizar profissionais (médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, cirurgiões-dentistas) e gestores da Rede SUS em Análise do Comportamento Aplicada. Profissionais da área podem buscar pelo conteúdo da capacitação no site da ESPP (http://escoladesaude.pr.gov.br). (Com AEN)

 

 

 

Vacinação e medidas de enfrentamento à pandemia melhoram indicadores no Paraná

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a aplicação das medidas restritivas, em vigor até o dia 15 de abril, o Paraná já observa resultados positivos. Em visita ao Centro de Imunização da Zona Norte, em Londrina, na manhã deste domingo (04), o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, falou sobre a melhoria de indicadores. “Um exemplo é o número testes com resultados positivos para a Covid-19, que chegou a bater em 48% e que hoje está em 28%. Isso nos dá confiança de que estamos no caminho certo neste enfrentamento”, disse.

 

Beto Preto destacou a campanha estadual de imunização de domingo a domingo como uma das estratégias do Governo para acelerar a vacinação em todo o Estado e agradeceu aos profissionais de saúde que trabalharam no domingo de Páscoa para imunizar mais paranaenses.

 

“O objetivo é ampliar as possibilidades para que o cidadão receba a dose. Para isso, contamos com a adesão de todos os municípios, conforme o exemplo que vemos hoje aqui em Londrina, que deve vacinar neste domingo de Páscoa cerca de 1.900 pessoas. Deixo aqui um agradecimento especial aos profissionais de saúde”, afirmou.

 

O secretário reafirmou, ainda, a orientação para que as vacinas não fiquem estocadas. “Recomendamos aos prefeitos e secretários municipais de saúde que gastem todas as remessas enviadas pelo Estado. Não deixem vacinas paradas”, afirmou. Segundo Beto Preto, o Paraná tem capacidade instalada para imunizar cerca de 150 mil pessoas por dia, com estruturas completas e equipes qualificadas.

 

O secretário municipal de Saúde de Londrina, Felippe Machado, disse que o município realiza ações que visam ampliar a vacinação. “Além da imunização de domingo a domingo, também promovemos a aplicação das doses no período da noite, atendendo o público que trabalha em horário comercial. Nosso desejo é dar celeridade ao processo de imunização”, explicou.

 

Dados do município de Londrina apontam que 70 mil pessoas já foram vacinadas com a primeira dose e 20 mil com a segunda dose. (Com AEN)

 

 

 

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