Com bom desenvolvimento, plantio da primeira safra de milho está encerrada no Paraná

As condições climáticas favoráveis possibilitaram que os produtores paranaenses de milho encerrassem o plantio da primeira safra 2021/22 nesta semana, com a lavoura apresentando bom desenvolvimento.

Esse é um dos assuntos abordados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente ao período de 05 a 11 de novembro. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

A área estimada para a atual safra de milho, no Paraná, é de 423 mil hectares. A maioria do que foi plantado já está na fase de desenvolvimento vegetativo. O levantamento a campo mostra que 96% estão em condições boas, enquanto os 4% restantes apresentam situação mediana em termos de qualidade.

Se não houver alteração no cenário, a expectativa do Deral é que o Estado colha 4,1 milhões de toneladas, o que representa aumento de 32% em relação à primeira safra do ciclo anterior. Se os números forem confirmados, a produtividade ficará em 9,7 mil quilos por hectare, bem próximo do recorde da safra 2019/20, que foi de 10 mil quilos por hectare.

A previsão é iniciar a colheita em janeiro estendendo-se até abril. No mesmo mês em que deve começar a colheita da primeira safra, os produtores paranaenses iniciam o plantio da segunda. No entanto, a perspectiva é de que os custos de produção tenham crescimento ainda maior. Hoje, esses custos já estão, em média, 35% superiores ao praticado na safra passada.

TRIGO E SOJA – Em relação ao trigo, o Paraná já colheu 93% da área. O predomínio de tempo seco nas duas últimas semanas possibilitou melhoria na qualidade, atendendo, na maior parte, às expectativas do mercado. É para ele que os olhos se voltam agora, pois há boas perspectivas de que os preços internacionais mantenham-se em alta.

Na soja, o documento registra a semeadura de 88% dos 5,52 milhões de hectares estimados para a safra, volume pouco superior ao que foi observado no mesmo período do ano passado. Esta cultura também apresenta 96% das áreas em condições boas de desenvolvimento, enquanto o restante tem situação mediana.

BATATA E MANDIOCA – A primeira safra de batata está com o plantio avançado no Paraná, alcançando 99% dos 15 mil hectares previstos. O levantamento de campo apresenta 93% das áreas em boas condições. A estimativa é de que sejam colhidas 460,2 mil toneladas, recuo de 1% em relação à safra passada.

Apesar das condições climáticas favoráveis nas últimas semanas, os trabalhos de colheita da mandioca ainda estão em ritmo lento. Até agora foram colhidas 73% da área, volume inferior à média de 85% neste período em outros anos. Isso se deve ao baixo rendimento de amido, à expectativa de preços mais altos nas próximas semanas e à prioridade para o plantio da nova safra.

FRUTAS E FEIJÃO – O boletim agropecuário traz ainda análise em relação à inflação e o que representa no setor de alimentos, particularmente, na fruticultura. A variação anual nacional para as principais frutas foi de 4,28% positivos. Mas, no Paraná, ficou em 2,74% negativos.

A semeadura do feijão das águas atingiu 94% da área estimada de 139,2 mil hectares. Apesar de um decréscimo de 9% em área, a produção pode ter acréscimo de 7% em relação ao ano passado, chegando a 274,5 mil toneladas.

PECUÁRIA, AVES E MEL – A variação no preço da arroba do boi gordo pago aos produtores também é destacada no documento. A análise é de que houve pequena queda, creditada, sobretudo, à paralisação das exportações para a China e à maior oferta de animais, em razão de as condições de pastagem terem melhorado.

Os números de exportação de carne de frango, a partir dos dados Agrostat Brasil/Mapa, também fazem parte do boletim. Em nove meses de 2021, o acréscimo brasileiro foi de 21,1% em faturamento e de 8,4% em quantidade. O Paraná cresceu 9,4% em volume e 17,1% em faturamento e é o principal Estado exportador de carne de frango.

Em relação ao mel, igualmente são apresentados os números de exportação. As agroindústrias brasileiras de apicultura enviaram para o Exterior 40.596 toneladas entre janeiro e setembro. O Paraná é o terceiro maior Estado exportador, com 8.797 toneladas.

 

 

 

Por - AEN

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Onças matam 172 flamingos no Parque das Aves, em Foz do Iguaçu

Duas onças pintadas mataram 172 dos 176 flamingos do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, na madrugada desta terça-feira (9), segundo a administração.

Por volta da meia-noite, os dois predadores (a mãe e o filhote) pularam a cerca e invadiram o recinto dos flamingos chilenos e africanos. Apenas quatro aves sobreviveram ao ataque.

O Parque das Aves informou que permanecerá fechado para visitação até sexta-feira (12).

Os flamingos chegaram ao parque em 1995, quando as aves foram resgatadas no Chile. Em 2001, nasceram os primeiros filhotes.

Segundo a administração do parque, foram anos de trabalho de conservação prejudicados pelo ataque das onças.

Os flamingos são um dos principais atrativos do Parque das Aves. O nascimento deles em setembro de 2020 trouxe momentos de celebração à vida. Em 2019, as aves ganharam destaque depois de serem estimuladas a passear e tomar banho pelo local (veja imagens mais abaixo).

O parque é monitorado por câmeras de segurança, que flagraram o momento do ataque das onças. A administração não divulgará as imagens.

 

 

 

Por - G1

 

Com apoio estratégico do Estado, sistema que integra lavoura e pecuária traz benefícios aos produtores

Pouco tempo atrás, o produtor Lairton Berti Garcia, de Moreira Sales, no Centro-Oeste, enfrentava sérias dificuldades para manter seu rebanho alimentado durante o inverno. Com pasto nativo e solo arenoso, a oferta de alimento para os animais sempre foi pequena nesse período.

Como ele trabalha com a criação de bezerros, frequentemente era obrigado a vender animais. O que salvou Garcia foi uma tecnologia que vem sendo disseminada em todo o Estado pelos servidores do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná): a Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Há quatro anos a prática foi implantada na propriedade e hoje sobra pasto e a produtividade das lavouras também aumentou.

A área de Garcia tem 76 hectares, nas quais ele mantém 130 animais da raça Nelore. São 74 matrizes, 26 novilhas, 26 bezerros e três reprodutores. O zootecnista Fernando Alves, do IDR-Paraná de Moreira Sales, acompanha o trabalho na propriedade. Ele explicou que as áreas de lavoura, que eram deixadas em pousio no inverno, deram espaço ao capim braquiária.

Geralmente, a forrageira é implantada de forma solteira, mas em algumas áreas também é consorciada com o milho safrinha. “O capim serve de alimentação para os animais no inverno, fazendo com que as áreas de pastagem perene permaneçam em descanso até o preparo para o plantio da soja”, afirmou Alves.

Atualmente a propriedade de Garcia é uma Unidade de Referência no sistema Integração Lavoura-Pecuária para um grupo de 15 produtores da região. A principal vantagem dessa prática, de acordo com os técnicos, é dar ao agricultor uma maior produção, com a diversificação de explorações numa mesma área. O ILP oferece sustentabilidade econômica, social e ambiental para a atividade agropecuária.

Garcia já tem registrados os resultados das últimas três safras. São esses números que servem de incentivo para que outros produtores se convençam das vantagens da ILP.

“A partir da adoção desse sistema, percebi minha produtividade na agricultura melhorar, mesmo em anos com condições climáticas desfavoráveis. Com o gado não precisei mais vender animais para aliviar os pastos. Pelo contrário, tenho pasto sobrando no inverno e consigo reter mais fêmeas para matrizes, aumentando o rebanho” disse o produtor.

PLANEJAMENTO – Um dos segredos para o sucesso da Integração Lavoura-Pecuária é o planejamento forrageiro da propriedade. O zootecnista explicou que o produtor precisa considerar não apenas a parte pecuária, mas também as áreas de lavouras na hora de fazer esse planejamento.

“Por utilizarmos o sistema ILP, após o plantio da soja já definimos as áreas que trabalharemos milho no cultivo solteiro, milho com a braquiária ou apenas a braquiária na segunda safra. Leva-se em conta também o tamanho do rebanho, o preço do milho e as áreas com invasoras a serem controladas”, observou Fernando Alves.

Como são implantados talhões, em consórcio ou não, o produtor consegue ter áreas onde a braquiária solteira fornece pastagem ainda no fim do outono, geralmente 50 dias após o plantio em anos com condições climáticas adequadas.

“Nessas áreas realizamos o acompanhamento da produção de massa de forragem por meio de amostras e correlacionando com a altura da pastagem. A divisão em piquetes com cerca elétrica facilita muito o manejo da pastagem e proporciona um melhor aproveitamento de área”, acrescentou Alves.

LAVOURAS SÃO BENEFICIADAS – O zootecnista explicou ainda que os talhões que são implantados em consórcio de milho com a braquiária fazem a segunda etapa do planejamento. “Após a colheita do milho, os animais entram na área e pastejam as sobras e a braquiária que estava ali estacionada, devido ao sombreamento do milho, agora consegue dar sequência na emissão de perfilho. Dessa forma, os animais são retirados das áreas de pastagens perenes no fim do outono e só retornam para esses locais no finalzinho do inverno, quando as áreas de integração precisam ser dessecadas para dar início ao plantio de uma nova safra de soja”, disse Alves.

A área permanece com grande volume de resíduos de cobertura provenientes das folhas, talos e raízes do capim, além das fezes e urina dos animais que pastejaram no local. Essas condições acabam por propiciar um bom desenvolvimento da soja, especialmente em épocas de estiagem, avaliou o extensionista.

Alves chama atenção para a importância da ILP em anos de adversidades climáticas. Segundo ele, a safra 2020/2021 vem sendo marcada por uma grande estiagem no Estado, afetando praticamente todos os setores agropecuários.

“Vários produtores tiveram problemas com a germinação das braquiárias para o sistema de integração, afetando em grande parte a oferta de volumoso e posteriormente o sistema de plantio direto com boa cobertura de palhada. Contudo, ainda assim é vantajoso em comparação ao antigo sistema de pousio, mostrando-se uma ótima alternativa de manejo sustentável do solo e viabilidade econômica das atividades agropecuárias”, afirmou o extensionista.

 

 

 

Por - AEN

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