Governo detalha Nova Ferroeste a fundo árabe que conheceu o projeto na Expo Dubai

A apresentação da Nova Ferroeste feita pelo Governo do Paraná na Expo Dubai, nos Emirados Árabes, em outubro deste ano, despertou o interesse do Fundo de Investimento Mubadala pelo empreendimento. Nesta quinta-feira (25), o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, esteve no escritório da empresa no Rio de Janeiro para apresentar detalhes do projeto da nova estrada de ferro.

Neste primeiro encontro no Brasil foram apresentados aspectos da engenharia, das etapas de construção e do investimento necessário para implantar a estrada de ferro, com 1.304 quilômetros de extensão.

Proposto pelo Governo do Estado, o projeto da Nova Ferroeste prevê uma ligação férrea entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e o Porto de Paranaguá, além da ampliação e modernização do trecho já existente, entre Cascavel e Guarapuava, e novos ramais até o MS e Foz do Iguaçu, o que vai permitir escoar carga do Paraguai e da Argentina pelo Porto de Paranaguá.

“Os representantes do Fundo Mubadala identificaram no projeto muita consistência com a realidade brasileira. Agora o projeto vai ser analisado internamente”, disse Fagundes. “Se interessaram bastante, pediram outras informações técnicas para continuar a conversa. O mais importante é que estamos entrando no radar de grandes fundos globais”.

O Mubadala é um dos maiores fundos de Abu Dhabi. Está ligado ao governo local e tem investimentos espalhados em mais de 50 países. Desde 2011 possui um escritório no Brasil onde gerencia investimentos em ativos públicos e privados. Participa de aquisições, reestruturações e fusões de empresas. No Brasil, o grupo administra capital institucional e de terceiros, que superam os U$ 3 bilhões.

Fagundes destaca a importância dos encontros feitos na viagem a Dubai. “Dos três fundos árabes com quem tivemos contato na feira, dois já nos procuraram para saber mais sobre o projeto. O Mubadala é o único que já tem uma operação estabelecida país e conhece bem a nossa realidade”, disse.

EMPREENDIMENTO – O investimento na Nova Ferroeste é estimado em R$ 29,4 bilhões. O vencedor do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), programado para o segundo trimestre de 2022, vai executar a obra e explorar o empreendimento por 70 anos.

Em razão das grandes proporções da obra e do valor necessário, o coordenador do Plano Estadual Ferroviário prevê a necessidade da combinação entre o capital privado e o financiamento com mais de um fundo.

“Um empreendimento dessa dimensão, e com as características dos projetos de infraestrutura, normalmente tem uma composição de quem é o dono do contrato e quem vai financiar o processo. Essa combinação dentro do mercado ferroviário costuma ser de 50% a 60%”, disse.

Os estudos de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica (EVTEA-J) e de Impacto Ambiental (EIA) já foram finalizados e permitem uma fotografia precisa da realidade financeira, de engenharia e ambiental para a realização da estrada de ferro. No início de 2022 acontecem as audiências públicas do traçado e do meio ambiente e em seguida o projeto será levado a leilão.

SONDAGEM DE MERCADO – Na próxima semana, começa uma série de encontros virtuais com empresas interessadas em participar do leilão da Nova Ferroeste. A sondagem de mercado será realizada entre os dias 01 e 07 de dezembro. Com auxílio do Ministério da Economia, funcionários do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) vão auxiliar nas apresentações a empresas de engenharia e fundos de financiamento, como o Mubadala. “Esses investidores têm uma grande importância no desenvolvimento da ferrovia e geralmente não é só um investidor, porque dessa maneira eles reduzem o risco. A composição da carteira pode ser de dois, três ou quatro fundos”, disse Fagundes.

 

 

 

Por - AEN

Hashtag:
TSE cassa mandato de deputado do Paraná por infidelidade partidária

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (25), por 4 votos a 3, cassar o mandato do deputado federal Evandro Roman (Patriotas-PR), por infidelidade partidária. A decisão tem efeito imediato.

Evandro Roman exerce o cargo como primeiro suplente desde fevereiro de 2019. Ainda naquele ano, ele mudou de sigla, do PSD para o Patriota, pela qual foi candidato a prefeito de Cascavel (PR) em 2020 e da qual se tornou dirigente no Paraná.

Pouco após a troca, outros três suplentes de deputado federal - Reinhold Stephanes Junior, Edmar de Souza Arruda e Hidekazu Takayama – acionaram o TSE alegando que a desfiliação de Roman do PSD foi realizada sem nenhuma justa causa prevista na legislação.

Em sua defesa, Roman alegou que a sua saída do PSD foi amigável, em comum acordo com a diretoria da sigla, motivo pelo qual não teria havido infidelidade. Ele apresentou uma carta de anuência do partido para sua desfiliação.

A maioria dos ministros do TSE, contudo, decidiu que não basta uma carta de anuência para afastar a infidelidade partidária e consequente perda de mandato.

Na corrente vencedora, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte Eleitoral, disse que aceitar esse tipo de documento seria “uma flexibilização indesejável desse instituto importante que é a fidelidade partidária”.

Além de Barroso, votaram nesse sentido os ministros Tarcísio Vieira, Sergio Banhos e Edson Fachin, relator do processo, que considerou a carta de anuência sem nenhum efeito jurídico.

Divergiram os ministros Mauro Campbell, Luís Felipe Salomão e Alexandre de Moraes, para quem a carta de anuência poderia ser aceita como justa causa de desfiliação, contanto que não houvesse “conluio entre as partes envolvidas para fraudar a vontade popular”.

A infidelidade partidária, com consequente perda de mandato, foi introduzida em 2015 na Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei 9096/1995). O dispositivo prevê somente duas hipóteses como justa causa para mudança de partido, a mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e a grave discriminação política pessoal.

Há também uma janela em que os parlamentares podem trocar de sigla, a chamada janela partidária, que se abre nos 30 dias anteriores ao prazo de filiação para concorrer em eleição majoritária ou proporcional.

 

 

 

Por - Agência Brasil

Hashtag:
Governo do Paraná reafirma parceria com iniciativa privada para aumentar produção de pescados

O vice-governador Darci Piana reforçou que o Governo do Paraná é parceiro da iniciativa privada para promover o crescimento ainda mais rápido da cadeia de pescados no Estado.

A declaração foi dada nesta quarta-feira (24), na sessão de abertura oficial da III International Fish Congress & Fish Expo Brasil 2021, que acontece até esta sexta (26) em Foz do Iguaçu, no Oeste. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, também acompanharam o evento, que reúne aproximadamente 1.400 pessoas em formato presencial e online.

“O esforço que o Paraná vem fazendo, patrocinado pela Secretaria da Agricultura, junto com toda a infraestrutura do Estado, é resultado de trabalho sério e competente que fazemos, no sentido de que essa nova cadeia cresça da mesma forma que tem crescido o nosso agronegócio com as carnes de frango, suínos e outros produtos”, disse Piana. “O Governo do Paraná tem se preocupado com essa cadeia, tem dado a sua parcela de contribuição. O governo tem que ajudar, não pode atrapalhar o setor produtivo, e é isso que estamos fazendo.”

PRODUZIR - A ministra da Agricultura, em cuja pasta está abrigada a Secretaria Nacional de Aquicultura e Pesca, salientou a importância do Paraná no cenário nacional também em razão da produção de peixes de cultivo. O Estado lidera o ranking, com 172 mil toneladas produzidas em 2020, com predominância da tilápia. “Ainda tem muito espaço para caminhar e crescer e sei que vamos caminhar muito mais com organização cada vez maior do setor e com crédito que hoje praticamente inexiste”, afirmou a ministra.

“A oportunidade está aí, está dada a ordem de comando, que é produzir, produzir e produzir, porque o mercado para esse produto maravilhoso e sustentável nós temos”, disse Tereza Cristina. Ela citou a última viagem à Rússia, quando foi anunciada a abertura do país para importação de suínos e bovinos de algumas plantas brasileiras.

“Quero na próxima viagem trazer na mala a abertura para pescados, porque nosso produto é excelente”, disse. Ela falou, ainda, do encontro nesta quarta-feira com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, para discutir a criação de peixes no Lago de Itaipu, que pode acrescentar até 400 mil toneladas ao ano na produção.

INOVAÇÃO - O secretário Norberto Ortigara destacou a relevância do encontro. “O congresso reuniu todos os elos importantes da cadeia, da genética ao distribuidor no varejo, passando por máquinas, equipamentos, implementos, rações, medicamentos, toda forma de equipamentos para processar, aeradores, distribuidores de alimentos, todo tipo de equipamento dentro da indústria, para despesca, enfim para fazer todo o processo se tornar mais ágil e menos onerosas as operações dentro de uma propriedade rural e dentro de uma indústria”, disse.

Ele ressaltou, ainda, a participação do Estado na efetivação do evento, com apoio da Fomento Paraná, do BRDE, da Copel e da Sanepar. Além de citar a presença de profissionais da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) como palestrantes ou congressistas.

“É um evento de três dias, numa cadeia nova que está se consolidando como alternativa importante de geração de oportunidade e renda no meio rural e que tem a pretensão mais ampla de chegar no mercado mundial acompanhando a logística das demais proteínas, como frango e porco, que saem do Paraná para centenas de países”, disse.

O Paraná também recebeu um prêmio por seu destaque em inovação no setor de aquicultura e pesca. O troféu foi entregue pelo vice-governador Darci Piana ao secretário Norberto Ortigara.

 

 

 

 

Por - AENps

feed-image
SICREDI 02