O Governo do Paraná e o Centre Pompidou de Paris assinaram nesta quarta-feira (17) uma parceria de colaboração técnica para a construção do Museu Internacional de Arte de Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. O acordo foi assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e pelo presidente do centro cultural francês, Laurente Le Bon.
A parceria prevê que o projeto do museu seja feito baseado em conceitos definidos pela instituição francesa. O Centre Georges Pompidou de Paris é um dos centros culturais mais importantes e inovadores do mundo. Fruto de um investimento de mais de R$ 200 milhões, a previsão é que a unidade seja aberta ao público até 2026.
Na cerimônia em que a cooperação foi firmada com o centro cultural francês também foram assinadas a cessão do terreno pela CCR Aeroportos para a construção do museu e a parceria com o arquiteto paraguaio Solano Benitez para a realização do projeto arquitetônico da unidade.
“Este é um dia muito importante não apenas para a cultura de Foz de Iguaçu ou do Paraná, mas para a cultura brasileira. Não existe hoje um museu como este, fruto de uma parceira como esta, no hemisfério sul. É uma novidade que ultrapassa as fronteiras do Brasil. O circuito cultural de museus movimenta bilhões de dólares, com muitos turistas que anualmente rodam o mundo visitando as principais unidades do mundo. E agora Foz do Iguaçu estará nesta rota”, afirmou o governador.
As tratativas para a instalação do museu no Paraná iniciaram em 2020, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e avançaram para o estágio final em maio deste ano, quando o governador e a secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, estiveram na sede do museu, em Paris, para confirmar a instalação no Estado.
REFERÊNCIA CULTURAL – Por meio da iniciativa, o Poder Executivo busca contribuir para o fortalecimento da cultura no Paraná e a consolidação de Foz do Iguaçu como um dos maiores destinos turísticos do mundo. “A cidade já é uma referência mundial no turismo de natureza, com suas belezas naturais e as cataratas. Também é um destino muito importante no turismo de resorts, com grandes hotéis. Agora, com esta unidade, se consolidará também como um dos principais destinos culturais do planeta”, disse Ratinho Junior.
Segundo Luciana Casagrande Pereira, o conceito do novo museu busca relacionar-se com o território onde ele será instalado, funcionando também como espaço de residência técnica para artistas e curadores. “Não será apenas uma unidade feita com base nos conceitos do Centre Pompidou, mas um espaço que também representará o Paraná, o Brasil e a região de tríplice fronteira, valorizando a cultura regional”, explicou.
“Será um museu que vai presar pela pesquisa e reflexão dos artistas, curadores e pesquisadores sobre a importância da arte e a relação dela com a natureza, tudo isso dialogando com obras do acervo do Pompidou”, salientou a secretária. “Teremos um resultado muito potente, porque estamos fazendo uma construção coletiva, com o Pompidou nos provocando para algumas reflexões e nossa equipe pesquisando para desenvolver esse conceito”.
De acordo com o presidente do Pompidou, a ideia é que a programação do Museu Internacional de Foz do Iguaçu seja formada por peças de artistas latino-americanos e também da sede do museu em Paris, que conta com uma coleção com importantes nomes de arte moderna e contemporânea europeia.
“Uma das questões mais importantes hoje em dia é a relação entre a natureza e a cultura. Nesse sentido, o grande número de visitantes que vai a Foz do Iguaçu terá não só a obra-prima da natureza, que são as Cataratas, mas também um contato com a cultura e a arte contemporânea. A programação no Paraná vai depender do que o Estado demande, com base no que o público vai querer ver”, afirmou Le Bon
“Desde o início das negociações, tanto a secretária quanto o governador se mostraram bastante engajados para criar essa dialética entre uma arquitetura revolucionária e um acervo apaixonante, como o se pretende colocar no museu”, ressaltou o presidente do Centro Pompidou.
CRONOGRAMA – A previsão é que o projeto arquitetônico seja concluído até janeiro de 2025, para que a licitação da construção seja publicada até março e para as obras iniciarem no início do segundo semestre. Ele ficará em uma área de cerca de 24 mil metros quadrados.
“É um projeto muito complexo, que vai respeitar todos os conceitos modernos de sustentabilidade. O Centre Pompidou é super exigente, então não será uma obra tradicional, que precisa respeitar todos estes ritos”, explicou o secretário de Planejamento, Guto Silva.
O local de construção do Museu Internacional de Arte de Foz do Iguaçu também será estratégico, próximo à principal atração turística da cidade: o Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas, e à cerca de 10 minutos do centro de visitantes. A assinatura aconteceu justamente no terreno que abrigará o futuro edifício, localizado ao lado do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Ele foi cedido pela CCR Aeroportos, empresa responsável pela administração do terminal.
“A chegada do Pompidou ao Brasil abre muitas possibilidades de desenvolvimento cultural, social e econômico. Para o Grupo CCR, é uma imensa satisfação contribuir para este momento”, declarou o CEO da CCR Aeroportos, Fabio Russo.
O projeto arquitetônico do museu de Foz do Iguaçu será assinado pelo premiado arquiteto paraguaio Solano Benítez, que coleciona prêmios como SI Swiss Architectural Award 2007-2008 (SUI), AIA Honorary Fellowship 2012 (EUA) e um Leão de Ouro da Bienal de Veneza de 2016. Ele trabalhará em colaboração com o arquiteto brasileiro Angelo Bucci, professor da USP e um dos maiores nomes da arquitetura contemporânea do país. Em 1992, ele criou o pavilhão do Brasil na Expo 92 em Sevilha.
TURISMO – Em 2023, o Paraná recebeu 687,6 mil turistas estrangeiros de acordo com dados da Embratur, 51% a mais do que o registrado em 2022. Somente no primeiro trimestre de 2024, o volume de turistas estrangeiros no Estado é 36% superior ao do mesmo período do ano passado. Apenas as Cataratas do Iguaçu receberam 734,8 mil visitantes brasileiros e estrangeiros nos primeiros cinco meses do ano.
Além das Cataratas, que são mundialmente conhecidas por seu conjunto de 275 quedas de água no Rio Iguaçu, o Parque das Aves e o Marco das Três Fronteiras estão entre os principais atrativos da cidade. Foz do Iguaçu também é um destino frequente de turistas de negócios por sediar centenas de eventos corporativos durante o ano todo, bem como os turistas de compras influenciados pela tríplice fronteira.
PRESENÇAS – Também participaram da assinatura os secretários estaduais do Turismo, Márcio Nunes; Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; o presidente do DER/PR, Fernando Furiatti; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o deputado estadual Matheus Vermelho; o arquiteto responsável pelo projeto, Solano Benítes; e servidores da Secretaria da Cultura.
Por - AEN
A equipe brasileira de judô terá um reforço paranaense para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Patrocinada pela Sanepar, a paranaense Natasha Ferreira, 25 anos, foi convocada em junho e embarca para França nesta quinta-feira (18).
Ela é a primeira atleta patrocinada pela Companhia a disputar a Olimpíada. Judoca da Sociedade Morgenau, em Curitiba, Natasha também é bolsista do Geração Olímpica e Paralímpica, principal programa de incentivo ao esporte do Governo do Paraná.
A carreira começou cedo, aos quatro anos de idade. Aos 11, Natasha já estava na Seleção Brasileira. Entre suas principais conquistas estão o bronze no Grand Slam de Israel, em 2023, e o bronze no Campeonato Pan-Americano e Oceania de Judô, realizado também no ano passado.
Para Natasha, é um orgulho poder levar o Estado para os Jogos Olímpicos de Paris. “Eu sou bicho do Paraná. Comecei a treinar aos 7 anos na Sociedade Morgenau e estou lá até hoje. Sou a primeira atleta paranaense, a primeira judoca daqui a conseguir participar de uma Olimpíada estando no Paraná, treinando aqui”, destacou a atleta. “Isso é algo que me deixa muito feliz.”
É também uma oportunidade para que mais atletas possam trilhar o mesmo caminho. “Acho que vai abrir muitas portas e como eu sempre falo: eu sou a primeira, mas não quero ser a única atleta. Quero trazer uma fila de gente atrás de mim, porque os Jogos de Los Angeles, em 2028, estão aí e tenho certeza que vai ter mais paranaenses nas próximas edições”, disse, já pensando nos jogos de 2028.
Disputando na categoria ligeiro, de até 48 kg, Natasha integra uma delegação de 13 judocas que representarão o Brasil na competição. O fato de permanecer em Curitiba, em uma equipe pequena se comparada com grandes clubes brasileiros, não é por falta de propostas. Única a treinar no Paraná, ela decidiu ficar na Capital por um motivo nobre: cuidar do filho, de 8 anos, adotado por ela quando tinha apenas 18 anos.
ALTO NÍVEL – O patrocínio da Sanepar contribui para que Natasha consiga treinar em alto nível no Estado. A judoca também acredita que o apoio abrirá portas para mais atletas paranaenses dentro do esporte.
“É o nosso primeiro patrocínio no clube e para nós é de suma importância ter apoiadores como a Sanepar, podendo trazer mais atletas e mantê-los aqui no Paraná”, afirmou. “Nós vamos conseguir, junto com a empresa, proporcionar isso para mim e para outros atletas que buscam o mesmo sonho que o meu, que é ser um atleta olímpico”.
O filho também é uma motivação a mais para Natasha. Antes de cada competição da mãe, o menino acende uma vela para que tudo dê certo. “Aos 18 anos, eu adotei meu filho Enzo, que eu não vou dizer que ele foi um desafio na minha trajetória, muito pelo contrário, ele me tornou uma pessoa muito disciplinada. Hoje, graças a ele, eu sou uma mãezona e ter ele já nos Jogos Olímpicos comigo é uma inspiração, me faz querer estar lá”, comentou.
O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley Lipski, ressaltou que a empresa tem buscado apoiar iniciativas que, de alguma forma, transformam a vida das pessoas. “Isso traz para nós uma aptidão de poder apoiar boas iniciativas nesse diálogo que sempre queremos ter com a comunidade. O que nós queremos é ter aproximação com a sociedade e eu acho que este é um dos instrumentos que podemos fazer, de apoiar iniciativas que trazem bons dividendos a todos”, disse.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou nesta quarta-feira (17) cerca de 1,3 milhão de unidades de medicamento ao Rio Grande do Sul.
Com apoio do Ministério da Saúde (MS) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o objetivo da ação é fortalecer a estrutura de assistência do estado gaúcho, dando continuidade às medidas de auxílio.
“Continuamos engajados e unindo forças para auxiliar na reconstrução do Rio Grande do Sul. Esses medicamentos, que são considerados os mais necessários neste momento, serão disponibilizados para toda a população gaúcha. Estamos solidários e não mediremos esforços para suprir a demanda de insumos na região”, disse o secretário da Saúde, Cesar Neves.
Além dos medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), que fazem parte do elenco do Estado, a Sesa também reuniu junto aos municípios medicamentos que fazem parte do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF). São analgésicos, antibióticos, antitérmicos, anti-hipertensivos, entre outros.
“O Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) coordenou a ação de coleta dos remédios através das regionais de Saúde, aplicando inicialmente um formulário contendo os medicamentos solicitados pela Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, onde foi possível o município informar o tipo do medicamento e a quantidade disponível para doação”, explicou a coordenadora da Assistência Farmacêutica do Paraná, Deise Pontarolli.
APOIO – Em maio a Sesa disponibilizou, via Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), por meio das aeronaves da Casa Militar, o envio de 300 bolsas de sangue e seis de plaquetas concentradas para reforçar o sistema público de saúde daquele Estado.
Além disso, foram encaminhados insumos e medicamentos adquiridos pelo governo gaúcho de farmacêuticas paranaenses, caixas de nutrição parenteral (NTP) e mantimentos arrecadados pela Congregação Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.
Por - AEN
O Paraná registrou aumento no número de apreensões de drogas no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado.
Dados do Centro de Análise, Planejamento e Estatística, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), indicam crescimento no volume de apreensões de maconha (17%), cocaína (60%) e crack (89%). O número de ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas também registrou aumento no período.
A maconha segue como a droga com maior número de apreensões no Estado. De janeiro a junho de 2024, as forças de segurança retiraram de circulação 221,3 toneladas da droga, 17,27% a mais que as 188,7 toneladas apreendidas no mesmo período de 2023. O montante é pouco mais da metade do total apreendido no ano passado, de 427,7 toneladas. É como se as forças de segurança retirassem de circulação mais de uma tonelada de droga por dia, em média.
Já as apreensões de pé de maconha tiveram uma leve queda de 9,56% na comparação do primeiro semestre de 2023 com o de 2024. Foram 1.722 unidades apreendidas neste ano, contra 1.904 unidades no ano passado.
Em relação ao crack, nos primeiros seis meses deste ano foram apreendidos 1,5 tonelada da droga, contra 835 quilos no mesmo período de 2023, variação de 88,91%. O total apreendido em 2024 é praticamente o mesmo do total apreendido da droga no ano passado, de 1,6 tonelada.
As apreensões de cocaína também registraram aumento significativo na comparação entre o primeiro semestre de 2023 e 2024. Foram apreendidos 2,8 toneladas nos primeiros seis meses deste ano, contra 1,7 tonelada apreendida no ano passado, aumento de 60,52% no número de apreensões. É mais que a metade do total apreendido em todo o ano de 2023, de 4,4 toneladas.
Para o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, o aumento no número de apreensões é resultado do trabalho integrado entre as forças de segurança, aliado ao policiamento ostensivo nas cidades. “Somente com a maconha, apreendemos mais de 220 toneladas neste primeiro semestre, o que corresponde a cerca de 1,2 tonelada de maconha retirada por dia das ruas. Isso é fruto do trabalho integrado das forças de segurança, aliado a operações de inteligência não só na fronteira, mas também no Litoral e em todas as nossas rodovias”, ressaltou.
“Estamos seguindo a recomendação do nosso governador, de trabalhar muito com a integração, algo já consolidado entre as polícias. Elas trabalham unidas, respeitando a missão constitucional de cada uma, e uma complementa a outra. Graças a essa integração estamos chegando nesses números bastante significativos”, complementou.
Em relação ao LSD e ecstasy houve queda nas apreensões do primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Em relação ao LSD, foram 5.250 pontos apreendidos neste ano. Também foram 27.287 comprimidos de ecstasy apreendidos.
OCORRÊNCIAS – O Paraná também registrou aumento das ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas no primeiro semestre de 2024. Foram registradas 6.901 ocorrências relacionadas a compra, venda, fornecimento ou produção de entorpecentes no primeiro semestre deste ano, contra 6.237 no mesmo período de 2023, variação de 10,65%.
Em relação a ocorrências sobre drogas para consumo pessoal, o número aumentou em 14,85% na comparação entre o primeiro semestre de 2024 e o mesmo período de 2023. Foram 7.665 atendimentos relacionados neste ano, contra 6.674 registrados no ano passado.
INVESTIMENTOS – O Governo do Estado tem aumentado, ano após ano, os repasses para segurança pública, fortalecendo o combate à criminalidade e oferecendo mais qualidade no trabalho dos servidores, resultando na prestação de um serviço cada vez melhor para a população.
Somente neste ano foram entregues 360 veículos, entre viaturas, lanchas, caminhões e ambulâncias para as forças de segurança pública estaduais, além da destinação de cerca de R$ 117 milhões para compra de helicópteros e blindados para a Polícia Militar.
Os investimentos constantes e os novos equipamentos resultaram em grandes apreensões em 2024. A mais recente, em Cascavel, no Oeste, apreendeu 1,2 tonelada de maconha no dia 9 de julho, primeiro dia da Operação Cidade Segura.
Outra ocorrência, com ares cinematográficos, foi registrada em junho, com a perseguição a um helicóptero carregado de drogas, que começou em Guaíra, no Oeste, e terminou em Jaguapitã, no Norte. A aeronave estava carregada com aproximadamente 243 quilos de cocaína.
Em Maringá, no Noroeste, foi realizada em junho a maior apreensão de maconha na cidade desde 2020, com 5,6 toneladas. O prejuízo estimado ao crime organizado foi de mais de R$ 27 milhões.
O Batalhão de Polícia Rodoviária apreendeu, também em junho, 1,48 tonelada de maconha em Sertaneja, próximo a divisa com São Paulo, após abordar uma van que trafegava em alta velocidade.
O Paraná foi o Estado que mais apreendeu maconha no País no primeiro trimestre, com 51,5 toneladas da droga retiradas de circulação. De janeiro a maio o Estado aparece atrás apenas do Mato Grosso do Sul. Os dados nacionais do semestre ainda estão sendo contabilizados.
Por - AEN
O número de homicídios dolosos (com intenção de matar) registrados no Paraná caiu de 972 no 1º semestre do ano passado para 862 nos seis primeiros meses de 2024, uma queda de 11,32% no comparativo entre os dois períodos.
O volume é o menor já registrado para um primeiro semestre nos 18 anos em que é levantada a série histórica feita pelo Centro de Análise, Planejamento e Estatística da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), feita desde 2007. Até então, o menor índice havia ocorrido em 2019, quando 869 foram vítimas deste tipo de crime.
O menor volume de homicídios dolosos também influenciou a queda de 10,14% no número geral de mortes violentes intencionais no Paraná no 1º semestre de 2024, totalizando 913, ante 1.016 registradas entre janeiro e junho de 2023. O número de roubos seguidos de morte, que também compõe os dados gerais de homicídios, caíram de 31 para 19 entre os dois períodos, uma redução de 87,71%.
Também houve redução nos crimes contra o patrimônio. O número de furtos caiu 15,48%, passando de 85.333 para 72.121 entre os primeiros semestres de 2023 e de 2024. Seguindo a mesma tendência, houve queda de 14,13% nos furtos de veículos, que passaram de 6.645 para 5.706 no comparativo semestral.
No caso de roubos, que se diferenciam dos furtos por ocorrerem mediante o uso de ameaça ou violência, a redução foi ainda mais expressiva, chegando a 24,42% no índice geral, passando de 12.581 no 1º semestre de 2023 para 9.509 no mesmo período de 2024. Em relação aos roubos de veículos, foram 1.134 casos nos seis meses iniciais deste ano, 35,09% a menos do que os 1.747 registrados de janeiro a junho do ano passado.
MUNICÍPIOS – Entre as cidades mais populosas do Paraná, a maior queda proporcional no volume de homicídios dolosos entre os primeiros semestres de 2023 e 2024 ocorreu em Umuarama, passando de 15 para apenas duas, o que equivale a uma redução de 86,7%. As outras reduções mais expressivas foram registradas em Araucária (de 11 para 5, queda de 54,5%), Londrina (de 40 para 20, queda de 50%), Apucarana (de 12 para 7, queda de 41,7%), Francisco Beltrão (de 10 para 6, queda de 40%) e Colombo (de 25 para 16, queda de 36%).
Outro dado relevante é que 197 municípios paranaenses, 49,4% de todas as localidades do Estado, não tiveram nenhuma ocorrência de homicídio doloso registrada nos seis primeiros meses deste ano. Entre os 202 que tiveram algum crime deste tipo, 96 (47,5%) aparecem na lista com apenas uma ocorrência no período.
POLICIAIS PREPARADOS – Na avaliação do secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, os resultados positivos refletem os investimentos contínuos do Governo do Estado nas forças de segurança pública, com destaque para a modernização do aparato policial e as políticas de prevenção à violência.
Ele citou como exemplo recente os investimentos mais recentes de R$ 117 milhões para a compra de novos helicópteros, viaturas embarcações e embarcações blindadas, entregues em junho. No início deste mês, o Estado também entregou 70 novas viaturas para uso das delegacias de Polícia Civil em todo o Paraná.
Além dos investimentos feitos com recursos do tesouro estadual, o Paraná também se destaca no uso eficiente dos recursos federais para o setor. Entre 2019 e 2022, o Estado empenhou 71% dos R$ 174,5 milhões repassados através do Fundo Nacional de Segurança Pública, a terceira melhor proporção entre os entes federativos, de acordo com levantamento do jornal Folha de S.Paulo.
Em maio, o governador Carlos Massa Ratinho Junior também autorizou a maior promoção de policiais civis da história. No total, 2.337 agentes da corporação foram promovidos e tiveram aumento de remuneração, com um impacto mensal de mais de R$ 1,6 milhão.
“Os investimentos do Governo do Estado na melhoria da estrutura, equipamentos, tecnologia e na valorização dos agentes de segurança têm feito a diferença no trabalho intensivo destes profissionais para reduzir os índices de criminalidade, em especial de homicídios e outros crimes violentos”, afirmou Teixeira.
Outro fator que influenciou positivamente no desempenho, de acordo com o secretário, foi o aumento das ações conjuntas com outras forças de segurança pública. “Conseguimos desenvolver um trabalho de inteligência integrado entre as polícias Civil e Militar, que também atuam em contato com policiais de outros estados, as guardas municipais e a Polícia Rodoviária Federal, o que nos ajudou a manter o Estado com um índice de criminalidade aceitável”, acrescentou.
Confira o número de homicídios dolosos registrados no 1º semestre de cada ano no Paraná:
2007 - 1.344
2008 - 1.394
2009 - 1477
2010 - 1.787
2011 - 1.521
2012 - 1.578
2013 - 1.323
2014 - 1.321
2015 - 1.222
2016 - 1.276
2017 - 1.123
2018 - 1.033
2019 - 869
2020 - 1.076
2021 - 962
2022 - 1.021
2023 - 972
2024 - 862
Por - AEN
Uma nova espécie de abelha foi descoberta pelo Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro).
A professora Maria Luisa Tunes Buschini descobriu a espécie no Parque Municipal das Araucárias, em Guarapuava. Após seis anos de pesquisa, a identificação representa um avanço na compreensão da fauna local.
Do gênero Mourecotelles, a abelha identificada é solitária, assim como 85% das espécies. A professora Buschini explica que estas abelhas são únicas na produção de uma substância impermeável semelhante ao celofane. “São chamadas de abelhas celofane pois são da subfamília Colletinae e as únicas entre as abelhas na produção desta substância que reveste as células dos ninhos onde elas depositam pólen e néctar”, conta a professora Maria Luisa .
A captura foi realizada através de ninhos-armadilha. Após isso, foi realizado um processo de identificação da espécie com a ajuda de taxonomistas especialistas em abelhas, que a identificaram como uma nova espécie. “Para identificar esta abelha como sendo do gênero Mourecotelles, eles usaram chaves de identificação, e para descrever a espécie, analisaram a terminália dos machos, que são os segmentos posteriores do abdômen que formam a genitália”, relata a professora.
A descoberta não se limita apenas à identificação da espécie. “Nesta pesquisa também foram investigados os grãos de pólen presentes nos ninhos dessas abelhas, sendo encontrados pólens de nove famílias botânicas diferentes, mas a preferência maior foi por aqueles das famílias Fabaceae, que são leguminosas com ervilha, grão de bico, alfalfa, amendoim, e Polygalaceae, que são plantas herbáceas”, afirma a docente.
NOVAS PESQUISAS - Com a conclusão deste estudo, a professora já está planejando novas pesquisas no Parque das Araucárias, como investigar o efeito de borda do parque, que é uma alteração na estrutura, composição ou quantidade de espécies na parte marginal de um fragmento vegetal. “Em outra pesquisa que fizemos também neste parque, coletando abelhas em uma plantinha do gênero Solanum, identificamos 31 espécies de abelhas nativas. Iniciaremos agora um estudo a respeito do efeito de borda do parque sobre as espécies de vespas, abelhas e seus inimigos naturais”, afirma Maria Luisa.
O objetivo destas novas pesquisas é compreender quais espécies estão mais adaptadas ao interior da mata e quais preferem a área de transição entre a mata e áreas alteradas. Com base nos resultados, a professora espera propor políticas públicas eficazes para a preservação e conservação destas espécies. “Diante dos resultados encontrados nesses novos estudos, pretendemos incentivar políticas públicas assertivas para a preservação e conservação destas espécies através de um manejo menos impactante deste importante fragmento que é o Parque Natural Municipal das Araucárias”, conclui a professora.
Por - AEN