A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) tem atuado como protagonista na manutenção da sanidade do solo agrícola no Estado.
Por meio da Divisão de Conservação do Solo Agrícola, a Agência desenvolve um trabalho integrado com o Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), com foco em orientar, prevenir e garantir que o manejo nas propriedades esteja alinhado às boas práticas conservacionistas.
Único estado do Brasil com legislação específica voltada à conservação do solo, o Paraná reforça neste 15 de abril, Dia Nacional da Conservação do Solo, a importância das boas práticas de uso e manejo para garantir produtividade no campo e sustentabilidade ambiental. A data foi instituída pela Lei Federal nº 7.876/1989 com o objetivo de lembrar o valor do solo como recurso natural essencial.
No Estado, o Decreto nº 6.120/1985 regulamenta a Lei Estadual nº 8.014/1984, que completou 40 anos no ano passado e é considerada uma das principais ferramentas de promoção da agricultura sustentável frente aos desafios das mudanças climáticas e da intensificação da erosão dos solos agrícolas.
De acordo com Luiz Renato Barbosa, engenheiro agrônomo e chefe da Divisão de Conservação do Solo Agrícola da Adapar, a estratégia da agência tem se pautado na antecipação de problemas, com foco na orientação técnica e na prevenção de danos. “Temos atuado de forma integrada com a extensão rural, atividade desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), para garantir que o cultivo agrícola seja precedido de um planejamento conservacionista”, diz.
Barbosa ressalta que as orientações aos produtores são sempre baseadas na capacidade de uso do solo e de tecnologias ajustadas às necessidades específicas de cada propriedade rural. “Consideramos características como relevo, topografia, classes de solo e sua relação com o ambiente e a vegetação ciliar, além do tipo de manejo adotado pelo produtor. Essa abordagem tem sido a base do nosso trabalho para garantir a sanidade do solo e evitar processos de degradação”, explica.
PRESERVAÇÃO – Outra frente prioritária de atuação é a promoção de boas práticas em regiões com grandes fragilidades e de grande importância como as cabeceiras de drenagens de nascentes.
"As propriedades têm interface direta com essas cabeceiras que abastecem os rios do Paraná. Trabalhamos para garantir, com antecipação e orientação, que o uso do solo não contribua para o assoreamento dessas áreas vitais, que garantem a quantidade e qualidade das águas dos mananciais, que compõe as bacias prioritárias de abastecimentos das populações", afirma o engenheiro agrônomo.
As regiões de cabeceira, quando bem manejadas durante as atividades agrícolas em seu entorno, exercem papel fundamental na preservação dos recursos hídricos. A adoção de boas práticas de conservação do solo, aliada à preservação da vegetação ciliar, favorece a infiltração da água da chuva no solo, promovendo a ciclagem hídrica e garantindo a recarga dos lençóis freáticos. Esses lençóis são responsáveis por alimentar importantes cursos d'água do Estado.
Por outro lado, o uso inadequado do solo com compactação e cultivos desordenados nessas áreas pode comprometer essa dinâmica. Essa prática pode acabar dificultando a infiltração da água, aumentando o risco de erosão e afetando diretamente a qualidade da água que abastece rios e reservatórios.
Barbosa destaca que a atuação da divisão de enfoque na sanidade do solo é realizada em sintonia com o extensionismo rural também para evitar as punições previstas em lei. A Agência também é responsável pela fiscalização e aplica medidas legais quando constatado o uso inadequado do solo agrícola. Porém, mesmo com a aplicação de penalidades em casos de manejo inadequado, o chefe da divisão da Adapar reforça que a maioria dos casos se resolve de forma orientativa.
TECNOLOGIAS – A Adapar também conta com ferramentas tecnológicas para subsidiar esse trabalho. Drones e softwares de georreferenciamento têm sido utilizados no mapeamento de bacias de captação de água e na identificação de áreas com risco de degradação do solo.
Com o uso dos drones, é possível sobrevoar grandes extensões de terra, inclusive em regiões de difícil acesso, registrando imagens de alta precisão que auxiliam na detecção de sulcos de erosão, ausência de curvas de nível e outras falhas no manejo conservacionista. Essas informações são analisadas em conjunto com dados técnicos e servem de base para orientar os produtores quanto às correções necessárias, além de embasar ações fiscalizatórias, quando for o caso.
Segundo Barbosa, a conservação do solo é uma responsabilidade compartilhada. “A lei é clara ao dizer que o solo é patrimônio de todos. O planejamento conservacionista é um dever legal e social”, afirma.
Por - AEN
O Governo do Estado repassou nesta terça-feira (15) aos 399 municípios do Paraná recurso financeiro para a qualificação do acesso e atendimento de procedimentos de Média Complexidade Ambulatorial. No total, foram transferidos R$ 150 milhões, calculados de maneira proporcional ao tamanho da população de cada cidade.
Esses atendimentos de média complexidade incluem exames como tomografias, endoscopias, ultrassonografias, além de consultas com especialistas.
Os valores foram transferidos por meio do Fundo Estadual de Saúde, e cabe aos gestores municipais a aplicação dos recursos de acordo com os contratos firmados com os estabelecimentos de saúde contratados. A destinação dos recursos foi formalizada na
.“Em 18 de março fizemos essa deliberação, em parcela única para os fundos municipais. Nosso foco é qualificar ainda mais os serviços ofertados no Paraná para consultas e exames aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
De acordo com o documento, os municípios deverão priorizar atendimentos e procedimentos de natureza diagnóstica, com ênfase nos pacientes que aguardam confirmação diagnóstica e na realização de exames pré-operatórios para cirurgias eletivas, observando o limite físico-financeiro disponível de cada ente municipal.
Por - AEN
A Coordenadora de Processos Seletivos (Cops) e a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) divulgaram nesta terça-feira (15) o edital 026/2025, que disponibiliza vagas remanescentes do Vestibular 2025 para portadores de diploma de curso superior (PDCS).
Ao todo são 168 vagas para 14 cursos de graduação, sendo nove para o período noturno, três para o matutino e dois para período integral. Entre eles estão Filosofia, Geografia, Química, Letras - Espanhol, Letras - Francês e Matemática.
Interessados nas vagas devem preencher o formulário eletrônico de inscrição disponibilizado pela Cops até as 17h de quarta-feira (16). Os documentos necessários para a inscrição, que devem ser enviados digitalmente em formato PDF, são diploma de curso superior e histórico escolar, além do RG e CPF. A guia de arrecadação bancária, no valor de R$ 84, deve ser paga até esta quinta-feira.
Conforme o edital, terão prioridades no preenchimento das vagas portadores de diploma de curso de graduação, tecnológico, curso normal superior e curso sequencial de formação específica, respectivamente. Quando o número de inscritos for superior ao número de vagas ofertadas, os interessados serão classificados utilizando, sucessivamente, os critérios de desempate serão a maior carga horária constante do histórico escolar; curso superior concluído há mais tempo; e candidato mais idoso.
O resultado preliminar com a pontuação obtida por cada candidato e a relação dos candidatos indeferidos será divulgada a partir das 17h do dia 28 de abril no site da Cops. Já o resultado final, com a classificação dos selecionados será publicado a partir das 17h de 6 de maio.
Por AEN/PR
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, publicou nesta terça-feira (15) o novo informe semanal da dengue. Foram registrados mais 6.400 casos da doença e quatro óbitos. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 131.888 notificações, 37.035 diagnósticos confirmados e 31 óbitos em decorrência da dengue.
No total, 394 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 344 possuem casos confirmados.
Os novos óbitos registrados nesta publicação ocorreram em março, sendo três mulheres e um homem, com idades entre 73 e 90 anos. Os pacientes residiam nos municípios de São Jorge do Patrocínio, na 12ª Regional de Saúde de Umuarama; Iguaraçu e São Jorge do Ivaí, na 15ª RS de Maringá; e Andirá, na 18ª RS Cornélio Procópio.
As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (8.499); 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (8.361); 15ª RS Maringá (4.469); 12ª RS de Umuarama (2.599) e 19ª RS Jacarezinho (2.367).
OUTRAS ARBOVIROSES – O boletim inclui ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Foram confirmados 1.772 casos de Chikungunya, num total de 4.519 notificações da doença no Estado. Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registradas 41 notificações sem nenhum caso confirmado.
Confira o Informe Semanal completo AQUI. Mais informações sobre a dengue estão neste LINK.
Por AEN/PR
Em mais uma ação para o combate a incêndios no Estado, o governador em exercício Darci Piana entregou nesta terça-feira (15), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, uma série de equipamentos para 100 municípios próximos a áreas verdes que poderão ser acionados para atuação rápida. São 175 kits picape, 300 sopradores e mil tanques cisternas equipados com motobomba, com investimento de R$ 22,7 milhões do Governo do Estado.
Piana destacou que os equipamentos são fundamentais para que os municípios possam dar uma pronta resposta em casos de incêndio e estiagem. “São quase R$ 23 milhões de investimentos que o Governo do Estado está fazendo, entregando reservatórios de água, sopradores, tudo para amenizar os problemas causados pelo fogo e pela seca. Além disso, a Defesa Civil preparou 540 pessoas como brigadistas para trabalharem com esses equipamentos em 100 municípios”, afirmou.
O material entregue pelo Governo do Estado permite tanto a ação direta de assistência às localidades com falta de água, quanto para o combate a incêndios, situações típicas quando ocorre diminuição da chuva. “Mais uma vez, o nosso governo está se preocupando com a qualidade de vida da nossa gente, antevendo e amenizando os problemas de incêndios florestais e estiagem que possam impactar os municípios paranaenses”, acrescentou Piana.
A entrega desta terça-feira é uma ação conjunta entre a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e da Defesa Civil Estadual, reforçando as medidas já adotadas em 2024, quando o Paraná sofreu com um grande número de incêndios. No ano passado, foram registrados cerca de 13 mil casos, mais que o dobro das ocorrências de 2023.
Esta é a primeira vez que o Estado realiza um aporte desta magnitude exclusivamente voltado à estruturação preventiva, reforçando o compromisso com a segurança da população e a redução de riscos. A parceria entre Sedest e Defesa Civil possibilitou a capacitação de 540 pessoas de 100 municípios para atuarem como brigadistas em ações de combate a incêndios florestais, e que agora recebem o reforço de equipamentos doados pelo Governo do Paraná.
Também já foram entregues 550 abafadores, 500 rastelos, 300 enxadas, 200 foices, 500 facões, 550 mochilas costais, 500 capacetes, 500 óculos de proteção, 500 luvas de raspa de couro, 500 bandanas, 500 coletes refletivos, 175 kit pick-up e 150 sopradores, que estão distribuídos nos municípios próximos a áreas verdes e que podem ser acionados para atuação rápida. O investimento para a formação e compra desses equipamentos foi de R$ 24 milhões, resultando em um aporte total de R$ 46,7 milhões com as entregas desta terça-feira.
O Governo do Estado também contratou aeronaves especializadas para combate às chamas, que atuaram em, pelo menos, três grandes incêndios. Além disso, foram entregues 10 caminhões ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil, com investimento de R$ 8 milhões; repassados recursos para municípios em situação de emergência por estiagem; contratados de caminhões-pipa; além de promovidas novas capacitações de brigadistas voluntários.
“Nós não podemos perder nenhum centímetro de terra agricultável pelos incêndios, nenhum metro quadrado de floresta ou de área verde. Viver sem destruir é criar sustentabilidade, e é isso que o Governo do Estado está fazendo hoje, treinando mais de 500 brigadistas e nos dando essa quantidade de kits de sustentabilidade”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.
FORÇA-TAREFA – A Força-Tarefa de Combate a Incêndios ofereceu aulas em todas as regiões do Estado, numa parceria entre a Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.
Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig, o conteúdo preparou as turmas para agirem diante de situações de pequeno, médio e grande porte.
“São equipamentos necessários para combate a incêndios, com pessoas treinadas, e essa força-tarefa surgiu justamente com esse objetivo. Treinamos pessoas para estarem presentes nas áreas de preservação permanente, de conservação, locais em que realmente são necessários para que o nosso ecossistema permaneça intacto, oferecendo maior qualidade para a nossa população”, comentou.
O período mais comum de incêndios ainda não começou, mas a entrega deixa tanto o Corpo de Bombeiros quanto os municípios preparados para agirem em caso de necessidade. “Sabemos que vários municípios já sofrem com a estiagem e a falta de água, então, além dos equipamentos para combate a incêndio, também estamos entregando cisternas, para levar naquela comunidade que está sofrendo, no poço que secou, enfim, para atender a comunidade”, finalizou.
O comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, lembrou da importância da força-tarefa e da capacitação para apoio no combate às chamas. “Somente no ano passado atendemos mais de 13 mil ocorrências de incêndios florestais, desde vegetação mais rasas até as maiores no Estado todo. Esses 500 brigadistas capacitados reforçam o efetivo do Corpo de Bombeiros, nos apoiando nesses combates”, salientou.
“Os equipamentos que foram comprados e distribuídos para os municípios e ao Corpo de Bombeiros sem dúvida alguma farão muita diferença. Vamos conseguir executar um trabalho muito melhor do que já foi realizado no ano passado”, complementou.
Para o coordenador da Defesa Civil de São José da Boa Vista, Sérgio Luís Pereira, tanto o treinamento quanto os equipamentos farão grande diferença no atendimento de ocorrências. “Agradecemos ao Governo do Estado, à Defesa Civil, que tiveram esse olhar aos municípios que sofrem com incêndios florestais. A situação climática hoje é indefinida, então será muito importante para nós esses equipamentos”, destacou.
MUNICÍPIOS – Os equipamentos serão destinados aos municípios de Adrianópolis, Agudos do Sul, Amaporã, Almirante Tamandaré, Alto Paraíso, Apucarana, Arapongas, Araucária, Bandeirantes, Balsa Nova, Barbosa Ferraz, Bituruna, Campo Bonito, Cascavel, Cambé, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Candói, Catanduvas, Cerro Azul, Colombo, Contenda, Cruz Machado, Cruzeiro do Iguaçu, Curitiba, Engenheiro Beltrão, Espigão Alto do Iguaçu, Fênix, Fernandes Pinheiro, Foz do Jordão, Guarapuava, Guaratuba, Ibiporã, Inácio Martins, Iporã, Irati, Iretama, Itapejara do Oeste, Ivaí, Ivaté, Ivatuba, Jacarezinho, Jaguariaíva, Jandaia do Sul, Japurá, Lapa, Londrina, Luiziana, Mallet, Mandaguari, Marialva, Marmeleiro, Matelândia, Matinhos, Moreira Sales, Morretes, Nova Prata do Iguaçu, Nova Tebas, Ortigueira, Palmas, Palmeira, Palmital, Palotina, Paranaguá, Pato Branco, Paula Freitas, Paulo Frontin, Pinhão, Piraquara, Pontal do Paraná, Porto Amazonas, Porto Rico, Prudentópolis, Quatiguá, Quinta do Sol, Renascença, Reserva do Iguaçu, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Rio Azul, Rio Branco do Sul, Rolândia, Roncador, Sabáudia, Santa Amélia, São Sebastião da Amoreira, São Jorge do Patrocínio, São José da Boa Vista, São José dos Pinhais, Sengés, Siqueira Campos, Telêmaco Borba, Terra Rica, Terra Roxa, Tibagi, Tijucas do Sul, Três Barras do Paraná, União da Vitória e Vitorino. Mais um município receberá os equipamentos, a ser definido nos próximos dias.
PRESENÇAS – Participaram da entrega dos equipamentos os secretários estaduais João Carlos Ortega (Casa Civil), Hudson Teixeira (Segurança Pública), Santin Roveda (Justiça e Cidadania) e Ulisses Maia (Planejamento); o superintendente-geral de Relações Institucionais da Casa Civil, Renato Adur; o deputado federal Ricardo Barros; os deputados estaduais Batatinha, Evandro Araújo, Gilberto Ribeiro e Moacyr Fadel; o diretor-presidente da Instituto Água e Terra (IAT), Everton Souza, o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro; prefeitos de diversas cidades e demais autoridades.
Por AEN/PR
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta terça-feira (15) para cumprir 37 mandados judiciais contra uma organização criminosa que atua no tráfico interestadual de drogas, utilizando cidades do Sudoeste do Estado como rota para a atividade ilícita. A ação acontece de forma simultânea nas cidades de Francisco Beltrão, Manfrinópolis e Três Barras do Paraná, no Paraná, e Chapecó, em Santa Catarina.
Cerca de 120 policiais civis têm a missão de cumprir 13 mandados de prisão preventiva pelos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, 24 de busca e apreensão, além do sequestro de veículos e bloqueio de contas bancárias dos investigados. A ação tem o apoio aéreo de um helicóptero da PCPR e a atuação de cães de faro para reforçar a eficácia das diligências.
A operação é resultado de uma investigação que teve início em junho de 2023, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu cinco toneladas de maconha em um caminhão na cidade de Francisco Beltrão. Na ocasião, um homem foi preso em flagrante.
A investigação da PCPR identificou que a droga estava relacionada a um grupo criminoso que adquiria entorpecentes em áreas fronteiriças, fazia o transporte até a região Sudoeste e o armazenava provisoriamente em áreas rurais da região. Posteriormente, a droga era distribuída para outros Estados da federação, sendo Santa Catarina o principal destino.
Ao longo dos dois anos de investigação, o grupo movimentou mais de R$ 52 milhões por meio de contas bancárias de familiares e de pessoas jurídicas de empresas atuantes nas áreas de alimentação, entretenimento, produtos de beleza, hotelaria e transporte sediadas na cidade de Francisco Beltrão. Os negócios lícitos eram utilizados como forma de lavagem de dinheiro.
Os criminosos também estão relacionados com uma carga de cinco toneladas de maconha apreendida pela Polícia Civil do Estado de São Paulo escondida em meio a sacos de farinha de trigo em um caminhão e seria entregue em Goiás. No mês de março, um casal, que seria o comprador da maconha, foi preso em Goiânia pela Polícia Civil do Distrito Federal.
No início de abril, uma terceira carga, que incluía 2,8 toneladas de maconha, um fuzil e uma pistola, também foi apreendida pela PRF em Simão Pereira, em Minas Gerais. O carregamento estava sendo transportado em um caminhão pertencente a uma das empresas relacionadas ao grupo criminoso.
A investigação da PCPR também apurou que o chefe da organização, que residia em um prédio de alto padrão naquela cidade, era proprietário de dois estabelecimentos comerciais registrados em nomes de laranjas.
A delegada Franciela Alberton ressalta a atuação para ocultar a origem ilícitas do dinheiro. “Esse casal usava contas bancárias pertencentes a duas pessoas jurídicas distintas para dissimular e movimentar os valores provenientes do tráfico de entorpecentes. A investigação da PCPR apontou que uma destas contas foi usada para pagamento da droga fornecida pela organização criminosa estabelecida em Francisco Beltrão”, afirma.
Por AEN/PR