Os produtores paranaenses encerraram nesta semana o plantio de trigo, que cobre uma área estimada de 833,4 mil hectares. A informação consta no relatório semanal de colheita e cultivo divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Essa extensão representa 27% a menos que os 1,13 mil hectares do ano passado. “As condições estavam excelentes até 25 de junho, porém as geadas impactaram as lavouras em estágios reprodutivos, que se concentravam à época na região Norte”, disse o analista da cultura no Deral, Carlos Hugo Godinho.
No dia 31 de julho o departamento divulga a primeira estimativa de produção de trigo após esse evento climático. Há possibilidade de que esteja abaixo dos 2,7 milhões projetados em julho. Na safra 2023/24 foram produzidas 2,3 milhões de toneladas, enquanto a safra 2022/23 rendeu 3,6 milhões de toneladas de trigo.
Segundo Godinho, o principal indicativo de redução é a análise da condição das lavouras a campo. Atualmente 82% da área estão classificadas como boas, 11% como médias e 7% estão ruins. Antes do frio intenso havia 99% boas e 1% em condição média. “Também já preocupa o grande número de dias sem chuvas na maior parte dos municípios do Estado, sendo as precipitações previstas para os próximos dias aguardadas com muita ansiedade no campo”, afirmou Godinho.
Por - AEN
As temperaturas subiram gradativamente no Paraná na última semana. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), nesta quarta-feira (23), até as 13h, em todo o Estado elas estavam entre 18°C e 29°C.
Por conta do aumento da umidade e do calor, áreas de instabilidade se formarão nesta quinta-feira (24), trazendo chuva para regiões onde não caiu um pingo de água há mais de 20 dias.
Não se trata de uma frente fria seguida de massa de ar frio, como ocorreu várias vezes ao longo do inverno. Desta vez há previsão de chuva fraca a moderada na metade sul do Paraná, do extremo Oeste ao Leste, incluindo a parte sul da região Noroeste. Apenas no Oeste e Sudoeste há possibilidade de incidência de raios, mas sem um acumulado expressivo de chuva.
Não há previsão de temporais, e a temperatura no período da tarde ficará mais baixa do que nos últimos dias. Na sexta (25) ainda pode ter registro de chuva ocasional na madrugada. O tempo seca durante o dia e as temperaturas aumentam. No sábado (26) o tempo permanece seco, mas no domingo (27) o tempo volta a ficar instável em todas as regiões.
“O ar quente e úmido vem da região Amazônica, passando pelo Centro-Oeste na direção do Sul do país, mas não atua de maneira uniforme. Por isso não teremos chuvas persistentes”, ressalta Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
ALÍVIO – Vários municípios estavam sem chuva há um período entre 20 e 24 dias. Passaram por um mês de junho de 2025 com chuvas acima da média, e em julho tiveram pouco ou nenhum acumulado até o momento. A situação muda nesta semana, trazendo um pouco de alívio principalmente no período da tarde, que vinha registrando umidade relativa do ar abaixo de 50% em muitas cidades ao longo do mês.
Em Guaíra choveu 6,2 mm em 26 de junho e teve garoa nos dias 27 e 30 de junho. Depois disso não choveu mais. Em junho de 2025 choveu 114,8 mm e a média histórica é de 78,7 mm. Já em julho a média é de 57,6 mm e ainda não choveu.
Em Jaguariaíva choveu 6,8 mm em 30 de junho e garoou nos dias 1 e 2 de julho. Depois a cidade não registrou chuva nos pluviômetros. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 167,8 mm e a média histórica para o período é de 93,5 mm. Já em julho, a média histórica é de 76,4 mm e até o momento o acumulado não chega nem a 1 mm.
Em Cascavel os últimos registros de chuva foram de 33,4 mm em 26 de junho e apenas 2,6 mm no dia 27. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 242,6 mm e a média histórica para o período é de apenas 124,8 mm. Porém, em julho, a média é de 76,9 mm e ainda não choveu.
Em Guarapuava, os últimos registros de chuva foram de 4,6 mm em 30 de junho, e de garoa nos dias 1 e 2 de julho. Em junho de 2025 choveu na cidade 263,2 mm, e a média histórica para o período é de 159 mm. Já em julho, a média histórica é de 104,1 mm e choveu apenas 1,4 mm até o momento.
As últimas chuvas em Ponta Grossa foram de 6,6 mm em 1 de julho e garoa em 2 de julho. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 123,2 mm, próximo da média histórica para o período que é de 103,2 mm. Já em julho a média é de 89 mm e choveu apenas 7,6 mm.
SEM CHUVA – No Norte do Estado ainda não há previsão de chuva até sexta-feira. Em Londrina, nos dias 21, 22 e 23 de junho os pluviômetros na cidade registraram menos de 7 mm de chuva. Em 26 e 27 de junho houve garoa. Depois destes dias, não choveu mais. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 125,2 mm em Londrina, sendo que a média histórica é de 86 mm. Já em julho, a média é de 68,1 mm e ainda não choveu nada.
Em Apucarana, em 22 de junho, choveu 12,4 mm. No dia 23 teve garoa, nos dias 26 e 27 do mesmo mês choveu menos de 3 mm, e o último registro de chuva na cidade foi novamente de garoa, em 7 de julho. Em todo o mês de junho choveu 95,4 mm e a média histórica é de 81,7 mm. Em julho a média de chuvas é de 74 mm, mas até o momento choveu apenas 1,2 mm.
Em Maringá choveu 9,2 mm em 22 de junho, teve garoa em 23 de junho, e choveu 3 mm no dia 26 e no dia 27 de junho. Depois disso, não choveu mais na cidade. Em todo o mês de junho choveu 154 mm, muito acima da média histórica de 83,3 mm. Em julho, entretanto, a média é de 66,5 mm e neste mês de 2025 ainda não choveu.
“Em julho já é comum registrarmos vários dias sem chuva e o volume médio mensal ser atingido em poucos episódios. Em 2025 tivemos, também, um bloqueio atmosférico no Sul da América do Sul, que impediu que as frentes frias, que ocasionam chuvas nesta época do ano, se formassem na nossa região. Isso favoreceu maior atuação de massas de ar seco”, explica Kneib.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) realizou nesta quarta-feira (23), em Curitiba, a 4ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de 2025.
O encontro reuniu secretários municipais de Saúde de todas as regiões do Estado para pactuar ações estratégicas que impactam diretamente a Atenção Primária, a Assistência Farmacêutica e, especialmente, a ampliação do acesso às cirurgias eletivas por meio do programa Opera Paraná.
Implantado em 2022, o Opera Paraná tem promovido uma verdadeira transformação na saúde pública do Estado, garantindo atendimento a milhares de pessoas que aguardavam por cirurgias eletivas. Entre 2021 e 2024, o número de procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná saltou de 331.787 para 2.079.521 — um crescimento de 526%. Atualmente, o Estado realiza cerca de 2.100 cirurgias por dia, o equivalente a 87,5 por hora.
Esse avanço expressivo foi possível graças a um investimento superior a R$ 1,3 bilhão pelo Governo do Estado, por meio da Sesa. O programa passou por duas fases importantes: a primeira com aporte de R$ 150 milhões, resultando em aumento de 47% no número de cirurgias de 2021 para 2022; e a segunda, com R$ 450,6 milhões, garantindo crescimento adicional de 20% entre 2022 e 2023.
Em março deste ano, durante o evento Saúde em Movimento, em Foz do Iguaçu, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou mais R$ 350 milhões para a terceira fase do programa.
De acordo com o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o programa é exemplo de gestão comprometida com resultados e tem contribuído significativamente para a redução das filas no SUS.
“O Paraná é hoje o estado que mais realiza cirurgias eletivas no país. Nosso programa Opera Paraná é um sucesso e o investimento veio do próprio Governo do Estado, mais de R$ 1 bilhão nos últimos dois anos e meio. Essa é a vontade do governador, eliminar essas filas, dar resposta às pessoas, e nós estamos diminuindo a espera. Seguimos trabalhando, pois ainda temos muito a avançar”, afirmou.
MEDICAMENTOS – Outro ponto de destaque da reunião foi a pactuação do Incentivo à Organização da Assistência Farmacêutica (IOAF) e a redefinição da contrapartida federal do Componente Básico da Assistência Farmacêutica. O novo modelo estabelece repasses que variam entre R$ 8,20 e R$ 9,05 por habitante, somando um total de R$ 95,2 milhões aos 399 municípios paranaenses. Já a contrapartida estadual varia entre R$ 5,80 e R$ 6,90 por habitante, com média de R$ 6,01, totalizando R$ 68,7 milhões.
A maior parte desses recursos é gerida pelo Consórcio Paraná Saúde, responsável pela aquisição de medicamentos para os municípios. A exceção é Curitiba, que executa suas próprias compras com os valores recebidos diretamente em seu Fundo Municipal de Saúde. Esses repasses fortalecem a capacidade das unidades básicas de saúde, garantindo mais regularidade e qualidade na oferta de medicamentos da atenção primária.
Além disso, o incentivo estadual voltado à estruturação da Assistência Farmacêutica nos municípios também tem apresentado crescimento contínuo. Baseado no número de pacientes cadastrados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) atendidos nos municípios, o repasse é destinado ao custeio de ações e aquisição de equipamentos para farmácias e almoxarifados.
Em 2025, o incentivo deve chegar a R$ 26 milhões — um aumento em relação aos R$ 23 milhões repassados em 2024, impulsionado pelo crescimento de 18% no número de pacientes atendidos.
Atualmente, 65% dos usuários do componente especializado — o que representa mais de 533 mil pessoas — já são atendidos diretamente nos municípios, reforçando a importância da descentralização e do fortalecimento da rede local para ampliar o acesso aos medicamentos de maior complexidade.
Durante a reunião, o secretário também ressaltou o papel estratégico da CIB para o fortalecimento do SUS no Paraná.
“Todas as nossas reuniões da Comissão Intergestores Bipartite trazem temas sensíveis, que impactam diretamente na ponta, no município, na Atenção Primária. Por isso, precisamos valorizar esse momento de escuta e construção conjunta. Esse avanço só acontece graças à união de esforços entre os secretários municipais, o Cosems e a Secretaria de Estado. O Governo Ratinho Junior é municipalista, olha para todos os municípios e tem fortalecido a saúde em todo o Estado”, concluiu Beto Preto.
Por - Agência Brasil
Na próxima sexta-feira (25) será celebrado o Dia Mundial da Prevenção dos Afogamentos, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para alertar sobre os riscos de mortes em ambientes aquáticos.
No Brasil, 16 pessoas morrem afogadas por dia, quatro dessas vítimas são crianças, sendo uma delas dentro da própria casa, segundo dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).
O afogamento normalmente ocorre de maneira rápida e pode acontecer em um momento em que a criança esteja sem supervisão. Com apenas dois minutos de submersão uma criança já perde a consciência. Após quatro minutos é possível que tenha danos irreversíveis. Mais da metade (54%) dos óbitos de crianças até 9 anos acontecem em ambientes domésticos em todo o mundo e os afogamentos são a segunda causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos.
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) reforça que, embora a corporação esteja preparada para agir em situações de emergência, a prevenção é uma responsabilidade de todos. Esse cuidado precisa ser feito de maneira redobrada em casas com piscinas, banheiras e cisternas. A circulação de crianças em banheiros, áreas de serviço e quintais com piscinas deve ser observada de perto.
Cuidados essenciais para prevenir afogamentos em casa:
- Supervisione crianças o tempo todo, mesmo em locais aparentemente seguros
- Cercas e portões com tranca devem proteger o acesso às piscinas
- Baldes, bacias, banheiras, caixas-d’água, poços, cisternas e máquinas de lavar devem ser esvaziados após o uso ou mantidos tampados e fora do alcance infantil
- Evite deixar banheiras cheias quando não estiverem em uso
- Oriente sobre os perigos da água, mesmo rasa
- Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso
- Evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água
- Deixe a porta do banheiro e da lavanderia fechada ou trancada por fora e mantenha a tampa do vaso sanitário baixada
- Em caso de emergência, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros: 193
A mensagem do CBMPR para o Dia Mundial da Prevenção dos Afogamentos é clara: mais do que técnicas, o cuidado contínuo é o principal fator de proteção à vida. Redobrar a atenção com crianças e manter o ambiente doméstico seguro pode evitar tragédias silenciosas, mas previsíveis.
Por - Agência Brasil
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta terça-feira (22) a nomeação de mais 604 policiais civis para reforçar o quadro da corporação em todo o Estado.
Serão 484 agentes de polícia judiciária, 40 papiloscopistas e 80 delegados aprovados em concurso público realizado em 2021. O reforço no efetivo consolida o ano de 2025 com a maior contratação da história da Polícia Civil do Paraná (PCPR).
“Nossa Polícia Civil já se destaca pelo alto índice de solução de crimes, o que nos coloca no menor patamar de criminalidade dos últimos anos. Quando assumimos o governo, reorganizamos todas as nossas forças policiais e agora, com esse reforço histórico na Polícia Civil, o objetivo é oferecer ainda mais segurança aos paranaenses, com resposta cada vez mais rápida à criminalidade”, destacou Ratinho Junior.
Em junho, Ratinho Junior anunciou a contratação de 620 policiais civis, sendo que 604 foram nomeados nesta terça-feira e outros 16 devem ser chamados em breve. Os 484 agentes de polícia judiciária serão distribuídos nas regiões de Curitiba e Metropolitana, além do Interior, assim como os 40 papiloscopistas. Já os 80 delegados serão lotados em diversas cidades.
Eles atuarão diretamente na investigação de crimes, lavratura de flagrantes, condução de inquéritos, execução de operações, perícias papiloscópicas e interlocução com o Poder Judiciário. O objetivo é agilizar atendimentos e procedimentos nas centrais de flagrante, distritos, delegacias regionais e especializadas.
“É um momento emblemático para a segurança pública paranaense. A nomeação desses novos policiais civis representa o fortalecimento da investigação criminal, da resposta qualificada ao crime e da presença do Estado em todas as regiões. A atuação do governador Ratinho Junior tem garantido estrutura, valorização e resultado”, reforçou o secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Teixeira.
Para o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach, as novas nomeações vão se refletir em uma maior capacidade de resposta e de investigação. “Trata-se de mais uma entrega concreta para o fortalecimento da Polícia Civil do Paraná. Em termos de resultados, o que visualizamos são mais investigações concluídas, mais crimes solucionados e respostas mais céleres à população”, ressaltou.
O impacto financeiro estimado com as contratações em 2025 é de cerca de R$ 43,9 milhões, sendo que o custo anual será de R$ 108,6 milhões. O investimento é possível graças ao bom momento econômico do Estado que possibilitou que o orçamento da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) quase dobrasse, saindo de R$ 3,8 bilhões para R$ 7 bilhões neste ano.
Os novos policiais devem iniciar o curso de formação na Escola Superior da Polícia Civil em agosto, com previsão de conclusão ainda neste ano para que, então, iniciem o trabalho nas delegacias em dezembro. A lotação de cada servidor será definida apenas ao fim da capacitação.
MAIOR DA HISTÓRIA – Apenas em 2025, o Governo do Paraná já contratou 730 policiais civis, configurando a maior renovação de efetivo da história da PCPR. Todos os novos servidores foram aprovados no concurso público de 2021. Além dos 604 nomeados nesta terça, em janeiro 126 policiais, sendo 106 agentes de polícia judiciária, 12 delegados e oito papiloscopistas policiais tomaram posse, com a formatura deste grupo em maio.
Até então, a maior contratação para a PCPR havia sido em 2022, quando 400 agentes tomaram posse, o que garantiu a presença de delegados em todas as 161 comarcas do Estado. Durante toda a gestão do governador Ratinho Junior, iniciada em 2019, foram incorporados 1.624 novos policiais civis, sendo 1.217 agentes de polícia judiciária, 285 delegados e 122 papiloscopistas.
Por - AEN
A polinização animal contribuiu para, em média, 12,6% do valor da produção agrícola paranaense em 2023, de acordo com os dados do estudo “Contribuição dos Polinizadores para as Produções Agrícola e Extrativista do Brasil", feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo mostrou a importância da polinização feita por animais para a produção brasileira e a evolução deste impacto ao longo dos anos. No caso do Paraná, este índice cresceu acima da média brasileira desde 2018. Ao longo de cinco anos, o Paraná apresentou uma evolução média de 0,33 pontos percentuais, enquanto o crescimento nacional no período foi de 0,27 pontos percentuais.
De acordo com o estudo, cerca de 75% das culturas agrícolas cultivadas no país dependem, em algum grau, da ação de polinizadores como abelhas, aves e morcegos, que contribuem diretamente para o aumento da produtividade, da qualidade dos frutos e da segurança alimentar da população.
A polinização é um processo essencial para a reprodução das plantas com flores, consistindo na transferência do pólen das estruturas masculinas para as femininas da flor, possibilitando a formação de frutos e sementes. Além dos animais, a polinização pode ser feita por meio do vento, da água ou da gravidade.
MUNICÍPIOS - Em 2023, 300 municípios paranaenses tinham mais de 10% dos seus valores de produção agrícola impactados pela ação dos animais polinizadores. Em 2018, 283 municípios estavam nesta situação, o que significa que houve um crescimento de 6% no número de cidades cuja polinização feita por animais impacta em pelo menos um décimo do valor total de produção.
O município com a maior contribuição é Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, com 40,52% do valor médio da produção agrícola dependendo de animais polinizadores. Na sequência estiveram Doutor Ulysses (34,22%), Cerro Azul (32,46%), Morretes (31,94%), Altônia (28,98%), Perobal (21,58%), Matinhos (21,18%), Carlópolis (20,88%) e Campina Grande do Sul (20,64%).
PRODUTIVIDADE – Além dos benefícios ambientais da proteção dos animais envolvidos neste processo, este tipo de polinização também impacta positivamente na produtividade agrícola. A experiência de produtores de soja do Paraná, guiados por pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mostram que a polinização de abelhas pode aumentar em até 13% a produtividade das lavouras de soja.
“Normalmente, uma vagem de soja tem de dois a três grãos. Quando são polinizadas pelas abelhas, as pesquisas mostram que passam a ter até quatro ou cinco. Além disso, os grãos tendem a ser mais pesados”, afirmou o coordenador regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Eduardo Mazzuchelli.
A prática de conciliar a produção do grão com a criação das abelhas tem sido incentivada pelo IDR-Paraná, inclusive como uma forma de diversificação de renda, uma vez que os agricultores também podem comercializar o mel produzido.
“O mel destas colmeias tende a ser mais claro e de difícil cristalização, o que é muito valorizado pela indústria e pelo mercado externo. Com o manejo correto, as colmeias podem produzir também muito mais mel anualmente, saltando de uma produtividade de cerca de 19 quilos para até 50 quilos”, afirmou Mazzuchelli.
SUSTENTABILIDADE - Reconhecendo a importância estratégica dos polinizadores para o desenvolvimento econômico e ambiental, o Governo do Paraná também conduz o projeto Poliniza Paraná, desenvolvido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). A iniciativa consiste na construção de jardins com colmeias para criação de abelhas nativas sem ferrão, promovendo a conservação da biodiversidade por meio da polinização natural.
O projeto, que integra o programa Paraná Mais Verde, tem como objetivo transformar o Paraná em referência nacional na preservação das abelhas nativas, conhecidas como melíponas. As abelhas são responsáveis por aproximadamente 90% da polinização das espécies nativas do bioma da Mata Atlântica e 70% do total das plantas cultivadas utilizadas na alimentação humana.
Lançado em janeiro de 2022, o Poliniza Paraná já conta com 205 meliponários distribuídos por todo o Estado, abrangendo 29 municípios entre parques urbanos e Unidades de Conservação. O programa também foi implementado em pontos estratégicos como os Palácios Iguaçu e das Araucárias, sedes do governo estadual, e a própria Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), em Curitiba.
Por - Agência Brasilo































