O Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), divulgou nesta terça-feira (22) o resultado da 2ª Operação de Combate ao Desmatamento Ilegal da Mata Atlântica no Paraná de 2025.
A força-tarefa ocorreu entre os dias 13 e 20 de julho em 12 municípios das regiões de abrangência dos escritórios de Irati, Guarapuava e Pato Branco.
Ao todo, foram lavrados 164 Autos de Infração Ambiental (AIA), com a aplicação de R$ 4.678.925,57 em multas, um acréscimo de 110% em relação à 1ª Operação, em maio. Houve, ainda, o embargo de uma área de 584,8 hectares, o equivalente a 600 campos de futebol.
Pinhão, no Centro-Sul do Paraná, concentrou 2/3 das infrações, com 109 ocorrências. Na sequência aparecem Inácio Martins (20), Porto Barreiro (7) e Virmond (7), também na região. Candói, Cantagalo, Coronel Domingos Soares, Goioxim, Guarapuava, Mangueirinha, Palmas e Reserva do Iguaçu completam a lista.
“Essa é mais uma demonstração do poder de vigilância do IAT, por meio dos nossos agentes fiscais, que estão espalhados por todo o Paraná, mas principalmente nas áreas com grandes remanescentes de Mata Atlântica”, destacou o gerente de Monitoramento e Fiscalização do Instituto, Álvaro Cesar de Goes.
A ação contou com a participação de 22 servidores dos núcleos do IAT em Cianorte, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Francisco Beltrão, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa, Umuarama e União da Vitória, além da técnicos da Divisão de Fiscalização Ambiental (DFI) e do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI), ambos de Curitiba. Houve apoio também de drones e do helicóptero do Centro de Operações Aéreas (COA) do Instituto.
“Estamos muito atentos e, com amparo da tecnologia, vamos pegar quem insiste em cometer crime ambiental. Novas operações vão ocorrer até o fim deste ano em diversas regiões do Estado”, afirmou Goes.
QUEDA NO DESMATAMENTO – A mais recente edição do Relatório Anual do Desmatamento (RAD) no Brasil, divulgada em maio pelo MapBiomas, uma iniciativa multi-institucional envolvendo universidades, ONGs e empresas de tecnologia, apontou a redução de 64,9% do desmatamento ilegal da Mata Atlântica no Paraná. De acordo com o material, a área de supressão vegetal do bioma diminuiu de 1.230 hectares em 2023 para 432 hectares em 2024. Em quatro anos, entre 2021 a 2024, a queda foi de 95%.
Em 2025 os números estão nessa regra. De acordo com dados do IAT, houve diminuição de 35,6% na ocorrência de crimes ambientais contra a flora no primeiro semestre de 2025 no Paraná.
“São os frutos de uma política ambiental firme e eficaz. O Paraná registra expressiva queda nos crimes contra a flora, com menos desmatamento, menos infrações e mais respeito à Mãe Natureza. É o zelo ambiental em ação, com tecnologia, fiscalização e amor às nossas matas", ressaltou o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.
CRIME – Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.
O valor arrecadado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000.
COMO AJUDAR – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna silvestres. O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão.
No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível no Fale Conosco, ou nos escritórios regionais. É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.
Por -AEN
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) reforça o alerta para os riscos de afogamento em piscinas mesmo fora da temporada de verão.
O recado vem no contexto do Dia Mundial de Prevenção de Afogamentos, celebrado em 25 de julho, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para chamar atenção global sobre o tema.
Embora o frio reduza o uso recreativo das piscinas, elas continuam presentes em academias, clubes, escolas e residências, o que exige atenção redobrada de pais, responsáveis e profissionais da área.
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 16 pessoas morrem afogadas por dia no Brasil, sendo quatro delas crianças e duas adolescentes. Entre as crianças de 1 a 9 anos, mais da metade dos casos acontece em ambientes domésticos, com destaque para as piscinas. Outro dado preocupante é que a maioria das vítimas com idade entre 4 e 12 anos sabia nadar, o que reforça a importância da supervisão constante independentemente do nível de habilidade aquática.
O CBMPR alerta que boias de braço não são suficientes para evitar afogamentos, além de muitas vezes passarem uma falsa sensação de segurança. Por isso, é essencial manter a vigilância ativa sobre crianças o tempo todo, evitando deixar brinquedos próximos à água, desligando bombas e filtros durante o uso da piscina, e garantindo que o local tenha barreiras de proteção como grades ou portões com travas.
No caso de piscinas públicas, é fundamental ainda a presença de guarda-vidas qualificados. Outro fator que deve ser observado pelos responsáveis é existência de dispositivos de segurança, especialmente de sistemas antiaprisionamento nas bombas de sucção – os mecanismos instalados no sistema de sucção das piscinas evitam que as pessoas se afoguem ao ficarem presas no fundo da piscina pelos cabelos, roupas, braços ou pernas.
Outro ponto crítico é a conduta em situações de emergência. Entrar na água para tentar salvar alguém sem ter o preparo técnico adequado pode gerar uma segunda vítima.
A campanha de prevenção promovida pelo CBMPR reforça que o afogamento é uma tragédia silenciosa, que pode ser evitada com informação, atenção e atitudes simples. Assim como nas cachoeiras, rios e lagos, onde 76% das mortes por afogamento ocorrem, o ambiente aparentemente seguro de uma piscina também pode esconder perigos letais – sobretudo para os mais vulneráveis.
Confira as principais recomendações de segurança em piscinas:
– Nunca deixe crianças sozinhas, mesmo que saibam nadar
– Evite o uso de boias de braço, que não são equipamentos de segurança
– Mantenha brinquedos afastados da borda da piscina para não atrair os pequenos
– Desligue bombas e filtros durante o uso para evitar acidentes com sucção
– Instale grades, cercas ou portões com trava em piscinas residenciais
– Verifique se há dispositivos de segurança contra aprisionamento nas bombas
– Exija a presença de guarda-vidas qualificados em piscinas públicas
– Não tente realizar salvamentos sem preparo técnico
– Em caso de emergência, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193
Por - AEN
Com as temperaturas mais baixas e os dias de frio intenso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça o alerta para os cuidados com a saúde das pessoas idosas.
Esse público, mais vulnerável ao frio, exige atenção especial devido à menor capacidade de regulação da temperatura corporal e à presença de doenças crônicas, que podem ser agravadas nessa estação.
Entre os principais riscos estão as doenças cardiovasculares, como infarto, acidente vascular cerebral e dores ou desconforto no peito (angina), já que o frio provoca a contração dos vasos sanguíneos e sobrecarrega o coração. Além disso, doenças respiratórias como gripe, resfriado e Covid-19 tendem a se disseminar com mais facilidade em ambientes fechados e entre pessoas com imunidade reduzida. Condições como pneumonia, bronquite e asma também são agravadas durante o inverno, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue sendo um fator de preocupação.
Outro risco importante é a hipotermia, caracterizada pela queda da temperatura corporal abaixo de 35°C. Em pessoas idosas, essa condição pode indicar infecções ocultas, como pneumonia ou infecção urinária, e requer atenção médica imediata. Também há aumento da incidência de dores crônicas, ressecamento da pele e outros problemas dermatológicos, todos agravados pela exposição prolongada ao frio.
Para prevenir complicações, a Sesa orienta sobre a importância de medidas simples, como o uso de roupas adequadas em camadas, proteção das extremidades com luvas e meias de lã, manutenção de ambientes aquecidos e ventilados, hidratação frequente e alimentação balanceada. É fundamental evitar o consumo excessivo de alimentos calóricos e gordurosos, manter uma boa higiene pessoal e promover atividades físicas leves em locais protegidos do frio, o que também contribui para o bem-estar emocional.
Nas Instituições de Longa Permanência para Pessoas Idosas (ILPIs), os cuidados devem ser ainda mais rigorosos. É essencial manter protocolos de biossegurança, como higienização frequente das mãos, uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs), monitoramento constante de sintomas entre residentes e trabalhadores, controle rigoroso das visitas, atualização da vacinação e capacitação contínua da equipe multiprofissional.
A articulação entre as ILPIs e a Atenção Primária à Saúde (APS) também é fundamental para garantir cuidado integral e monitoramento clínico em rede.
A vacinação é outro ponto-chave para um inverno saudável. A imunização contra a gripe (influenza) e a Covid-19 reduz significativamente os casos graves e a mortalidade, além de diminuir o risco de infarto e outras complicações cardiovasculares. No entanto, a cobertura vacinal da população idosa no Paraná ainda é baixa: apenas 55% se vacinaram contra a gripe até o momento, enquanto a meta do Ministério da Saúde (MS) é de 90% para os grupos prioritários. As vacinas estão disponíveis gratuitamente em todas as unidades de saúde do Estado.
“Proteger a saúde da pessoa idosa durante o inverno é um dever coletivo. São ações que envolvem o cuidado individual, o apoio das famílias, o trabalho dos profissionais de saúde e a atuação das políticas públicas”, alerta o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Vacinação, ambientes adequados, alimentação saudável, atenção médica e cuidado humanizado são fundamentais para que as pessoas idosas vivam esse período com segurança, dignidade e qualidade de vida”.
Por -AEN
O Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, 22 de julho, foi instituído pela Lei 19.873/2019, sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, e simboliza um esforço conjunto de diversas esferas da sociedade na proteção às mulheres, incluindo as forças de segurança e as várias ações do Governo do Estado. A data foi escolhida em referência à morte da advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava e, além da lembrança, é um dia de mobilização.
“No Paraná, o combate ao feminicídio é tratado de forma ampla e integrada entre as forças de segurança, das Delegacias da Mulher aos atendimentos diários da Polícia Militar. Nesse contexto, em 2024, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) criou o Programa Mulher Segura, que traz uma série de ações para coibir crimes praticados contra mulheres. Neste ano, ele foi expandido a todos os 399 municípios paranaenses. Queremos continuar atuando de maneira muito séria e estratégica nessa área”, ressalta o secretário da Segurança Pública, Hudson Teixeira.
O Programa Mulher Segura tem por objetivo o enfrentamento aos diversos tipos de violências de gênero contra a mulher, tais como o feminicídio, estupro e outras modalidades de violência doméstica, com ações de prevenção. O programa trabalha com dois segmentos: o Mulher Segura e o De Homem Para Homem. O primeiro é voltado para mulheres e o segundo para os homens, buscando o engajamento deles no combate à violência de gênero.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR), como parte integrante deste trabalho, atua na investigação e esclarecimento dos crimes. As delegacias da PCPR estão plenamente preparadas para apurar as ocorrências de feminicídios ou casos de violência contra a mulher. Nos últimos anos, os índices de solução de feminicídios seguem em torno de 100%.
Para Luciana Novaes, delegada-chefe da Divisão de Polícia Especializada, o número reflete mais do que o trabalho comprometido das equipes policiais, pois elucidar crimes significa também combater. “Isso é uma resposta aos agressores. Estes crimes não passarão em branco. Enquanto houver feminicídio, haverá uma Polícia Civil preparada para investigar, identificar autores e levá-los até a justiça.”
A PCPR também promove de ações educativas e conta com salas de atendimento especializado a mulheres nas delegacias, as chamadas “salas de acolhimento”. O objetivo é evitar que o feminicídio aconteça e difundir conhecimentos para que elas reconheçam o que é a violência e saibam como procurar ajuda.
O trabalho de combate à violência doméstica no Paraná também é realizado de forma ostensiva e estratégica por meio da Patrulha Maria da Penha, um programa consolidado da Polícia Militar (PMPR). Indo muito além do atendimento emergencial, o serviço se tornou uma peça-chave na proteção de mulheres, atuando diretamente para quebrar o ciclo da violência com uma abordagem dupla: de um lado, um olhar humano e acolhedor para a vítima; do outro, a mão firme da lei sobre o agressor.
O atendimento da Patrulha é iniciado após o registro oficial da violência, seja por um Boletim de Ocorrência, uma denúncia anônima pelo Disque 181 ou por encaminhamento direto do Poder Judiciário. O acompanhamento ocorre com visitas periódicas, que representam a presença do Estado na segurança da mulher. A partir da concessão de uma Medida Protetiva de Urgência (MPU), as equipes especializadas também entram em ação, analisando o risco de cada caso e incluindo a vítima em um programa de acompanhamento.
O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Jefferson Silva, reforça a filosofia do programa. "A Patrulha Maria da Penha personifica o equilíbrio da nossa missão, que é estender a mão com empatia e acolhimento à vítima ao mesmo tempo em que aplicamos a força da lei com rigor sobre o agressor. Não se trata apenas de reagir à violência, mas de preveni-la ativamente, fiscalizando as medidas protetivas e deixando claro que a impunidade não tem espaço no Paraná. Cada visita é um ato de proteção à vida e de reafirmação da dignidade", conclui.
Durante a visita à vítima, as equipes compostas por policiais, homens e mulheres com capacitação em escuta qualificada e abordagem sensível, oferecem orientação sobre seus direitos, informam sobre a rede de apoio do município e estabelecem um canal de confiança, mostrando que ela não está desamparada. O objetivo é fortalecer sua autonomia e garantir que tenha as ferramentas para seguir em frente com segurança. Vale ressaltar que o agressor também é acompanhado e passa por visitas.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, muitas vezes a mulher precisa de apoio, além da fiscalização, como acolhimento no hospital ou busca de um local seguro para ficar. A PMPR tem integração com fundações sociais, CREAS, Ministério Público, prefeitura e até outros batalhões, porque o zelo pela vida dessas mulheres exige articulação.
A instituição orienta que em situações de urgência a vítima ligue para o 190, destacando a importância das denúncias anônimas, incentivando vizinhos e familiares a não se omitirem diante de sinais de agressão.
TECNOLOGIA – Outro destaque é a monitoração de possíveis agressores de mulheres que tenham medida protetiva e usem tornozeleiras. O equipamento dará um sinal para um celular da mulher sob possível ameaça e ao mesmo tempo alertará a Polícia Militar. Esse programa foi lançado pelo Governo do Paraná através da Sesp, com investimento de R$ 4,8 milhões por parte do Estado e está em fase de implantação.
A ação faz parte do Mulher Segura e conta com uma atuação especial da Polícia Penal do Paraná (PPPR). A primeira etapa terá como piloto as cidades de Curitiba (nos primeiros seis meses) e, na sequência, Foz do Iguaçu, no Oeste, com o restante do Estado incluído após o primeiro ano do projeto.
CAMINHADA – Neste 22 de julho acontece a Caminhada do Meio-Dia, uma mobilização promovida pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). O evento está em sua 3ª edição e ocorrerá simultaneamente em 179 municípios do Paraná com o objetivo de sensibilizar a sociedade para o enfrentamento da violência contra a mulher. Em Curitiba, a concentração é na Praça Santos Andrade, com saída ao meio-dia rumo à Boca Maldita (Praça Osório).
CANAIS – Além do 190, que é utilizado para quando o fato está ocorrendo, as vítimas podem recorrer ao telefone 181 para denunciar anonimamente a violência. A PCPR conta ainda com fone 197 para denúncias.
O Boletim de Ocorrência pode ser registrado na delegacia mais próxima ou via internet, no portal da PCPR (www.policiacivil.pr.gov.br/BO). No registro presencial, a equipe vai colher todas as informações do crime e, dependendo do caso, poderá ser solicitada uma medida protetiva, que vai determinar o afastamento do agressor do convívio da mulher. O registro online pode ser feito em casos de lesão corporal (violência doméstica), ameaça, injúria, calúnia, difamação e contravenção de vias de fato cometidos contra a mulher, nos termos da Lei Maria da Penha.
- Disque-denúncia 181 | 181.pr.gov.br/
- Programa Mulher Segura Paraná | seguranca.pr.gov.br/Mulher-Segura
- Patrulha Maria da Penha | pmpr.pr.gov.br/Pagina/Patrulha-Maria-da-Penha
- Ampara | ampara.defensoriapublica.pr.def.br/
- Violência contra a Mulher | policiacivil.pr.gov.br/mulher
Confira os sinais de alerta:
- Ciúme excessivo e possessividade
- Controle sobre a vítima
- Isolamento da vítima de amigos e familiares
- Explosões de raiva e comportamento agressivo
- Desvalorização e humilhação
- Nunca assumir a culpa. Sempre atribuir essa culpa para a vítima
- Ameaçar e intimidar
- Minimizar ou negar comportamentos abusivos
- Histórico de relacionamentos abusivos
- Controle financeiro
- Todos esses elementos ficam mais graves em caso de uso/abuso de álcool e drogas
por -AEN
A circulação do vírus Influenza A continua em queda no Paraná, de acordo com dados atualizados nesta segunda-feira (21) pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
A taxa de detecção do vírus, que era de 21,24% há duas semanas, caiu para 12,47% na última análise. O dado sinaliza um importante recuo da doença no Estado, atribuído principalmente à boa adesão da população à vacinação contra a gripe.
O Paraná já recebeu e distribuiu 4.358.000 doses de vacinas para os 399 municípios. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Estado atualmente é o segundo da Federação com maior cobertura vacinal para grupos prioritários, com 52,32%. Até o momento, foram aplicadas 3.503.345 doses de vacina nos paranaenses.
A Sesa realizou um levantamento com os 399 municípios nesta segunda-feira e as unidades informaram que possuem cerca de 237,3 mil doses disponíveis. A diferença entre o dado do painel e o número de vacinas disponíveis nos estoques pode estar relacionada com o tempo entre a aplicação e a inserção das informações no sistema. Devido à grande adesão à vacinação, a Sesa solicitou reiteradamente mais doses ao governo federal, mas o Ministério da Saúde informou que não fará novo envio de doses ao Paraná.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a redução da circulação viral é reflexo direto da imunização. “Essa diminuição nos casos de Influenza é resultado da vacinação em massa. Já aplicamos mais de 3,5 milhões de doses da vacina neste ano e seguimos incentivando a população a se imunizar, especialmente os grupos prioritários. Não queremos que sobre nenhuma vacina nos estoques, vacina boa é vacina no braço”, afirma.
Com a queda da Influenza, foi notada uma tendência de maior circulação de outros vírus. O rinovírus (causador do resfriado), por exemplo, agora é o mais frequente, representando 27,54% das amostras colhidas pelo Lacen, uma elevação em relação aos 20,03% da semana anterior. Já o vírus sincicial respiratório (RSV) se mantém em patamar elevado, com 25,05% de frequência, mas com leve tendência de queda.
“O cenário está mudando. A Influenza perde força e outros vírus respiratórios, como o rinovírus e o RSV, ganham espaço. Por isso, manter as medidas de prevenção continua fundamental”, destaca o secretário.
Em 2025, o Paraná já registrou 18.292 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), com 1.058 óbitos. Destes, 2.895 casos e 331 óbitos foram confirmados como decorrentes da Influenza. Entre as faixas etárias mais afetadas pelas SRAGs em geral, destacam-se crianças de até seis anos (5.467 casos confirmados) e idosos com mais de 60 anos (6.556 casos), grupo que também concentra o maior número de óbitos, com 776 registros.
Por - AEN
Água segura. Esta é a premissa que baseia todas as atividades na operação dos sistemas de abastecimento de água da Sanepar, desde a captação nos rios, lagos e aquíferos, passando pelo tratamento, com análises de hora em hora, até a distribuição da água.
O trabalho de monitoramento do ciclo completo do processo de abastecimento é realizado na Sanepar desde 2021, com ações qualitativas e quantitativas. Atualmente o Programa Água Segura (PSA) abrange os 643 sistemas de abastecimento operados pela Sanepar. O programa direciona a definição e a manutenção de estruturas de tratamento compatíveis com as necessidades de cada local, planejamento de ações de manutenção das redes e reservatórios de distribuição de água e de treinamento e capacitação de profissionais.
Com ferramentas, procedimentos e normativas, o PSA da Sanepar visa atender a Portaria 888/2021 do Ministério da Saúde (MS), metodologia da Organização Mundial da Saúde (OMS) e norma ABNT 17.080 de 02/02/2023. “Água segura é uma ideia tão elementar que todos nossos operadores estão preparados para atuar na manutenção da qualidade da água captada”, explica o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.
A consolidação dos procedimentos se dá pelo PSA como uma estratégia para mitigar riscos nos sistemas de abastecimento. “Temos um elevado rigor quando se trata de disponibilizar água para os nossos clientes. Atendemos 100% da legislação, monitorando o processo desde as fontes de onde retiramos a água até os cavaletes das residências, com análises de conformidade em modernos laboratórios da Sanepar”, diz Bley. “É um trabalho ininterrupto, pois é imprescindível para a saúde pública”.
A partir da capacitação e treinamento do programa os técnicos dos sistemas dominam as medidas de controle para reduzir ou eliminar riscos, além de facilitar a verificação da eficiência da gestão preventiva.
“Para além do que fazemos internamente, o Programa Água Segura prevê convênios e parcerias com diferentes instituições relacionados à proteção, recuperação e conservação de áreas de mananciais”, pondera a gerente de Recursos Hídricos da Companhia, Ester Mendes. “É assim que mantemos parcerias com o Simepar e Tecpar, por exemplo, para o monitoramento e alerta para situações de secas, cheias, segurança de barragens e qualidade ambiental dos mananciais, bem como para mapeamento, avaliação e gerenciamento de riscos relacionados à qualidade das águas”.
“Isto tudo tendo em vista que os mananciais de abastecimento são ocupados por diversas atividades, com usos múltiplos de suas águas, o que geram impactos nas águas de captação”, complementa Ester.
PARADAS EMERGENCIAIS – O gerente geral da Sanepar na Região Nordeste, Antônio Gil Gameiro, menciona que já vivenciou algumas situações de paradas emergenciais por alterações na água de mananciais. Acidentes com caminhões de óleo em rodovias, além da proliferação de algas e despejos irregulares diversos, em razão dos múltiplos usos dos mananciais.
Ele explica que, se existe algum risco no processo, a captação é interrompida. São feitas análises necessárias para identificar que tipo de elemento está presente na água, além de uma equipe que percorre o rio visando detectar a origem do lançamento. Os sistemas ficam parados até a garantia, através das análises de água, de que a água bruta captada está oferecendo segurança para o tratamento. “Isso é um procedimento de segurança da Sanepar, de fazer isto todas as vezes que existe este risco”, explica.
Gameiro exemplifica a questão com uma ocorrência recente no Ribeirão Alambari, fonte de abastecimento da cidade de Cambará. “Quando nós detectamos que havia uma alteração, imediatamente nós suspendemos a captação, fizemos as coletas, as verificações, identificamos um ponto de lançamento e fizemos todas as análises”, conta.
“Verificamos que, neste caso, não era um produto que causava mal à saúde. Verificamos a sua origem, acionamos o órgão de defesa do meio ambiente”, diz o gerente geral. A situação foi um despejo acidental de uma indústria de tintas, que providenciou toda a limpeza do manancial. O processo foi devidamente acompanhado por técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) junto com a Sanepar.
“Após toda a garantia dos resultados, retomamos a captação em regime normal”, destaca Gameiro. Segundo ele, a cidade não sofreu desabastecimento, pois o sistema é composto por outras fontes e, com apenas um dia de paralisação da fonte principal, foi possível dar suporte à distribuição de água com o auxílio de caminhões-pipa, completando os reservatórios.
Por- AEN



















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