A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) emitiu nesta sexta-feira (27) um alerta sobre o aumento significativo de casos e óbitos provocados pela doença meningocócica. O comunicado foi enviado às 22 Regionais de Saúde, responsáveis por orientar os 399 municípios sobre medidas de prevenção, vigilância e assistência.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre janeiro e 21 de junho de 2025 (Semana Epidemiológica 25), foram registrados 22 casos confirmados e seis óbitos pela doença. No mesmo período do ano passado, foram 11 casos e nenhum óbito. Em todo o ano de 2024, o Estado contabilizou 33 casos e quatro mortes.
Os casos desse ano foram registrados em Ponta Grossa (4), Curitiba (3), Paranaguá, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Araucária, General Carneiro, Palmas, São Jorge D Oeste, Cascavel, Três Barras, Céu Azul, Cianorte, Apucarana, Londrina, Wenceslau Braz e Jacarezinho.
As mortes de 2025 ocorreram nos municípios de Ponta Grossa (dois homens, de 2 e 59 anos), Curitiba (homem de 32 anos), São Jorge D’Oeste (mulher de 48 anos), Céu Azul (mulher de 49 anos) e Wenceslau Braz (homem de 84 anos). Entre os óbitos, dois foram provocados pelo sorogrupo C, dois pelo sorogrupo B e dois não foi possível realizar a identificação do surogrupo.
A doença meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis e pode provocar quadros graves como meningite e meningococcemia. Por seu alto potencial de transmissão, letalidade e gravidade das sequelas especialmente em crianças, é considerada um problema de saúde pública.
“A vacinação é a principal ferramenta para prevenir as formas mais graves da meningite. Quem passou por isso na família sabe a dificuldade que é tratar, por isso contamos com todas as famílias do Paraná para darmos essa demonstração de ciência, saúde e vida, vacinando as nossas crianças e protegendo ainda mais a população paranaense”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina meningocócica C (conjugada) para crianças a partir de três meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A partir de julho de 2025, o reforço aplicado aos 12 meses de idade passará a ser feito com a vacina meningocócica ACWY, que amplia a proteção também contra os sorogrupos A, W e Y, conforme já confirmado pela Sesa.
Em 2024, a cobertura vacinal no Estado foi de 91,56% na primeira dose (menores de 1 ano) e de 92,94% na dose de reforço (12 meses), abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.
Além da vacinação, a secretaria orienta que a população adote medidas de prevenção, como manter ambientes bem ventilados, higienizar frequentemente as mãos, evitar aglomerações em locais fechados e não compartilhar objetos de uso pessoal. Também é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas da doença — como febre, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental e erupções cutâneas (petéquias) — e procure imediatamente um serviço de saúde ao primeiro sinal de alerta.
Para os profissionais de saúde, a recomendação é redobrar a atenção para o diagnóstico precoce e adoção imediata de medidas de isolamento e tratamento, além da notificação obrigatória de casos suspeitos ou confirmados em até 24 horas. A Sesa também reforça a necessidade de coleta de amostras clínicas adequadas e a avaliação de contatos com casos suspeitos para possível quimioprofilaxia, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) emitiu nesta sexta-feira (27) um alerta sobre o aumento significativo de casos e óbitos provocados pela doença meningocócica. O comunicado foi enviado às 22 Regionais de Saúde, responsáveis por orientar os 399 municípios sobre medidas de prevenção, vigilância e assistência.
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre janeiro e 21 de junho de 2025 (Semana Epidemiológica 25), foram registrados 22 casos confirmados e seis óbitos pela doença. No mesmo período do ano passado, foram 11 casos e nenhum óbito. Em todo o ano de 2024, o Estado contabilizou 33 casos e quatro mortes.
Os casos desse ano foram registrados em Ponta Grossa (4), Curitiba (3), Paranaguá, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Araucária, General Carneiro, Palmas, São Jorge D Oeste, Cascavel, Três Barras, Céu Azul, Cianorte, Apucarana, Londrina, Wenceslau Braz e Jacarezinho.
As mortes de 2025 ocorreram nos municípios de Ponta Grossa (dois homens, de 2 e 59 anos), Curitiba (homem de 32 anos), São Jorge D’Oeste (mulher de 48 anos), Céu Azul (mulher de 49 anos) e Wenceslau Braz (homem de 84 anos). Entre os óbitos, dois foram provocados pelo sorogrupo C, dois pelo sorogrupo B e dois não foi possível realizar a identificação do surogrupo.
A doença meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis e pode provocar quadros graves como meningite e meningococcemia. Por seu alto potencial de transmissão, letalidade e gravidade das sequelas especialmente em crianças, é considerada um problema de saúde pública.
“A vacinação é a principal ferramenta para prevenir as formas mais graves da meningite. Quem passou por isso na família sabe a dificuldade que é tratar, por isso contamos com todas as famílias do Paraná para darmos essa demonstração de ciência, saúde e vida, vacinando as nossas crianças e protegendo ainda mais a população paranaense”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina meningocócica C (conjugada) para crianças a partir de três meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A partir de julho de 2025, o reforço aplicado aos 12 meses de idade passará a ser feito com a vacina meningocócica ACWY, que amplia a proteção também contra os sorogrupos A, W e Y, conforme já confirmado pela Sesa.
Em 2024, a cobertura vacinal no Estado foi de 91,56% na primeira dose (menores de 1 ano) e de 92,94% na dose de reforço (12 meses), abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.
Além da vacinação, a secretaria orienta que a população adote medidas de prevenção, como manter ambientes bem ventilados, higienizar frequentemente as mãos, evitar aglomerações em locais fechados e não compartilhar objetos de uso pessoal. Também é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas da doença — como febre, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental e erupções cutâneas (petéquias) — e procure imediatamente um serviço de saúde ao primeiro sinal de alerta.
Para os profissionais de saúde, a recomendação é redobrar a atenção para o diagnóstico precoce e adoção imediata de medidas de isolamento e tratamento, além da notificação obrigatória de casos suspeitos ou confirmados em até 24 horas. A Sesa também reforça a necessidade de coleta de amostras clínicas adequadas e a avaliação de contatos com casos suspeitos para possível quimioprofilaxia, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.
Por - AEN
Após uma semana de recordes de temperaturas mínimas por todo o Paraná e registro de geadas até mesmo no Litoral, a chuva que chegou na quinta-feira (26) se mantém no fim de semana e, no domingo (29), uma nova frente fria se aproxima, trazendo temporais para várias regiões paranaenses.
Nesta sexta (27) a nebulosidade segue presente por todo o Estado e estão previstas chuvas leves ocasionais na metade Sul do Paraná. Já na metade Norte há possibilidade de chuva moderada com presença de raios, e temperaturas máximas de até 28°C. No sábado, quem mora no Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do Paraná pode encontrar temporais isolados. No Leste e Sul da região Noroeste também pode chover à tarde, com menos intensidade.
Já quem estará nas regiões dos Campos Gerais e demais áreas da faixa Norte, terá um sábado agradável, com predomínio de sol. Não há previsão de mínimas abaixo de 10°C em nenhuma região do Estado, e as máximas no sábado (28) também podem chegar a 28°C no Noroeste.
“Temos uma situação de instabilidade, um sistema quente, que desce nesta sexta a partir do Noroeste da região do Mato Grosso do Sul, e se projeta em direção ao Rio Grande do Sul. Vai chover um pouco mais lá nesses dias, principalmente no sábado, na altura do Rio Grande do Sul”, explica Fernando Mendes, meteorologista do Simepar.
No Paraná, as instabilidades voltam como frente fria no domingo. Os temporais começarão entre as regiões Oeste e Sudoeste, mas também chegam ao Centro-Sul e Campos Gerais.
“Uma nova massa de ar mais frio começa a se projetar pelo Centro-sul da Argentina, na altura do Uruguai. Teremos um pouco mais de chuva no domingo, associado ao deslocamento de uma frente fria que não promete ser tão intensa, mas pode causar algumas situações de rajada de vento mais fortes especialmente em porções mais ao Sul, Sudoeste e Campos Gerais”, ressalta Mendes.
O acumulado de chuva mais expressivo entre esta sexta-feira e o início da próxima semana deve ficar principalmente no setor Oeste, com até 40 milímetros nos pontos com temporais mais expressivos. No Centro e no Leste, a chuva não deve passar de 20 milímetros. No domingo a temperatura pode chegar a 28°C também no Litoral.
Após a passagem da frente fria, na próxima semana as temperaturas devem cair novamente – mas o frio não será tão intenso quanto nesta semana. As mínimas previstas são de aproximadamente 5°C na região Sul.
CONDENSAÇÃO – Depois de uma terça e uma quarta-feira com tempo seco e temperaturas negativas em praticamente todo o Estado, a quinta foi de muita chuva no Paraná e as temperaturas se elevaram um pouco. Cruzeiro do Iguaçu registrou 141,2 mm de chuva e Candói, 90,8mm.
Com essa mudança brusca do tempo, moradores de várias cidades do Norte, Nordeste, Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba perceberam um fenômeno diferente dentro de casa: as paredes e pisos parecem “suar”. Em Ponta Grossa, onde o fenômeno foi intenso em muitas casas nesta sexta-feira, o salto de temperatura foi visível: a mínima foi de -2.3°C na quarta, de 7.9°C na quinta e chegou a 15,5°C na sexta.
“O que ocorre é que nós tivemos uma massa de ar frio muito intensa. Então, houve uma diminuição da temperatura desses materiais das paredes e pisos. Elas estão mais frias. E, como voltou a ter mais umidade no ar, ocorre um processo de condensação, ou seja, o ar quente e úmido entra na casa e condensa o vapor d’água das superfícies mais frias”, explica Mendes.
SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas atmosféricas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até incêndios e secas.
Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.
Por - AEN
Início da cobrança tarifária, nas seis praças localizadas na BR-277, acontece às 0h deste sábado (28)
A EPR Iguaçu, concessionária responsável pela gestão de 662 quilômetros de rodovias nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, informa os usuários sobre as formas de pagamento das tarifas que estarão disponíveis nas praças de pedágio que iniciam a cobrança no próximo sábado, 28 de junho.
Novas possibilidades de pagamento, além do tradicional dinheiro, estarão disponíveis, com o objetivo de tornar a viagem mais ágil e segura. “Nossas cabines aceitam pagamento em dinheiro e cartões de débito ou crédito, de todas as bandeiras, e nas modalidades de inserção ou aproximação. Essa variedade garante que o usuário tenha facilidade no momento de realizar o pagamento e possa seguir viagem rapidamente”, destaca o diretor-executivo da EPR Iguaçu, Silvio Caldas.
Pagamento com tag e descontos
Além do pagamento nas cabines, os usuários também podem optar pela instalação da tag, que permite a cobrança automática e garante benefícios tarifários como o DBT (Desconto Básico de Tarifa) e o DUF (Desconto para Usuários Frequentes).
“Está é uma inovação que permite que as tarifas fiquem mais acessíveis, principalmente para os usuários que utilizam a rodovia com maior frequência. Todos os veículos com tag, independentemente da categoria ou da quantidade de viagens, recebem automaticamente 5% de desconto do DBT. O DUF é um desconto cumulativo e progressivo, para veículos leves e que beneficia os usuários que utilizam com frequência a mesma praça de pedágio, no mesmo sentido, dentro do mesmo mês. Os descontos são distintos em cada praça, podendo chegar a quase 98%”, explica o diretor-presidente do Núcleo EPR Paraná, Marcos Moreira.
Para o usuário visualizar de forma concreta o DUF, a EPR Iguaçu disponibiliza uma calculadora (epriguacu.com.br/calculadora-duf) em que ele pode inserir a praça de pedágio utilizada e o número de viagens previstas para o mês. Automaticamente será calculado o valor a ser pago na última passagem e a média do valor mensal.
As tarifas variam de acordo com cada praça de pedágio, os valores podem ser consultados na tabela em anexo ou no site epriguacu.com.br/tarifas.
Como adquirir a tag
A tag é um chip adesivo instalado no vidro dianteiro do carro para fazer pagamentos de forma automática. A cada passagem a cancela se abre automaticamente e o valor da tarifa é cobrado por meio de fatura. Ela não é fornecida nem comercializada pela EPR Iguaçu. Da mesma forma, não é necessário cadastro junto à concessionária. O usuário pode adquirir e instalar sua tag junto às operadoras especializadas como a Sem Parar, ConectCar e Veloe e também em bancos e seguradoras que disponibilizam o dispositivo como Itaú, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, C6Bank, NuBank, Sicoob, Porto Seguro, Mercado Pago, entre outros.
Atendimento ao usuário
Em situações de emergência, os serviços de socorro médico e mecânico podem ser acionados pelo número de emergência 0800 277 0163.
Para saber mais informações sobre a EPR Iguaçu, siga as redes sociais e fique bem informado no X e Instagram: @epr.iguacu. Acompanhe também o canal no WhatsApp https://x.gd/bhZS3
Sobre a EPR
A EPR é uma plataforma de investimentos em infraestrutura especializada em concessões de rodovias e mobilidade. A empresa consolida a expertise e solidez da Equipav, com mais de 60 anos de experiência no setor; e da Perfin Infra, gestora de fundos de investimentos em infraestrutura. A EPR prioriza a excelência na prestação de serviços, a segurança e o conforto dos usuários das rodovias, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua.
Por - Assessoria
O Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), faz um alerta para os cuidados que a população precisa ter com algumas espécies da fauna silvestre durante o inverno.
É o caso do lagarto teiú (Salvator merianae), réptil presente em todos os biomas do Paraná. Nessa época do ano, com temperaturas mais baixas, o animal entra em estado de inatividade prolongada conhecido como brumação – um sono mais profundo, que lembra a hibernação dos ursos polares.
Ou seja, a dica é respeitar o período e não mexer com os teiús, que normalmente se escondem em tocas como as que existem na restinga das praias paranaenses.
“Esses lagartos desaceleram o metabolismo neste período para preservar energia, uma fase que pode durar meses e tem uma relação direta com a temperatura do ambiente. É a brumação, que está associada também a outros fatores, como a ausência de alimento e água no inverno”, explica o biólogo do Setor de Fauna do IAT, Lucas Borges de Souza Arruda.
“Para os animais ectotérmicos, como répteis e anfíbios, o frio é um fator-chave que exige essa habilidade de adaptação. A orientação que fazemos é para que evitem ao máximo ter contato com a espécie nesse período, não mexam nas tocas nem nos animais”, complementa.
O biólogo explica que o teiú desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico. Onívoro e oportunista, se alimenta de frutas, pequenos animais, ovos, carniça e folhas. Um cardápio variado que o torna um importante dispersor de sementes, auxiliando na regeneração de florestas e áreas degradadas.
Além disso, ressalta ele, a espécie possui um comportamento generalista e uma tolerância a diversos biomas. A presença do teiú está espalhada por todo o território nacional. “Por isso, pela importância do lagarto para o ecossistema, é fundamental esses cuidados”, diz Arruda.
ALERTA – O teiú integra a lista do Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), que inclui animais cujo comércio internacional precisa ser controlado para evitar que se tornem ameaçados de extinção.
O IAT reforça que caçar, matar, perseguir ou até apanhar animais silvestres é crime, segundo o Art. 29 da lei de crimes ambientais.
Por -AEN
O frio trouxe consigo dois dias com geadas intensas em uma área de maior amplitude que o comum, que incluiu regiões que não passam tão frequentemente por este fenômeno. Apesar da geada causar perdas para algumas culturas, o frio, em geral, também pode apresentar benefícios para as culturas de inverno.
A Previsão Subjetiva de Safra (PSS), elabora pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgada nesta quinta-feira (26) mostra as previsões para as safras atuais referente à última segunda-feira (23), ou seja, ainda não mensura o impacto das geadas dos últimos dias, mas os técnicos do departamento anteciparam qual cenário esperar.
No geral, o clima mais frio colabora para o controle de pragas de todas as culturas, diminuindo custos para o produtor. Para o trigo, cultura de inverno, o frio pode favorecer novas brotações quando acontece durante desenvolvimento vegetativo, resultando em mais espigas e maior potencial produtivo.
Ou seja, o trigo não teve tantos prejuízos pela geada, como explica o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho. “Na maior parte das lavouras, a geada aconteceu em um momento em que o trigo ainda não chegou em uma fase que pode ser tão prejudicada, já que cerca de 81% encontram-se em desenvolvimento vegetativo”, explicou.
No entanto, quando ocorrem durante o período reprodutivo podem causar perdas para o trigo. Assim, o problema pode estar nos 11% que se encontram em floração, fase em que a planta fica mais suscetível a danos pela geada, e 1% em frutificação, quando também pode ser prejudicial.
O documento aponta uma produção de 2,6 milhões de toneladas de trigo, 16% a mais que o ano anterior, que era de 2,3 milhões de toneladas em uma área 27% menor que 2024, de 1,13 milhão hectares para 833,4 mil.
A segunda safra do milho, que é uma cultura de verão, em maior parte já passou pelas etapas que podem causar grandes prejuízos, já que 63% já se estão em maturação. Porém, 36% ainda estão em frutificação e 1% em floração, fases suscetíveis. Ou seja, 1 milhão de hectares estavam suscetíveis a perdas por geada, principalmente no Oeste e na região de Campo Mourão. Por outro lado, o Deral explica que mesmo que hajam perdas de 20% nesta área, ainda sim seria uma safra histórica, superando o recorde anterior da safra 2021/22.
Antes das geadas, a previsão era de que fossem colhidas 16,5 milhões de toneladas (27% a mais que as 13 milhões colhidas no ano anterior) em uma área de 2,76 milhões de hectares (9% a mais que os 2,5 milhões de hectares no ciclo de 2023/24).
O Deral informa que o cálculo efetivo das perdas ocorridas pelas geadas deve ser feito de 7 a 10 dias após o ocorrido, com as primeiras informações podendo ser observadas na próxima terça-feira (1º de julho), através do Boletim de Condições de Tempo e Cultivo.
CAFÉ – O café também pode apresentar reflexos do frio, com problemas de qualidade em alguns grãos, já que 21% estão em frutificação e 79% em maturação. A previsão até então é de que sejam colhidas 43,1 mil toneladas, 7% a mais que o ano anterior (40,4 mil toneladas), da área de 25,4 mil hectares, 2% maior que a anterior de 25,4 mil hectares.
CEVADA – A cevada, que está 73% plantada, ainda está em maior parte em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. O Deral prevê que a safra deve produzir 423 mil toneladas, 43% a mais que o ano passado, em uma área de 96,9 mil hectares, também maior que a anterior em 20% (de 80,5 mil para 96,9 mil hectares.
HORTICULTURA – As folhosas foram as mais afetadas pela geada, principalmente a céu aberto. A batata, principal produto do Estado, está menos vulnerável por ser subterrânea, mas a parte externa pode ter sofrido danos. Estufas com manejo adequado conseguiram preservar parte da produção.
Alguns produtores podem ter tido perdas totais. A expectativa é de aumento nos preços devido à redução da oferta. Já a recuperação das culturas pode acontecer em até 90 dias, dependendo da estrutura e da preparação de cada produtor.
No caso da batata, a primeira safra teve desempenho 48% superior ao ano passado, ajudada pelo clima. Já a segunda safra cresceu 11%. Quanto ao tomate, foi identificado um novo vírus, mas o manejo evitou perdas maiores. A segunda safra caiu 16%, mas a produção se recuperou nos campos mais recentes.
BOLETIM – Nesta quinta-feira (26) o Deral divulgou também o Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 19 a 25 de junho. Os reflexos das geadas em produtos vegetais são comentados com mais profundidade, além de trazer informações sobre as proteínas animais.
No caso dos derivados lácteos, houve queda no preço em junho, mas nas próximas semanas possivelmente haverá impacto da queda brusca de temperatura. O documento também analisa o custo de produção do frango vivo, que atingiu R$ 4,78 o quilo em maio. Em relação ao mês anterior houve retração de 2,12%, pois estava em R$ 4,88 o quilo.
O boletim fala ainda da carne de peru, produto de relevância na pauta de exportações do Brasil. Em 2024 foram 64.079 toneladas, gerando receita de US$ 153,794 milhões. Na condição de terceiro maior criador de perus do Brasil, o Paraná registrou faturamento de US$ 30,835 milhões, com venda de 13.647 toneladas.
Por - AEN






























