Furtos e roubos atingem menor patamar da história; apreensão de drogas aumenta no Paraná

Além dos homicídios, outros índices de criminalidade mantiveram a tendência de queda e encerraram em 2024 com resultados expressivos na comparação com 2023 no Paraná.

Furtos, roubos, furtos e roubos de veículos, de residências e do comércio diminuíram, chegando próximos ou até mesmo superando patamares históricos, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).

De acordo com o levantamento, divulgado nesta quarta-feira (19), na soma dos casos de furto e roubo em 2024, os dados indicam para o menor patamar da série histórica, com 162.926 ocorrências. O número é menor do que o total de furtos de 2023.

O número de furtos no Estado teve queda de 12,4%. Foram 144.811 casos nos 12 meses de 2024, contra 165.112 casos no mesmo período do ano anterior. É o segundo melhor resultado desde o início da série histórica, atrás somente de 2020, quando foram registrados 140.720 casos de furtos no Paraná.

No caso dos roubos, que diferem dos furtos pelo uso da violência ou de ameaça, foram 18.115 casos em 2024, 23,3% a menos que em 2023, quando 23.640 casos foram registrados pelas forças policiais do Estado, o equivalente a 15 roubos a menos por dia no Estado. É o menor índice do crime em 17 anos. O melhor resultado até então havia sido justamente em 2023, com os números caindo desde 2017 e mais consistentemente a partir de 2019.

“Essa redução na criminalidade é resultado de um amplo planejamento do Governo do Estado que começa pela integração entre as polícias Civil e Militar, que trabalham juntas a partir da análise estatística dos dados, o que nos permite focar nas regiões onde havia o maior número de casos. Além disso, tivemos um amplo investimento tanto na contratação de mais policiais quanto de novos equipamentos para os agentes de segurança”, disse o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.

Confira os dados:--

PATRIMÔNIO – No caso de crimes contra o patrimônio, furto e roubo de veículos também tiveram quedas expressivas na comparação entre 2024 e 2023. No caso do primeiro, a redução foi de 11%, passando de 12.606 casos para 11.202 casos. É o terceiro melhor resultado da série histórica, atrás apenas de 2007 (9.824) e 2008 (11.192).

Com relação a roubos a veículos, a queda foi ainda mais expressiva, de 31%, saindo de 3.040 registros para 2.101, o menor resultado desde quando os números passaram a ser contabilizados pela Sesp. Quando somados furtos e roubos a veículos, o Paraná registrou o menor índice da história, com 13.303 casos, superando o melhor resultado até então, de 2023, de 15.646 ocorrências.

O mesmo ocorreu nos furtos e roubos a residências, que tiveram quedas de 13% e 16,4%, respectivamente. Foram 26.650 casos de furtos no ano passado, 4.117 a menos do que os 30.767 registrados em 2023, enquanto que roubos saíram de 2.202 registros para 1.840, na comparação entre os dois anos.

O comércio também sentiu a redução nos índices de criminalidade, fruto de operações, policiamento de rotina e um trabalho do Setor de Inteligência. Os furtos a estabelecimentos comerciais caíram 4,3%, saindo de 15.700 casos em 2023 para 15.019 casos em 2024. Quando o assunto é roubos, a redução é de quase um terço (29,4%) do crime, com 2.158 casos no ano passado, 899 a menos que os 3.057 de 2023.-

DROGAS – Se de um lado os índices de criminalidade diminuíram fruto da atuação das forças de segurança cada vez mais preventiva, de outro esse trabalho também tem resultado no aumento das apreensões de drogas em todo o Paraná.

É o caso, por exemplo, das apreensões de maconha, que aumentaram 13% em 2024. Foram retiradas de circulação 483 toneladas no ano passado, contra 428 toneladas em 2023, o que significa mais de 1 tonelada por dia. Foi o segundo maior volume apreendido no Brasil, atrás apenas do Mato Grosso do Sul, que apreendeu 579 toneladas. Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e englobam também a atuação de forças federais.

A apreensão de cocaína teve aumento de 29% em 2024, saindo de 4,4 toneladas em 2023 para 5,7 toneladas. No caso do crack, o volume retirado de circulação é ainda mais expressivo quando comparados os dois anos. Foram 33% a mais em 2024, com 2,1 toneladas em 2024, ante 1,6 tonelada. O maior crescimento na apreensão de drogas registrado em 2024 foi de ecstasy com aumento de 60,8%. Foram 118.850 comprimidos apreendidos pela segurança pública do Paraná, 44.964 a mais que os 73.886 comprimidos retirados de circulação no mesmo período de 2023.-

INVESTIMENTOS – Ano após ano, o Governo do Estado tem aumentado os repasses para segurança pública, fortalecendo o combate à criminalidade e oferecendo mais qualidade no trabalho dos servidores, resultando na prestação de um serviço cada vez melhor para a população. O orçamento da pasta saiu de R$ 2,5 bilhões em 2019 para R$ 6,5 bilhões em 2024.

Somente em 2024, foram entregues 360 veículos, entre viaturas, lanchas, caminhões e ambulâncias para as forças de segurança pública estaduais, além da destinação de cerca de R$ 117 milhões para compra de helicópteros e blindados para a Polícia Militar.

Já em 2025, o Governo do Estado anunciou concurso para contratação de dois mil policiais militares e 600 bombeiros militares, previsto ainda para este ano. A Sesp também irá comprar 93 cães para reforçar a atuação das forças policiais, sobretudo na detecção de drogas e explosivos, fiscalizações de veículos em estradas, salvamentos de vítimas de desastres e busca de pessoas desaparecidas.

A pasta também já contratou e prevê entregar em breve mais 440 viaturas para as forças de segurança, 53 camionetes de grande porte para missões especiais, 1.900 armas portáteis (carabinas e fuzis), 5.200 pistolas 9mm para as polícias Militar, Penal e Científica, 200 motocicletas e 1.400 tasers (dispositivo incapacitante de choque) para todas as polícias.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Contas em dia: Paraná tem o terceiro melhor resultado orçamentário do País em 2024

O Paraná teve o terceiro melhor resultado orçamentário do Brasil em 2024, fechando o ano com um superávit de mais de R$ 6,4 bilhões, segundo dados fornecidos pelos estados ao Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), da Secretaria do Tesouro Nacional.

Com isso, o Paraná aparece ao lado de São Paulo (R$ 18,4 bilhões) e Minas Gerais (R$ 9,1 bilhões) no topo do ranking nacional, conforme aponta levantamento da Assessoria Técnica de Economia da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).

O resultado orçamentário é a diferença entre as receitas e as despesas liquidadas no ano. Ele indica o valor que a administração pública alcançou na gestão de recursos. A grosso modo, significa que o Paraná terminou o ano com dinheiro em caixa, gastando menos do que arrecadou.

No período, o Estado obteve uma receita de R$ 74,5 bilhões frente a um total de R$ 68,1 bilhões em despesas. Isso inclui todos os gastos do Executivo, incluindo despesas correntes, com pessoal, juros e encargos da dívida e até mesmo investimentos. 

Esse saldo positivo é algo que historicamente o Estado vem conquistando em sua gestão fiscal. Desde 2015, o Paraná termina o ano com o caixa no azul. Mais do que isso, os R$ 6,4 bilhões registrados em 2024 representam também o quarto maior superávit obtido em dez anos, atrás apenas de 2022 (R$ 13,43 bilhões), 2023 (R$ 11,28 bilhões) e 2021 (R$ 9,46 bilhões).

Esse superávit é resultado, sobretudo, da boa gestão fiscal adotada pelo Estado. Como aponta o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, o Paraná já se tornou um exemplo de eficiência para todo o País em relação ao modo como administra seus gastos e suas receitas.

“O fato de já termos um histórico de pelo menos uma década de superávit mostra como o Paraná se tornou um estado sólido, com as contas em dia e que sabe gerenciar seu caixa com foco no crescimento e na melhoria da qualidade de vida da sua população”, diz. “É um exemplo para todo o país”.

Além disso, Ortigara destaca como esse resultado superavitário vem crescendo ao longo dos últimos anos. Em 2019, o desempenho fiscal foi de R$ 2,95 bilhões e mais do que dobrou em cinco anos, com um crescimento de 116,9% no período. 

O diretor-geral da Secretaria de Estado da Fazenda, Luiz Paulo Budal, explica que esse aumento é resultado de uma série de práticas que o Paraná vem adotando ao longo dos últimos anos. “O Governo do Estado soube administrar bem seu orçamento, diminuindo seus gastos do dia a dia e otimizando a execução do seu planejamento”, diz. “Limitamos o crescimento das despesas correntes e focamos em investimento. E os resultados já começam a aparecer".

FOCO EM INVESTIMENTO – Como relembra Budal, essa evolução do superávit ao longo dos últimos anos não significa que o Paraná deixou de investir. Pelo contrário, o Estado alcançou marcas recordes em melhorias em diferentes setores e em todas as regiões. Com R$ 3,37 bilhões, 2024 se tornou o ano com a maior cifra de investimentos liquidados de toda sua história. 

“Foi o ano que mais teve entrega efetiva de investimentos para a sociedade”, afirma Budal, que deixa claro que a ideia não é parar por aí. “Nosso objetivo é, em 2025, superar essa marca. E, em 2026, quebrar esse recorde de novo, criando um ciclo de investimentos contínuo e importante para o Estado”.

O diretor do Orçamento Estadual, Marcos Tadeu Cavalcante, reforça o foco nos investimentos e destaca como a boa gestão dos recursos ajuda a alavancar obras e a melhorar os serviços entregues à população. “O superávit indica uma gestão eficiente dos recursos públicos, permitindo que o Estado tenha uma reserva financeira”, explica. “Esses recursos excedentes podem ser utilizados para cobrir despesas em exercícios seguintes, garantindo a continuidade de serviços e projetos essenciais sem a necessidade de aumentar impostos ou contrair novas dívidas”.

Em linhas gerais, esse valor superavitário de R$ 6,4 bilhões pode ser usado para turbinar o orçamento recorde de 2025, estimado em R$ 78,6 bilhões — o maior da história do Paraná.

“A intenção é utilizar o superávit orçamentário especialmente para alavancar os investimentos em todo o Estado”, diz. “Isso significa que os recursos serão direcionados para áreas estratégicas, como infraestrutura, educação e saúde, promovendo o desenvolvimento econômico e social da região. Com esses investimentos, espera-se melhorar a qualidade de vida da população e fomentar um ambiente propício para o crescimento sustentável”.

 

 

 

 

Por - AEN

 PCPR apreende quase uma tonelada de maconha em São Miguel do Iguaçu

Quase uma tonelada de maconha foi apreendida pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) nesta segunda-feira (17) durante abordagem a um veículo em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A ação, que contou com apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR), foi na BR-277.

Durante a revista, os policiais encontraram 986 quilos da droga, o que levou quatro homens, de idades entre 18 e 24 anos, a serem presos. 

“Diante dos fatos, entorpecentes, suspeitos e veículos foram encaminhados e apresentados à autoridade policial para procedimento de polícia judiciária”, disse o delegado Rodrigo Colombelli.

Após a conclusão dos procedimentos legais, a PCPR apreendeu os entorpecentes e encaminhou os presos ao sistema penitenciário.

DENÚNCIAS – A PCPR solicita a colaboração da população no combate ao tráfico de drogas. As denúncias podem ser repassadas de forma anônima pelos números 197, da PCPR ou 181, do Disque-Denúncia.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Paraná é o estado que mais investe em habitação em parceria com Minha Casa, Minha Vida

Com um investimento de R$ 820 milhões nos últimos quatro anos, o Paraná tem sido o maior responsável pela mudança das políticas públicas de habitação no Brasil, com os estados ganhando cada vez mais protagonismo em um setor que, até então, dependia exclusivamente do governo federal.

Juntos, de acordo com um levantamento da Caixa Econômica Federal, Paraná e São Paulo respondem por quase a totalidade dos recursos estaduais usados no Minha Casa, Minha Vida, que chegam a R$ 1,861 bilhão desde 2012. Desde 2023, outras seis unidades da federação passaram a oferecer a possibilidade via repasse direto dos cofres estaduais, mas com valores menores: Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Pernambuco.

No Paraná, com um programa criado em 2021, o governo paraense aportou R$ 205 milhões ao ano em projetos habitacionais em parceria com a Caixa. Já São Paulo destinou, desde 2012, cerca de R$ 885 milhões para as famílias que financiaram imóveis dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, uma média de R$ 68 milhões por ano, número três vezes menor.

O grande símbolo dessa mudança no Paraná é o programa Casa Fácil, que já ajudou quase 78 mil famílias a conquistarem uma casa própria no Estado – quase 50 mil casas e apartamentos já foram entregues e outros 28 mil estão em construção. Coordenada pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), a iniciativa concede R$ 20 mil de subsídio por família para custeio integral ou parcial do valor de entrada de imóveis financiados por pessoas com renda familiar de até quatro salários mínimos. 

“Investimento em habitação é uma das melhores políticas sociais que existem. Com esse programa estamos reduzindo o déficil habitacional e melhorando a qualidade de vida dos municípios. É uma das prioridades da gestão”, diz o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Até a criação do programa paranaense, o único estado que possuía uma iniciativa deste tipo era justamente São Paulo, com um programa chamado Casa Paulista. Atualmente, juntando todas as modalidades, 15 entes federativos têm alguma relação de parceria com a Caixa.

Além dos R$ 820 milhões já liberados pelo Governo do Paraná até 2024, o Estado prevê aplicar mais R$ 400 milhões ao longo de 2025 e 2026. Os recursos não tem beneficiado apenas quem busca sair do aluguel, mas também servem de estímulo ao setor da construção civil, destravando o programa Minha Casa, Minha Vida e atraindo a atenção de outros governos estaduais e municipais interessados em replicar o modelo.

NOVO INVESTIMENTO – O governador Ratinho Junior também assinou recentemente um contrato de financiamento de US$ 187 milhões (equivalente a mais de R$ 1 bilhão) do Governo do Estado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), durante o encerramento do Paraná Mais Cidades, em Foz do Iguaçu. Os recursos serão utilizados para a construção de até 6 mil casas populares, ao longo dos próximos cinco anos, a famílias em situação de vulnerabilidade social que residem em favelas e assentamentos precários.

Segundo a Cohapar, os novos projetos habitacionais fazem parte de uma modalidade do programa Casa Fácil Paraná chamada Vida Nova, cujo foco é no atendimento a pessoas de baixa renda que residem em condições ruins ou em áreas de risco, como margens de rios e encostas. Lançado como projeto-piloto em 2020, ele vai atender inicialmente moradores de 39 cidades, mas outros 30 municípios já protocolaram pedidos à Cohapar para serem contemplados.

 

 

 

 

Por  AEN

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