Lacen implanta tecnologia para agilizar diagnóstico de doenças graves e resposta a surtos

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio do Laboratório Central do Estado (Lacen), implantou recentemente uma nova tecnologia de diagnóstico molecular que permite identificar com rapidez e precisão dezenas de agentes infecciosos a partir de uma única amostra.

O método, baseado em biologia molecular multiplex, é utilizado em casos graves ou de óbitos ainda sem causa definida, seguindo um fluxo bem estruturado dentro da rotina da vigilância laboratorial.

Desde a implantação, no início de maio, 11 amostras já foram analisadas. Dessas, três apresentaram resultados positivos e permitiram elucidar quadros clínicos que permaneciam sem definição mesmo após exames convencionais. 

As amostras que chegam ao Lacen para esse tipo de análise geralmente são encaminhadas por hospitais, que colhem o material clínico em casos graves ou com evolução desfavorável. Em situações de óbito, também pode haver encaminhamento por meio da Vigilância de Óbitos, com o objetivo de esclarecer causas e reforçar o monitoramento epidemiológico. A atuação integrada com os serviços de saúde é fundamental para garantir o uso estratégico da tecnologia, que tem custo aproximado de R$ 1,5 mil por amostra e é aplicada em casos prioritários.

A nova ferramenta possibilita resultados em cerca de uma hora, representando um salto qualitativo em relação aos métodos tradicionais, que podem levar vários dias. O uso está concentrado em situações críticas, como suspeitas de meningite, sepse e surtos de doenças gastrointestinais ou respiratórias, e contribui diretamente para a tomada de decisões clínicas mais rápidas e precisas. 

“Essa tecnologia nos permite identificar rapidamente o agente causador da infecção, o que é essencial para iniciar o tratamento correto e evitar complicações, inclusive em casos de alta gravidade. É a ciência a serviço da vida, com benefícios diretos para o paciente e para toda a rede de saúde”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

O novo sistema amplia a capacidade do Lacen em investigar surtos e apoiar condutas clínicas com base em evidência. A agilidade no diagnóstico permite ações rápidas de bloqueio e controle, além de reduzir o uso desnecessário de antibióticos, o que contribui diretamente para o enfrentamento da resistência antimicrobiana. Alguns dos painéis utilizados conseguem detectar genes relacionados à resistência a medicamentos, permitindo orientação mais precisa sobre o tratamento.

A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, reforça a importância da inovação como parte da resposta articulada do Estado às doenças infecciosas. “Estamos fortalecendo toda a rede de vigilância com investimentos em tecnologia e qualificação. Essa nova ferramenta representa um ganho enorme em agilidade e precisão diagnóstica, o que reflete diretamente em melhores desfechos para o paciente e mais efetividade nas ações de saúde pública”, afirmou.

Segundo o microbiologista Christian Siebra, do Lacen, o impacto já pode ser sentido na prática. “Em casos como meningite, por exemplo, cada hora faz diferença. Com essa metodologia conseguimos entregar resultados de alta qualidade em pouco tempo, o que ajuda muito na definição da conduta médica e pode salvar vidas”, afirma.

O também microbiologista e pesquisador Marcelo Pillonetto destaca o avanço no monitoramento da resistência bacteriana. “A possibilidade de identificar rapidamente bactérias resistentes a antibióticos torna nossas ações de vigilância mais eficazes e contribui para que os medicamentos certos sejam usados de forma mais segura e responsável”, diz.

A diretora do Lacen, Célia Fagundes da Cruz, destaca que a chegada da nova tecnologia integra um conjunto de ações que colocam o Paraná na vanguarda do diagnóstico laboratorial no SUS.

“Esse é mais um passo na nossa trajetória de excelência. Estamos modernizando constantemente o parque tecnológico do Lacen, com foco na resposta rápida, na precisão dos resultados e no fortalecimento da vigilância em saúde. Essa tecnologia complementa e potencializa os esforços que já realizamos no monitoramento genômico, nas análises de arboviroses e na vigilância da resistência antimicrobiana", complementa.

 

 

 

 

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 Reajuste salarial dos professores da rede estadual do Paraná é sancionado

O governador em exercício Darci Piana sancionou nesta terça-feira (24) a lei que institui reajuste no salário dos professores do magistério estadual, podendo chegar a um aumento de até 11,31% em algumas classes.

A medida beneficia 68 mil professores ativos e 40 mil inativos, que também terão os vencimentos reajustados. O pagamento do reajuste será retroativo ao mês de abril.

Com a mudança, que representa um acréscimo de até R$ 500, o menor valor para o primeiro nível na jornada de 40 horas será de R$ 6,6 mil para funcionários da ativa, incluindo benefícios. O piso nacional para o mesmo período, na base da carreira, é de R$ 4,8 mil. Além da nova tabela do salário-base, os profissionais ainda recebem auxílio-transporte (R$ 891,32) e gratificação de tecnologia e ensino (R$ 846,32).

O reajuste estava previsto no projeto de lei encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa do Paraná no final de maio. O objetivo é valorizar a carreira na rede estadual de ensino e reconhecer o empenho dos profissionais na formação dos estudantes paranaenses. Além do reajuste, o Governo do Estado nomeou mais de 3,4 mil profissionais do último concurso público, e prevê nomear mais 1,1 mil professores.

Terão reajustes nominais professores que têm jornadas de 20 horas e para os profissionais que trabalham em jornadas de 40 horas, que são as referências – professores com cargos de 20 horas semanais podem trabalhar com aulas extras, recebendo o valor proporcional da carga horária trabalhada. Os profissionais do topo da carreira podem ter uma remuneração de mais de R$ 13,9 mil com a soma de salário, auxílio e gratificação.

Os valores serão aplicados para todos os níveis e todas as classes do Quadro Próprio do Magistério (QPM) e para o Quadro Único de Pessoal (QUP), que é mais antigo e será extinto porque os novos profissionais são incorporados ao QPM. O impacto da mudança será de cerca de R$ 456 milhões por ano na folha de pagamento do funcionalismo.

VALORIZAÇÃO – O Paraná é o Estado que mais investe em educação no Brasil. Em 2024, por exemplo, foram destinados mais de R$ 17,5 bilhões ao ensino de crianças, jovens e adultos, o que correspondeu a 32,28% da receita líquida de impostos, o maior percentual do País.

Este investimento faz parte de uma política de valorização da educação como motor do desenvolvimento do Estado. Como resultado disso, o Paraná é o atual líder nacional no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com as melhores médias tanto no ensino médio, como no ensino fundamental, na soma dos ensinos público e privado.

Neste ano, o Estado também possibilitou que 2 mil professores da rede ampliem suas jornadas de 20 para 40 horas. A medida era uma demanda histórica da classe e impacta diretamente na previsibilidade profissional e financeira dos profissionais, além de oferecer um ensino ainda mais qualificado aos alunos.

 

 

 

 

 

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 Sucesso nos lanches: escolas estaduais agora têm pães de queijo e palitos de queijo

O Instituto Fundepar iniciou este mês a entrega de mais uma novidade do Programa Mais Merenda: pães de queijo e palitos de queijo, novos itens do cardápio para estudantes da rede pública estadual de ensino.

No total, são 70 toneladas de pães de queijo e 70 toneladas de palitos de queijo adquiridos para compor os lanches, que são ofertados aos estudantes nos momentos de entrada e saída do turno escolar.

A ação reforça o compromisso do Governo do Paraná, por meio do Instituto Fundepar, com a segurança alimentar e a valorização da alimentação escolar. “É um grande empenho técnico e logístico do Instituto Fundepar para viabilizar essa aquisição em larga escala. É uma satisfação enorme saber que os estudantes do Paraná podem contar com uma alimentação escolar de qualidade, que além de saudável também busca ofertar variedade”, explica a diretora-presidente da Fundepar, Eliane Teruel Carmona.

A euforia dos estudantes com a novidade já era esperada pela equipe pedagógica das escolas. “A aceitação foi maravilhosa, os alunos adoraram, agradeceram muito. Falaram que estava delicioso”, afirma Gretchen Abreu Saenz Yamakawa, diretora-geral do Colégio Estadual Cívico-Militar Elias Abrahão, no município de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba.

Na Capital, no Colégio Estadual Cívico-Militar Ermelino de Leão, não foi diferente. “O pão de queijo, pela carinha dos alunos, a gente percebe que é um salgado natural saudável. É diferente da comida que eles têm sempre, então eles ficaram muito felizes de terem mais essa opção”, diz a diretora-geral Patricia Marina Andrade.

Há alguns dias o Estado também iniciou a entrega de pinhão. Excelente fonte de energia, fibras e minerais, ele também integra o cardápio da alimentação escolar. Cerca de 200 kg do alimento, provenientes da agricultura familiar, já foram entregues neste ano em escolas de algumas regiões do Estado, respeitando as produções regionais.

MAIS MERENDA – O Mais Merenda é um programa do Governo do Estado que amplia a oferta de refeições nas escolas estaduais. Garante três refeições por aluno por turno: um lanche na entrada, uma merenda principal no recreio e outro lanche na saída, contribuindo diretamente para o rendimento escolar, bem-estar e saúde dos estudantes. O programa atende todos os alunos da rede pública estadual de ensino – atualmente são 800 mil servimentos por dia.

O investimento anual 2025 no Mais Merenda é de R$ 73 milhões, com a entrega de quatro a cinco remessas durante o ano. Os itens incluem pães, barras de frutas, frutas frescas, biscoitos, chás, leite em pó integral, milho para pipoca, compostos lácteos, água de coco, entre outros.

 

 

 

 

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 Saúde apresenta ações de combate aos vírus respiratórios e metas alcançadas na Alep

O enfrentamento das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), a ampliação de leitos hospitalares e os avanços nas metas da saúde pública foram os principais temas apresentados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) durante a audiência de prestação de contas na Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), realizada nesta terça-feira (24).

A estratégia de expansão da rede hospitalar foi um dos destaques. Ela tem sido fundamental no atendimento de pacientes com SRAG, especialmente no público infantil, que concentra a maior parte dos casos. Até o momento, a Sesa viabilizou a abertura de 151 novos leitos na rede pública, sendo 59 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 91 de enfermaria. As novas estruturas foram distribuídas em municípios estratégicos como Medianeira, Cascavel, Toledo, Apucarana, Palmas, Ponta Grossa, Campo Largo, Clevelândia, Arapongas e Pato Branco.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o Paraná enfrenta um cenário de aumento na circulação de vírus respiratórios. Dados do Laboratório Central do Estado (Lacen) sugerem que 54% dos casos de vírus circulantes registrados em 2025 são de Influenza (27,1%) e vírus sincicial respiratório (22,04%).

“Temos reforçado a segurança e a importância da vacinação como principal medida de prevenção. A vacina é segura, eficaz e pode evitar complicações graves, internações e até mortes”, destacou o secretário.

Ele também alertou para os riscos das fake news que desestimulam a população a se vacinar. “Infelizmente, temos notado uma certa recusa pela vacinação que é turbinada pela disseminação de mentiras a respeito do processo de imunização. Enquanto gestores públicos, é nosso papel combater isso e reforçar a segurança e a importância da vacina", complementou.

Até o momento, o Paraná recebeu 4,3 milhões de doses da vacina contra Influenza, das quais cerca de 2,9 milhões já foram aplicadas. A cobertura vacinal entre os grupos prioritários é apenas de 46,87%, com coberturas similares aos principais recortes deste grupo, como crianças (38,97%), gestantes (37,79%) e idosos (50,5%).

“A saúde é o principal desafio do gestor público, principalmente nesse período de agravamento das doenças respiratórias e de notícias falsas sobre a vacinação. O acompanhamento do trabalho realizado pela saúde estadual é fundamental para que tenhamos transparência nas ações que vêm sendo executadas pelo bem da população”, afirmou o presidente da Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa, Tercílio Turini.

METAS SUPERADAS – Outro ponto apresentado durante a audiência foi o cumprimento de metas anuais de saúde pública já nos primeiros quatro meses de 2025. A cobertura da Atenção Primária à Saúde, considerada a porta de entrada dos usuários no Sistema Único de Saúde (SUS), que envolve vários aspectos de atendimento, superou a meta estabelecida de 92,5%, alcançando 93,92%.

Na atenção à pessoa com deficiência, o Estado ultrapassou a meta de 95% para os testes de triagem neonatal em recém-nascidos, atingindo 96,05%. Na atenção à pessoa idosa, a meta é manter em 80% de municípios a realização da avaliação multidimensional, mas o índice já está em 82%.

O atendimento de urgência e emergência também foi destaque. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) manteve a cobertura de 100% em sua área de atuação. Além disso, o serviço aeromédico registrou 1.393 atendimentos no primeiro quadrimestre de 2025.

Até o momento, a Secretaria da Saúde empenhou R$ 2,5 bilhões em recursos na área. Foram R$ 174 milhões dentro do Opera Paraná, criado para agilizar o número de cirurgias eletivas. O Estado já conseguiu reduzir em 31% o número de usuários que aguardam na fila para realização de cirurgias eletivas há mais de 12 meses.

PRESENÇAS – A audiência contou ainda com a presença dos deputados Arilson Chiorato, Dr. Leônidas, Luis Corti, Pedro Paulo Bazana, Márcio Pacheco, Luciana Rafagnin e Márcia Huçulak. Representando a Sesa, participaram o diretor de Atenção Especializada, Vinícius Filipak; o diretor-executivo do Fundo Estadual de Saúde, Adriano Rissati; a diretora do Setor de Obras, Mariana Cardoso; o diretor de Unidades Próprias, Guilherme Graziani; e o chefe de gabinete, Ian Sonda.

 

 

 

 

Por - AEN

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