Os municípios paranaenses terão acesso a R$ 3,7 bilhões em recursos para pavimentação de estradas rurais e aquisição de maquinários agrícolas. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (14) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior durante o Paraná Mais Cidades, evento promovido pelo Governo do Estado em Foz do Iguaçu e que reúne os gestores dos 399 municípios paranaenses.
Os recursos vão atender o programa Estradas da Integração, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que já garantiu obras em mais de 1.350 quilômetros de estradas rurais em todo o Paraná.
Do total anunciado, R$ 2 bilhões serão para a pavimentação de trechos relevantes de estradas rurais, especialmente aqueles ligados às cadeias de produção de leite, suíno e frango. A previsão é de que as obras abranjam de 800 a 1.000 quilômetros de estradas.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou a importância destes investimentos direcionados à agricultura, que coroam a posição do Paraná como produtor de alimentos.
“O investimento em estradas rurais vai abrir e reformar artérias da área rural que vão levar desenvolvimento e aprimorar a logística nas bacias leiteiras, das regiões produtoras de ovos, frangos e peixe, além de melhorar a vida das pessoas que utilizam, muitas vezes, essa ligação da cidade aos distritos”, disse ele durante o evento.
“Além disso, teremos a maior compra de maquinário da nossa história, a fundo perdido, que chegará aos 399 municípios do Paraná, reformando o parque de máquinas das cidades. É um pacote gigante de seis maquinários para cada município, o que também vai ajudar as prefeituras a fazerem a manutenção da parte urbana das cidades”, disse Ratinho Junior.
O investimento de R$ 1,7 bilhão será destinado à aquisição e doação de maquinários para serem usados no meio rural, para adequação de estradas rurais, manejo de solo, terraplanagem e auxiliar na infraestrutura de produção. A iniciativa é uma parceria com a Secretaria de Estado das Cidades (Secid), que será responsável pelo processo licitatório dos equipamentos. O convênio com as prefeituras e consórcios municipais, porém, será feito pela Seab.
Cada município, independentemente do tamanho, terá um teto de R$ 3,5 milhões para adquirir os equipamentos que se adaptem às suas necessidades, podendo escolher entre motoniveladoras, trator de esteira, escavadeira hidráulica, retroescavadeira, caminhão basculante e rolo compactador.
Para o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, os investimentos na trafegabilidade de estradas rurais, direcionados à manutenção e construção de vias, vão impactar as cadeias produtivas e levar qualidade de vida ao homem do campo.
“Faremos um estudo sobre as mais importantes estradas arteriais, um mapa de prioridades que aponte os principais trechos das vias que devem receber o investimento”, explica o secretário, destacando que o projeto atende a um grande pleito dos prefeitos paranaenses.
“Esse investimento favorece a chegada de insumos e a saída dos produtos com menos danos e mais velocidade, o que implica em custos menores e aumenta a competitividade dos nossos produtos e a rentabilidade das nossas cadeias produtivas. A agricultura do Paraná vai se tornar ainda mais competitiva e sustentável, fazendo a diferença na vida das pessoas do campo”, diz.
O secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, ressaltou que este investimento integra o pacote de R$ 6 bilhões anunciados pelo governador no evento e que visa o desenvolvimento dos municípios, e que envolve, ainda, aportes em patrulhas rurais, no manejo de solos, preparo de terreno para instalação de aviários, chiqueirões, produção de peixes, entre outros.
“Para pavimentação rural o investimento, que envolve R$ 2 bilhões, visa trechos relevantes das estradas rurais, uma competência municipal, mas cujo desenvolvimento o Governador Carlos Massa Ratinho Junior e a Secretaria de Fazenda entendemos como importante para a nossa economia, e que envolve a pavimentação de até 1.000 quilômetros de estradas rurais”, disse.
ESTRADAS DA INTEGRAÇÃO – Desde 2019, o Governo do Estado já entregou ou iniciou as obras de mais de 1.350 quilômetros de estradas rurais através do Programa Estradas Rurais Integradas aos Princípios e Sistemas Conservacionistas – Estradas da Integração.
O investimento do Estado ultrapassa R$ 521 milhões, beneficiando aproximadamente 100 mil famílias com a melhoria no transporte de insumos e produtos agrícolas. O programa também garante mais conforto e agilidade na mobilidade dos agricultores, estudantes, turistas e toda a comunidade.
PARANÁ MAIS CIDADES – O evento que acontece em Foz do Iguaçu visa modernizar a gestão pública e fortalecer a parceria entre os municípios e o Estado, oferecendo palestras, workshops e uma Feira de Serviços. Neste fórum, os participantes têm a oportunidade de interagir diretamente com as secretarias de Estado e representantes de órgãos como a Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Ministério Público, Defensoria Pública e Sistema S, promovendo uma agenda completa de contatos para fortalecer a eficiência na gestão pública. O evento conta com o patrocínio do BRDE, Celepar, Copel, Detran/PR, Fomento Paraná, Paraná Projetos, Portos do Paraná e Sanepar.
Por AEN/PR
Com apenas 3,3% da população desocupada, o Paraná atingiu a menor taxa de desemprego da sua história de acordo com os dados do quarto trimestre de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice recorde foi alcançado após o Paraná registrar uma redução de 0,7% na taxa de desocupação em relação ao terceiro trimestre de 2024, a maior queda trimestral no índice em todo o Brasil, ao lado de Minas Gerais.
“O emprego é o melhor programa social que existe. Gera renda para as famílias, com dignidade e autonomia", disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior. "Hoje o Paraná vive uma situação de pleno emprego, o que se reflete em vários outros índices recordes de desenvolvimento social. Esta marca é fruto de um excelente ambiente de negócios que estamos conseguindo fomentar no Estado e que tem atraído um volume inédito de investimentos”, afirmou.
SUPERA RECORDE - A série histórica do IBGE teve início em 2012, e o índice confirmado pela atual pesquisa supera um recorde que durava desde o quarto trimestre de 2014, quando a taxa de desocupação chegou a 3,8%.
Os dados recentes, no entanto, já mostravam uma melhora gradual no cenário ao longo dos últimos anos. Desde 2019, por exemplo, a taxa de desemprego foi reduzida em dois terços, caindo de 9% para os atuais 3,3%.
“Este recorde é um reflexo direto das ações eficazes que o Governo do Estado tem implementado para atrair investimentos e qualificar a mão de obra paranaense. O Paraná tem um enorme potencial de crescimento e estamos investindo em todas as regiões do Estado para gerar novas oportunidades de emprego e renda para os paranaenses”, afirmou o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes.
Na comparação com os outros estados brasileiros, o Paraná chegou a quarta menor taxa de desocupação do Brasil, atrás somente de Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,7%) e Rondônia (2,8%), ultrapassando o Mato Grosso do Sul (3,7%), que na PNAD anterior ainda tinha um índice mais baixo.
O Paraná ainda segue com uma taxa melhor do que estados como Minas Gerais (4,3%), Rio Grande do Sul (4,5%), Goiás (4,8%), São Paulo (5,9%) e Rio de Janeiro 8,2%). Na média, o Brasil registrou um índice de desocupação de 6,2%, com queda de 0,2% na taxa entre o terceiro e o quarto trimestre de 2024, segundo o IBGE.
Em números absolutos, o total de desempregados também é o menor valor da história. Eram 206 mil pessoas desocupadas no final do ano de 2024, de acordo com a PNAD Contínua. São 47 mil pessoas a menos do que o registrado no trimestre imediatamente anterior.
FORMAIS – O total de pessoas ocupadas no Estado também é recorde segundo o histórico da pesquisa. São 6,1 milhões de trabalhadores ocupados com mais de 14 anos, cerca de 91 mil a mais do que o registrado no terceiro trimestre de 2024. Deste total, 79,6% são trabalhadores formais no setor privado, com carteira assinada.
O índice é o quarto melhor do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina (87,9%), São Paulo (81,2%) e Rio Grande do Sul (79,9%). A taxa também está acima da média nacional, que é de 73,4%.
Taxa de desemprego no Brasil:
Mato Grosso - 2,5%
Santa Catarina - 2,7%
Rondônia - 2,8%
Paraná –3,3%
Brasil - 6,2%
Queda no desemprego entre 3º trimestre e 4º trimestre de 2024:
Paraná – queda de 0,7%
Minas Gerais – queda de 0,7%
Rio Grande do Sul – queda de 0,6%
Brasil – queda de 0,2%
Taxa de desemprego nos últimos terceiros trimestres:
4º trimestre de 2024 –3,3%
4º trimestre de 2023 - 4,7%
Por AEN/PR
Empresas apoiadas pelo programa Paraná Anjo Inovador, do Governo do Estado, participam nesta semana do Show Rural Digital, uma das principais atrações da 37ª Show Rural Coopavel, em Cascavel. Dezesseis startups de nove municípios expõem suas soluções inovadoras, a maioria voltada para o setor agropecuário como, por exemplo, software de cálculo e gestão de emissões de gases de efeito estufa, detector de incêndio para secadora de grãos e relógio específicos para frigoríficos.
A mostra acontece na Arena Paraná, onde a secretaria estadual da Inovação, Modernização e Transformação Social (SEI) apresentou as ações do Paraná Anjo Inovador. Em duas edições, o programa destinou R$ 37 milhões a 148 empresas para apoiar criação de produtos, serviços e processos inovadores, focados em solucionar problemas reais em diversas áreas, como saúde, educação, agricultura, gestão pública, cidades inteligentes, esportes e sustentabilidade.
Para o secretário da pasta, Alex Canziani, além de apoiar as startups, é necessário oportunizar espaços onde elas possam apresentar as soluções que têm desenvolvido com o incentivo do governo estadual. “Colocar as startups apoiadas pelo Paraná Anjo Inovador em locais de evidência como o Show Rural é relevante não só para que elas apresentem suas soluções para o mundo, mas também para demonstrar o trabalho do governo estadual em aprimorar o desenvolvimento econômico e criativo”, afirma Canziane.
EXPERIÊNCIA POSITIVA - Uma das empresas participantes do balcão de exposição foi a Ingee Inovação Sustentável, de Curitiba, criadora do software de cálculo e gestão de emissões de gases de efeito estufa para cooperativas, indústrias e organizações. A co-fundadora da empresa, Jéssica de Miranda Paulo, comemorou a experiência positiva e a oportunidade de participar do Show Rural Digital pela primeira vez.
“A feira tem nos proporcionado conexões com potenciais clientes e parceiros, além de permitir que conheçamos as tendências de descarbonização que o Paraná está fomentando para aprimorarmos nosso negócio dentro das necessidades do agro. Espaços como esse promovem a inovação e o desenvolvimento sustentável”.
Além do detector de incêndio para secadora de grãos e relógio específicos para frigoríficos, a Pigma Desenvolvimentos, de Toledo, apresenta, também, um dispositivo de massagem para porcas durante o partos. Fundador da empresa, Marcelo Augusto Hickmann destacou as oportunidades de networking e negócios que o evento possibilita.
“Essa experiência junto com a SEI foi muito importante para conhecermos outras empresas que também foram contempladas no Anjo Inovador, sendo um ponto de networking e de conhecimento. Isso só fortalece o ecossistema de inovação, fortifica os laços e favorece o desenvolvimento de novas tecnologias também.”
Estiveram presentes também as startups Neosilos, e.feito Social, IrriGate e AeonVR, de Curitiba; Cattus e Ipro Gestão e Treinamentos, de Toledo; Mentor iPaaS e Jiantan de Maringá; SmartCRM LeadFinder, de Dois Vizinhos; Driva de São José dos Pinhais; Mineralle Science de Cascavel; Adsmat de Londrina; Belinq Tecnologia de Francisco Beltrão; e CashLocal de Pato Branco.
SHOW RURAL COOPAVEL – O Show Rural Coopavel é uma das maiores feiras de agropecuária da América Latina. Em 2024, o evento contou com um público de 391 mil pessoas e movimentou R$ 6,1 bilhões em negócios (financiamentos, contratos, parcerias e compras).
Em 2025, são 600 expositores de empresas nacionais e internacionais de diferentes áreas da cadeia do agronegócio. A expectativa é que mais de 360 mil pessoas participem do evento que acontece em um espaço de 720 mil metros quadrados.
Por AEN/PR
O volume de vendas do comércio paranaense cresceu 5,3% entre janeiro e dezembro de 2024, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (13). O aumento ao longo do ano superou a média nacional, que foi de 4,1%.
Ao longo de 2024, o Paraná ainda registrou um crescimento superior a alguns dos estados com as maiores atividades comerciais do Brasil, como São Paulo (1,9%), Minas Gerais (1,9%) e Rio de Janeiro (1,6%). Os números se referem ao comércio varejista ampliado, que inclui todos os segmentos do varejo, acrescidos da construção civil, do setor de automóveis e do atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Na comparação entre dezembro de 2024 e dezembro de 2023, o Estado também registrou um crescimento expressivo no volume de vendas, com alta de 2,4%. O índice foi quase o dobro do aumento registrado pelo Brasil na mesma comparação, que foi de 1,4%.
A pesquisa também mostrou o aumento na receita nominal, que é a diferença entre a receita total e as despesas de um negócio, a partir das vendas do comércio paranaense ao longo do ano. O crescimento do Paraná entre janeiro e dezembro de 2024 foi de 8,2%, superior à média nacional de 7,5%.
SEGMENTOS – O crescimento nas vendas do comércio do Paraná foi puxado pelo bom desempenho na comercialização de alguns segmentos específicos em que o Estado se destacou. As vendas paranaenses de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, cresceram 15,2% em 2024 e lideraram o segmento em todo o Brasil. O índice do Paraná neste setor aumentou mais do que o triplo da média brasileira (4,2%) e foi superior a estados como Rio Grande do Sul (13,4%), Santa Catarina (8,8%), Minas Gerais (4,5%) e São Paulo (3,1%).
Outro segmento de destaque no comércio paranaense foi o varejo de veículos, motocicletas e peças automotivas, que cresceu 17,9%, registrando o terceiro maior índice nacional no segmento, atrás apenas de de Goiás (23%) e Pernambuco (19,5%), e à frente de estados como Santa Catarina (17,2%), Minas Gerais (11,7%), Rio Grande do Sul (10,7%), São Paulo (8,3%) e Rio de Janeiro (3,5%).
Em relação à média nacional, a venda de materiais de construção no Paraná também se destacou, com alta de 13,4%. Foi o terceiro maior aumento do Brasil, atrás apenas de Bahia e Ceará, que registraram 14,5%. Neste recorte, o varejo paranaense superou estados como o Rio Grande do Sul (9,5%), São Paulo (5,2%), Minas Gerais (3,9%) e Santa Catarina (1,2%).
PESQUISA – A PMC acompanha o comportamento conjuntural do comércio varejista no país com indicadores de volume de vendas e de receita das empresas do setor com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Os dados completos podem ser consultados no Sidra, o banco de dados do IBGE.
Por AEN/PR
O setor de serviços do Paraná encerrou o ano de 2024 com um crescimento acima da média nacional, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na quarta-feira (12). O volume de serviços prestados no Estado cresceu 3,6% entre janeiro e dezembro, enquanto o crescimento médio nacional foi de 3,1%.
O levantamento também contém os dados referentes à atividade turística. Neste recorte, o Paraná cresceu 7,2% ao longo do ano de 2024, o que representa mais do que o dobro da média nacional, que foi de 3,5%.
Os números mostram a solidez da economia do Paraná, já que o setor de serviços é o que mais emprega no Estado, com mais de 61,2 mil novas vagas abertas em 2024, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), promovendo renda e desenvolvimento em todas as regiões do Paraná.
Na receita nominal de serviços, o Paraná também fechou o ano com um desempenho superior à média nacional. Neste caso, o aumento estadual foi de 8,3%, enquanto o Brasil teve um crescimento de 7,5%.
Na comparação entre dezembro de 2024 e dezembro de 2023, o Paraná registrou aumento, tanto no volume de serviços – de 1,2%, como na receita nominal, que avançou 4,8%.
ATIVIDADES – Todos os tipos de serviços registraram aumento no Paraná ao longo de 2024, segundo o IBGE. Com alta de 5,6% entre janeiro e dezembro, os serviços de informação e comunicação e os serviços prestados às famílias foram os que mais cresceram no Estado.
Já com aumento de 5% estão os serviços profissionais, administrativos e complementares e a atividade classificada como outros serviços, que engloba os serviços imobiliários, as atividades auxiliares aos serviços financeiros, as atividades de gestão de resíduos, esgoto, descontaminação, entre outros. Serviços de transporte tiveram aumento de 1,7%.
TURISMO – Ao registrar um crescimento de 7,2%, o dobro da média nacional, o Paraná fechou 2024 com o quarto maior aumento do país nas atividades turísticas, atrás apenas de Pará (9,7%), Santa Catarina (9%) e Bahia (8,4%). O Estado ainda ficou à frente de destinos turísticos tradicionais como Rio de Janeiro (6,3%), Minas Gerais (4,5%), Pernambuco (4,4%), Ceará (4%) e São Paulo (3,7%).
No índice de receita nominal, o crescimento do turismo paranaense foi de 11,3%, enquanto o aumento médio brasileiro foi de 9,7% no acumulado do ano de 2024.
PESQUISA – A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 pessoas ou mais ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.
Os resultados completos sobre o Paraná, Brasil e demais estados podem ser consultados no sistema estatístico Sidra, do IBGE.
Por AEN/PR
Com crescimento industrial de 4,2% em 2024, acima da média nacional, o Paraná registrou a maior expansão da produção entre os estados brasileiros em vários segmentos industriais no ano passado. É o que mostra um levantamento feito pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um dos destaques foi a indústria paranaense de material elétrico, que registrou ampliação de 36,4% da produção física em 2024, superando por larga margem o resultado da Bahia (26,1%), que teve o segundo maior aumento nacional.
Com incremento de 12,7%, a indústria de móveis também liderou o ranking nacional, superando o Rio Grande do Sul, que teve crescimento de 11% no ano passado. Da mesma forma, a indústria madeireira paranaense encabeçou o ranking dos estados, com um aumento de 12,4% em 2024, acima da taxa de 8,9% registrada por Santa Catarina, segundo colocado.
Outro setor em que o Paraná liderou foi a produção de bebidas, com expansão de 9,9% no ano passado, superando em mais de três pontos percentuais o resultado do Ceará, que evoluiu 6,5%.
EVOLUÇÃO – De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, a evolução é reflexo dos grandes investimentos industriais realizados no Estado nos últimos anos, fruto da política de incentivo fiscal liderada pelo Governo do Estado.
“Os excelentes números da produção da indústria paranaense refletem de forma direta o resultado de muitos esforços conjugados, como os vultosos investimentos que o setor realizou em seus parques industriais, o apoio das políticas públicas de atração de investimentos e a abertura de novos mercados”, afirmou.
A indústria de bebidas é um exemplo, com grandes aportes de gigantes como a Heineken, que investiu R$ 1,5 bilhão em sua planta em Ponta Grossa, e novos empreendimentos como a Maltaria Campos Gerais, inaugurada no ano passado também em Ponta Grossa. Ambos tiveram apoio do programa Paraná Competitivo, do Governo do Estado.
Desde 2020, empresas do setor da cerveja investiram cerca de R$ 5 bilhões não apenas para a fabricação da bebida no Estado, mas também de outros insumos usados no processo, desde o malte até as garrafas.
A expansão industrial se reflete, ainda, no crescimento de outros setores da economia e também movimenta o mercado de trabalho. O Paraná se tornou o terceiro maior empregador da indústria no Brasil, com 973 mil empregados no setor.
“A participação da indústria no PIB paranaense vem aumentando gradativamente, assim como o estoque de pessoas empregadas no setor”, salientou o diretor-presidente do Ipardes.
Por AEN/PR