Após nove dias, forças de segurança do Paraná concluem identificação das vítimas da explosão em Quatro Barras

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informa que as nove vítimas da explosão ocorrida no dia 12 de agosto na fábrica Enaex Brasil, localizada em Quatro Barras, foram oficialmente identificadas.

A confirmação das identidades foi possível graças ao trabalho conjunto e intensivo das equipes da Polícia Científica do Paraná (PCP), responsáveis pela identificação genética de vestígios, e da Polícia Civil do Paraná (PCPR), que atuou por meio da papiloscopia na análise de impressões digitais.

“Desde o primeiro momento, todos os esforços foram concentrados para garantir uma identificação precisa e respeitosa das vítimas, utilizando o que há de mais avançado em tecnologia e perícia”, afirma o secretário da Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira. “Nosso compromisso é com a verdade, transparência e, acima de tudo, com o acolhimento das famílias. Seguimos empenhados para esclarecer todos os detalhes dessa tragédia.” 

O trabalho foi organizado para garantir uma busca criteriosa, resultando na coleta de aproximadamente mil vestígios, analisados detalhadamente pelos laboratórios da Polícia Científica e pela Polícia Civil. A identificação das vítimas seguiu rigorosamente o protocolo internacional de Disaster Victim Identification (DVI), reconhecido por sua metodologia científica em situações de múltiplas vítimas. 

A operação envolveu aproximadamente 80 profissionais da Polícia Científica, atuando de forma coordenada em diversas etapas simultâneas: enquanto equipes de antropologia trabalhavam no local da explosão, outros profissionais realizavam a separação das amostras biológicas, e os laboratórios de genética concentraram-se exclusivamente neste caso.  Para agilizar a identificação, os perfis genéticos dos familiares foram inseridos no sistema. 

“Diante da complexidade do cenário, os trabalhos exigiram coleta minuciosa de vestígios e a integração de diferentes equipes forenses, garantindo rigor técnico e celeridade no processo”, destaca Leonel Letnar, chefe da Divisão Operacional da Polícia Científica do Paraná. “Essa integração permitiu que as identificações fossem concluídas em cerca de 10 dias, um tempo rápido diante da complexidade da ocorrência”.

Em acidentes de grande proporção, a Polícia Civil (PCPR) também aciona imediatamente uma equipe especializada para atuar na coleta necropapiloscópica, procedimento essencial em desastres em massa. Papiloscopistas realizam o levantamento dos registros de impressões digitais das vítimas, agilizando o processo. Sempre que fragmentos compatíveis são encontrados, são rapidamente encaminhados à unidade para análise minuciosa.

“O processo exige técnicas específicas, já que a coleta de impressões digitais em situações como essa requer um tratamento especial. Com isso, as imagens são comparadas dedo a dedo com os registros disponíveis nos prontuários. Graças à atuação integrada e precisa, foi possível identificar, em pouco tempo, seis fragmentos encaminhados do local do acidente”, explica a papiloscopista chefe do Setor de Perícia Necropapiloscópica, Ana Libera Weber.

A atuação foi de identificação foi realizada por profissionais da Polícia Científica e da Polícia Civil do Paraná, sem a necessidade de apoio de equipes de outros estados. Apesar da complexidade do caso, a capacidade técnica e a estrutura próprias das instituições permitiram conduzir todo o processo com segurança e eficiência.

INVESTIGAÇÃO – Desde o início da ocorrência, profissionais da Polícia Científica, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros foram mobilizados, atuando na coleta e análise dos vestígios, no isolamento da área e no apoio direto às famílias das vítimas. A apuração sobre as causas da explosão segue em andamento e está sendo conduzida pela Delegacia de Quatro Barras. 

O inquérito segue em andamento para garantir que todos os detalhes do caso sejam apurados com a máxima transparência e responsabilidade. Paralelamente, equipes especializadas continuam prestando suporte psicológico e assistência às famílias das vítimas, que também foram recebidas em reunião para atualização das informações e orientações sobre os próximos passos. 

Com a conclusão da identificação das vítimas, os esforços passam agora a se concentrar no esclarecimento das causas da explosão.

 

 

 

 

 

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 Bons Olhos supera metas de atendimentos e amplia acesso à saúde ocular de estudantes

O Programa Bons Olhos Paraná ultrapassou o número de atendimentos oftalmológicos previstos em alunos do 1º ao 9º ano da rede pública do Estado.

Desde o início das atividades, em abril de 2025, até esta semana, a iniciativa já realizou 74.759 atendimentos, superando em 11,37% a meta inicial estabelecida de 67.128 procedimentos. A ação foi criada pelo Governo do Estado e é executada por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef).

Outro destaque na execução do programa é a realização dos testes ortópticos, que avaliam a movimentação ocular e ajudam a identificar problemas como estrabismo. A meta inicial previa 14.500 testes, mas o número de procedimentos realizados chegou a 49.635, ultrapassando a meta em mais de 325%.

A iniciativa segue com atendimentos até o dia 5 de setembro para atingir outros objetivos estabelecidos. É o caso da seleção para consultas oftalmológicas, que alcançou 12.262 estudantes, com 84,57% da meta cumprida. Os chamados pacotes básicos de consultas, assim como exames especializados como retinografia, biomicroscopia de fundo de olho e mapeamento de retina, somaram 10.407 atendimentos cada, o que corresponde a 71,77% da meta estipulada para essas etapas. 

Já as triagens oftalmológicas nas escolas, etapa inicial do processo, alcançaram 49.635 alunos, o que representa 73,94% da meta prevista.

Criado pelo governo estadual com o objetivo de garantir o acesso gratuito a exames oftalmológicos e óculos de grau para alunos do Ensino Fundamental, o programa vem se destacando como uma das principais iniciativas de saúde preventiva voltada a crianças e adolescentes da rede pública de ensino. Além disso, contribui para melhoria do desempenho escolar.

É o que diz o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni. “Os benefícios do Bons Olhos Paraná vão além da assistência médica. A iniciativa representa uma transformação concreta na vida dos estudantes, pois garante condições para que eles possam aprender com mais autonomia e dignidade, superando barreiras causadas por dificuldades de visão que frequentemente comprometem o desempenho escolar”, explica.

Financiado com R$ 5,5 milhões do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), com deliberação do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca/PR), o Bons Olhos Paraná atende estudantes de 93 municípios paranaenses, com idades entre 6 e 17 anos. A proposta do programa vai além da correção visual: trata-se de uma estratégia de prevenção de doenças oculares e promoção da inclusão social, contribuindo para a melhora do rendimento escolar e para o fortalecimento da autoestima dos alunos.

ÓCULOS – Na etapa final do processo, após o diagnóstico realizado por especialistas, os estudantes recebem óculos de grau com lentes antirreflexo e armações de acetato, que oferecem conforto e durabilidade. Até o momento, 6.377 alunos já foram beneficiados com os óculos. Desses, 3.657 já receberam os equipamentos, 1.041 estão prontos para entrega e 1.679 encontram-se em fase de confecção. A meta do programa é entregar 10.900 óculos até o final do mês de setembro. 

 

 

 

 

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 Paraná é o estado que mais investiu em educação em 2025, aponta Tesouro Nacional

O Paraná é o estado brasileiro que proporcionalmente mais aplica recursos na educação, segundo o Relatório Resumido de Execução Orçamentária dos Estados e do Distrito Federal , publicado nesta quarta-feira (20) pelo Tesouro Nacional. Os dados, referentes ao primeiro semestre de 2025, apontam que 24% de todas as despesas líquidas do Estado foram para esta área.

Os estados do Acre e do Amapá dividem a liderança com o Paraná, com a diferença que o estado paranaense tem uma aplicação absoluta de recursos muito maior do que os outros dois estados. Ao todo, o Paraná destinou R$ 7,78 bilhões para a educação nos seis primeiros meses de 2025, enquanto no Acre o gasto foi de R$ 1,23 bilhão e no Amapá foi de R$ 990 milhões.

Na sequência, estão Distrito Federal (19%), São Paulo (19%), Pará (18%), Amazonas (17%), Maranhão (17%), Mato Grosso do Sul (17%), Paraíba (17%), Roraima (17%) e Rio Grande do Sul (17%).

A média nacional de despesas proporcionais estaduais com educação é de 16,3%, segundo o relatório, com R$ 4,1 bilhões em média gastos com a pasta. No caso do Paraná, o investimento proporcional é 47% superior à média. Já em números absolutos, o aporte na educação ficou 89,8% acima da média dos estados.

“O relatório mostra o quanto Paraná coloca a educação no topo das prioridades. Estamos investindo mais do que a média dos estados para modernizar a infraestrutura das escolas, apoiar o trabalho de professores e criar ambientes mais acolhedores para os nossos alunos. Não são apenas obras, mas um investimento no futuro que garantem oportunidades reais de aprendizado e desenvolvimento para cada estudante da nossa rede pública”, disse o secretário de Educação, Roni Miranda.

INVESTIMENTOS – O Paraná tem feito investimentos recordes na educação, desde melhorias nas estruturas físicas das escolas até programas multidisciplinares que capacitam os alunos paranaenses.

De janeiro a junho de 2025, o Paraná já investiu mais de R$ 1 bilhão em infraestrutura escolar, com recorde histórico na rede estadual. Entre as ações, estão a entrega de sete novas escolas, além de outras sete em construção para entrega ainda neste ano.

Além disso, o Estado investiu R$ 116 milhões na compra de quase 10 mil aparelhos de ar-condicionado e R$ 150 milhões na adequação elétrica das escolas, com a meta de climatizar todas as salas de aula até março de 2026. Atualmente, mais de 300 obras estão em execução nas escolas estaduais do Paraná.

O Estado também destinou para todo o ano R$ 132 milhões para reformas emergenciais nas escolas pelo programa Escola Mais Bonita. Os recursos que já foram aplicados ajudaram a reformar 1.600 colégios em todo o Estado, o que equivale a 70% do total de serviços a serem concluídos por intermédio do programa.

Para capacitar tecnologicamente os colégios, a Secretaria de Educação já instalou antenas Starlink em 159 escolas indígenas e quilombolas, e ampliou a capacidade de rede, que passou de 25 Gbps para Gbps no primeiro semestre. Ao longo do ano, o Estado também vai entregar 25 mil tablets, 32 mil chromebooks, 15 mil desktops e mais de 180 mil fones de ouvido.

Além disso, o Paraná também investe no maior programa de intercâmbio estudantil do Brasil voltado às redes estaduais de ensino. Desde 2022, mais de 2,5 mil estudantes, professores e diretores já viajaram para o Exterior, com investimentos de mais de R$ 500 milhões.

RESULTADOS – O aumento nos investimentos na área ao longo dos últimos anos tem como resultado o melhor desempenho do Brasil no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). No ensino médio, o Estado lidera o ranking nacional com nota 4,9. Nos anos finais do ensino fundamental, o Paraná tem nota 5,5, empatado com Ceará e Goiás.

Já nos anos iniciais, liderados pelos municípios e com apoio da Secretaria de Estado da Educação, por meio do programa Educa Juntos, o Paraná também está no topo do ranking com nota 6,7.

 

 

 

 

 

 

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 Com 73 mil entrevistas, Ipardes conclui pesquisa de campo do perfil socioeconômico do Paraná

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) concluiu a etapa de visitas domiciliares da Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR). Foram visitadas 73 mil residências, urbanas e rurais, distribuídas nos 361 municípios das 29 regiões geográficas.

O questionário coletou informações referentes à infraestrutura domiciliar, nível de escolaridade, perfil dos moradores e hábitos e condições alimentares. Os dados estão sendo compilados pelas equipes técnicas, com aplicação da modelagem estatística para ponderação e expansão da amostra, e devem ser divulgados ainda em 2025 em um painel interativo.

Maior levantamento já conduzido por um governo estadual no País, a PAD-PR será mais ampla e detalhada em relação à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz 20 mil entrevistas no Paraná. A pesquisa é financiada com recursos do Fundo Paraná, gerido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e que conta com 2% da receita tributária anual do Governo do Estado.

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, destacou que a pesquisa fará com que o Estado tenha uma gama maior de informações e indicadores socioeconômicos. “O Ipardes terminou a fase de coleta de campo, nas áreas rurais e urbanas, e fomos muito bem recebidos. Agora estamos na fase interna, com modelagem matemática e estatística, para interpretação dos dados”, afirmou.

Segundo ele, os dados vão ajudar inclusive na elaboração de orçamento do Governo do Paraná e prefeituras. “Os números divulgados pelo IBGE dão uma direção de como o Estado está evoluindo, mas com o PAD-PR teremos um recorte mais específico e regionalizado sobre a situação atual e as perspectivas do futuro do Paraná. Com isso, identificaremos regiões com dificuldades e trabalharemos para elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná”, comentou.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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