Com rede especializada, Estado garante educação para alunos hospitalizados

Uma aula de história com dois apaixonados pela investigação. De um lado, o professor da rede estadual de ensino do Paraná, Rudimar Bertotti, do outro, o aluno Eliel Davi Martins, do 6º de um colégio em Ponta Grossa.

Enquanto o professor fala sobre a importância da investigação dos fatos para conhecer e entender a história, Eliel, aos 10 anos, tem um sonho: ser cientista para investigar e descobrir a cura do câncer.

A aula com a troca entre professor e aluno só tem um detalhe: ela não acontece em uma sala de aula. Rudimar é um dos professores do Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh), coordenado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), e Eliel, trata uma leucemia linfoide aguda (LLA), descoberta algumas semanas depois que o garoto completou 10 anos em dezembro do ano passado.

O estudante é acompanhado pela equipe do Sareh desde a primeira etapa do tratamento em Curitiba, e agora retornou à escola em sua cidade, Ponta Grossa, onde vai seguir acompanhado pela equipe educacional (da escola de origem e do Sareh) até o fim do tratamento. Durante este período, caso precise ficar mais tempo em Curitiba, retorna para as aulas presenciais com a equipe do serviço estadual.

“Eu acordei no dia 10 de dezembro com muita dor no meu joelho e não passava, quase não conseguia andar”, relembra Eliel. Até o diagnóstico, houve piora no quadro e necessidade de internação, seguida da notícia da necessidade de mudança para a Capital. “Eu fiquei um pouco triste, mas sabia que era para o meu bem”.

Durante a primeira fase do tratamento, Eliel e seu pai foram recebidos na instituição APACN (Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia), uma das 19 unidades, entre hospitais, comunidades terapêuticas e espaços de acolhimento, em todo o Estado no qual o Sareh trabalha para garantir o direito constitucional à educação das crianças e adolescentes.

Atualmente, 450 estudantes do 6º ao 9º ano e das três séries do Ensino Médio, continuam recebendo aulas nas unidades em que se recuperam.

“Desse cenário ruim e triste, de todas as restrições que o Eliel teve, o que deixou ele mais triste, foi a de que ele não poderia ir para a escola esse ano”, conta Luciano Martins, pai de Eliel.

Segundo ele, ao chegar em Curitiba para começar o tratamento e descobrir que o filho seguiria com as aulas por meio do Sareh, o momento foi de celebração. “Para ele foi uma alegria, uma maravilha. Ele fica ansioso para os dias de aula aqui. Além da importância de continuar os estudos e estar aprendendo, isso também ajuda o psicológico e o emotivo dele, contribui para um todo, diante da situação”, diz.

O pai conta que a vontade de ser cientista vem desde pequeno, mas ficou ainda mais forte depois que a mãe de Eliel lutou contra um câncer no intestino por três anos e faleceu há sete meses. “Ele diz que agora mais do que nunca ele vai ser cientista para descobrir a cura do câncer”, afirma.

Eliel, que diz gostar de matemática e inglês, mas emenda rapidamente que gosta de “todas as disciplinas”, enumera as razões pelas quais aprova as aulas do Sareh. “Eu me distraio e não fico pensando só no tratamento, eu consigo aprender e cada vez mais o tempo passa mais rápido para eu chegar perto de ir para casa”, planeja.

O professor Rudimar reconhece a dedicação de Eliel e explica que o Sareh proporciona um olhar específico para cada aluno, levando em consideração o momento pelo qual os alunos estão passando. “Neste atendimento, a gente avalia a situação de cada estudante. O Eliel, por exemplo, é muito avançado para a idade dele, então adaptamos as aulas para a etapa que ele se encontra. Mas já atendemos, por exemplo, um aluno que por conta de um tumor teve problemas motores e adaptamos todo o conteúdo fazendo o uso de outras ferramentas nas aulas”, conta.

  • Projeto Sareh
Foto: Ricardo Ribeiro/AEN


ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO – O atendimento do Sareh acontece por meio de um termo de parceria assinado entre a Seed e a instituição que atende o estudante durante o tratamento de saúde. “É uma política do Estado do Paraná que apenas em 2024 atendeu 10 mil alunos. Os atendimentos são feitos sempre por uma equipe composta por um pedagogo e professores das áreas de Humanas, Exatas e Linguagens”, explica a coordenadora pedagógica de Educação Especial da SEED, Claudia Camargo Saldanha.

Atuando no Sareh como pedagoga há 17 anos, Elaine Marques, explica que os atendimentos são caso a caso, levando em consideração todo o aspecto psicológico que o aluno enfrenta durante o período de afastamento para tratamento de saúde.

“Primeiro fazemos uma sondagem para ver como esse aluno está, para entender em qual nível de conhecimento ele se encontra, independente da série. É a partir disso que vamos montar o plano de aulas, respeitando o momento dele. Normalmente o aluno em um período está no hospital ou recebendo a medicação, então é verificado se ao retornar, é possível manter as aulas no período contrário, levando em consideração a condição física e emocional do aluno”, detalha.

Segundo ela, todas as atividades são enviadas para a escola de origem, inclusive com sugestão de notas. “A sensação de pertencimento ao mundo escolar ajuda muito o estudante a perceber que ele não precisa interromper todos os seus sonhos, mostrando que é possível continuar seus estudos, priorizando a saúde, mas evoluindo, aprendendo e mantendo o vínculo com a escola e com os colegas. Escola é vida e isso para o psicológico e para o tratamento é muito importante”, salienta.

Embora o Sareh seja um serviço destinado aos estudantes da rede pública do Paraná, muitas crianças e adolescentes de outras localidades vêm ao Estado para o tratamento de saúde. “Quando isso acontece, nós também fazemos atividades com eles, com os nossos professores que atuam dentro das instituições parceiras, dentro das especificidades que cada aluno precisa”, detalha a coordenadora pedagógica da Secretaria da Educação, Claudia Saldanha.

É o caso da estudante carioca Bruna Fernandes Pinto de Oliveira, que tem 14 anos e está em Curitiba após passar por um transplante de medula para tratar de uma leucemia mieloide crônica, descoberta quando ela tinha apenas dois anos. “Minha mãe não pode estudar e sempre me aconselha a seguir estudando. Aqui eu gosto porque fica eu e a professora e ela pode me ensinar mais, na sala de aula são muitos alunos, fica difícil a atenção para uma aluna só. Eu já quis parar de estudar, sabe? Mas aí no hospital eu me mantive forte, porque passei por isso tudo, queria crescer, fazer minha faculdade, tudo”, reflete.

Os alunos são acompanhados pela equipe do Sareh durante todo o tratamento, mesmo em fases mais adiantadas, como a de manutenção, quando voltam aos hospitais/instituições para fazerem exames de rotina. Nestes casos, as aulas acontecem de maneira remota, para alunos do Paraná e de todo o Brasil.

Mais informações sobre o programa estão disponíveis neste site.

 

 

 

 

 

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 Com 44% das exportações de frango, Paranaguá é a principal rota de saída da carne brasileira

A Portos do Paraná ampliou sua participação nas exportações brasileiras de proteína animal congelada, atingindo 35,1% do total nacional nos cinco primeiros meses de 2025. Com esse desempenho, o Porto de Paranaguá mantém o título de maior corredor exportador de carnes do Brasil.

Entre janeiro e maio, foram embarcadas 1.280.167 toneladas com destino a países como China, Japão, Emirados Árabes e Arábia Saudita, entre outros. O volume representa um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado, considerando as remessas de carnes de frango, bovina e suína.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, com destaque para o Paraná, líder em produção. O Porto de Paranaguá concentra o maior terminal exportador de aves congeladas do planeta, responsável por 44,1% de toda a produção nacional enviada ao Exterior — mais que o dobro da participação do Porto de Santos, que registrou 20,9%. Em 2024, Paranaguá respondeu por 48% das exportações brasileiras de aves de corte.

“Esses resultados são fruto de uma administração dedicada à execução inteligente das operações e a investimentos logísticos consistentes. É um trabalho construído com o apoio de toda a comunidade portuária. O aumento da profundidade do nosso canal, por exemplo, permite embarcar mais carga sem elevar os custos operacionais para quem exporta”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

De janeiro a maio deste ano, os embarques de aves congeladas aumentaram 2,5%, mesmo diante das restrições impostas por alguns países em razão de um caso isolado de gripe aviária no Rio Grande do Sul. Foram movimentadas 923.477 toneladas, ante 900.909 toneladas registradas no mesmo período de 2024.

CARNE BOVINA – Paranaguá também se destaca nas exportações de carne bovina, com a segunda maior movimentação entre os terminais brasileiros. Até maio, houve um crescimento expressivo de 50,9% em relação ao ano anterior, passando de 183.570 toneladas para 276.969 toneladas.

“Somos a principal porta de saída para as carnes de frango, bovina e suína do Brasil. Isso comprova a eficiência dos portos do Paraná", afirmou o diretor de Operações Portuárias, Gabriel Vieira. "Temos estrutura para diversos tipos de carga, e esses números evidenciam nosso papel como corredor logístico multipropósito. O que o Paraná e o Brasil produzirem, temos capacidade de exportar”. 

PRODUÇÃO QUE IMPULSIONA – O Paraná lidera a produção nacional de proteína animal, com destaque para a carne de frango, sendo responsável por 34,6% da produção brasileira no acumulado de janeiro a março de 2025, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação à carne suína, o Estado ocupa a segunda posição, com 21,9% do total nacional, no mesmo período. 

Já na pecuária bovina, embora com participação menor, o Paraná apresentou crescimento no primeiro trimestre: foram 354 mil cabeças abatidas entre janeiro e março, um acréscimo de 14,2 mil em relação ao mesmo período de 2024 — equivalente a 3,6% da produção nacional.

De acordo com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em 2024 o Paraná abateu mais de 2,2 bilhões de cabeças de frango, 12,4 milhões de cabeças de suínos, quase 629 mil bovinos e produziu mais de 180 mil toneladas de peixes.

Essa capacidade produtiva movimenta intensamente a cadeia industrial. O Estado reúne uma das maiores estruturas do País dedicadas ao abate e ao processamento de carnes, com 557 empresas atuando no setor. “Todo esse complexo produtivo requer um equipamento logístico marítimo eficiente que garanta a entrega com a maior precisão possível”, conclui o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

 

 

 

 

 

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 Estado pagará reajuste dos professores em folha complementar dia 11 de julho

O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, e o secretário estadual da Administração e Previdência (Seap), Luizão Goulart, anunciaram nesta sexta-feira (27) aos professores da rede estadual que o Governo do Estado pagará o reajuste da categoria por meio de uma folha complementar no dia 11 de julho, retroativo a abril de 2025.

Roni Miranda destacou que o objetivo é garantir que os professores e pedagogos recebam os salários atualizados antes do encerramento das atividades letivas, aproveitando o período de recesso do meio do ano. “Queremos que os nossos professores e pedagogos já possam descansar ou viajar com os salários na conta”, afirmou.

O secretário Luizão Goulart reforçou que a equipe técnica da Seap foi instruída a agilizar o processo, comprometendo-se com a celeridade, em parceria com os técnicos da Secretaria da Fazenda. “Farão um esforço extra nesses dias para cumprir o prazo de conclusão da folha  complementar, já que o reajuste é muito aguardado”.

O reajuste do salário do magistério estadual será entre 4,4% e 11,31% em algumas classes, com média de 8,3%, beneficiando 68 mil professores ativos e 40 mil inativos, que também terão os vencimentos reajustados. O aumento ficará em torno de R$ 500,00 e o menor valor para o primeiro nível em uma  jornada de 40 horas será de R$ 6,6 mil para funcionários da ativa, incluindo benefícios.

O piso nacional para o mesmo período, na base da carreira, é de R$ 4,8 mil. Além da nova tabela do salário-base, os profissionais ainda recebem auxílio-transporte (R$ 891,32) e gratificação de tecnologia e ensino (R$ 846,32).

O reajuste abrange os professores que têm jornadas de 20 horas e 40 horas. “Os professores com cargos de 20 horas semanais podem trabalhar com aulas extras, recebendo o valor proporcional da carga horária trabalhada. E os profissionais do topo da carreira podem ter uma remuneração de mais de R$ 13,9 mil com a soma de salário, auxílio e gratificação”, reforça o secretário da Educação.  

Os valores serão aplicados para todos os níveis e todas as classes do Quadro Próprio do Magistério (QPM). E os do Quadro Único de Pessoal (QUP) serão incorporados ao QPM. O impacto da mudança será de cerca de R$ 456 milhões por ano na folha de pagamento do funcionalismo estadual. 

A professora de História Camila Quadros leciona na rede privada há alguns anos e em 2025  ingressou na rede estadual por meio de concurso. Ela enalteceu o que encontrou no Colégio Estadual Dona Carola, em Curitiba, e a conquista da categoria. “Eu encontrei uma escola organizada, bons alunos, me impressiona bastante”, elogiou. “O reajuste, para mim que estou chegando agora, é uma conquista e uma forma de reconhecimento”.

Como Camila, o Governo do Estado nomeou mais de 3,4 mil profissionais do último concurso público, e prevê nomear mais 1,1 mil professores. O objetivo é valorizar a carreira na rede de ensino e reconhecer o empenho dos profissionais na formação dos estudantes paranaenses. 

VALORIZAÇÃO – O Paraná está entre os estados que mais investem em educação no Brasil. Em 2024, foram destinados mais de R$ 17,5 bilhões ao ensino de crianças, jovens e adultos, o que correspondeu a 32,28% da receita líquida de impostos, o maior percentual do País. 

"Este investimento faz parte dessa política de valorização da educação. E o resultado é o Estado estar entre os primeiros no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com as melhores médias tanto no ensino médio, como no ensino fundamental, na soma dos ensinos público e privado", afirma o secretário da Educação.

Neste ano, o Governo do Estado também possibilitou que 2 mil professores da rede ampliassem suas jornadas de 20 para 40 horas com a dobra de padrão. A medida era uma demanda histórica da classe e impacta diretamente na previsibilidade profissional e financeira dos profissionais, além de oferecer um ensino ainda mais qualificado aos alunos.

 

 

 

 

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 Segurança e economia: Copel orienta paranaenses sobre uso de equipamentos no inverno

Nos dias frios de inverno, a busca pelo conforto térmico faz crescer o uso de aquecedores, chuveiros elétricos em potência máxima, entre outros equipamentos elétricos. É uma rotina da estação que exige cuidado e atenção, tanto no que diz respeito ao aumento pontual no consumo de energia, como nas ligações elétricas.  

A orientação da Copel é que os clientes estejam atentos ao aumentar o uso de equipamentos elétricos em suas residências. O gerente da Divisão de Gestão da Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Copel, Fernando Bauer, destaca que o uso de equipamentos certificados, com selo de eficiência energética do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) ou do Programa Nacional de Conservação da Energia Elétrica (Procel), é o primeiro passo para buscar economia e segurança.

“São aparelhos que exigem menos energia e garantem o mesmo desempenho, ajudando a reduzir o impacto ambiental e o gasto doméstico”, explica. 

No caso do uso de chuveiros elétricos e aquecedores, Bauer orienta que é importante evitar o uso prolongado dos equipamentos, reduzindo o tempo do banho e não utilizando a potência máxima de temperatura, que consome mais energia. Quando a temperatura está mais amena, a orientação é colocar o equipamento na posição “morno”. 

“Quando falamos em aquecedor, da mesma forma, é importante utilizar por pequenos espaços de tempo, fazendo uso do timer para não precisar ficar ligado, por exemplo, a noite inteira”, reforça o gerente de Gestão da Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Copel. 

SEGURANÇA – Com a tendência de uso de equipamentos com potências maiores nos dias mais frios, a segurança nas ligações elétricas é uma questão que deve ter atenção prioritária nas residências.  

“É importante que o consumidor observe se as tomadas não estão apresentando algum aquecimento anormal, porque isso pode indicar um mau contato”, orienta Bauer. Nesses casos, é indicado procurar a assistência técnica do fabricante ou um eletricista particular para a verificação das instalações da residência. Convém lembrar que a Copel não realiza inspeções internas”. 

Outro alerta deixado pelo especialista é não ligar muitos equipamentos na mesma tomada, com a utilização de extensões ou adaptadores, os chamados “benjamins”, principalmente os de alto consumo, como ferro de passar roupa e aquecedores. “São equipamentos que exigem mais da rede elétrica e podem provocar aquecimento anormal e causar algum dano maior”, alerta. 

A atenção a esses detalhes ajuda a evitar problemas maiores. De acordo com a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), o Paraná registrou, em 2024, 129 incêndios de origem elétrica.   

Independentemente da época do ano, a troca das lâmpadas incandescentes ou fluorescentes por lâmpadas com tecnologia LED, bem como a realização de manutenções periódicas em geladeiras, observando como está a condição das borrachas, são fatores que também contribuem para o uso eficiente de energia. 

DE OLHO NO CONSUMO – A Copel está trocando, em várias regiões do Paraná, os medidores de energia convencionais por medidores inteligentes. Quem já recebeu essa nova tecnologia pode acompanhar o consumo diário por meio do aplicativo da Copel. Esse acompanhamento permite identificar desperdícios, planejar melhor os gastos e até detectar variações anormais que possam indicar problemas elétricos internos. 

Os consumidores que ainda não contam com a Rede Elétrica Inteligente, podem fazer a simulação do consumo no site da Copel. Basta acessar este link

Dicas para economizar com energia elétrica no inverno:

- Utilizar equipamentos certificados com selo do Inmetro ou Procel.   

- Evitar banhos prolongados e chuveiros em potência máxima. 

- Fazer uso do timer em aquecedores.  

- Utilizar ar-condicionado em temperatura próxima de 23 graus.  

- Trocar as lâmpadas incandescentes por lâmpadas LED, que economizam e duram mais.  

- Aproveitar a luz natural durante o dia para diminuir a necessidade de iluminação artificial. 

Dicas de segurança:

- Não ligar muitos aparelhos na mesma tomada ou extensão.  

- Verificar a capacidade do disjuntor e a qualidade da fiação elétrica.  

- Manter os aparelhos longe de materiais inflamáveis, como cortinas e roupas.  

- Não esquecer de desligar os equipamentos após o uso. 

- Atenção ao executar consertos em instalações elétricas quando o chão estiver úmido ou molhado. Com água, o risco de choque é muito maior. 

 

 

 

 

 

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 Sanepar Rural beneficia 520 mil pessoas com água tratada em comunidades no campo

O Programa Sanepar Rural está levando para municípios das regiões Oeste e Sudoeste água tratada de qualidade para mais de 4,8 mil pessoas que moram na área rural. Executado em parceria com o Governo do Estado, prefeituras e a comunidade, desde 2022, está sendo implantado em 26 comunidades rurais das duas regiões.

Por meio do programa, criado há mais de 40 anos, foram executadas mais de 2,4 mil obras e implantadas cerca de 128 mil ligações de água para atender, hoje, cerca de 520 mil pessoas que vivem nas comunidades rurais em todas as regiões do Paraná.

O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, destaca que o Governo do Paraná está dando mais ênfase neste programa para que o benefício da água tratada alcance mais moradores das áreas rurais.

“Temos vivido crises climáticas severas que afetam sobremaneira os mananciais de abastecimento, principalmente, nas propriedades rurais que necessitam desse bem para seu negócio, para a dessedentação das criações e para as necessidades básicas das famílias que vivem do campo”, disse ele. “É nesta perspectiva que temos buscado atender as solicitações dos municípios nesse quesito”.

OBRAS NO OESTE E SUDOESTE - Para essas duas regiões do Estado a Sanepar está investindo, até o final de 2026, mais de R$ 8,7 milhões para que sejam operacionalizados poços para levar a água tratada a 1.220 imóveis. A rede de distribuição vai alcançar quase 359 mil metros a fim de garantir que a água potável, com qualidade, beneficie os núcleos de comunidades rurais, no caminho da universalização da água potável.

Recentemente, com a conclusão de obras, cinco comunidades já estão usufruindo do sistema de abastecimento de água.

Na região Sudoeste, o sistema foi implantado e está operando na Linha São Bento, no município de Flor da Serra do Sul; na Linha São Sebastião, em Mariópolis; na Linha São Brás, no município de Salgado Filho; e na Linha Dutra, em Santo Antônio do Sudoeste. No total, 596 pessoas recebem água tratada em suas propriedades. No Oeste do Estado, a comunidade da Linha Caciq, em São Miguel do Iguaçu, está com o sistema abastecendo 188 pessoas.

O prefeito de Salgado Filho, Volmar Duarte, falou que a obra do assentamento na comunidade de São Brás era esperada há bastante tempo, da rede de água que beneficia diretamente 18 famílias.

“É um projeto extraordinário da Sanepar e, consequentemente, do Governo do Estado, em parceria com o município de Salgado Filho. Foram investidos aproximadamente R$ 500 mil, divididos entre o município e a Sanepar. Temos de agradecer à companhia por este olhar para a questão social. São as famílias recebendo água de qualidade e melhorando a qualidade de vida”, disse.

Outros 17 sistemas estão com as obras em andamento. Na região Sudoeste, até 2026, estarão com o sistema de abastecimento operando a Linha Bom Jesus, no município de Bela Vista da Caroba; a Linha Boa Vista do Iguaçu, em Boa Esperança do Iguaçu; a Linha Pedregulho, em Coronel Domingos Soares; a comunidade de Santo Antônio da Jacutinga, em Coronel Vivida; e a Linha São Lourenço, no município de Dois Vizinhos.

Também estão contempladas a Linha Sqena, em Manfrinópolis, a Linha Vitória, em Pérola do Oeste; a comunidade do Assentamento João de Paula I, no município de Renascença; linhas São Roque/São Miguel/São Cristóvão, em Itapejara do Oeste; e a Linha Sanga Alegre, em Santo Antônio do Sudoeste. Essas obras vão levar água tratada para 3,5 mil pessoas.

Na região Oeste, as comunidades que estão com obras em implantação são a do Centralito, em Cascavel; o Assentamento Ander Rodolfo Henrique, no município de Diamante do Oeste; a Vila União, em Diamante do Sul; a comunidade Bela Vista, em Guaraniaçu; a comunidade Estrada Malvina, em Jesuítas; as comunidades São Sebastião/Estrada Iporã, no município de Nova Aurora; a Linha Gustavo, em Ouro Verde do Oeste.

Edimara Biazus do Prado foi escolhida há 20 anos pela comunidade de Centralito, em Cascavel, para cuidar do sistema já em operação e que passa por ampliação.

De acordo com ela, algumas questões estavam dificultando o abastecimento de forma regular para todas as regiões do distrito. “A instalação da nova rede é uma bênção. Temos famílias que têm sido abastecidas com caminhão-pipa ou que dependem da água emprestada de outras empresas particulares porque não têm outro meio de receber a água. Essa rede é essencial para nossa comunidade. São mais de 100 famílias que já utilizam dessa rede de água, inclusive as escolas municipal e estadual”, afirmou.

Edimara diz ainda que a parceria entre os órgãos governamentais e a comunidade é fundamental. “A união é que faz a força. Nós como comunidade não teríamos conseguido se não fosse essa união dos órgãos porque é uma obra que demanda um valor muito alto, demanda equipamentos da prefeitura e da Sanepar. É uma obra que veio para beneficiar muito a nossa comunidade”, disse.

O gerente-geral da Sanepar, Márcio Luis de Souza, explica que a companhia, junto com os municípios, está fazendo todo o esforço para garantir a execução das obras. “A Sanepar entra com os projetos, materiais hidráulicos e eletromecânicos, sistema de automação, fornecimento dos equipamentos de medição e da ligação da água, e o treinamento para os operadores do sistema. Além disso, a contração e instalação de toda estrutura eletromecânica fica sob a responsabilidade da Sanepar”, destacou.

Ele explica que, ao município, cabe o fornecimento de equipamentos e da mão de obra para execução das valas, assentamento das tubulações e implantação dos hidrômetros. “Já a comunidade fica responsável por organizar o sistema, a associação comunitária, elaborar o estatuto da gestão da água e a operação do sistema após a conclusão das obras. Uma parceria tríplice que tem dado bons resultados e proporcionado melhoria da qualidade de vida da população”, disse.

MAIS COMUNIDADES ATENDIDAS – Iniciam ainda neste ano as obras nas comunidades da Linha 150, em Lindoeste; da Linha Soares, em Pato Branco; da Roselito II, em Ramilândia; da Linha Guavirá, em Santa Tereza do Oeste; e da Linha Taquaruçu/parte da Santa Rosa, no município de São Jorge do Oeste. Nesses sistemas serão investidos R$ 1,3 milhão para levar a água tratada para 636 moradores das localidades por meio de 55,5 mil metros de redes de distribuição e 159 ligações de água.

 

 

 

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 Banco de Leite do Huop completa 26 anos como referência na região Oeste

Com 26 anos de história, o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, é um dos principais serviços de apoio à saúde neonatal na região.

Vinculado à Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, o BLH do HUOP se destaca pelo trabalho contínuo de coleta, controle de qualidade, pasteurização e distribuição de leite materno para recém-nascidos em situação de vulnerabilidade nutricional, principalmente os prematuros.

São cerca de 293,6 litros de leite humano coletado todos os meses. Em maio de 2025, foram 242 litros coletados e 201,1 litros distribuídos, atendendo 177 crianças.

A coordenadora do serviço, Jociani Fátima Castro, explica que o banco segue normas rigorosas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela rede nacional, garantindo que cada etapa, da doação à distribuição, seja feita com segurança. “O objetivo maior da fundação dos bancos de leite é ter disponibilidade para alimentar os prematuros”, afirma Jociani.

O BLH coleta leite exclusivamente de mães saudáveis. Para ser doadora, é necessário apresentar exames negativos para doenças como sífilis, hepatite, HIV e não ser fumante. Grande parte da coleta é feita diretamente nas casas das lactantes. Somente em maio de 2025, foram 262 coletas domiciliares realizadas pela equipe, que se desloca até a casa da mãe para fazer a coleta e examinar se o ambiente está dentro das normas exigidas e se o leite foi armazenado corretamente.

Para que o leite venha a ser utilizado, deve estar congelado em frasco de vidro com tampa de plástico. Frascos mal vedados, com sujeira ou com leite em estado líquido ao invés de sólido são automaticamente descartados.

Entre as mulheres que contribuem com o banco de leite está Charlene Krüger Dōterra. Ela passou por 10 gestações e relembra o primeiro contato com o BLH. “Quando tive minha primeira filha, em 2002, conheci o banco de leite, e senti que poderia ajudar muitos bebês que não tinham o leitinho da mamãe por algum motivo, que o leitinho que eu tinha poderia ajudar, e assim aconteceu”, relata.

Desde então, sempre que teve oportunidade, contribuiu com doações. “Gostaria que todas as mamães soubessem que o leitinho que às vezes elas desprezam na pia ou na fraldinha pode salvar um bebezinho prematuro, ou que está impossibilitado de receber o leitinho da sua mamãe... Que nós mães podemos ser benção na vida de alguém tão pequeno e indefeso”, diz.

TRIAGEM E SEGURANÇA – Ao chegar ao banco, o leite passa por um rigoroso controle de qualidade. A triagem inicial avalia a higiene do frasco, a coloração do leite, seu odor e se está devidamente identificado com a data de início da coleta. Leites fora do prazo ou com sinais de contaminação não são aproveitados.

A equipe realiza exames de acidez (pH) e só encaminha para pasteurização o leite que estiver dentro dos padrões estabelecidos. Após o procedimento, o líquido pode ser armazenado por até seis meses congelado. Além da pasteurização, alguns leites são analisados quanto ao teor de gordura, por meio do exame de crematócrito. Isso permite direcionar os leites conforme as necessidades específicas dos recém-nascidos, como em casos de prematuros com problemas digestivos ou de ganho de peso.

O Banco de Leite do HUOP é totalmente estruturado para garantir a segurança e a viabilidade do leite desde a coleta até a distribuição. Freezers e geladeiras são divididos entre leites em análise, pasteurizados e prontos para uso, e os que ainda aguardam resultados de exames microbiológicos. Nada é distribuído sem aprovação total nos critérios de qualidade. A unidade segue cerca de 62 normativas estabelecidas pela Rede Brasileira de Bancos de Leite, com controle rigoroso de temperatura, ciclo de armazenamento, transporte e preservação do leite.

O serviço oferece suporte técnico, orientações às mães internadas, visitas domiciliares e colabora com as equipes da maternidade e da UTI neonatal, reforçando a importância do aleitamento materno desde os primeiros dias de vida. Além de alimentar, o leite humano pasteurizado contribui com o fortalecimento imunológico dos bebês, especialmente os mais vulneráveis.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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