A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta terça-feira (29) o novo informe semanal da dengue.
Foram registrados mais 5.802 casos da doença e sete óbitos. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 161.706 notificações, 48.604 diagnósticos confirmados e 40 óbitos em decorrência da dengue no Estado.
Ao todo, 396 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 353 possuem casos confirmados. Os sete novos óbitos ocorreram entre janeiro e março, sendo cinco mulheres e dois homens com idades entre 33 e 81 anos. Os pacientes residiam em Alto Paraná, na 14ª Regional de Saúde (RS) de Paranavaí; Maringá, Ourizona e Paiçandu, na 15ª RS de Maringá; e Cambé, na 17ª RS de Londrina.
As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (11.466); 14ª RS de Paranavaí (9.780); 15ª RS de Maringá (6.113); 19ª RS de Jacarezinho (3.342); e 12ª RS de Umuarama (3.177).
OUTRAS ARBOVIROSES – A publicação inclui ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Foram confirmados 2.361 casos de Chikungunya, num total de 5.772 notificações da doença no Estado. Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registradas 54 notificações sem nenhum caso foi confirmado.
Confira o Informe Semanal completo AQUI. Mais informações sobre os dados da dengue estão neste LINK.
por - AEN
O Governo do Estado, por meio dos 19 viveiros florestais do Instituto Água e Terra (IAT), distribuiu 549 mil mudas de espécies nativas do Paraná no 1º trimestre de 2025, um aumento de 31,3% em relação ao mesmo período do ano anterior (418 mil).
O montante equivale a uma área de 500 hectares de restauração ambiental (500 campos de futebol). O levantamento divulgado nesta terça-feira (29) foi elaborado pela gerência de Restauração Ambiental do IAT, autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
O escritório regional de Curitiba, responsável pela Região Metropolitana da Capital, liderou a produção, viabilizando o plantio de 57 hectares – 63,9 mil mudas distribuídas. Outros viveiros que se destacaram foram os de Guarapuava, com 58.218 mudas, e Pitanga, com 56.164, ambos na área central do Estado; Ivaiporã, no Vale do Ivaí, com 51.727; Francisco Beltrão, no Sudoeste, com 38.407; e Toledo, no Oeste, com 37.830.
Chefe da Divisão de Produção de mudas nativas do IAT, o engenheiro florestal Alexandre Mastella atribuiu o aumento na distribuição de mudas às ações de recuperação de áreas degradadas e à grande participação de escolas em campanhas de plantio, como no Dia Mundial da Água, celebrado em março, em ação fomentada pelo programa Paraná Mais Verde.
“Foram mais de 8 mil mudas plantadas e cerca de 2.600 pessoas envolvidas nos plantios, em uma parceria com todos os escritórios regionais do Instituto”, explicou ele, destacando que apenas na data comemorativa do Dia da Água foram restaurados 264 hectares.
“A distribuição das mudas é essencial para diversas atividades, como restauração de Áreas de Preservação Permanente, de áreas de Reserva Legal e adequação ambiental de imóveis rurais”, acrescentou Mastella.
ESPÉCIES POR REGIÃO – As espécies de mudas fornecidas gratuitamente pelo IAT variam de acordo com a região fitogeográfica em que os viveiros estão instalados. Na região da Grande Curitiba, de Floresta Ombrófila Mista, por exemplo, as espécies mais solicitadas são a Araucária (Araucaria angustifólia) e plantas frutíferas silvestres, que atraem pássaros e estimulam a recuperação ecológica.
Mais para o Litoral, na Floresta Ombrófila Densa, são entregues várias mudas de palmeira juçara (Euterpe edulis Martius) e guanandi (Calophyllum brasiliens), uma madeira nobre. No Norte do Paraná, região da Floresta Estacional Semidecidual, espécies como jequitibá (Cariniana ianeirensis), peroba (Aspidosperma polyneuron) e ipê (Handroanthus) são as mais pedidas.
“O IAT fornece essas mudas de maneira gratuita como forma de valorizar a questão social da restauração ambiental”, destacou Mastella.
PARANÁ MAIS VERDE – O programa incentiva o plantio de mudas de espécies nativas do Paraná como forma de aliar o desenvolvimento ambiental, econômico e social, bem como incentivar a população a plantar árvores, seja em área urbana ou rural, para colaborar no equilíbrio do clima. As mudas são plantadas em áreas que precisam ser recuperadas ou melhor arborizadas.
São seis linhas de ação: Revitaliza Viveiros, Viveiros Socioambientais, Incentivo a Espécies Ameaçadas de Extinção, Datas comemorativas, Parques Urbanos e Poliniza Paraná.
Por - AEN
O frio chegou com força ao Paraná nesta terça-feira (29).
Entre as 49 estações meteorológicas do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) instaladas no estado, 39 registraram a menor temperatura do ano nesta terça. As mais baixas foram em Palmas (4°C) e Pinhão (4,5°C). A sensação térmica nestas duas cidades foi ainda mais baixa: por volta das 7h era de 0,6°C e 2,9°C, respectivamente.
A madrugada também registrou a primeira geada do ano no Estado. Mesmo que de baixa intensidade, a geada foi constatda em cidades como Cruz Machado, Guarapuava, Ponta Grossa e General Carneiro.
Na capital paranaense às 7h a temperatura era de 10,3°C, a menor temperatura registrada até aqui em 2025 - a anterior foi no dia 5 de abril, quando a Capital registrou 12.3°C. Esta temperatura mínima ainda é considerada alta se comparada ao dado histórico de -2.6°C, a menor temperatura já registrada na Capital pelo Simepar, em 17/07/2000.
ORVALHO OU GEADA? Moradores de cidades das rebiões Sul e dos Campos Gerais fotografaram campos com gramados esbranquiçados no amanhecer desta terça-feira, mas em algumas imagens era possível afirmar que era geada, e em outras não. Isso porque a geada fraca, como a que ocorreu nesta terça-feira, é muito sutil e pode ser confundida com orvalho.
O orvalho é a condensação do vapor em líquido. “O orvalho ocorre quando a umidade relativa do ar atinge o ponto de saturação, resultando na transformação do vapor d'água em forma de gotas líquidas (condensação) sobre superfícies com valores abaixo do ponto de orvalho, mas não atinge 0 °C”, explica Júlia Munhoz, meteorologista do Simepar.
Já a geada precisa de temperaturas mais baixas para acontecer, e é a transformação do vapor diretamente em gelo. “A geada ocorre quando a temperatura das superfícies atinge 0 °C ou valores inferiores, fazendo com que a umidade presente no ar se transforme diretamente de vapor para gelo (sublimação), ou, em alguns casos, se condense primeiro em gotas líquidas e depois congele”, conta Munhoz.
PREVISÃO - Para quarta (30) e quinta-feira (1.º), as temperaturas ao amanhecer na metade sul do estado ainda deverão ficar abaixo ou perto dos 10 °C. Nas regiões Sudoeste, Centro-Sul e Sudeste, as mínimas devem variar entre 5 °C e 8 °C. “No entanto, a partir de quarta-feira, a possibilidade de ocorrência de geada é reduzida devido à incursão de ar úmido no interior do estado, o que favorece a formação de nebulosidade baixa durante a madrugada. Essa condição pode ocasionar a formação de nevoeiros, especialmente desde a Região Metropolitana de Curitiba, estendendo-se pelos Campos Gerais até o Centro-Sul”, afirma Munhoz.
Na quarta-feira, na metade Norte do estado, as temperaturas mínimas aumentam nos municípios mais próximos da divisa com São Paulo, ficando entre 14 °C e 16 °C. Já na quinta-feira, espera-se uma redução das mínimas nessa região, com valores entre 11 °C e 13 °C. A partir de sexta-feira, as temperaturas mínimas voltam a subir gradualmente, alcançando valores próximos de 10 °C na metade Sul do Paraná e entre 14 °C e 16 °C na metade Norte.
Confira a lista completa de estações meteorológicas que constataram a menor temperatura do ano nesta terça-feira (29) e o horário do registro:
Altônia: 11.9°C às 7h
Assis Chateaubriand: 10.7°C às 6h
Capanema: 9.8°C às 3h
Campo Mourão: 11.4°C às 7h
Cândido de Abreu: 12.3°C às 7h
Candói: 11.0°C às 7h
Cascavel: 6.9°C à 1h
Cerro Azul: 13.1°C às 6h
Cianorte: 13.3°C às 6h
Cruzeiro do Iguaçu: 9.3°C às 7h
Curitiba: 10.3°C às 7h
Fazenda Rio Grande: 8.3°C às 7h
Fernandes Pinheiro: 7.7°C às 7h
Foz do Iguaçu: 8.4°C às 6h
Francisco Beltrão: 6.1°C às 7h
Guaira: 10.5°C às 7h
Guarapuava: 5.7°C às 6h
Guarapuava (distrito de Entre Rios): 5.0°C às 3h
Jaguariaiva: 11.6°C às 6h
Lapa: 5.6°C às 7h
Laranjeiras do Sul: 8.5°C às 7h
Loanda: 12.6°C às 7h
Londrina: 14.6°C às 6h
Maringá: 12.2°C às 7h
Palmas: 4.0°C às 7h
Palmital: 9.0°C às 7h
Palotina: 8.5°C às 7h
Paranavaí: 12.6°C às 7h
Pato Branco: 7.3°C às 5h
Pinhais: 10.7°C às 7h
Pinhão: 4.5°C às 7h
Ponta Grossa: 8.4°C às 7h
Santa Helena: 11.1°C às 7h
São Miguel do Iguaçu: 10.0°C às 7h
Telêmaco Borba: 10.6°C às 6h
Toledo: 6.5°C às 6h
Ubiratã: 11.0°C às 6h
Umuarama: 10.7°C às 7h
União da Vitória: 7.0°C às 3h
Por - AEN
Com casos de sarampo confirmados este ano no Rio de Janeiro, Distrito Federal e, mais recentemente, em São Paulo e Rio Grande do Sul — ainda que possam ser casos importados — a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) alerta sobre a importância da vacinação para manter o Estado protegido contra a doença. O Paraná não registra casos de sarampo desde 2020 e óbitos desde 1998.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida de forma direta por secreções liberadas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. As partículas virais podem permanecer suspensas no ar por várias horas, o que aumenta o poder de contágio.
“Precisamos manter a nossa vigilância em saúde atenta, focada, e reforçar a vacinação, não apenas de crianças, mas também adolescentes e adultos, para não deixar que o vírus do sarampo volte a circular no Paraná”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A Sesa já está intensificando a vacinação, principalmente nos municípios que fazem divisa com São Paulo, imunizando especialmente trabalhadores de postos de combustíveis, hotéis e outros serviços que possuem contato direto com pessoas do estado vizinho.
Além disso, a secretaria também solicitou mais vacinas ao Ministério da Saúde para definir novos esquemas de atuação. “Queremos imunizar todas as pessoas que tenham tomado a vacina há mais de dez anos, para reforçar essa vacinação e garantir que os paranaenses fiquem protegidos”, acrescentou o secretário.
VACINA – Os imunizantes contra o sarampo são a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a tetraviral (inclui varicela), ambos oferecidos gratuitamente pelo SUS. A tríplice viral é indicada para pessoas de 12 meses a 59 anos, e a tetraviral para crianças de 15 meses.
O esquema vacinal prevê duas doses até os 29 anos e uma dose entre 30 e 59 anos. Profissionais de saúde, independentemente da idade, devem receber duas doses. No Paraná, a cobertura da tríplice viral atingiu 100% na primeira dose e 88,13% na segunda no último ano. Em 2025, os índices são de 110% e 75%, respectivamente.
A vacinação contra o sarampo será reforçada no Dia D de Multivacinação em 10 de maio, além de estar sendo realizada durante a campanha de vacinação nas escolas, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação.
RECOMENDAÇÕES – A Sesa orienta os municípios a intensificarem a busca de pessoas de 12 meses a 59 anos com vacinação pendente ou incompleta para atualização conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Todas as cidades possuem doses disponíveis para imunização.
Para que seja feita a investigação dos casos e identificação dos contatos para adoção das medidas de prevenção e controle, os profissionais de saúde da rede pública e privada devem estar atentos à identificação precoce de casos suspeitos, garantindo a coleta adequada de amostras para exames laboratoriais e notificar imediatamente às Secretarias Municipais de Saúde, Regionais de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde.
SINTOMAS – Os sintomas mais comuns do sarampo são febre alta, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se em seguida pelo corpo) seguidos de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. Outros sintomas, como dor de cabeça, indisposição e diarreia, também podem ocorrer. Como não há tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento ao aparecimento desses sinais. Os pacientes devem permanecer em isolamento domiciliar ou hospitalar por cinco dias após o surgimento das manchas vermelhas no corpo.
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior encaminhou nesta segunda-feira (28) para a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) um
que altera o Quadro Próprio da Polícia Penal (QPPP). A medida visa modernizar a carreira dos policiais penais e estabelece a necessidade de ensino superior para ingresso de futuros servidores da instituição.A principal mudança está na diminuição do intervalo de tempo para promoção dos policiais penais, passando de três para dois anos. Isso faz com que o trabalho dos servidores seja valorizado, reconhecendo a atuação dos servidores na manutenção da ordem e da segurança no âmbito de estabelecimentos penais e de outros setores pertinentes à execução penal.
Também promove regras mais claras para a ascensão na carreira. A promoção ocorrerá tanto por aquisição de estabilidade, após o período de estágio probatório (exclusivo para o acesso à classe XI), quanto por merecimento. Isso estimula a constante atualização, por parte do servidor, como um dos critérios para promoção na carreira, seja com cursos de atualização, qualificação e/ou aperfeiçoamento profissional, e conclusão de curso de pós-graduação lato sensu, compatíveis com o exercício do cargo.
Outra alteração proposta no projeto de lei complementar é a não limitação por número de vagas para a ascensão, permitindo que os policiais penais cheguem até o nível mais alto da carreira. Atualmente, as 9.750 vagas são distribuídas dentre 12 classes, sendo que cada uma delas possui um quantitativo próprio, limitando o número de promoções. Com a proposta, elas deixam de estar vinculadas a uma categoria específica.
A nova lei também altera o nível de escolaridade para ingresso, passando do ensino médio para o ensino superior completo, em qualquer área. Além disso, eles também precisarão ser aprovados em exame de aptidão física, de caráter eliminatório, para ingressarem na carreira. Para a promoção entre algumas classes, também será preciso cursos de especialização. É o caso da passagem das classes IX para VIII e V para IV.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Teixeira, lembrou que esse é mais um passo dentro da reestruturação das forças de segurança pública. “Essa reestruturação permite que todo policial penal chegue ao último nível da carreira e a necessidade, como condição de ingresso, de nível superior, assim como já existe em outras carreiras”, destacou. “Além da redução de três para dois anos das promoções do policial penal, o que vai dar um avanço imediato na carreira de diversos servidores.”
RECONHECIMENTO - Para a diretora-geral da Polícia Penal, Ananda Chalegre dos Santos, trata-se de uma conquista construída através do diálogo, responsabilidade e pensando no futuro da instituição. “A Polícia Penal do Paraná vive um momento histórico. O envio do projeto de lei demonstra, mais uma vez, o reconhecimento e a valorização do nosso trabalho. Essa proposta de alteração do quadro é fundamental porque moderniza a nossa estrutura de cargos, atualiza as necessidades da carreira e abre novas possibilidades de crescimento profissional para os policiais penais”, disse.
No início de abril, Ratinho Junior autorizou a promoção e progressão para 51 mil servidores estaduais, entre eles, 669 policiais penais.
Por - AEN
Mais de 1,2 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais que cortam as regiões dos Campos Gerais, Vale do Ivaí, Norte, Centro-Sul, Oeste e Sudoeste do Paraná receberão R$ 36 bilhões em novas obras de ampliação e melhorias.
Eles integram os lotes 3 e 6 do novo pacote de concessões rodoviárias, cujos contratos foram assinados nesta segunda-feira (28) pelo Governo do Estado, Governo Federal, ANTT e as concessionárias vencedoras do leilão, em Brasília.
Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, que participou da assinatura, o avanço do pacote de concessões rodoviárias é o reflexo de uma estratégia de longo prazo do Governo do Estado em aproveitar duas das principais vocações do Paraná: a sua capacidade de produção de alimentos e a localização geográfica privilegiada. Ele lembrou que a prioridade dada a estes setores fez com que o Paraná registrasse o maior crescimento das atividades econômicas do Brasil em fevereiro deste ano, segundo dados do Banco Central.
“Esse crescimento econômico é fruto de um grande planejamento iniciado em 2019 que buscou aumentar o valor agregado da nossa produção agrícola por meio da industrialização, transformando o Estado no ‘supermercado do mundo’, e dos investimentos que estamos viabilizando na área de infraestrutura e logística, sobretudo com as novas concessões, que formam o maior pacote de concessões rodoviárias da América Latina”, afirmou o governador.
Ratinho Junior também defendeu o modelo de concessão, que uniu rodovias estaduais e federais dentro do mesmo pacote para atrair mais investidores qualificados para o certame. “Estamos entregando aos paranaenses um modelo de concessão transparente e justo, e que vai nos permitir avançar na consolidação do Paraná como a grande central logística da América do Sul, aproveitando o fato do Estado estar no centro geográfico de 70% do PIB do continente, sendo a ligação do Sul com o Sudeste, o Centro-Oeste, o Paraguai e a Argentina”, acrescentou.
Os dois contratos somam quase 600 quilômetros de duplicações, além de novos viadutos, trincheiras, contornos, terceiras faixas, áreas de escape e paradas de descanso. Os projetos incluem ainda ciclovias, passarelas para pedestres e câmeras com tecnologia para reconhecimento de placas, detecção automática de incidentes, sistema de pesagem automático e monitoramento meteorológico.
Para o ministro dos Transportes, Renan Filho, o modelo adotado na elaboração dos leilões das rodovias paranaenses é um exemplo que deve ser seguido por outros estados. “Essa parceria entre os governos do Paraná e do Brasil deu certo e não tenho dúvidas que alavancará vários setores da economia, da agricultura à indústria. O Estado do Paraná, por meio de suas políticas próprias e de parcerias com o governo federal, está pilotando uma agenda que pode servir de exemplo para outros estados que precisam impulsionar o desenvolvimento”, declarou.
Guilherem Theo Sampaio, que é diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão responsável pela condução dos leilões e fiscalização dos contratos, destacou as vantagens dos modelos de contratos assinados. “Apenas estes dois contratos simbolizam mais de R$ 30 milhões de investimentos apenas em melhoras melhorias da malha rodoviárias, mas mais do que isso, eles permitem estabilidade, previsibilidade e segurança tanto para as concessionárias quanto para quem pretende investir no Paraná”, disse.
PRÓXIMOS PASSOS – O prazo de concessão começará a contar a partir da Data da Assunção, caracterizada pela assinatura do Termo de Arrolamento e Transferência de Bens, o que está previsto para acontecer em até 30 dias. A partir deste momento, o sistema rodoviário e os bens serão transferidos às concessionárias mediante a assinatura do Termo de Arrolamento e Transferência de Bens entre as concessionárias, o DER, o DNIT e a ANTT.
A expectativa é de que os primeiros serviços de recuperação das rodovias comecem a ser executados já no início da vigência dos contratos.
As duas concessionárias já trabalham nas estruturas onde funcionarão as futuras praças de pedágio, mas a cobrança só poderá ser iniciada após a expedição, pela ANTT, de um Termo de Vistoria atestando a capacidade da concessionária para a operação e de uma resolução autorizando a cobrança nas praças de pedágio existentes. Após a autorização, as concessionárias também terão um período de dez dias para realizar ampla divulgação dos valores e descontos aplicáveis.
LOTE 3 – Com cerca de 570 quilômetros de extensão, o Lote 3 será gerido pelo Grupo Motiva (antiga CCR S.A), que venceu o leilão ao apresentar um desconto de 26,6% em relação à tarifa de referência. Ele integra o chamado Corredor Norte, que conecta o interior do Paraná ao Porto de Paranaguá, além de integrar o Estado com Santa Catarina e São Paulo.
O contrato receberá R$ 16 bilhões em investimentos para duplicações, faixas adicionais nas rodovias BR-369, BR-373, BR-376, PR-170, PR-323, PR-445 e PR-090. As rodovias atravessam 22 municípios: Sertaneja, Sertanópolis, Londrina, Cambé, Ibiporã, Tamarana, Mauá da Serra, Marilândia do Sul, Califórnia, Apucarana, Arapongas, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Ortigueira, Imbaú, Faxinal, Tibagi, Ipiranga, Ponta Grossa, Palmeira e Balsa Nova.
Estão previstos 132 quilômetros de duplicações e 24,6 quilômetros de faixas adicionais. Entre as novidades, estão o Contorno de Apucarana, no Vale do Ivaí, ligando a BR-369 à BR-376 e com 13,8 quilômetros de extensão. A região também será contemplada com o Contorno de Califórnia, com pouco mais de cinco quilômetros, ligando dois trechos da BR-376.
Já Ponta Grossa, nos Campos Gerais, vai ganhar dois novos contornos: o Contorno Norte, com 14,65 quilômetros, entre a BR-376 e a BR-373, e o Contorno Leste, que vai ligar a BR-373 à PR-151 e terá 27,7 quilômetros de extensão.
Outra obra emblemática é a área de escape que será construída na altura do km 305 da BR-376 para reduzir riscos de acidentes, sobretudo de veículos pesado, a motoristas que descem a Serra do Cadeado, em Mauá da Serra.
LOTE 6 – Arrematado pelo Grupo EPR, o lote 6 é o maior projeto rodoviário do pacote de concessões rodoviárias paranaense. Ele receberá R$ 20,2 bilhões para obras ao de duplicações em 70% dos trechos das rodovias, além de faixas adicionais, vias marginais e contornos ao longo de 662,1 quilômetros. Do valor total, R$ 12,9 bilhões serão destinados para grandes obras (Capex) e R$ 7,3 bilhões em manutenção (Opex).
Com a sua contratação, todo o eixo da BR-277, que liga a região Oeste, nas fronteiras com o Paraguai e Argentina, ao Porto de Paranaguá passa a estar sob concessão. Isso porque os dois primeiros lotes que já foram concedidos contemplam os outros trechos da rodovia, na região Central, Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e Litoral. Além disso, ele coloca o Sudoeste no mapa das concessões paranaenses.
O lote inclui trechos das BR-163, BR-277, PR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483. Eles passam por 32 municípios e possuem nove praças de pedágio, que ficarão localizadas nos municípios de Lindoeste, Prudentópolis, Candói, Laranjeiras do Sul, Cascavel, Céu Azul, São Miguel do Iguaçú, Ampére e Pato Branco.
As rodovias ainda atravessam os municípios de Guarapuava, Cantagalo, Virmond, Diamante do Sul, Nova Laranjeiras, Guaraniaçu, Ibema, Campo Bonito, Catanduvas, Santa Tereza do Oeste, Céu Azul, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques, Realeza, Francisco Beltrão, Manfrinópolis, Marmeleiro, Renascença, Vitorino, Matelândia, Medianeira, Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu.
Entre as intervenções que o Grupo EPR deverá tirar do papel estão 462 quilômetros de duplicações, a maior parte na BR-277, mas também na PR-182, no Sudoeste. A concessão vai de Cascavel até Pato Branco, onde se encontrará com o projeto de revitalização em concreto executado pelo Governo do Estado, de Pato Branco ao Trevo do Horizonte, em General Carneiro.
Também estão previstas a construção do Contorno de Marmeleiro, que fará a ligação da PRC-280 à PR-180, com quase 7 quilômetros, e do Contorno de Lindoeste, com 6,8 km de extensão.
CONCESSÕES – Com os lotes 3 e 6, o Paraná conta agora com quatro dois seis lotes do pacote de concessões já delegados à iniciativa. A conclusão das concessões deverá acontecer ainda em 2026 com os lotes 4 e 5 previstos para serem leiloados em setembro, em evento público na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Os dois últimos trechos somam 1.058 quilômetros de rodovias nas regiões Oeste, Centro-oeste, Noroeste e Norte Pioneiro do Estado.
O lote 1 é operado pelo Grupo Pátria, que arrematou o trecho em um leilão em agosto de 2023. A concessionária deverá investir R$ 7,9 bilhões em obras de melhorias e manutenção em trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.
Já o lote 2 foi leiloado em setembro de 2023 e teve como vencedor o Grupo EPR, o mesmo que irá gerir o lote 6. O investimento nele será de R$ 10,8 bilhões, com obras nas rodovias BR-153, BR-277, BR-369, PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855.
No total, serão 3,3 mil quilômetros de estradas concedidas à iniciativa privada, sendo 1,1 mil quilômetros destas de rodovias estaduais. Os investimentos devem ultrapassar R$ 60 bilhões durante as três décadas de contrato.
PRESENÇAS – Também participaram da assinatura o vice-governador Darci Piana, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; os secretários estaduais da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; Agricultura e Abastecimento, Márcio Nunes; Saúde, Beto Preto; Comunicação, Cleber Mata; o presidente do DER/PR, Fernando Furiatti; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o presidente da Itaipu Binacional, Ênio Verri; o presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT), Fabrício Galvão; o diretor-presidente da EPR Rodovias, José Carlos Cassanig; o diretor-presidente do Grupo Motiva/CCR, Eduardo Camargo; o presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski; o presidente da Faciap, Fernando Morais; e o presidente da Fetranspar, Sérgio Luiz Malucelli.
Por - AEN