Empresas apostam no Paraná e anunciam expansão de investimentos

Três empresas que trabalham com alta tecnologia anunciaram expansão de suas operações no Paraná recentemente.

A Neoortho, referência em soluções ortopédicas, vai construir uma nova fábrica em Curitiba; a Fluvimar, fabricante paranaense de barcos, lanchas e pontoons, vai aumentar a capacidade de produção em Cianorte, na região Noroeste; e a Vapza, empresa especializada na produção de alimentos embalados a vácuo e cozidos a vapor, anunciou um investimento de R$ 10 milhões para 2025.

Os números ajudam a engrossar um montante que já chegou a R$ 300 bilhões de investimentos privados atraídos desde 2019. O resultado é a queda do desemprego, que chegou no menor patamar da história, aumento nas vagas de trabalho com alta remuneração e estímulo à economia regional.

A Neoortho vai investir aproximadamente R$ 120 milhões e a atual unidade vai triplicar a capacidade produtiva, chegando a até 5 milhões de peças por ano. A nova unidade também contará com uma área exclusiva para a Neocustom, a divisão da Neoortho dedicada à fabricação de implantes personalizados em 3D e titânio. Em 2025 a empresa celebra 20 anos de atuação no mercado. A Neoortho integra a GT Company, uma holding que investe em diversos setores.

A nova sede terá uma área total de 7.700 m², um salto significativo em relação à atual estrutura, que conta com 1.800 m² de fábrica e 400 m² de escritório. A integração entre fábrica e escritório será um diferencial, promovendo maior eficiência operacional e comunicação entre os colaboradores. A sustentabilidade está no centro do projeto. A unidade contará com painéis de energia solar e um sistema de reutilização de água. 

Atualmente, a Neoortho conta com 199 colaboradores diretos e cerca de 1.000 indiretos. Com a nova fábrica, haverá um aumento de aproximadamente 25% nas oportunidades de emprego direto, impulsionando ainda mais o setor e a economia local. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2026.

A Fluvimar anunciou que planeja aumentar sua capacidade produtiva em 25%, com a expansão de sua fábrica em Cianorte, consolidando sua posição como uma das principais empresas no mercado náutico brasileiro. A empresa cresceu 65% em 2024, impulsionado pelo aumento na demanda por embarcações de alto padrão no mercado nacional. Ela tem 150 colaboradores diretos.

A Fluvimar concentra sua atuação em regiões como São Paulo, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Amazonas e Maranhão, onde os grandes rios e lagos criam condições ideais para a navegação. Outro exemplo é Porto Rico, no Paraná, que se destaca no setor náutico ao possuir uma das maiores frotas do Estado. Um dos destaques é na venda de pontoons, barco que tem ganhando cada vez mais mercado.

Já o investimento da Vapza será usado para máquinas, equipamentos, infraestrutura, P&D, indústria 4.0 e automatização de processos para melhoria de eficiência e produtividade. A marca planeja expandir sua fábrica em Castro, nos Campos Gerais, por meio da construção de uma área industrial adicional de 800 metros quadrados para ampliar a capacidade de armazenagem e picking, em resposta ao crescimento no volume de vendas e na produção.

A ampliação também dobrará a capacidade produtiva das áreas de carnes e pratos prontos, além de preparar o lançamento de novos produtos no segmento de proteína animal, previstos para o segundo semestre do ano. Os recursos serão captados junto à FINEP, uma agência pública que apoia a inovação em processos e produtos industriais. 

OUTROS ANÚNCIOS – Esses anúncios se somam a outros que contaram com a participação do governador Carlos Massa Ratinho Junior em 2025. Em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, será instalada a primeira fábrica de nanofertilizantes do Brasil. A unidade receberá um investimento inicial de US$ 12 milhões (aproximadamente R$ 66 milhões), o que também contempla um centro avançado de pesquisa e desenvolvimento.

O empreendimento foi idealizada pela Nanoventions Brasil, empresa que integra o grupo econômico da Indian Farmers Fertiliser Cooperative (IFFCO), a maior cooperativa agrícola da Índia. Após tratativas com empresários locais, que se tornaram sócios da Nanoventions Brasil, a IFFCO escolheu o Paraná como o seu primeiro destino fora do país asiático em seu plano de expansão internacional.

A Cocamar Cooperativa Agroindustrial confirmou um investimento de R$ 750 milhões para a implantação de uma esmagadora de soja em seu parque industrial em Maringá, no Noroeste do Estado, no começo do mês. A previsão é de que a planta, que será construída em uma área de 70 mil metros quadrados, seja concluída em 2027. A indústria terá capacidade de processamento de 5 mil toneladas de soja por dia, ampliando em 70% a capacidade atual de processamento da cooperativa, e promete ser uma das maiores e mais modernas esmagadoras de soja do Brasil.

A Sooro Renner, líder nacional na produção de proteínas derivadas do soro de leite, vai construir um novo complexo industrial em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, com investimentos de mais de R$ 680 milhões. A nova planta industrial terá capacidade para produzir por ano 40 mil toneladas de Lactose Infant Formula, que é usado para nutrição infantil, 12 mil toneladas de Whey Protein e 6 mil toneladas de manteiga, dobrando a capacidade de produção do grupo, que hoje tem unidades em Marechal Cândido Rondon, no Oeste, e em Estação, no Rio Grande do Sul.

Ratinho Junior também participou do lançamento das obras da nova fábrica de pisos laminados da Unilin em Piên, na Região Metropolitana de Curitiba. O investimento planejado pela empresa na unidade é de cerca de R$ 70 milhões. A previsão é de que o empreendimento seja inaugurado em janeiro de 2026 e produza 10 milhões de metros quadrados de pisos anualmente, funcionando como um hub de atendimento da empresa para toda a América Latina. 

 

 

 

 

 

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 Censo: alunos do Paraná têm maior tempo de estudo do País e instrução da população dobra

Os estudantes do Paraná dos últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio possuem o maior tempo de estudo do Brasil, anos em que a gestão das escolas públicas é feita pelo Governo do Estado.

A informação consta nos dados mais recentes do Censo 2022 divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o panorama da educação no País.

Nas idades regulares em que os alunos devem estar cursando o Ensino Fundamental II – de 11 a 14 anos – as crianças e adolescentes possuem, em média, 6,3 anos de tempo de permanência na escola, o melhor índice do Brasil, à frente de São Paulo, Ceará, Tocantins, Minas Gerais e Rondônia, todos com 6,1 anos, que aparecem na sequência do ranking. A média nacional para esta faixa etária é de 5,9 anos de estudo.

No ensino médio, cuja idade regular de aprendizado vai de 15 a 17 anos, essa média sobe para 9,4 anos de estudo para cada adolescente matriculado nas escolas públicas e privadas do Estado. Novamente, o Paraná lidera o índice, seguido por São Paulo (9,3 anos), Distrito Federal (9,2 anos) e Ceará (9,2 anos), enquanto no Brasil a média é de 9 anos.

Outro fator em que o Paraná se destaca é em relação à frequência escolar. Nos últimos anos do ensino fundamental, o índice de comparecimentos dos estudantes é de 98,8% de acordo com os dados mais recentes do Censo 2022, acima da média do Brasil dos alunos nesta faixa etária, que é de 98,3%.

Entre aqueles que possuem de 15 a 17 anos, faixa etária padrão dos alunos do ensino médio, a frequência escolar do Paraná segue a tendência nacional e é menor em relação ao ensino fundamental. Neste segmento, a média de comparecimento fica em 84,9% entre as unidades escolares geridas pelo Estado e aquelas administradas pela iniciativa privada, acima de estados como Goiás, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Os indicadores mais recentes do IBGE e os investimentos no setor, os maiores do País, ajudam a explicar, em parte, o sucesso recente da educação no Paraná, que saltou do 7º para o 1º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as avaliações feitas em 2017 e 2021. No levantamento mais recente, divulgado pelo Ministério da Educação em 2023, o Estado manteve a liderança nacional tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.

O Paraná também atingiu, em 2023, o segundo maior patamar do Brasil de alfabetização de crianças que estudam na rede pública, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). O levantamento mostra que 73% dos alunos paranaenses sabem ler e escrever na idade certa, ou seja, ao final do 2º ano do ensino fundamental. O Estado tem Selo Ouro do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada.

"O avanço nos índices é resultado direto dos investimentos em infraestrutura, tecnologia e qualificação de professores. Este resultado demonstra que o Paraná segue um caminho de crescimento educacional sustentado por ações concretas, educação de qualidade e oportunidades", afirmou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

PARANAENSES MAIS QUALIFICADOS – O panorama educacional do Censo 2022 também trouxe novidades sobre o grau de instrução da população brasileira. Em pouco mais de uma década, o Paraná mais do que dobrou a proporção de pessoas com ensino superior completo em relação ao total da sua população. No Censo de 2010, os moradores do Estado com graduação representavam 9,7% da população, índice que subiu para 19,2% no Censo 2022, totalizando agora 1,7 milhão de pessoas.

Com um em cada cinco paranaenses maiores de idade com curso superior completo, o Paraná tem a 4ª maior proporção de pessoas com esse nível de ensino no Brasil. O índice fica abaixo apenas do Distrito Federal, com 33,1%, São Paulo (21,5%) e Santa Catarina (19,7%). A média nacional de pessoas com este nível de instrução é de 16,7% do total da população maior de idade.

Com 58,6% dos formados, as mulheres representam a maioria da população paranaense que possui diploma de graduação dentro das diferentes modalidades reconhecidas pelo Ministério da Educação: bacharelado, tecnologia ou licenciatura.

No intervalo de 12 anos entre os levantamentos do IBGE, também houve aumento da proporção de paranaenses com outros graus de instrução. Aqueles com ensino fundamental completo passaram de 13,9% para 15,1%, o equivalente a 1,3 milhão de pessoas, enquanto os que possuem ensino médio completo aumentaram de 22,5% para 35%, somando agora cerca de 3 milhões de formados.

O percentual das pessoas que não concluíram nem o ensino fundamental no Estado caiu de 37,2% para 30,7% no mesmo período. No Brasil, o índice de pessoas sem instrução é de 32%.

 

 

 

 

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 Credenciais de estacionamento para idosos e PCDs podem ser feitas de maneira digital

Idosos e pessoas com deficiência (PCDs) podem emitir desde outubro do ano passado a credencial de estacionamento digital. A medida, implementada pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), foi criada para simplificar e agilizar o processo, tornando-o mais acessível.

Com a versão digital, o beneficiário pode escolher entre imprimir o documento e afixá-lo no painel do veículo ou vinculá-lo eletronicamente a um único carro, com a possibilidade de substituição sempre que necessário. O procedimento pode ser feito de forma prática e online, sem necessidade de deslocamento, por meio do aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT) ou do Portal da Senatran.

O objetivo dessa mudança é tornar o processo mais ágil, acessível e menos burocrático. Para facilitar, estão disponíveis um passo a passo detalhado e uma seção de perguntas e respostas com as informações mais relevantes sobre a credencial.

De acordo com o Senatran, a medida beneficia mais de 16 milhões de pessoas acima de 60 anos que possuem, ou possuíram, CNH, e cerca de 3,4 milhões de PCDs cadastrados na base do Registro de Referência da Pessoa com Deficiência. O documento, que antes tinha validade de 5 anos, agora é vitalício para os idosos. No caso de pessoas com deficiência, a autorização será mantida enquanto constarem na base do registro.

CREDENCIAL DE ESTACIONAMENTO – O documento é obrigatório para o uso de vagas reservadas para pessoas idosas ou com deficiência, identificadas por sinalizações no chão e/ou por placas, em locais públicos, como ruas, além de hospitais, comércios, shoppings, mercados e outros estabelecimentos. Essa regulamentação está de acordo com a Resolução Contran nº 965, de 17 de maio de 2022, alterada pela Resolução Contran nº 1.012, de 14 de outubro de 2024.

PODEM SOLICITAR – Podem solicitar a credencial pessoas com 60 anos ou mais, bem como aquelas que são portadoras de deficiência (PCD) ou têm dificuldades de locomoção.

 

 

 

 

 

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 Paraná debate logística reversa com cadeia de fabricantes de baterias

O governador em exercício Darci Piana recebeu, nesta quarta-feira (26), no Palácio Iguaçu, representantes da Associação Brasileira de Energia Sustentável (Abes) para discutir o cenário de logística reversa no Estado.

Durante o encontro, foi apresentado um panorama da participação do Paraná na produção de baterias, setor em que o estado concentra 54% dos fabricantes e recicladores no Brasil. Na última semana, Darci Piana já havia recebido a diretoria da Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat) para discutir a inclusão das empresas paranaenses a uma política efetiva de logística reversa.

O objetivo da reunião foi mostrar a cadeia de logística reversa realizada pelos fabricantes de baterias e como eles podem se adequar para a criação de um programa que contemple as regras ambientais, como a necessidade de licenciamento emitido pelo Instituto Água e Terra (IAT), a correta destinação final do produto, plano para prevenção de incêndios, entre outros.

Para Piana, garantir a destinação correta dos materiais por meio da logística reversa contribui para manter o Paraná como referência em sustentabilidade. “O Paraná é o estado mais sustentável do Brasil e tem uma política consolidada de logística reversa, que é referência nacional. Mas queremos sempre avançar nessa área, para reduzir cada vez mais os possíveis danos ao meio ambiente”, afirmou o governador em exercício.

O Paraná é referência no setor, sendo o primeiro a ter um plano assinado no Brasil. Desde 2012, o Estado conta com uma política específica, dois anos após a criação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. Atualmente, 15 cadeias econômicas possuem planos de logística reversa, com 30 entidades signatárias. Com isso, o Estado definiu as diretrizes para implementação e operacionalização da responsabilidade pós-consumo e estabeleceu procedimento para incorporação da logística reversa no âmbito do licenciamento ambiental.

No Estado, a regularidade da logística reversa está entre as condições para que o Instituto Água e Terra (IAT) emita a licença ambiental a essas empresas, sendo que as mesmas precisam apresentar anualmente o relatório comprobatório de adesão ao plano de logística reversa. Esse procedimento garante a destinação correta de produtos com alta capacidade de contaminação, como o chumbo-ácido presente nas baterias.

“As empresas que têm impacto ambiental precisam ter um plano de logística reversa. Desde a sua produção até o descarte final, a responsabilidade é da indústria. Então não adianta só vender, tem que vender e recolher a bateria no fim da vida dela e dar a destinação adequada”, destacou Rafael Andreguetto, diretor de Políticas Ambientais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

Cerca de 91% da composição de uma bateria nova é de origem reciclada. “A logística reversa de baterias é algo que ocorre no Brasil há muitos anos, porque para a produção de uma bateria nova, necessariamente precisamos da velha. O Brasil não tem extração de chumbo, então precisamos desse chumbo presente na antiga, o que chamamos de secundário”, explicou o diretor-executivo da Abes, Nilson José dos Santos.

“Agora nós estamos na fase de entregar a documentação, uma prestação de contas e é isso que nós estamos fazendo aqui. A ideia foi apresentar para a Sedest como é que as indústrias do Paraná se comportam do ponto de vista de logística reversa, tanto no Estado quanto no Brasil”, acrescentou.

DISCUSSÕES COM O SETOR — Na última semana, Darci Piana recebeu também a diretoria da Associação Brasileira de Baterias Automotivas e Industriais (Abrabat) para discutir a inclusão das empresas paranaenses a uma política efetiva de logística reversa. De acordo com a Abrabat, a entidade representa cerca de 70% do mercado brasileiro de baterias automotivas de chumbo-ácido.

A Sedest e o IAT firmaram, em 2017, um Termo de Compromisso com o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (Iber), entidade vinculada à Abrabat, para a realização do gerenciamento da logística reversa do setor. “Nossa proposta é apoiar o Estado na implementação das regulamentações ambientais e prestar apoio às indústrias do Paraná, para que elas se adaptem e elevem o nível de operação. Isso inclui principalmente a logística reversa, mas também a regulamentação ambiental na produção de baterias”, explicou o presidente da Abrabat, Alex Pacheco.

“O Paraná tem uma posição muito importante dentro do cenário nacional em termos de produção industrial de baterias. A questão da logística reversa é um ponto-chave para a adequação das empresas nesse fluxo, para que atuem em conformidade com a legislação, dando atenção ao retorno das baterias usadas e ao seu destino adequado”, salientou ele.

PRESENÇAS – No encontro desta quarta-feira (26), participaram o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; a diretora da Receita Estadual, Suzane Gambetta Dobjenski; o deputado estadual Anibelli Neto; e representantes da Abes e de empresas associadas.

Na reunião com a Abrabat, participaram o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; a vice-presidente da Abrabat, Andréa Lyra; o presidente do Conselho de Administração da Baterias Moura, Paulo Sales; e a diretora-executiva do Iber, Amanda Schneider.

 

 

 

 

 

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 32,2% da receita e R$ 17 bilhões: Paraná é o estado que mais investiu em educação em 2024

O Paraná foi o estado que mais investiu em educação em todo o Brasil em 2024. Foram mais de R$ 17,5 bilhões destinados ao ensino de crianças, jovens e adultos, valor que permitiu ao Estado cumprir o limite constitucional com relativa folga.

A cifra corresponde a 32,28% da receita líquida de impostos (RLI), o maior percentual de todo o País, segundo apontam dados preliminares da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).

O limite constitucional é o valor mínimo que os estados devem gastar em áreas fundamentais, como saúde e educação. De acordo com a Constituição Federal, os governos estaduais devem aplicar 25% das receitas de impostos em Educação. No Paraná, a Constituição Estadual define o acréscimo de 5%, que deve ser destinado ao ensino superior – ou seja, para as universidades estaduais. 

Isso significa que pelo menos 30% das receitas de impostos devem ir para a educação pública paranaense, o que inclui remuneração de professores, aquisição e manutenção de equipamentos e construção de escolas. Em 2024, o Paraná empenhou mais de R$ 1,2 bilhão a mais do que o mínimo exigido.

E embora nem todos os estados tenham divulgado seus Relatórios de Gestão Fiscal ainda, dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) levantados pela equipe de Assessoria Técnica de Economia da Sefa mostram que os 32,28% empenhados pelo Paraná o colocam no topo do ranking das unidades da federação. O Estado fica à frente do Mato Grosso do Sul (30,93%) e Mato Grosso (27,08%), os melhores estados com resultados publicados.

Depois ainda aparecem São Paulo (27,04%), Rio Grande do Sul (26,92%), Roraima (26,47%), Santa Catarina (25,98%), Distrito Federal (25,97%), Bahia (25,85%) e Maranhão (25,82%). 

“Esse é mais um índice que nos enche de orgulho, pois mostra que o Paraná valoriza como ninguém a educação de sua população em todos os níveis”, afirma o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. “Investir em educação é investir no futuro e isso é o que fazemos aqui. Não se trata de gastar apenas para cumprir o que diz a lei, mas de fazer com que isso chegue aos estudantes e que esse número se transforme em resultado amanhã”.

NA PRÁTICA – Os R$ 17,5 bilhões empenhados pelo Paraná em educação em 2024 correspondem também a um aumento significativo nos valores gastos em 2023. De um ano para o outro, as despesas para fins do índice cresceram 11%, aumentando em mais de R$ 1,7 bilhão.

Esse investimento massivo faz com que os resultados já comecem a aparecer, como a liderança no ranking Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) bem comprova. A educação no Paraná foi eleita a melhor do Brasil tanto no ensino médio quanto no ensino fundamental no ranking do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Segundo o secretário de Estado da Educação do Paraná, Roni Miranda, isso faz parte do compromisso do Governo do Estado com ensino público de qualidade. “Esses recursos possibilitaram avanços na modernização do ensino, com a aquisição de equipamentos de informática, kits de robótica e ampliação da conectividade nas escolas, além de R$ 1,5 bilhão investidos em infraestrutura”, disse. 

Um dos destaques em relação às despesas paranaenses com educação foi o crescimento de 163,5% nos repasses destinados ao Ensino Médio, que saltaram de R$ 105 milhões em 2023 para R$ 276 milhões em 2024.

“Para 2025, manteremos essa prioridade com um orçamento robusto e iniciativas como o intercâmbio do programa Ganhando o Mundo, que beneficiará 1.200 alunos”, completou Miranda. “Investimos acima do mínimo constitucional porque acreditamos que a educação é a base do desenvolvimento e a chave para um futuro com mais oportunidades para nossos jovens”.

  • Paraná é o estado que mais gastou com educação em todo o Brasil em 2024


OUTRAS FRENTES – Em 2024, as despesas empenhadas em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) foram de R$ 17,6 bilhões, montante 11,2% superior ao registrado em 2023 (R$ 15,8 bilhões). Esse valor foi usado para garantir o funcionamento de escolas, incluindo também o transporte escolar, assim como aquisição e preparo das merendas oferecidas aos alunos.

Além disso, o Paraná repassou R$ 9,9 bilhões ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) — um aumento de 13,6% em comparação ao ano anterior. Já as despesas do Ensino Superior alcançaram a marca de R$ 3,1 bilhões, valor 21,3% maior do que em 2023. 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 13 mil tablets entregues pelo Estado em 2022 revolucionaram trabalho dos agentes de saúde

Todos os dias da semana, as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) da Unidade da Saúde da Família (USF) Jardim Karla, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, fazem, em média, dez visitas às casas das pessoas para registro domiciliar, acompanhamento dos integrantes das famílias e coleta de dados. Há dois anos esse trabalho era realizado manualmente, sem o uso de tecnologia e o processo era bem mais demorado.

“Quando eu entrei, a gente ainda fazia na folha de papel, pegava a assinatura dos pacientes, e chegava no posto e registrava a visita. Aí passamos para o caderno, mas a mesma situação, chegava, registrava no computador”, lembra Denise Rodrigues de Araújo de Souza, que é agente comunitária e atua há dez anos na USF.

Em 2022 essa realidade mudou, após o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), ter repassado aos municípios recursos para compra de mais de 13 mil tablets, a fim de se adaptar às novas tecnologias e agilizar o processo de verificação dos dados.

“O tablet facilitou, pois registramos a visita na casa e daí a gente chega na unidade e só sincroniza, indo direto para o computador para emitir os relatórios na hora do fechamento das visitas”, explica Denise.

O Paraná conta com 13.067 agentes de saúde, em sua maioria mulheres. Os dados são do Ministério da Saúde, de outubro de 2024. Esses profissionais desempenham um papel fundamental na promoção da saúde e na prevenção de doenças, atuando diretamente nas comunidades para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. Na Unidade Jardim Karla trabalham dez agentes.

FACILIDADE – A utilização do aparelho aumentou a velocidade de compartilhamento de informação com o restante da equipe e a redução no tempo de cadastramento, manutenção e atualização dos cadastros da população de cada território.

Durante as visitas os profissionais utilizam tablets para registrar diversas informações sobre as famílias e indivíduos atendidos em suas áreas de atuação. Os dados coletados variam conforme o sistema utilizado de cada município, mas geralmente incluem dados pessoais e familiares, situação socioeconômica, histórico de saúde e doenças crônicas, acompanhamento de gestantes e crianças, dentre outros assuntos da saúde.

“Fizemos um investimento de R$ 15 milhões para colocar tablets na mão desses agentes que vão até a casa das pessoas, preenchem as informações off-line, e quando chegam na Unidade Básica automaticamente as informações vão para o Ministério da Saúde. Estamos dando um passo rumo à modernidade”, diz o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

INTEGRAÇÃO DE DADOS – O processo de trabalho dos agentes comunitários na integração das ações de Atenção e Vigilância em Saúde auxilia na qualificação das informações da população. Além disso, no momento da visita domiciliar é possível obter a localização geográfica de cada agente, via GPS, facilitando o mapeamento dos pontos de cobertura das equipes.

“A gente está sempre disposto a ajudar o paciente e o paciente a nos receber também. Todas as informações são atualizadas em cada visita. É muito importante essa atualização por conta do telefone, caso a unidade de saúde precise entrar em contato”, reforça Ana Zélia Nascimento, também ACS em Pinhais. “As vezes o morador foi embora ou o filho casou, então temos que estar sempre atualizando todos os dados”.

FORTALECIMENTO – No ano passado, a Sesa também liberou um incentivo financeiro de R$ 8,2 milhões para aquisição de tablets para os Agentes de Combate a Endemias como material de apoio para execução de ações de Vigilância em Saúde nos municípios. A ação é destinada à prevenção e promoção da saúde no combate às doenças endêmicas no Paraná. Até agora 245 municípios aderiram a esta linha de financiamento.

 

 

 

 

 

Por - Agência Brasil

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