População elege prioridades para o orçamento de 2026 do Paraná em audiência pública

Segurança, inovação e educação. Essas são as prioridades que os paranaenses escolheram para nortear o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026. Os dados foram obtidos a partir da consulta popular inédita realizada pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e apresentados durante audiência pública nesta quinta-feira (10).

Como o próprio nome indica, o PLDO delimita as metas e prioridades do Poder Executivo para o próximo ano fiscal e serve como guia para a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). E foi exatamente isso que as 2.242 pessoas que responderam o formulário online apontaram, escolhendo as áreas e programas que vão fazer parte do orçamento do Estado no ano que vem.

Divididas em cinco eixos estratégicos — Eficiência Administrativa; Infraestrutura e Mobilidade; Desenvolvimento Econômico Sustentável; Inclusão Social, Direitos Humanos e Cidadania; e Direitos Básicos e Bem-Estar —, as opções representam as diferentes frentes de atuação do Governo do Paraná e foi a partir disso que a população elencou os temas que considera mais prioritários.

A linha Paraná Protegido, que engloba todas as ações de segurança do Estado, foi apontada como um dos temas mais importantes para o paranaense, com mais de 1,6 mil votos. Em seguida, Paraná Mais Inovação e Educação: Transforma Paraná aparecem praticamente empatados, com 1.151 e 1.133 votos, respectivamente. 

O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, celebrou o resultado e, principalmente, a adesão do cidadão à pesquisa. “Pela primeira vez na história do Paraná, fizemos essa consulta popular e ficamos bastante satisfeitos com o engajamento e a participação das pessoas”, disse. “Foi uma ação importante, pois nos permitiu entender o que o povo paranaense quer para o futuro do Estado e ajustar essas demandas já no PLDO que será entregue ao Legislativo”.

O diretor-geral da Sefa, Luiz Paulo Budal, também reforçou a importância dessa participação popular. “Um dos nossos principais objetivos aqui na Secretaria sempre foi nos aproximar do cidadão e tanto a pesquisa quanto a audiência pública vão nessa direção. Mais do que isso, mostram que o paranaense é interessado em participar e colaborar com o Estado”, afirmou.

NO CAMINHO CERTO – O resultado da consulta popular chancela a estratégia que o Governo do Estado já vem adotando ao longo dos últimos anos, investindo pesado nessas áreas que a população aponta como essencial. Exemplo disso é a própria segurança pública, cujo orçamento saltou de R$ 2,5 bilhões em 2019 para R$ 6,4 bilhões em 2025. 

Outro item citado na pesquisa e que já está na pauta do Paraná há algum tempo é o do Desenvolvimento da Infraestrutura e Logística. Em 2024, o Estado investiu R$ 1,7 bilhão em transporte e infraestrutura de rodovias e, para 2025, a previsão é ultrapassar a marca dos R$ 2,1 bilhões. E, se depender do ânimo da população, até mesmo essa marca será quebrada em 2026.

PREVISÃO DE RECEITA – Para além dos resultados da consulta popular, a audiência pública para discutir o PLDO 2026 também trouxe os números prévios do orçamento para o ano que vem. 

Conforme apresentado pela equipe da Diretoria de Orçamento Estadual (DOE), a previsão é que o Paraná tenha uma receita total líquida de R$ 89,9 bilhões, valor 5,3% maior do que os R$ 78,7 bilhões previstos na Lei Orçamentária Anual de 2025. Desse total, R$ 77,2 bilhões correspondem às receitas primárias, ou seja, a arrecadação de tributos, transferências e outras receitas.

“Essa é uma primeira previsão de cálculo para o orçamento de 2026 e, como uma ferramenta importante de planejamento, o PLDO vai ajudar a apontar os caminhos para o Estado não apenas onde investir, mas também o quanto vai poder aplicar nessas áreas prioritárias”, explica o diretor do Orçamento, Marcos Tadeu Cavalcante. “E o documento que apresentamos hoje é resultado do esforço incansável de muitas mãos”.

PRÓXIMOS PASSOS – A formulação do orçamento de 2026 ainda tem um caminho a percorrer. Depois da audiência pública desta quinta-feira, o PLDO será encaminhado para a Assembleia Legislativa no próximo dia 15 de abril. O Legislativo deve votar o documento e devolvê-lo ao Executivo até o início do segundo semestre para que a LOA 2026 possa ser, então, elaborada.

 

 

 

 

 

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 Sanepar investe em solução inovadora para monitorar ruídos e detectar vazamentos de água

Para monitorar ruídos na rede de distribuição de água e detectar vazamentos com mais precisão e rapidez, a Sanepar está escalando uma solução inovadora baseada no conceito de Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial. A startup Radioforce Tecnologia e Telecom Ltda. desenvolveu um sistema baseado em hidrofones inteligentes, com o objetivo de reduzir as perdas de água nas redes de distribuição. A startup foi selecionada no 1º edital do Programa Sanepar Startups, em 2023.

Os hidrofones serão acoplados à tubulação de água, sendo capazes de captar as ondas acústicas emitidas pela água e, assim, identificar padrões de vazamento. Isso permite a detecção e a solução dos vazamentos de forma mais rápida. Serão investidos cerca de R$ 5,7 milhões no projeto ao longo de dois anos.

“Este investimento é parte dos esforços da Sanepar para melhorar a eficiência do seu sistema de distribuição de água e mais uma ação da Companhia de apostar em tecnologias inovadoras, como a IA, que surgem e se propõem a ajudar na resolução de problemas de forma concreta, veloz e eficaz”, ressalta o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.

O coordenador da Gerência Regional Curitiba Leste, Welington Gustavo Freire destaca que a nova tecnologia oferece uma solução integrada e inovadora para o monitoramento das redes. “A solução contempla a transmissão e o processamento avançado de dados, além da integração em uma plataforma de gestão intuitiva”, explica. "A tecnologia será avaliada em escala na área de influência do Centro de Reservação Jacob Macanhan, em Pinhais, ao longo de 470 quilômetros de rede de distribuição".

A gerente da Gerência do Processo Água da Sanepar, Juliana Seixas Pilotto, destaca que a iniciativa contribui para modernizar a gestão da infraestrutura hídrica. “Com a implementação da solução, esperamos aprimorar a gestão dos recursos hídricos, otimizar a operação e reduzir as perdas de água, o que traz impactos positivos para a Sanepar, para a sociedade e para o cliente”, ressalta.

O desenvolvimento da solução foi colaborativo e teve envolvimento de uma equipe multidisciplinar, incluindo mentores da Sanepar. “A adoção de hidrofones inteligentes no projeto com a Radioforce foi escolhida por conta da maior velocidade de propagação do som na água, o que permite reduzir a quantidade de sensores necessários, comparado ao uso de sensores externos”, informa Marcelo Depexe, especialista da Sanepar em combate a perdas de água e mentor da startup.

SANEPAR STARTUPS – A novidade nasceu dentro do Programa Sanepar Startups. É uma plataforma importante para o ecossistema de inovação, estimulando as startups a desenvolverem soluções que sejam aplicáveis e escaláveis.

O Programa Sanepar Startups é uma iniciativa da Sanepar, em parceria com o Itaipu Parquetec, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae-PR) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo do programa é promover a inovação aberta no setor de saneamento, buscando soluções tecnológicas sustentáveis para os desafios enfrentados pela Companhia e pelo setor.

“A inovação é um pilar central para nossa estratégia de melhoria contínua dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A avaliação dessas tecnologias em escala, como estamos fazendo com as soluções da Radioforce e da Stattus4, é fundamental para garantir que essas inovações atendam de forma robusta e eficaz os desafios do saneamento. Esse processo não só gera valor para a Sanepar, mas também para a sociedade, ao melhorar a qualidade dos serviços prestados”, afirma.

Por meio de editais, o programa seleciona startups que propõem soluções inovadoras para problemas como a redução de perdas de água e a otimização dos processos operacionais. Até o momento, a Sanepar tem trabalhado com 10 startups, sendo que algumas já concluíram suas provas de conceito (PoCs) e outras ainda estão em desenvolvimento. Dentre essas, Radioforce e Stattus4 já avançaram para a fase de avaliação em escala, testando suas soluções em ambientes maiores e mais complexos nas redes de distribuição de água.

SNEPAR LABS – Com o sucesso da abordagem com as startups, a Companhia se prepara para lançar em breve um novo programa de inovação aberta, denominado Sanepar Labs, majorando suas conexões com o ecossistema, antecipando tendências e buscando alternativas para aprimoramento de seus processos.

 

 

 

 

 

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 STF reconhece validade de adiamento de data-base; decisão evita dívida de R$ 13 bilhões

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a autonomia orçamentária do Estado do Paraná e decidiu que a suspensão do reajuste anual dos servidores públicos do Paraná, decidida em 2016 e com efeitos para 2017, é valida. A decisão, que ajuda a preservar o atual Plano de Pagamento de Precatórios do Estado e a previsibilidade dos investimentos públicos, é de terça-feira (8). 

O caso teve origem quando a lei estadual 18.493/2015 previu um reajuste geral anual para o funcionalismo a partir de 1º de janeiro de 2017. Contudo, em 2016, o Estado adiou adiou a implementação porque não havia disponibilidade orçamentária, já que o IPCA de 2016 foi apurado em 8,39%, dentro da crise econômica daquele período, o que implicaria um redimensionamento da folha superior a R$ 2 bilhões por ano. Com isso, o STF confirmou que o Estado agiu dentro das regras quando a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Após o adiamento, diversas ações judiciais foram abertas pedindo o pagamento retroativo do reajuste. O Tribunal de Justiça do Paraná chegou a considerar, em 2016, que o reajuste era um direito adquirido dos servidores, mas a decisão do STF revisou este entendimento, considerando que o caso trata de expectativa de direito e que não houve revogação do reajuste, mas um adiamento dele.

O Estado, inclusive, efetuou o pagamento do reajuste de forma escalonada nos últimos anos: 2% em janeiro de 2020, 3% em janeiro de 2022 e 5,79% em agosto de 2023. Além disso, a atual gestão promoveu diversas reestruturações de carreira, com aumentos reais e novas regras de promoção.

"A decisão evita um impacto de quase de R$ 13 bilhões aos cofres públicos, valor que seria necessário para pagar o reajuste retroativamente. Esse montante é quase o dobro do total atual da dívida de precatórios do Paraná, que é de cerca de R$ 7 bilhões", diz o procurador-geral do Estado, Luciano Borges. Com isso, fica mantido o plano do Estado de quitar todos os precatórios antigos até 2029, garantindo que, a partir de 2030, o Paraná esteja em dia com esses pagamentos. 

A decisão do STF também reforça a segurança jurídica e o controle fiscal do Estado, que tem Capag A+ do Tesouro Nacional, garantindo que os investimentos públicos em saúde, educação, segurança e infraestrutura possam seguir com previsibilidade e responsabilidade.

 

 

 

 

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 Forças do Estado apreendem 1,1 mil porções de cocaína e desarticulam delivery de drogas

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em conjunto com a Polícia Militar (PMPR) e a Guarda Civil Municipal (GCM) de Londrina, apreendeu mais de mil porções de cocaína e prendeu prendeu três pessoas em flagrante. A ação aconteceu nesta quinta-feira (10) durante uma operação em combate ao delivery de drogas em cidades no Norte do Estado.

Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, sendo sete em Cambé e três em Londrina. Dos três flagrantes, dois foram por tráfico de drogas e um por posse de munição de uso restrito. Durante a ação, também foi lavrado um Termo Circunstanciado de Infração Penal de posse de maconha para uso pessoal.

A operação contou com a participação de 50 agentes das forças de segurança, além de cães de faro para aumentar a eficiência das buscas.

Conforme o delegado Paulo Henrique Costa, durante a ação foram apreendidas 1.120 porções de cocaína preparadas para a venda, R$ 1,7 mil em espécie, munições de calibre 9mm e materiais destinados à análise de dados. “A operação visou desarticular associações criminosas voltadas ao tráfico de drogas que atuam entre os municípios de Cambé e Londrina”, explica. 

Os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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