O Governo do Paraná promove entre os dias 12 a 14 de fevereiro o Paraná Mais Cidades, evento que visa modernizar a gestão pública e fortalecer a parceria entre os municípios e o Estado. Ele acontecerá em Foz do Iguaçu e reunirá prefeitos e representantes dos 399 municípios.
O propósito do evento é apresentar as ações do Estado e impulsionar novas parcerias, principalmente diante da renovação das administrações municipais. O evento é uma atualização do Governo 5.0, encontro promovido duas vezes pela administração estadual também na região Oeste.
O Paraná Mais Cidades vai oferecer palestras e workshops para capacitar agentes públicos, além de uma Feira de Serviços, na qual os participantes terão a oportunidade de interagir diretamente com as Secretarias de Estado e representantes de órgãos como a Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Ministério Público, Defensoria Pública e Sistema S. Essa estrutura promove uma agenda completa de contatos para fortalecer a eficiência na gestão pública.
Entre os palestrantes estão o governador Carlos Massa Ratinho Junior e Tadeu Barros, diretor-presidente do Centro de Liderança Pública (CLP) e colunista de gestão pública da Exame, que vai falar sobre DNA inovador para a Gestão, com foco na cultura organizacional.
Entre as capacitações previstas estão rodadas com a Controladoria-Geral do Estado e a Procuradoria-Geral do Estado sobre estruturação de convênios, com Defesa Civil para capacitação e fluxos em casos emergenciais, com a Sanepar sobre universalização do esgotamento sanitário, e com técnicos da Secretaria da Fazenda sobre reforma tributária. A programação completa será divulgada em alguns dias.
"É uma oportunidade para estreitar laços e aproximar as políticas do Estado das prefeituras. Com esse contato próximo, os gestores municipais entendem as formas de acessar novos recursos, apresentar projetos, captar financiamentos e desenvolver as suas cidades", disse Ratinho Junior. "Essa também é uma forma de fazer um balanço da gestão, apresentar os resultados desses seis anos e reforçar que os bons números do Paraná são fruto dessa união de esforços entre Estado e prefeituras".
Por - AEN
O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) regulamentou o uso de tecnologias embarcadas de assistência de direção nos veículos dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) do Estado.
A medida permite que as autoescolas utilizem carros equipados com dispositivos tecnológicos, tanto nas aulas quanto nos exames práticos de direção da categoria “B”. A regulamentação é válida em todo o Paraná.
Entre as tecnologias que passam a ser autorizadas estão câmeras de ré, sensores de estacionamento, sistemas de alerta de cinto de segurança, assistente de partida em rampa e o sistema start-stop, que desliga automaticamente o motor quando o veículo está parado e o religa quando o motorista retoma a condução.
A medida não abrange o sistema autônomo de condução e estacionamento, que não poderá ser utilizado durante o exame de direção.
A regulamentação, autorizada através da
, facilita o trabalho das autoescolas, que têm dificuldades para adquirir veículos sem esses itens, já que desativá-los pode comprometer a garantia de fábrica. Além disso, a medida também contribui para atualizar os novos motoristas com as tecnologias presentes atualmente em grande parte dos automóveis novos.“Esses equipamentos auxiliam na condução e para estacionar os veículos. É importante que os condutores aprendam desde a autoescola como utilizar esses dispositivos, que estão cada vez mais presentes nos veículos que estão hoje no mercado”, explicou o diretor-presidente do Detran-PR, Adriano Furtado.
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quarta-feira (29) o
que regulamenta o Irriga Paraná, estabelecendo as formas de subvenção financeira a serem concedidas por meio do programa e os critérios para recebimento dos benefícios em diferentes modalidades.Lançado em agosto de 2024, ele tem como objetivo ampliar em 20% as áreas destinadas à agricultura que contam com sistema de irrigação no Estado.
Para alcançar a meta estipulada no programa, o Governo do Estado reservou R$ 200 milhões que serão investidos em duas frentes. A principal será a concessão de recursos a fundo perdido e em linhas de crédito agrícola subsidiadas, mas também estão previstas ações de estímulo à pesquisa científica neste segmento.
Segundo Ratinho Junior, o Irriga Paraná representa uma visão moderna da agricultura, seguindo práticas de outros países que são referência neste segmento. “Com as mudanças climáticas e a necessidade de ampliar a nossa produtividade, este programa vai facilitar a vida do agricultor, tanto na parte de projeto técnico quanto das licenças e outorgas ambientais, além de juros subsidiados”, afirmou o governador.
Ele também ressaltou que o fomento ao uso da irrigação deve aumentar a renda e a previsibilidade dos produtores. “A irrigação nos dará a oportunidade de ter até cinco safras a cada dois anos, o que fará com que a economia do agronegócio também cresça. Isso reforça a vocação do Paraná na produção de alimentos com sustentabilidade, algo que é reconhecido nacional e internacionalmente”, complementou.
Pelo decreto publicado agora, ficou definido que as subvenções do Irriga Paraná podem se somar a outros subsídios concedidos pelo poder público, como os do programa Renova Paraná e outros incentivos do Banco do Agricultor Paranaense, por exemplo. A prioridade de atendimento será para produtores rurais residentes em municípios ou regiões do Estado que historicamente sofrem mais com as estiagens ou que tenham previsão de aumento da demanda por recursos hídricos.
O programa prevê o atendimento de agricultores familiares, associações e cooperativas ligadas à agricultura familiar. Cada beneficiário individual poderá receber, de forma cumulativa, R$ 40 mil a fundo perdido e mais R$ 100 mil em financiamentos com juros subsidiados. No caso dos beneficiários coletivos (associações e cooperativas), os valores são multiplicados por dez, chegando a R$ 400 mil e R$ 1 milhão, respectivamente.
MODALIDADES – No decreto estão estabelecidas quatro modalidades de subvenção econômica. A concessão dos recursos é definida a partir de critérios técnicos do programa, sob a supervisão da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
Entre as modalidades está a bonificação para produtores que adotarem práticas de preservação dos recursos hídricos e proteção ao meio ambiente que gerem um benefício coletivo, como a proteção de nascentes e sistemas de reaproveitamento da água. Outra delas é voltada ao fomento destas mesmas práticas em nível individual ou coletivo por meio de recursos a fundo perdido ou financiáveis.
A terceira modalidade é focada na subvenção para crédito em operações de crédito rural contratadas pelos agricultores familiares junto a instituições financeiras conveniadas ao programa. Nela, estão incluídas o custeio dos juros de financiamento pelo Estado e o pagamento de bônus aos produtores que cumprirem todas as exigências estabelecidas no contrato e no decreto estadual.
Por fim, o texto ainda prevê o apoio financeiro em caráter emergencial para a aquisição de insumos essenciais à produção e à subsistência familiar em situações de calamidade pública.
DEMANDA – O programa foi criado pelo Governo do Estado devido ao baixo número de áreas irrigadas do Paraná, que atualmente representam apenas 3% das áreas de lavoura, o equivalente a 170 mil hectares. Deste total, 100 mil hectares ficam no Noroeste do Paraná, região onde há menor disponibilidade de água e temperaturas mais elevadas. Outros 15 mil hectares estão localizados na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), enquanto os 55 mil hectares restantes estão distribuídos entre as outras regiões.
Mesmo com um histórico de boa média de chuvas, o Paraná sofreu nos últimos anos com períodos de seca prolongada, o que prejudicou parte considerável das lavouras. Nas últimas cinco safras paranaenses, o prejuízo estimado foi de aproximadamente R$ 40 bilhões devido às condições climáticas desfavoráveis.
Para o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, o programa é fundamental para que o Estado esteja pronto para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. “As adversidades climáticas têm se tornado cada vez mais frequentes, então precisamos oferecer alternativas para que a agricultura não sofra tanto”, afirmou. “A nossa meta é aumentar em 35 mil hectares as áreas irrigadas no Estado nos próximos dois anos”, concluiu.
DIVISÃO – Dos R$ 200 milhões que serão investidos dentro do Irriga Paraná, R$ 150 milhões são para linhas de crédito para estímulo à instalação de sistemas de irrigação, divididos entre o Banco do Agricultor Paranaense, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o Fundo de Equipamento Agropecuário do Paraná (FEAP).
Na área de pesquisa, serão destinados R$ 20 milhões para o aprimoramento da gestão dos recursos hídricos em bacias estratégicas. O dinheiro será usado para a instalação de radares e estações, o estímulo ao uso de diferentes matrizes energéticas na agricultura irrigada e a promoção da utilização de água para reúso na irrigação.
Parte deste montante destinado à pesquisa também está sendo usado em cursos de capacitação sobre sistemas irrigados sustentáveis. O primeiro, realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), envolveu o treinamento de 15 técnicos do IDR-Paraná.
Por -AEN
O Paraná recebeu nesta quinta-feira (30), por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 359.900 testes rápidos para diagnóstico da dengue para ampliar a assistência na rede de atenção à saúde (unidades básicas e de urgência e emergência).
A remessa faz parte de uma ação do Ministério da Saúde para apoiar o diagnóstico e auxiliar na identificação precoce dos casos.
De acordo com a Nota Técnica do governo federal, elaborada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, a recomendação de uso do teste rápido Dengue NS1 visa fornecer um apoio ao diagnóstico precoce da doença, especialmente no contexto assistencial.
Esse quantitativo será distribuído para as 22 Regionais de Saúde do Estado já nos próximos dias. O critério utilizado para a distribuição levou em conta o número de notificações de 2024 de cada regional.
“É uma ferramenta que auxilia a rede de saúde e otimiza a assistência e a vigilância epidemiológica no Estado. Eles chegam em boa hora, quando habitualmente o número de casos aumenta. Vale ressaltar que os demais cuidados devem ser mantidos e principalmente manter nossas casas e quintais livres de possíveis criadouros”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O Teste Rápido (TR) de dengue NS1 em cassete (sangue total/soro/plasma) é para detecção qualitativa de antígeno (substância estranha ao organismo que estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos) NS1 do vírus da dengue para auxiliar no diagnóstico de infecções da doença. Ele deve ser realizado até o quinto dia do início dos sintomas por meio de uma pequena amostra de sangue do paciente.
ENFRENTAMENTO – Há 10 dias o MS anunciou a distribuição de 6,5 milhões de testes rápidos aos estados. É a primeira vez que a pasta adota essa ação e reforçou que a medida será complementar às estratégias já existentes para controle do vetor, além da vacinação, e destacou a necessidade de os municípios seguirem os protocolos de coleta e envio de amostras para análise laboratorial.
Do total, estão sendo distribuídos 4,5 milhões de testes nesta primeira remessa e os outros dois milhões serão utilizados como estoque estratégico para atender as localidades que possam apresentar acréscimo no número de casos.
“Embora esse exame seja crucial para reconhecer infecções agudas por meio da identificação do antígeno NS1, é essencial que sua aplicação seja complementada por uma avaliação clínica abrangente, levando em conta as particularidades de cada situação e a necessidade de testes de confirmação extra, quando se fizer necessário”, explica a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes Maria Goretti.
No Estado, a dengue é diagnosticada de diferentes maneiras: critério clínico epidemiológico, exame laboratorial de sorologia ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) e exame de Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (RT-qPCR). O primeiro é feito pelos médicos no momento da consulta e os demais são coordenados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen-PR).
Por - AEN
Os novos números da Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostram que o feijão pode ter produtividade acima da esperada e que a soja, principal produto agrícola do Estado, foi prejudicada pelas condições climáticas, sobretudo no período entre meados de dezembro e de janeiro.
A produção de soja foi reavaliada para 21,3 milhões de toneladas. Isso representa uma diferença de 4% em relação às 22,3 milhões de toneladas previstas inicialmente. Esse patamar ainda supera em 15% as 18,5 milhões de toneladas obtidas no ano passado.
“Houve uma mudança em relação às ótimas condições de lavoura apresentadas até meados de dezembro, quando ainda havia indicativo de que se pudesse estabelecer um novo recorde para a cultura”, comentou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.
De acordo com o levantamento feito pelos técnicos do Deral, já foram colhidos cerca de 18% dos 5,77 milhões de hectares. O trabalho se concentra nas regiões que tiveram mais problemas – Oeste, Noroeste e Centro-Oeste. No Núcleo Regional de Toledo, por exemplo, aproximadamente 84% da área já está colhida.
A produtividade média do Estado até o momento está em 134 sacas por alqueire (55 sacas por hectare). No entanto, a disparidade observada é grande mesmo em áreas próximas. “A evolução dos trabalhos deve trazer melhores resultados, especialmente na região Sul”, acredita Godinho. Espera-se que nessa região cheguem a 160 sacas por alqueire (66 por hectare).
Os recuos dos preços também preocupam os produtores. Mesmo com valorização nos preços internacionais, a correção cambial e a entrada da nova safra pressionam a cotação interna. Em 19 de dezembro do ano passado o preço de balcão da saca era de R$ 127,57 em média. Na última quarta-feira (29) estava em R$ 117,83, recuo de 8%.
FEIJÃO – O feijão de primeira safra está praticamente todo colhido no Paraná, com estimativa de produção em alta. Provavelmente serão retiradas 341,7 mil toneladas dos 169,2 mil hectares semeados nesta safra. No ano passado foram cultivados 107,8 mil hectares, com produção de 160,4 mil toneladas.
Ainda que tivessem sido observados problemas pontuais nesta safra, conhecida como “das águas”, a produtividade da região Sul, que concentra 74% do plantio, se destacou com chuvas um pouco mais regulares e temperaturas mais amenas. O destaque ficou com a região dos Campos Gerais, onde a produtividade foi de 2.378 quilos por hectare.
“Esse valor foi atingido em função de investimento em tecnologia aliada a uma condição climática excepcional, tendo em vista o ciclo curto da cultura”, ponderou Carlos Hugo Godinho. A produtividade média paranaense neste período é de 2.020 quilos por hectare.
No entanto, a grande oferta momentânea reflete no preço pago ao produtor. Essa situação pode levar alguns produtores a recuarem na intenção do plantio da segunda safra de feijão, conhecida como “da seca”. Cerca de 25% dos 365,8 mil hectares previstos já estão semeados. As lavouras têm bom desenvolvimento, com estimativa de produzir 666,8 mil toneladas.
MILHO – A colheita da primeira safra do produto está iniciando agora, com estimativa de terem sido retirados apenas 5% dos 260,7 mil hectares plantados. A condição do produto é boa para 93% das lavouras. “A produtividade é um pouquinho melhor nas regiões em que teve chuva e a expectativa é que melhore mais”, disse Godinho.
A segunda safra, que deve cobrir mais de 2,5 milhões de hectares, tem apenas 9% de plantio efetivado. O retorno das chuvas em várias regiões do Paraná tende a beneficiar essa cultura e resultar em uma colheita superior a 15,5 milhões de toneladas.
CEBOLA – A safra de cebola 2024/25 está encerrada no Paraná. Foram colhidas 131,7 mil toneladas, volume 51,8% superior às 88,8 mil toneladas do ciclo anterior. “O tempo seco na virada do ano contribuiu para a evolução rápida das colheitas já em janeiro, o que tinha sido observado somente em duas outras safras na década passada”, analisou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral.
A maior parte (47,6%) saiu dos campos de Guarapuava, seguida por Curitiba (26,1%) e Irati (17%), que são responsáveis por 90,8% da cebola colocada no mercado paranaense. Até a última semana os produtores já tinham comercializado cerca de 92,5 mil toneladas.
O negativo é o preço recebido pelo produtor. Em dezembro de 2023 a cotação estava em R$ 59,06 a saca de 20 quilos. No último mês, pela mesma saca, eram pagos R$ 18,99. “O excesso de cebolas na atual safra em todo o País contribuiu para os preços baixos em todos os elos da cadeia”, registrou o agrônomo do Deral.
BATATA – A batata de primeira safra está com cerca de 83% da área de 17 mil hectares colhida, com boa qualidade de produto. Dos nove núcleos regionais que plantam essa cultura, cinco já terminaram a colheita. “Mesmo com o período de seca, pela natureza do produto, 95% das lavouras estão em boas condições a campo”, comentou Paulo Andrade.
A segunda safra de batata ultrapassa os 52% de plantio nos 11,2 mil hectares, e nada foi colhido ainda. Da mesma forma, as lavouras têm se comportado bem em pelo menos 93% das áreas. A expectativa é que as duas safras somadas resultem em 900 mil toneladas de batatas no Estado.
BOLETIM – Nesta quinta-feira o Deral também divulgou o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 24 a 30 de janeiro. Além de comentar a safra agrícola, o documento traz ainda informações sobre o marco histórico atingido pelo Paraná no segundo semestre do ano passado em relação à exportação de suínos.
Foi a primeira vez que o Estado conseguiu ultrapassar a barreira de 100 mil toneladas exportadas em um semestre. De julho a dezembro foram enviados para o Exterior 104,3 mil toneladas de carne suína. O recorde anterior era do segundo semestre de 2023, com 87,5 mil toneladas.
Esse crescimento nas exportações, em comparação com o mesmo período de 2023, foi impulsionado pela expansão das vendas para importantes parceiros comerciais, como: Uruguai (+17,8% ou 2,4 mil t), Vietnã (+40,8% ou 4,3 mil t), Singapura (+5,8% ou 781 t), Argentina (+386,2% ou 7,9 mil t), Cuba (+17,7% ou 279 t) e Libéria (+36,3% ou 422 t). Além disso, houve abertura de novos mercados, como Filipinas (+10,2 mil t) e República Dominicana (+2,2 mil t).
Também há registro do preço recebido pelo produtor para o litro de leite, que foi de R$ 2,75 na última semana. No varejo, o preço de derivados de lácteos iniciou o ano com pequeno recuo dos preços.
Por - AEN
O projeto Bem Cuidar, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), que oferece atendimento psicológico e psiquiátrico para servidores da rede estadual por meio de uma plataforma de teleconsultas, foi ampliado – agora conta com serviços de educadores físicos e nutricionistas.
Entre 2022 e 2024, o programa atendeu 7.621 servidores, entre professores e funcionários em todos os estabelecimentos de ensino, dos Núcleos Regionais de Educação (NREs) e da Seed em mais de 40 mil consultas psicológicas e psiquiátricas.
“Certamente, nas novas modalidades de atendimento não será diferente”, ressalta o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. “Na primeira fase, vimos o programa como uma forma de contribuir para melhorar a saúde mental dos nossos servidores, que piorou após a pandemia de Covid-19, quando passamos a ouvir relatos frequentes de quadros de ansiedade e depressão, entre outras doenças associadas”.
Estudos publicados têm demonstrado que fatores psicológicos, como estresse e ansiedade podem agravar o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Além disso, essas questões estão frequentemente associadas a uma maior prevalência de problemas como excesso de peso, diabetes, hipertensão e tabagismo.
Para a ampliação do programa, a Seed se baseou nestes estudos que citam a intervenção nutricional e a prática regular de exercícios físicos como eficazes também na redução de sintomas de depressão e ansiedade, oferecendo benefícios que podem ser comparáveis aos da psicoterapia.
“Adotar um estilo de vida ativo e saudável não apenas ajuda a controlar os fatores de riscos físicos, mas também promove uma melhoria da saúde mental, favorecendo o bem-estar emocional e a qualidade de vida”, destaca Taciana Fenilli, chefe do Núcleo de Recursos Humanos da Seed.
PARCERIA – Na primeira etapa do programa, a Seed firmou um convênio com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e, a partir de agora, a supervisão dos profissionais contratados, que prestam atendimento, é da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).
“Assumimos com um compromisso que compartilhamos com toda a equipe: manter um atendimento qualificado, baseado em evidências científicas e boas práticas. Ficamos felizes em dar continuidade a esse trabalho, sabendo que os professores que compõem a equipe permanecem no projeto, trazendo sua experiência e dedicação”, destaca Dannyele Cristina da Silva, coordenadora institucional do Bem Cuidar na Unicentro.
De acordo com ela, mais do que um programa de atendimento, o Bem Cuidar é um espaço de acolhimento e suporte para aqueles que dedicam seu tempo e energia ao ensino. “Nosso foco é proporcionar uma experiência positiva, garantindo que cada servidor tenha acesso a um cuidado de qualidade, que realmente faça a diferença no seu bem-estar e na sua saúde mental”, acrescenta.
As consultas são totalmente gratuitas e o número de sessões definido de acordo com a recomendação dos profissionais. O agendamento pode ser feito em até uma semana após a solicitação. O próximo passo é se conectar à plataforma no dia e horário estabelecidos para a sessão on-line.
SOBRE O APLICATIVO – O Bem Cuidar está disponível no Google Play e na Apple Store. Após fazer o download do app no smartphone, é preciso preencher um cadastro e solicitar atendimento com um dos profissionais. Neste ano, em uma semana, mais de 200 servidores já fizeram cadastro na ferramenta. Entre os benefícios do programa, estão, por exemplo, a redução de casos de ansiedade e estresse dos servidores; menos afastamentos para tratamento de saúde, além dos benefícios para os estudantes, que ganham professores mais saudáveis emocionalmente.
APROVAÇÃO – Nove entre 10 usuários que avaliaram o serviço responderam que indicariam o aplicativo. A nota dada aos profissionais de saúde que fizeram o atendimento foi 9,1. Sobre a forma de utilizar o app, a nota média foi de 7.8 e a maior parte dos avaliadores deu nota 8,1 para a qualidade do resultado do serviço prestado e de como ele refletiu na saúde mental de cada um.
“O atendimento foi no horário marcado. A psicóloga me deixou bem à vontade para falar sobre minhas angústias, meus anseios. Gostei muito e, com certeza, me senti muito bem após nossas conversas”, escreveu um servidor na plataforma.
Outra relatou como a profissional fez diferença na vida dela. “Foi minha tábua de salvação. Sua acolhida me fez olhar para além das minhas angústias. Com cinco atendimentos, ela foi capaz de me fazer dizer em voz alta o que doía e machucava o peito. Sou imensamente grata a todos os profissionais do programa pela sensibilidade em propor ações de cuidado com a saúde mental dos servidores. Espero que muitas pessoas possam ser atendidas.”
“O projeto teve um impacto imensurável na minha vida. O auxílio que recebi por conta das minhas demandas – que não foram poucas – foi muito importante para que eu reorganizasse minhas rotinas, meus pensamentos e minha visão de mundo. Espero que este projeto seja duradouro e beneficie tantos outros profissionais da educação, como beneficiou a mim”, disse outro profissional da Educação.
Por - AEN