Radares meteorológicos: Simepar explica funcionamento dos monitores de chuva

Agosto começou com a passagem de várias frentes frias pelo Paraná. Houve altos volumes de chuva em alguns locais e garoas em outros.

Em Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo, por exemplo, já choveu mais de 40 mm. Já em Curitiba, o volume de chuva não chegou a 2 mm. Esse monitoramento diário é feito pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) utilizando dados de satélites, pluviômetros, e principalmente, dos radares.

O monitoramento das chuvas é frequente e não aconteceria nessa escala se não fosse esses grandes radares. É através destes gigantes, atualmente instalados em três cidades diferentes, que os meteorologistas identificam a localização, deslocamento e intensidade de precipitações como chuva e granizo. 

Um dos radares fica em cima do prédio do Simepar, no campus Politécnico da Universidade Federal do Paraná, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. De tecnologia japonesa e banda X, o equipamento detecta precipitações em até 100 quilômetros de distância.

Os outros dois radares são de banda S e atuam em um raio de até 480 quilômetros. Um deles está localizado em Teixeira Soares, no Centro-Sul do Estado, e outro em Cascavel, no Oeste. Ambos ficam protegidos por uma redoma no alto de torres de mais de 25 metros de altura, para atuarem sem qualquer tipo de obstrução, até mesmo durante tempestades severas. 

Nestas torres gigantescas, há uma sala de operações um andar abaixo do radar. Nela fica o equipamento denominado Magnetron, que é o coração da torre. Ele emite pulsos eletromagnéticos, que são conduzidos até o radar e distribuídos em forma de micro-ondas em uma varredura em 360 graus e em vários níveis da atmosfera. O radar passa 24 horas girando e mudando a inclinação. 

“As ondas viajam na atmosfera até encontrar um bloqueio, que pode ser poeira, gota d'água, ou granizo, por exemplo. No momento em que essa onda identifica o objeto, parte do sinal retorna para o radar. O tempo que demora para o sinal ir e voltar até a antena faz eu entender qual é a distância do radar ao objeto. O tipo de sinal que retorna identifica o que é esse objeto”, explica Sheila Paz, gerente de meteorologia do Simepar.

Um software recebe os dados recebidos do radar e mapeia em três dimensões a área de alcance, indicando o movimento e intensidade da chuva. Além do monitoramento individual destes radares pelos meteorologistas, um mosaico com a sobreposição dos dados dos três radares do Simepar é disponibilizado para a população com atualizações a cada dez minutos, 24 horas por dia. O mapa fica na página inicial do site do Simepar: www.simepar.br.

A composição dos três radares meteorológicos do Simepar abrange completamente o Estado do Paraná e chega a áreas vizinhas. Através da visualização da sequência de imagens compostas por este mosaico é possível acompanhar o posicionamento, deslocamento e intensidade das áreas de chuva: os tons em vermelho e rosa estão associados a chuvas mais intensas, e até mesmo tempestades, enquanto que as tonalidades de amarelo e verde representam chuvas de menor intensidade.

“No site do Simepar tem previsão do tempo para 15 dias para os 399 municípios do Paraná, mas também tem dados em tempo real das estações e radares. Informações como esta podem auxiliar as pessoas a programarem seus dias, agricultores a protegerem e otimizarem suas produções, e empresas a organizarem sua operação”, ressalta Sheila. 

NOVOS INVESTIMENTOS – E essa rede de radares do Simepar vai aumentar. O Governo do Estado do Paraná publicou em julho o edital de concorrência internacional eletrônica para a implementação do projeto Monitora Paraná. A iniciativa prevê a aquisição de três novos radares meteorológicos, com investimento de US$ 6.869.937,77 (aproximadamente R$ 38,4 milhões na cotação atual), fazendo com que o Paraná tenha a melhor e mais completa cobertura meteorológica do Brasil. 

Os novos radares são do tipo Doppler com polarização dupla. O processo, conduzido pelo Simepar em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT), está estruturado em três lotes, cada um voltado à aquisição de um tipo específico de radar: um dos novos radares será de banda X em Pontal do Paraná, no Litoral; o outro será de banda C, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba; e o terceiro de banda S, em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí.

Na sequência, o Estado prevê a abertura de novo processo licitatório do projeto Monitora Litoral, para a aquisição de mais três radares. Um deles irá substituir o radar de Teixeira Soares, que já tem mais de 28 anos de operação. Também serão adquiridos uma boia oceanográfica e mais estações meteorológicas e hidrológicas. Os equipamentos vão reforçar o setor de monitoramento que acompanha o nível dos rios e as condições oceanográficas – dados que ajudam a Coordenadoria da Defesa Civil na tomada de decisões em caso de enxurradas, alagamentos ou ressacas.

O investimento total nos dois editais do Monitora Paraná é de cerca de R$ 70,4 milhões. Os recursos utilizados são provenientes da indenização da Petrobras em razão do derramamento de óleo causado pela empresa no Rio Iguaçu, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em julho de 2000.

MODERNIZAÇÃO EM CASCAVEL – Também há outro investimento em andamento para modernização do radar de Cascavel, inaugurado em 2014. A Defesa Civil do Paraná firmou contrato de R$3,5 milhões com a empresa Enterprise Electronics Corporation (EEC) para a execução de troca de hardware e software, isto é, peças e programas necessários para garantir o funcionamento correto do radar.

A contratação ocorreu por meio de recursos provenientes do programa Paraná Eficiente, uma iniciativa do governo estadual voltada à melhoria da gestão do Estado, sendo que uma das vertentes é a atuação na gestão de riscos. O contrato tem duração de 20 meses.

“São peças mecânicas, tecnologias que ficam defasadas e precisam ser modernizadas. Algumas delas estão quase no final de sua vida útil, por isso estes investimentos são tão importantes. Além de melhorar a estrutura que já temos, faremos a ampliação da rede para chegar a uma das maiores coberturas meteorológicas da América Latina”, afirma Sheila Paz.

 

 

 

 

 

Por- AEN

 Detran-PR regulamenta novo sistema que agiliza revenda de veículos usados

O vice-governador Darci Piana assinou nesta quarta-feira (6) a portaria nº 562/2025 do Detran-PR que regulamenta o Sistema de Registro Nacional de Veículos em Estoque (Renave). A nova medida desburocratiza a revenda de veículos e permite que os processos, que antes demoravam até três dias para serem efetivados, possam ser finalizados em poucas horas.

Com a nova regra, os próprios despachantes podem revisar, inserir os documentos necessários para a transferência dos veículos no sistema do Detran-PR e finalizar os processos, sem que a documentação precise ser encaminhada previamente à Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran).

“Estamos conseguindo agilizar as negociações de veículos usados, desburocratizando as entradas e saídas de carros nas lojas, com processos mais modernos e inovadores. Simplificar a economia é algo que beneficia diretamente os empreendedores e a população em geral”, afirmou Piana.

Apesar da desburocratização, a medida mantém a responsabilidade dos estabelecimentos, despachantes e órgão regulador na efetivação das negociações, com transparência nos processos e segurança nas operações.

“Com essa nova regulamentação, queremos mais eficiência, mais rapidez, menos filas e mais autonomia para lojistas e despachantes, com garantias de controle seguro dos estoques. Esta é uma mudança que mostra que Detran do Paraná segue como uma referência nacional, simplificando a vida do cidadão”, afirmou o diretor-presidente do Detran, Santin Roveda.

IMPACTO – Para os estabelecimentos comerciais, a medida representa redução de custos operacionais e eliminação de documentação física desnecessária. Feirões e eventos automotivos realizados nos finais de semana, por exemplo, podem ter processos finalizados imediatamente, sem aguardar reabertura dos órgãos públicos.

Para despachantes documentalistas, a regulamentação permite oferta de serviços mais completos aos clientes. Atualmente, 80% dos processos veiculares do Paraná envolvem despachantes.

“O Paraná é reconhecido na área de trânsito como departamento que sempre esteve à frente, sempre inovou, sempre teve entregas efetivas, e o despachante aqui no Paraná tem uma visão para desburocratizar, porque ele está incluído nessa inovação tecnológica.”, afirmou o presidente do Conselho Regional dos Despachantes Documentalistas do Paraná (CRDD-PR), Douglas Bienert.

Na ponta, os processos de compra tornam-se mais ágeis para os consumidores, com a dispensa de reconhecimento de firma e digitalização completa dos documentos. A certificação digital garante segurança jurídica nas transações.

“Esta é uma mudança que beneficia a todos, dando autonomia ao mercado, mantendo a segurança, e agilizando os processos para o consumidor final, que também consegue ter o processo finalizado mesmo em um final de semana, sem precisar esperar”, afirmou o presidente da Associação dos Revendedores de Veículos do Paraná, César Lanzoni.

Mesmo com a inovação, o Detran-PR mantém função fiscalizadora para assegurar qualidade dos serviços e conformidade com normas vigentes. Os estabelecimentos credenciados respondem integralmente pelas informações inseridas no sistema. A regulamentação preserva procedimentos de verificação e validação documental.

PRESENÇAS – Também estiveram presentes no a diretora de Operações do Detran-PR, Viviane da Paz; o chefe da Divisão Especializada em Atendimento Veicular do Detran-PR, Eduardo Schuelter; o presidente do Sindicato dos Despachantes do Paraná, Marcos dos Santos Junior; o vice-presidente do Sindicato dos Despachantes do Paraná, Francisco Arestides da Silva; e demais autoridades e lideranças do setor automotivo.

 

 

 

 

Por -AEN

 Paraná alcança menor tempo de abertura de empresas da história em julho: 7 horas

O Paraná bateu recorde no tempo para abertura de empresas no mês de julho com média 7 horas e 52 minutos. A média nacional foi de 1 dia e 6 horas, ou seja, o Paraná é cerca de 23 horas menos burocrático.

O Painel de Abertura de Empresa foi divulgado nesta quarta-feira (6) pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar), órgão do Governo do Estado vinculado à Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Seic).

Até então, o recorde do Paraná era de abril de 2024, com uma média de 8 horas e 4 minutos. Em junho de 2025, o tempo ficou em 8 horas e 5 minutos, o terceiro melhor tempo registrado no Estado na época.

Para o presidente da Jucepar, Marcos Rigoni, julho de 2025 entra para a história do Paraná e consolida o Estado como referência nacional em agilidade e eficiência no ambiente de negócio. O desempenho é ainda mais expressivo considerando o aumento no número de processos analisados, que subiu de 6.576 em junho para 7.204 em julho.

“Reduzir o tempo para abrir uma empresa significa estimular o empreendedorismo, atrair investimentos e gerar empregos. Esse resultado é uma vitória do empreendedor e uma conquista de todos os paranaenses”, comenta.

O Paraná segue como o terceiro estado mais rápido. No topo do ranking estão Piauí, com tempo médio de 5 horas e 33 minutos, e Sergipe, com 6 horas e 26 minutos. No entanto, esses estados analisaram volumes significativamente menores de processos: 921 e 654 processos, respectivamente, contra 7.204 do Paraná.

Os piores desempenhos nacionais foram no Pará (73 horas e 39 minutos), São Paulo (53 horas e 25 minutos) e Mato Grosso (32 horas e 1 minuto). No Sul, Santa Catarina aparece com 18 horas e 24 minutos e Rio Grande do Sul com 19 horas e 18 minutos.

AVANÇOS EM MAIS INDICADORES – Outro indicador que apresentou melhora foi o tempo de viabilidade total, que inclui a análise do nome empresarial e de endereço. O indicador caiu de 6 horas e 41 minutos em junho para 6 horas e 29 minutos em julho, elevando o Paraná da 6ª para a 3ª posição no ranking neste quesito. Já o tempo de registro na Junta Comercial foi reduzido em um minuto, também contribuindo para a ascensão do Estado do 5º para o 3º lugar nacional.

Já o tempo Médio de Consulta Prévia de Viabilidade Total, que leva em consideração a média do tempo na etapa de viabilidade de nome (a cargo das juntas comerciais), e o tempo de viabilidade do local para instalação da empresa (de responsabilidade das prefeituras), ficou em 6 horas e 29 minutos, 3º melhor do país. No mês anterior o Estado ficou em 7º lugar. 

O Tempo Médio de Registro, que considera o tempo de análise do processo na Junta Comercial (ou na OAB), desde a sua disponibilização para análise até o seu deferimento, foi de 1 hora e 21 minutos em julho, também o 3º melhor tempo do País. No mês anterior, o Paraná ocupava o 4º melhor tempo neste critério.

 

 

 

Por - AEN

Assembleia Legislativa instala Frente Parlamentar em Defesa da Advocacia com apoio de 33 deputados

Grupo coordenado pelo 1º secretário, Gugu Bueno, vai atuar pela valorização da advocacia, defesa das prerrogativas e fortalecimento institucional

A Assembleia Legislativa do Paraná oficializou nesta terça-feira (5) a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Advocacia, coordenada pelo deputado estadual Gugu Bueno (PSD), atual 1º secretário da Casa. A iniciativa já nasce com o apoio de 33 parlamentares e tem como propósito abrir um canal permanente entre o Legislativo e a advocacia paranaense.

Durante a sessão solene, também foram firmados termos de cooperação entre a Assembleia, a OAB Paraná e o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O objetivo é ampliar ações conjuntas nas áreas de cidadania, educação cívica e incentivo à participação política feminina. Advogados também foram homenageados pela Alep, pelo Dia do Advogado, comemorado dia 11 de agosto.

Para Gugu Bueno, a instalação da Frente representa uma união estratégica entre instituições que compartilham valores democráticos.

“A OAB Paraná tem uma história de respeito, vigilância democrática e defesa das garantias constitucionais. A criação dessa Frente, com o apoio expressivo da Assembleia, estabelece um canal direto e produtivo para debater os grandes temas que impactam o exercício da advocacia e o equilíbrio social”, afirmou o deputado.

O presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), destacou a importância da aproximação entre os poderes.

“Essa relação institucional é fundamental para que a OAB acompanhe projetos de lei e contribua com pareceres que fortaleçam a segurança jurídica. A advocacia dativa, por exemplo, é um tema que deve ser valorizado e incentivado. A Assembleia está de portas abertas para a advocacia paranaense”, declarou.

Já o presidente da OAB Paraná, Luiz Fernando Casagrande Pereira, afirmou que a Frente chega para preencher uma lacuna histórica.

“Antes, discutíamos temas pontuais. Agora, temos um grupo organizado e uma pauta contínua de atuação. Já vamos propor projetos que garantam prerrogativas no âmbito administrativo, enfrentem a violência de gênero e insiram a advocacia dativa na Constituição Estadual. Essa parceria é estratégica e necessária para que o advogado atue com independência”, disse.

PARCERIA COM TRE
A solenidade também marcou a assinatura de um acordo entre o TRE-PR e a OAB, voltado ao incentivo à participação feminina na política. O presidente do Tribunal, Sigurd Bengtsson, reforçou o compromisso com o uso efetivo dos recursos públicos para fortalecer as candidaturas de mulheres.

“É preciso criar estrutura real para que as mulheres participem da política. Essa parceria visa justamente garantir que o fundo partidário seja utilizado corretamente, com foco em formação e qualificação de lideranças femininas”, pontuou Bengtsson.

A Frente Parlamentar terá caráter permanente e será o espaço para proposições legislativas e articulações que valorizem o exercício profissional da advocacia, com impactos diretos para a cidadania e a Justiça no Paraná.

PRESENÇAS
Compareceram à cerimônia os deputados Alisson Wandscheer (SD), Ana Júlia (PT), Anibelli Neto (MDB), Arilson Chiorato (PT), Flávia Francischini (União), 1º vice-presidente; Hussein Bakri (PSD), Luiz Fernando Guerra (União), Márcia Huçulak (PSD), Márcio Pacheco (PP), Maria Victoria (PP), 2ª secretária da Alep; Ney Leprevost (União), Renato Freitas (PT), Requião Filho (PT), Soldado Adriano José (PP), Tito Barichello (União). A criação da Frente Parlamentar contou ainda com o apoio dos deputados Gilson de Souza (PL), Gilberto Ribeiro (PL), Cloara Pinheiro (PSD), Goura (PDT), Adão Litro (PSD), Cobra Repórter (PSD), Evandro Araújo (PSD), Artagão Júnior (PSD), Professor Lemos (PT), Mabel Canto (PP), Bazana (PSD), Dr. Leônidas (CDN), Paulo Gomes (PP), Luiz Claudio Romanelli (PSD), Luis Raimundo Corti (PSB).

Também compuseram a mesa o desembargador Domingos José Perfetto, do Tribunal de Justiça do Paraná; a subprocuradora-geral do Estado, Lucia Helena Cachoeira; e o secretário de Estado do Planejamento, Ulisses Maia.

 

 

 

 

Por - Assessoria

 Dia da Saúde: ações ambientais ajudam a prevenir doenças e resguardar a população

Referência mundial em sustentabilidade, o Paraná faz da conservação da natureza uma grande aliada do cuidado sanitário da população. No Dia Nacional da Saúde, celebrado nesta terça-feira (5), o Governo do Estado destaca algumas ações ambientais que ajudam a prevenir doenças e preservar o bem-estar da população.

“Ecologia vem do grego e significa ‘sabedoria da casa’. E qual é a casa de todos nós? Não é onde a gente mora, é onde a gente pisa, é onde a gente anda, é onde a gente respira. A casa de todos nós é o mundo. Precisamos cuidar do mundo para cuidar de nós mesmos”, diz o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.

Conheça alguns projetos ambientais com impacto direto na saúde dos paranaenses:

CASTRAPET – O programa CastraPet Paraná oferece castração gratuita de cães e gatos, priorizando famílias de baixa renda, protetores independentes e animais em situação de rua. A iniciativa, entretanto, vai além do bem-estar animal: é uma política pública integrada que contribui diretamente para o controle de zoonoses — doenças que podem ser transmitidas de animais para humanos, como leishmaniose, raiva, esporotricose e sarna sarcóptica.

Coordenadora do projeto, a veterinária Girlene Jacob explica que a disseminação dessas doenças está diretamente ligada ao número de cães e gatos abandonados e a castração é uma das formas de enfrentamento a essa questão. “A ausência de controle populacional pode levar a um aumento no número de animais errantes, o que potencializa o risco de transmissão de zoonoses. Ao castrar, estamos evitando a reprodução descontrolada e, consequentemente, contribuindo para ambientes urbanos e rurais mais seguros e saudáveis”, afirma a especialista.

Girlene destaca que animais errantes — aqueles que vivem soltos nas ruas — são mais vulneráveis a diversas doenças, tanto as infecciosas quanto as parasitárias. Por isso, contribuem para a disseminação desses agentes patogênicos. “Esses animais não são vacinados, não são vermifugados, vivem em ambientes insalubres e compartilham espaços com animais doentes, ajudando na proliferação de doenças”, diz.

Ainda segundo a veterinária, a superpopulação de cães e gatos em determinadas regiões pode afetar a saúde dos seres humanos de outras maneiras. “Em alguns casos é capaz até comprometer a qualidade da água e do solo, por meio da contaminação com fezes, urina e restos de alimentos”.

Implementando pelo Governo do Estado em 2020, o CastraPet Paraná vai para o 5º ciclo neste ano. Até o momento, cerca de 105 mil cães e gatos foram beneficiados pelo projeto.

AR MAIS PURO – Além de iniciativas voltadas à proteção animal, a Sedest, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), atua diretamente na vigilância da qualidade do ar respirado pelos paranaenses. Em maio deste ano, o Governo do Estado adotou, por meio da Resolução Sedest nº 02/2025, os novos padrões nacionais de controle de poluição do ar estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), parâmetros alinhados às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A partir desta mudança, foram reduzidos os limites máximos permitidos para a concentração de poluentes nocivos (MP2,5 e MP10), que passaram de concentração média em 24 horas de 150 µg/m³ (micrograma por metro cúbico) para 100 µg/m³; de dióxido de enxofre (SO2), concentração média em 24 horas de 365 µg/m³ para 50 µg/m³; e de dióxido de nitrogênio (NO2), média por hora de 320 µg/m³ para 240 µg/m³.

Especialista em monitoramento, o agente de Execução do IAT, João Carlos de Oliveira, explica que o controle da qualidade do ar ocorre de duas maneiras distintas: por meio da fiscalização de indústrias poluidoras e pelo acompanhamento ativo de poluição do ar. 

Atualmente, além de operações de rotina para averiguar a quantidade de poluentes dispensados por chaminés de fábricas, o Estado mantém uma robusta infraestrutura de controle de qualidade do ar, que conta com 22 equipamentos em operação, distribuídos por 13 diferentes cidades.

“Além de mitigar os riscos à saúde pública, como doenças respiratórias e cardiovasculares, a fiscalização da qualidade do ar também bota em cheque agentes poluidores que contribuem para o agravamento das mudanças climáticas”, afirma. “Por exemplo, na medida em que se tem mudança para um combustível menos poluente, haverá redução das emissões de gases de efeito estufa. Uma coisa puxa outra”, completa.

SANEAMENTO AMBIENTAL – Outro ponto bastante importante são obras de saneamento, como a que está em andamento na Ilha do Mel, em Paranaguá. O projeto, executado pela empresa Paranaguá Saneamento, tornará a Ilha do Mel na primeira ilha brasileira sem tráfego de veículos movidos a combustão a contar com sistema completo de coleta e tratamento de esgoto, o que representa um marco para o desenvolvimento sustentável, saúde pública e qualidade de vida no Litoral. O investimento é de R$ 30 milhões.

“Viva a ideia de praias limpas, de ilhas com saneamento básico, natureza abundante, mar de água pura e balneabilidade, tudo o que teremos na nossa Ilha do Mel. Sustentabilidade é a condição e o nome para o desenvolvimento e o progresso”, diz o secretário Rafael Greca.

O investimento prevê um sistema eficiente e sustentável, respeitando as particularidades da ilha. Serão dois Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) independentes, com Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), estações elevatórias, linhas de recalque e redes coletoras nos dois lados da ilha.

A implementação do projeto acontece em duas fases, com a primeira delas já iniciada, em Nova Brasília. Na sequência será a vez da Praia de Encantadas, seguindo o mesmo rigor técnico e estrutural. As residências mais afastadas das regiões centrais serão atendidas individualmente ou agrupadas em sistemas específicos, garantindo cobertura universal do saneamento.

 

 

 

Por -AEN

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