Governo do Paraná lança concurso de inovação para criação de bengalas inteligentes

Como permitir que pessoas cegas ou com baixa visão, usuárias de bengala, possam antecipar obstáculos estáticos acima da linha da cintura?

Esse é o desafio proposto no 1º Concurso Público de Inovação do Paraná - Desafio de Inovação: Bengalas Inteligentes, lançado pelo vice-governador Darci Piana nesta quarta-feira (2), no Palácio Iguaçu. Com investimento de R$ 2,8 milhões, a iniciativa é uma parceria entre o Governo do Estado e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

O concurso tem como objetivo reconhecer e premiar protótipos de bengalas ou dispositivos complementares utilizados por pessoas com deficiência visual. A iniciativa é fruto de um convênio entre a ABDI e as secretarias estaduais da Inovação e Inteligência Artificial (SEIA) e do Desenvolvimento Social e Família (Sedef). Serão financiados protótipos de novas bengalas tecnológicas, que poderão incorporar sensores, sistemas de navegação e Inteligência Artificial.

As bengalas disponíveis atualmente no mercado limitam-se à identificação de objetos posicionados abaixo do quadril. As novas soluções que serão apresentadas no concurso devem permitir a detecção de obstáculos acima da linha da cintura como, por exemplo, um galho de árvore ou uma placa de sinalização.

“Essa é a grande preocupação do governo, cuidar da nossa gente. Não adianta sermos os melhores em educação, aplicação de investimentos, infraestrutura, se a nossa população não é bem cuidada”, afirmou Darci Piana. “Tenho certeza que esse concurso ajudará muitas pessoas. Daqui um ano estaremos apresentando essa bengala àqueles que têm problema de visão, e com certeza daremos dignidade e um meio de locomoção muito mais fácil do que com a bengala comum”.

O propósito é oferecer uma solução mais durável, acessível e tecnologicamente avançada para os desafios enfrentados pelas pessoas cegas e com baixa visão. A ideia é que sejam incorporadas tecnologias avançadas, como sensores, big data, internet das coisas e inteligência artificial, promovendo segurança, autonomia para as pessoas e, sobretudo, a inclusão social.

De acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6,5 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência visual, sendo que 582 mil são cegas. Segundo levantamento do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), no Paraná mais de 82 mil pessoas cadastradas têm deficiência visual, com 13 mil delas cegas e 69 mil com baixa visão.

O secretário da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, destacou que o objetivo do concurso é desenvolver uma solução inovadora e acessível para as pessoas cegas. “Esse é o primeiro concurso nacional para buscar uma solução para a tecnologia assistiva. É uma iniciativa importante que o governador Ratinho Junior traz para que a gente possa ter uma bela solução para atender não só o Paraná, mas o Brasil”, ressaltou.

“Nossa ideia é que, no futuro, o SUS possa comprar essa tecnologia para melhorar a vida dessa parcela da população. São as pessoas que usam, os cegos e aqueles com baixa visão, quem vão dizer qual é a melhor tecnologia. A ideia é que uma indústria se instale no Paraná para poder ampliar essa tecnologia para o Estado e para o País”, acrescentou.

Para o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, o desenvolvimento de uma bengala inteligente contribui para levar mais dignidade às pessoas. “Uma população considerável e fica à mercê na rua, com dificuldade, mas enfrentando a vida, e por quê não melhorar a vida dessas pessoas? O concurso é grandioso, de um governo inovador que está cuidando das pessoas e que terão essa atenção”.

“Uma bengala normal prevê um obstáculo do chão, como um degrau, calçada, travessia, mas não vê um obstáculo aéreo. Então é um desafio muito grande, de fazer com que tecnologias como a inteligência artificial possam servir também de forma assistiva para as pessoas cegas”, concluiu.

CONCURSO – O concurso de inovação é aberto à participação de proponentes de todo o País, ampliando o alcance da iniciativa e fazendo com que diferentes soluções possam ser apresentadas. Somado a isso, a iniciativa tem a missão de disponibilizar os dispositivos inteligentes no mercado brasileiro a um preço mais acessível.

As inscrições para o concurso vão até o dia 5 de maio e podem ser feitas através do site da ABDI, onde também está disponível o edital. Coordenado pelo HUBTEC, Escritório de Encomendas Tecnológicas da ABDI, em parceria com o Governo do Paraná, o certame utiliza os instrumentos de Compras Públicas de Inovação para promover e estimular o uso da tecnologia a favor da pessoa com deficiência.

O concurso será realizado em duas fases. Na primeira, serão selecionadas até 10 propostas, com prêmios individuais de até R$ 180 mil. Na segunda, os três melhores projetos receberão apoio técnico da ABDI para aprimorar e expandir seus protótipos, além de premiação em dinheiro, sendo o 3º lugar com R$ 200 mil, o 2º lugar com R$ 300 mil e a melhor solução com R$ 500 mil.

Segundo o assessor especial da presidência da ABDI, André Rauen, a iniciativa permite demonstrar que licitações na modalidade concurso são instrumentos efetivos de fomento ao processo inovativo. “O Hubtech é um escritório especializado em vencer o apagão das canetas. Temos uma rede extremamente qualificada de profissionais para promover uma modelagem contratual que dá segurança jurídica e coragem ao gestor para ele inovar, nesse caso transformando a realidade das pessoas através de ciência e tecnologia”, comentou.

“É um projeto muito bonito, em que vamos usar todo o nosso estoque de conhecimento em modelagem contratual para resolver um problema, que é identificar obstáculos acima da linha de cintura para pessoas cegas ou com baixa visão, criando uma bengala que permita essa identificação e lhes garanta mobilidade total”, complementou.

DESAFIO – O diretor do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), Enio Rodrigues da Rosa, lembrou que o maior desafio das pessoas cegas são os obstáculos na rua. “O grande desafio da bengala inteligente é uma solução para os obstáculos superiores. É uma iniciativa bacana e que o Governo do Estado encampou. Esperamos que ao final do concurso tenhamos uma bengala que proporcione para nós um pouco mais de segurança ao nos deslocarmos pelas ruas”, explicou.

“Qualquer tipo de bengala é importante, inclusive as inteligentes, mas precisamos chamar a atenção da população e da sociedade para cuidarmos melhor dos nossos municípios. Uma cidade acessível e sem obstáculos é boa para qualquer pessoa, principalmente para as pessoas cegas”, finalizou.1º Concurso Público de Inovação do Paraná - "Desafio de Inovação Bengalas Inteligentes"

De acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6,5 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência visual, sendo que 582 mil são cegas. Foto: Gabriel Rosa/AEN


PRESENÇAS – Participaram do lançamento do concurso o diretor-geral da SEIA, Marcos Stamm; o diretor de Relações Institucionais e Alianças Estratégicas da SEIA, Diego Nogueira; o diretor-geral da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Jamil Abdanur Júnior; o coordenador da Política Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Sedef, Felipe Braga Côrtes; a deputada estadual Cloara Pinheiro; a desembargadora do TJPR, Ana Cláudia Finger; o presidente do Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado do Paraná (Cindepar) e prefeito de Prado Ferreira, Silvio Damaceno; o presidente da Agência Curitiba, Dario Paixão; o vereador de Curitiba Marcos Vieira; e demais autoridades.

 

 

 

 

 

 

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 Governo do Estado sanciona lei que institui diretrizes sobre uso da Inteligência Artificial

O Paraná conta a partir de agora com uma lei específica sobre o uso ético, transparente e eficiente de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) pela administração pública estadual.

A regulamentação foi instituída pelo Plano de Diretrizes de IA , sancionado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quarta-feira (2).

O plano lançado pelo Governo do Estado aborda temas como princípios éticos, mecanismos de transparência e diretrizes regulatórias para o uso responsável da IA, em conformidade com princípios éticos e a legislação vigente, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ele também prevê uma série de medidas para capacitação dos servidores públicos, modernização da infraestrutura, estabelecimento de parcerias estratégicas e promoção do ecossistema de inovação no Estado.

O documento estabelece os parâmetros básicos para iniciativas e ações já empreendidas pelo Governo do Estado. O objetivo é aproveitar ao máximo o potencial da IA para a melhoria dos serviços públicos, a eficiência da gestão pública e o desenvolvimento socioeconômico do Paraná, além de apontar possíveis usos futuros da tecnologia pelo executivo estadual.

Princípios como a proteção de dados, a responsabilidade no uso dos algoritmos, a equidade no desenvolvimento de soluções e a segurança cibernética também fazem parte do documento. Além disso, o plano enfatiza a necessidade de que as aplicações de IA no setor público sejam explicáveis e auditáveis, evitando vieses discriminatórios e garantindo a confiabilidade das decisões automatizadas.

O texto explora o conceito de ambiente regulatório experimental, que permitirá testar e aprimorar a aplicação da lA em um ambiente controlado. Chamado de sandbox regulatório, ele já é utilizado por outros países para testar tecnologias emergentes antes da sua implementação de forma mais ampla à população.

Outro ponto relevante é o incentivo à capacitação dos servidores públicos para lidar com tecnologias baseadas em IA. Estão previstos treinamentos e parcerias com universidades, centros de pesquisa e empresas especializadas para garantir que as equipes estejam preparadas para gerenciar e supervisionar o uso da IA levando em conta os riscos e oportunidades associados à tecnologia.

Além disso, o plano reforça a importância do cumprimento das normas nacionais e internacionais de proteção de dados, especialmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), evitando o uso indevido de informações pessoais dos cidadãos paranaenses.

SOLUÇÕES EM ANDAMENTO – Um dos objetivos do Plano de Diretrizes de Inteligência Artificial na Administração Pública é estimular a expansão do uso da IA por meio do aprofundamento das parcerias com o setor privado, universidades e a disseminação da cultura de inovação em todo o governo.

Entre os exemplos de ações em andamento, estão parcerias firmadas com a Google para a oferta de 30 serviços digitais até o fim de 2025, dos quais seis já estão disponíveis à população. Entre eles, estão plataformas para melhorar a capacidade de leitura de crianças do ensino fundamental e aprimorar as habilidades de escrita com correções automáticas para estudantes do ensino médio.

Atualmente, mais de 500 mil estudantes paranaenses da rede estadual de ensino já utilizam diferentes ferramentas com esta tecnologia em sala de aula para facilitar o processo de aprendizagem. As ferramentas de IA estão presentes no ensino de disciplinas como matemática, inglês e redação.

Em outra frente, estão soluções focadas em melhorias de serviços públicos. É o caso, por exemplo, da biometria facial automática do Detran-PR para a atualização da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e da prova de vida digital disponível a aposentados e pensionistas da Paranaprevidência.

 

 

 

 

 

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 Paraná já entregou 36.081 Carteirinhas do Autista e faz mutirão para aumentar adesão

Abril é dedicado à causa da pessoa autista e tem um significado especial no Paraná. O Estado é um dos pioneiros na elaboração e emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea).

No total, são 36.081 pessoas atendidas desde 2020 e há um crescimento acentuado nos últimos anos. Da implementação até 2022 foram emitidas 5.383 carteirinhas. Entre 2023 e fevereiro de 2025 foram mais 30.698 unidades, um aumento de 470%. O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado neste 2 de abril.

Os números são resultados de ações desenvolvidas pela da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), responsável pela Política da Garantia de Direitos das Pessoas com Deficiência. Uma das explicações para o crescimento é um mutirão organizado pela Sedef em todo o Paraná para divulgar o auxílio. Somente em abril de 2024, quando o mutirão ocorreu pela primeira vez, foram confeccionados mais de 5 mil documentos em todo o Estado. Neste ano, de janeiro até agora, 3.964 pessoas receberam a carteirinha.

Para continuar garantindo o acesso de mais pessoas ao documento, o Paraná já iniciou neste mês um mutirão com as organizações sociais e escritórios regionais da Secretaria para ampliar o benefício. A Ciptea garante direitos às pessoas autistas e suas famílias, como o atendimento prioritário em espaços públicos e privados, oferecendo identificação das pessoas com transtorno do espectro autista.

“Além de todas essas funções, o documento é essencial para a coleta de dados e informações sobre a área. Sem números específicos, a elaboração de políticas públicas fica comprometida”, disse o secretário da pasta, Rogério Carboni.

A emissão do documento é feita 100% online, oferecendo mais comodidade e segurança para a pessoa autista e seus familiares. Neste ano, os mutirões ocorrerão em organizações da sociedade civil organizada. O objetivo é fazer levantamentos de quantas pessoas que pertencem àquela instituição não possuem carteirinha. Serão mais de 460 instituições consultadas em todo o Estado.

Para a confecção, são solicitados alguns exames, como tipagem sanguínea, e documentos, como laudo com relatório, documentos pessoais do autista e familiares. No site www.carteiradoautista.pr.gov.br estão todas as orientações para fazer a carteirinha.

Documentos necessários para a solicitação da Carteira do Autista:

- RG, CPF do autista.

- RG, CPF do responsável.

- Fotografia do autista digitalizada, a mais recente possível. Serão aceitas apenas fotos nas proporções usadas para documentos e com boa resolução para impressão.

- Laudo médico digitalizado, que deve conter os dados do paciente, a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) e assinatura e carimbo de identificação com CRM do médico responsável;

- Exame de Tipo Sanguíneo digitalizado.

REFORÇO – Para reforçar a conscientização e o apoio à causa, o Palácio Iguaçu, sede do Governo do Estado, permanecerá iluminado de azul durante todo o mês. O Abril Azul surgiu em 2008, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. No autismo, o azul estimula o sentimento de calma e de maior equilíbrio para as pessoas. Nesse caso, a cor auxilia em situações em que a criança, por exemplo, apresenta uma sobrecarga sensorial.

 

 

 

 

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 No Dia da Conscientização do Autismo, Estado reforça avanços no sistema de saúde

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que se manifesta de forma única em cada indivíduo, afetando principalmente a comunicação, a interação social e o comportamento.

Neste 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) destaca as políticas públicas voltadas para garantir diagnóstico precoce, tratamento e inclusão de pessoas com TEA no Sistema Único de Saúde (SUS).

"O autismo não é uma doença, mas uma forma diferente de perceber e interagir com o mundo. Por isso, é essencial oferecer suporte desde a infância, com profissionais capacitados e uma rede de apoio integrada", afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Desde 2018, a Sesa vem estruturando a rede de cuidado para pessoas com TEA, investindo na capacitação de profissionais, na elaboração de protocolos e na ampliação de serviços especializados.

Uma das principais iniciativas foi a implementação da Capacitação Multiprofissional em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), desenvolvida em parceria com o The Scott Center for Autism Treatment, do Florida Institute of Technology, nos Estados Unidos, impactando ainda mais na melhora da qualidade de vida e possibilidade de desenvolvimento da autonomia das pessoas

Além da formação para profissionais de saúde, a Sesa disponibilizou em 2021 um curso específico para pais, cuidadores e educadores que já conta com mais de 67 mil inscritos. O material aborda estratégias da ABA para o desenvolvimento de crianças e adolescentes com TEA. Em 2023, a secretaria também promoveu uma série de lives técnicas sobre o tema, disponíveis no canal da Escola de Saúde Pública no YouTube, com conteúdos que vão desde avaliação diagnóstica até intervenções terapêuticas.

Em relação à assistência em saúde, a Secretaria também efetivou a publicação do Protocolo de Avaliação e Atendimento à Pessoa com TEA, documento que padroniza o fluxo de cuidado nos municípios, promovendo o acesso a cuidados de maneira humanizada e adequada ao cidadão.

Paralelamente, a rede de serviços especializados foi ampliada e hoje conta com 237 estabelecimentos credenciados em todo o Estado, incluindo parcerias com as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). Com isso, foi possível disponibilizar mais de 2,1 milhões de atendimentos a pessoas com TEA, somente em 2024.

"Nosso compromisso é garantir que as pessoas com TEA tenham acesso a um atendimento digno e qualificado, desde o diagnóstico até o acompanhamento contínuo. Estamos construindo uma rede que acolha essas pessoas em todas as fases da vida, promovendo inclusão e qualidade de vida para elas e suas famílias", avaliou.

TEA – Os sintomas mais comuns são dificuldades de comunicação, das interações sociais e comportamentos repetitivos. O diagnóstico é feito com frequência por volta de três anos, com maior prevalência no sexo masculino. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o autismo afeta uma em cada 100 crianças.

DIREITOS – As ações realizadas pela Saúde seguem em consonância com a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e com a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo. Para mais informações acesse AQUI.

 

 

 

 

 

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 Corpo de Bombeiros do Paraná adere pacto da ONU e poderá atuar em enchentes pelo mundo

Com larga experiência na atuação em desastres naturais e tragédias, agora o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) pode ser acionado em qualquer parte do mundo para agir em caso de grandes enchentes.

A instituição paranaense foi escolhida para integrar um diretório criado pelo Grupo Consultivo Internacional de Busca e Resgate (INSARAG, na sigla inglês) – iniciativa da Organização das Nações Unidas que coordena uma rede global para ações de busca e resgate.

O Diretório de Resposta a Inundações é composto por bombeiros do Paraná, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo, além de profissionais da Austrália, Malásia, França, Reino Unido, Argentina e Equador. Na prática, isso significa que essas equipes ficam à disposição para serem mobilizadas em caso de enchentes de grandes proporções. No Brasil, quem recebe os pedidos de ajuda desse tipo ou que oferece apoio a outras nações em situação de emergência é a Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores. 

A criação desse diretório ligado à ONU teve uma importante influência paranaense. Desde 2024, o major Ícaro Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do CBMPR, integra o Grupo de Trabalho de Resposta a Inundações (Search and Rescue in Floods Response Working Group), um subgrupo de atuação do INSARAG.

"Temos membros de vários países, mas assumimos um protagonismo importante dentro desse subgrupo. Neste ano em que estamos lá, escrevemos os termos de referência que estabelecem, minimamente, o que se espera de uma equipe para atender internacionalmente às inundações — algo que até então não existia; é inédito", explicou o major.

“Criamos também esse diretório, no qual constam as equipes que, voluntariamente, após uma avaliação documental e dentro de alguns critérios, estão aptas para serem acionadas em caso de atendimento a enchentes”, complementou. Segundo ele, a preocupação com a resposta a tragédias dessa natureza era uma demanda antiga do Brasil dentro do INSARAG. O desejo virou realidade durante o evento Semana de Redes e Parcerias Humanitárias, da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça.

Para o major Gabriel, o Paraná já provou que está pronto para esse tipo de desafio, como vem sendo demonstrado nas intervenções recentes dentro do país, por meio da Força-Tarefa de Resposta a Desastres, sob responsabilidade do GOST. Ele lembrou as ações no ano passado em União da Vitória e no Litoral do Paraná, e também o apoio ao Rio Grande do Sul, na pior tragédia natural já vivenciada pelo estado vizinho. Além da parte técnica do trabalho de busca e resgate, essas experiências ajudam a ampliar os conhecimentos logísticos que essas incursões exigem.

“Os envios internacionais demandam logística e preparação maiores, mas estamos prontos para isso”, comentou.

A participação do Paraná nesse esforço global para aprimorar a capacidade de resposta a catástrofes tem reflexos diretos para a população do estado, como explica o oficial do CBMPR. “A gente está aprendendo, discutindo, tendo acesso aos melhores profissionais do tema a nível mundial. Ganhamos conhecimento, trazemos muita tecnologia, mas ensinamos também. É um intercâmbio de técnicas e equipamentos que nos faz avaliar como estamos atendendo aqui no Paraná e o que podemos melhorar”, avaliou.

“Temos um Corpo de Bombeiros reconhecido mundialmente e, com certeza, como uma das das referências no atendimento às enchentes e inundações”, finalizou.

 

 

 

 

 

 

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 Governo do Estado e Pastoral da Criança discutem ampliação de parcerias para assistência social

O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu nesta quarta-feira (2), no Palácio Iguaçu, o presidente da Pastoral da Criança, Dom Frei Severino Clasen, que também é arcebispo de Maringá.

O encontro foi agendado com o objetivo de mostrar ações que são feitas pela organização social, que é ligada à Igreja Católica, e ampliar parcerias com o Governo do Estado nas áreas de saúde, educação e assistência social.

Fundada em 1983 no Paraná, a Pastoral da Criança faz atualmente o acompanhamento de aproximadamente 14,5 mil crianças e quase mil gestantes do Estado. Por meio do trabalho de líderes voluntários, a organização trabalha, entre outras frentes, para garantir que crianças e gestantes acompanhadas estejam em dia com o calendário nacional de vacinação, e na orientação aos pais sobre bons hábitos alimentares, combatendo a desnutrição e a obesidade infantil.

Para ampliar estas e outras ações, o presidente da Pastoral da Criança solicitou o apoio do Governo do Estado. Entre as propostas estão a ampliação do número de líderes voluntários por meio de incentivos, o que pode incluir possível ajuda de custo e fornecimento de ferramentas de trabalho para eles atuarem junto a comunidades vulneráveis.

Uma das possibilidades para custear as necessidades é o repasse de recursos do Fundo Estadual para Infância e Adolescência (FIA/PR). Para isso, a organização precisará formatar um projeto detalhado das ações executadas e dos planos de expansão da sua atuação no Paraná a serem apresentados ao Executivo estadual.

“O trabalho feito pela Pastoral da Criança é importante porque ele ajuda a complementar as ações do Governo do Estado na prestação de assistência social aos mais vulneráveis, portanto estamos à disposição para ajudar no que for possível dentro dos mecanismo legais que o poder público dispõe, como é o caso do FIA/PR e de programas estaduais que já desenvolvemos”, afirmou o governador Ratinho Junior.

AÇÕES DO ESTADO – O governador citou como exemplo o recém anunciado repasse de R$ 159 milhões do FIA/PR para os 399 municípios paranaenses para o fortalecimento de políticas voltadas às crianças e adolescentes. Ele também lembrou que o Paraná é líder nacional na realização de consultar pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que possui o maior programa de construção de novas creches do Brasil, ações que dialogam diretamente com o trabalho da Pastoral da Criança.

Presente na reunião, o secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia, também reforçou a disposição em auxiliar a organização a expandir suas atividades no Paraná. “O Governo do Estado tem vários programas sociais que estão diretamente ligados à criança e, a partir dos encaminhamentos dados pelo governador na reunião, vamos fazer um diagnóstico das necessidades da Pastoral da Criança e elaborar um plano de trabalho junto com os demais órgãos estaduais ligados às áreas da saúde, assistência social e família”, informou.

Uma das possibilidades, segundo Maia, é integrar as ações da organização à Rede 399, uma iniciativa coordenada pela Secretaria de Estado do Planejamento (Sepl) que tem como foco acelerar a promoção do desenvolvimento socioeconômico dos municípios paranaenses a partir de ações focadas na realidade local.

Após o encontro, o arcebispo Dom Severino demonstrou otimismo com o fortalecimento da parceria com o Estado. “A Pastoral da Criança tem em sua essência o cuidado desde a gestante até as crianças de 6 anos de idade e, dentro deste mundo, existe uma série de demandas e preocupações. Percebemos a sensibilidade do governador a estas necessidades e o interesse da parte dele em ampliar estes cuidados em uma parceria que para nós é vital”, declarou.

PRESENÇAS – Também participaram do encontro o secretário estadual da Comunicação, Cleber Mata; os deputados estaduais Evandro Araújo e Maria Victoria; a coordenadora da Pastoral da Criança, Erica Santos; e o assessor de Comunicação da Cúria Metropolitana de Maringá, Everton Barbosa.

 

 

 

 

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