Em todo o Paraná, a chuva já deu ou vai dar as caras na primeira semana de junho.
Como já apontado pela climatologia feita pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), em junho de 2025 as chuvas devem ficar na média nas regiões Leste (RMC e Litoral), toda a faixa Norte e nos Campos Gerais. E ficarão dentro ou acima da média em cidades do Oeste, Sudoeste e Centro-Sul - com destaque para Foz do Iguaçu, Pato Branco e Francisco Beltrão, que terão mais chuva do que a média histórica para o mês.
Na segunda-feira, os maiores acumulados de chuva foram em Cruzeiro do Iguaçu (22 mm), Foz do Iguaçu (22.2 mm), Francisco Beltrão (23.8 mm) e Maringá (22.6 mm). Nesta terça, antes das 9h, algumas estações já tinham volumes próximos ou superiores a esses acumulados de precipitação, como é o caso de Campina Grande do Sul (24 mm), Araucária (19.4 mm) e Fazenda Rio Grande (17.8 mm).
Ainda assim, nesta terça, a previsão não é de temporais. “As chuvas de ontem e hoje foram causadas por áreas de instabilidades que se intensificaram sobre o Paraguai e avançam em direção ao Paraná. A intensidade dessa chuva é fraca a moderada”, explica Paulo Barbieri, meteorologista do Simepar.
Para quarta-feira, ainda há previsão de chuvas isoladas no estado. Já na quinta a intensidade da chuva muda. “Um sistema de baixa pressão se intensifica sobre o Paraguai, juntamente com uma frente fria que se desloca pelo oceano na altura do Sul do País, provocando chuvas significativas em todas as regiões, inclusive com condições para temporais no decorrer do dia em algumas cidades”, ressalta.
Na quinta a chuva começa pelo Oeste, Sudoeste e avança para as demais regiões. Depois disso o volume de chuvas diminuirá. “Na sexta, a frente fria se afasta para o oceano, mas ainda assim as condições meteorológicas sobre o estado são favoráveis para chuvas isoladas, principalmente entre cidades das regiões Norte e Leste”, afirma Barbieri.
Segundo o Simepar, a segunda semana de junho também deve ser chuvosa, e a segunda quinzena um pouco mais seca.
SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.
Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.
Como o sistema atmosférico tem alterações constantes, a previsão indicada no site pode sofrer alterações. Por este motivo, é recomendável acompanhar a palavra do meteorologista, que está na página inicial do site do Simepar, e os boletins emitidos diariamente pela equipe de meteorologistas e divulgados nas redes sociais e no canal de WhatsApp do Simepar. Os meteorologistas contextualizam os dados e explicam as alterações atmosféricas em todas as regiões do Paraná.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta segunda-feira (2) a , com medidas de prevenção e recomendações destinadas às instituições de ensino frente aos casos de Síndrome Gripal (SG). Neste período do ano há um aumento na circulação de vírus respiratórios, especialmente entre crianças e adolescentes.
Com o objetivo de conter os casos de gripe nesse público, a Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa enviou às escolas orientações e cuidados gerais para a prevenção da transmissão da doença.
O documento alerta para a prevenção de forma geral, tanto para casos individuais ou surto de Síndrome Gripal, que se caracteriza pela ocorrência de, pelo menos, três casos em ambiente fechado/restrito (mesma turma de uma creche ou escola), com intervalo de até sete dias, entre as datas de início de sintomas dos casos e vínculo entre eles.
Além disso, o documento ressalta a importância da vacinação contra a Influenza e a Covid-19, para evitar casos graves e mortes por estas doenças, e intensificação das ações que possam minimizar a transmissão dos vírus respiratórios, entre elas: higienização das mãos, principalmente antes de consumir alimentos; utilizar lenço descartável para higiene nasal; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, e outras medidas.
“Estamos reforçando as recomendações às instituições de ensino para ficarem atentas nesse sentido, para cuidarem de nossas crianças e adolescentes durante este período mais frio. Crianças passam mais tempo em ambientes fechados, em maior contato e com menor circulação de ar, favorecendo a transmissão dos vírus respiratórios”, explica o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
No Paraná, em 2025, a cobertura vacinal da Influenza do grupo prioritário de gestantes, crianças e idosos indígenas está em 40,80%, sendo que a meta é imunizar pelo menos 90% desses grupos.
Em abril o Governo do Estado iniciou a Campanha de Vacinação nas Escolas, uma iniciativa coordenada pelas Secretarias de Estado da Educação (Seed) e da Saúde (Sesa). A força-tarefa envolveu escolas públicas e instituições privadas nos 399 municípios.
Por- AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou, nesta segunda-feira (2), a promoção de 2.116 profissionais da Polícia Civil do Paraná (PCPR), uma das maiores da história da corporação.
O beneficia, com aumento de remuneração, mais de 1,9 mil agentes de polícia judiciária, 140 papiloscopistas e 4 agentes de operações policiais, todos do Quadro Próprio da Polícia Civil (QPPC).
O impacto mensal da medida é de R$ 2,2 milhões. As promoções fazem parte de uma política de reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos policiais civis paranaenses. Em 2024, por exemplo, o Governo do Estado fez a maior promoção da história da Polícia Civil, com 2.337 agentes envolvidos.
“O Paraná tem alcançado alguns dos menores índices de criminalidade da sua história, com recorrentes quedas nos números de homicídios, furtos e roubos. É o resultado da valorização dos profissionais e do investimento nas forças de segurança para a população paranaense”, afirmou Ratinho Junior.
Com investigações eficientes que previnem o cometimento de crimes ou que aumentam o índice de solução dos casos, os agentes da Polícia Civil têm um papel fundamental no combate à criminalidade do Estado.
Desde 2019, com a atual política de valorização das forças de segurança, a PCPR já incorporou 991 novos servidores. Em 2022, a instituição realizou a maior contratação da história, com o ingresso de 400 policiais civis, o que garantiu a presença de delegados em todas as 161 comarcas do Paraná.
Os dados do primeiro trimestre de 2025 mostram que o número de homicídios dolosos, por exemplo, caiu 26,3% em relação ao ano anterior. Os furtos registraram queda de mais de 9%, e os roubos diminuíram 18,5%. Fruto do reforço no trabalho de inteligência policial, o volume de drogas apreendidas aumentou 155%.
INVESTIMENTOS – Uma das áreas prioritárias do Estado, o orçamento da segurança pública praticamente dobrou nos últimos anos no Paraná. Em 2019, o valor destinado à Secretaria de Segurança Pública (Sesp) foi de R$ 3,8 bilhões, enquanto em 2025, o valor previsto pela Lei Orçamentária Anual é de R$ 7 bilhões.
Uma parte significativa destes valores tem sido aplicada em investimentos em equipamentos e tecnologias que auxiliam o trabalho dos policiais civis e agentes da corporação. Em maio, por exemplo, as forças policiais do Paraná receberam 1,4 mil armas não letais de incapacitação neuromuscular. Os equipamentos vieram dos Estados Unidos e estão entre os mais modernos do mundo. O investimento do Governo do Estado na aquisição das armas foi de US$ 5 milhões.
Para os trabalhos dos papiloscopistas, recentemente a Polícia Civil do Paraná também recebeu 13 unidades do Tablet 8K, que utilizam princípios físicos de ponta para a detecção e análise de impressões digitais. O aporte foi de R$ 8,4 milhões. O tablet permite capturar fragmentos papiloscópicos em superfícies complexas, como metais, vidros e plásticos. O uso da tecnologia melhora a visibilidade de vestígios que seriam invisíveis a olho nu.
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (02) o , que regulamenta a lei nº 21.658/2023, que instituiu o Programa Paraná Integral (PPI).
A iniciativa visa ampliar a educação em tempo integral nos colégios estaduais, garantindo aos estudantes uma formação mais completa, com atividades socioeducativas integradas ao currículo regular.
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) tem aumentado o número de instituições de ensino que realizam a oferta de ensino em tempo integral. Em 2019, por exemplo, eram 73 unidades, passando para 82 em 2020, 92 em 2021, 167 em 2022, 253 em 2023 e alcançando 412 colégios com a modalidade em 2025. Atualmente, cerca de 80 mil alunos cursam a modalidade, entre ensino fundamental II, ensino médio ou ambos.
Além da oferta de atividades socioeducativas durante todo o período em que o aluno estiver na escola, que pode ser tanto de 35 horas quanto de 45 horas semanais, cada instituição de ensino terá metas estabelecidas, que contemplam desde a frequência escolar e o processo de ensino e aprendizagem, até o Índice de Acompanhamento do Modelo da Educação Integral vigente e os indicadores estabelecidos pela Seed.
“Acreditamos que investir na educação em tempo integral dos nossos alunos é uma das ações mais importantes da nossa gestão, afinal, mantê-los na escola por mais tempo com atividades e bem alimentados fortalece o seu aprendizado e contribui com os pais e responsáveis, que podem trabalhar mais seguros sabendo que o filho está no ambiente escolar”, destacou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.
Ainda segundo o decreto, a implantação do Programa Paraná Integral levará em consideração aspectos de ordem logística e pedagógica para a escolha tanto das instituições de ensino quanto dos anos/séries e sua implantação — se de forma gradativa (iniciando com uma série ou ano) ou simultânea (todo ensino fundamental, médio ou ambos) —, conforme política educacional planejada.
A gestão pedagógica das escolas com educação em tempo integral ficará a cargo da própria instituição, por meio de um grupo formado pelo diretor-geral, diretores-auxiliares, equipe pedagógica e professores coordenadores de área, de acordo com o porte da instituição de ensino. Já a gestão administrativa terá a participação do diretor-geral, diretores auxiliares, secretário escolar e agentes educacionais I e II.
Entre os objetivos desse grupo está a integração dos componentes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) com as unidades curriculares da Parte Diversificada (conteúdos e atividades que atendam as especificidades locais, culturais e regionais) e Parte Flexível Obrigatória (parte do currículo que todos os alunos devem cursar, mas com flexibilidade na forma como é oferecida).
A organização do ensino contará com professores das áreas de Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Outro detalhe regulamentado pelo decreto é que o horário de almoço passa a ser considerado como parte da jornada integral do aluno, uma vez que ele permanece na instituição de ensino. Neste período, deverão ocorrer atividades como clubes de protagonismo, reuniões de líderes de turma, entre outras ações.
O Programa Paraná Integral tem como finalidades ampliar as oportunidades de acesso à educação de qualidade aos estudantes da rede estadual de educação do Paraná por intermédio da jornada escolar integral; promover a formação integral dos estudantes por meio da educação básica de excelência, desenvolvendo conhecimentos e habilidades necessários à construção de seus projetos de vida; e garantir um currículo escolar articulado por meio da integração das disciplinas da BNCC e da Parte Diversificada.
AVANÇO – O avanço no ensino público paranaense, que deixou a 7ª colocação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2019 para o 1º lugar em 2021 e mantido em 2023, também passa pelo ensino em tempo integral.
As unidades escolares que funcionam neste modelo obtiveram um crescimento acima da média em 2023, tanto nos últimos anos do ensino fundamental quanto no ensino médio. Entre as escolas estaduais do ensino fundamental II, que abrangem estudantes do 6º ao 9º ano, 65,6% das unidades que funcionam no modelo integral aumentaram as notas no Ideb entre 2021 e 2023, com uma variação positiva de 14,3% na média das notas. O avanço ficou quase 12 pontos percentuais acima das demais escolas, cuja proporção de melhoria na avaliação foi de 53,9%.
No ensino médio, houve aumento no Ideb em 51,6% das escolas estaduais em tempo integral, contra 46,2% das demais, uma diferença de mais de 5 pontos percentuais. Na média, a nota das escolas integrais cresceu 18% entre 2021 e 2023.
Por - AEN
Redução da população que vive na zona rural e um maior adensamento nas áreas urbanas.
Essa é a projeção prevista pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) para os próximos 25 anos no Paraná. A informação consta na Projeção Populacional Urbana e Rural dos Municípios Paranaenses no Período de 2025 a 2050, apresentada nesta segunda-feira (2) pelo secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia, e pelo diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.
Entre os números mais importantes do estudo, está a projeção, baseada nos Censos Demográficos de 2010 e 2022, de que o Grau de Urbanização do Paraná deverá crescer de 89,7%, em 2025, para 94% em 2050. Outro dado relevante é a redução da população rural do Estado, que deverá passar dos 11,1% atuais para 6% em 2050.
Enquanto os centros urbanos devem ganhar 986.284 pessoas a mais nas próximas duas décadas e meia – crescendo de 10.672.024 habitantes, em 2025, para 11.658.308, em 2050 – a população vivendo nas áreas rurais deve cair de 1.218.556 pessoas, em 2025, para 745.523 em 2050 – 473.033 a menos. No ano passado, o Ipardes projetou que a população do Paraná em 2050 deve chegar a 12,4 milhões de pessoas.
Segundo o secretário Ulisses Maia, essa urbanização acelerada exige um planejamento estratégico robusto. “Nosso foco deve ser o desenvolvimento de infraestrutura, habitação e serviços públicos para garantir a qualidade de vida da população. É por meio desse planejamento proativo que fortalecemos o nosso Estado, assegurando que o desenvolvimento seja inclusivo e sustentável”, disse.
Maia ressaltou que a reestruturação feita pelo Governo do Estado no Ipardes permite estudos como esse, que ajudam no planejamento de políticas públicas. “Nenhuma política é elaborada por achismo ou sem avaliação técnica. E, para isso, foi feita uma reestruturação no Ipardes que permite a realização sistemática de pesquisas como essa. E a partir desses números podemos fazer um planejamento dentro do Estado para atender as demandas que são apresentadas com dados”, afirmou.
De acordo com o presidente do Instituto, Jorge Callado, entres os fatores que impulsionam o crescimento urbano, além do saldo vegetativo (diferença entre nascimentos e óbitos) e da migração, estão o impacto de políticas públicas e o desenvolvimento socioeconômico.
“As projeções populacionais dos municípios por áreas urbanas e rurais, acompanhadas do monitoramento constante de outras variáveis de interesse, auxiliam o planejamento governamental, por ofertar uma visão acerca da tendência de distribuição da população ao longo do tempo”, ressaltou Callado. “São subsídios para a oferta de serviços públicos essenciais de infraestrutura e urbanização, além da elaboração de políticas de proteção ambiental”.
POPULAÇÃO URBANA – A ampliação da população vivendo nas áreas urbanas segue uma tendência observada constantemente nos censos demográficos. De acordo com o estudo, o Grau de Urbanização do Paraná passou de 58,6% no Censo de 1980, para 73,4% em 1991, 81,4% em 2000, 85,3% em 2010 e 89% em 2022.
A projeção para os próximos anos prevê um contingente urbano de 90,9% em 2030, 91,8% em 2035, 92,6% em 2040, 93,4% em 2045, e 94% em 2050. Além disso, o estudo aponta que 147 municípios terão a mesma ou uma proporção superior à do Estado na população urbana, ou seja, com 94% ou mais das pessoas vivendo nas cidades.
Atualmente, 100% da população de Curitiba e de Pinhais, na Região Metropolitana (RMC), residem em áreas classificadas como urbanas. Até 2025, mais três cidades devem ser incorporadas a esse grupo: Maringá, no Noroeste, Piraquara e Fazenda Rio Grande, também na RMC.
O Estado já é o quinto no Brasil com a maior população urbana atualmente, atrás do Rio de Janeiro (97,9%), São Paulo (96,8%), Distrito Federal (96,5%) e Goiás (93,2%). Na outra ponta da tabela está o Piauí, com 69,4%.
O superintendente estadual do IBGE no Paraná, Elias Guilherme Ricardo, ressaltou que apesar de ser uma tendência nacional, o processo de urbanização do Paraná cresce de forma acelerada. “Temos identificado essa tendência em todos os estados e no País como um todo, comparando também com outros países, já que tem a ver com estudos similares sobre projeções populacionais”, disse. “O Paraná não está sozinho, mas vem num ritmo bem acelerado de crescimento urbano, até por causa das políticas de desenvolvimento e melhoria da infraestrutura das cidades”.
POPULAÇÃO RURAL – Por outro lado, 17 municípios poderão ter acréscimo de pessoas vivendo em áreas rurais, somando aproximadamente 16,5 mil moradores a mais: Almirante Tamandaré, Araucária, Atalaia, Balsa Nova, Colombo, Itaperuçu, Lobato, Matinhos, Paiçandu, Palmas, Piên, Santa Terezinha de Itaipu, Quatro Barras, Colorado, Rio Branco do Sul, Santo Antônio do Sudoeste e Tapejara. Mais da metade desse crescimento, um total de 52,57%, deve se concentrar em três municípios da RMC: Araucária, Balsa Nova e Itaperuçu.
A projeção aponta ainda que, em 2050, 13 municípios permanecerão com mais da metade da população em áreas rurais. Quitandinha, na RMC, deverá ser o município com maior participação rural, com 69,6% da população vivendo nessas áreas.
METODOLOGIA DA PESQUISA – Para a projeção das localidades intramunicipais, o Ipardes adotou a metodologia do Manual VIII das Nações Unidas e, no Brasil, a que foi aplicada pela Fundação João Pinheiro para os municípios do estado de Minas Gerais. Essa metodologia consiste em prospectar os contingentes populacionais, segundo os diferenciais nos padrões de crescimento por situação de domicílio, classificada de acordo com sua área de localização: urbana ou rural.
Como base de dados, foram utilizadas a população residente total, segundo situação do domicílio, obtidas nos Censos Demográficos de 2010 e 2022, realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a população total oriunda das Projeções por Sexo e Idade dos Municípios do Paraná (2025-2050), elaboradas anteriormente pelo Ipardes.
“O Censo Demográfico de 2022 atualizou muitas das informações que tínhamos do Censo de 2010. Com base nessas duas pesquisas, conseguimos traçar tendências e participação dos municípios. A partir da aplicação da metodologia, conseguimos projetar o futuro dos municípios do Paraná”, explicou o chefe do Departamento de Estudos Populacionais e Sociais, Leonildo Pereira de Souza.
“E o futuro é urbano, uma tendência bastante consolidada que vem crescendo e não tem sinais de arrefecimento, até porque os municípios que são majoritariamente rurais têm um histórico de migração em décadas passadas”, ressaltou Souza. “Com isso, aconteceu um esvaziamento do meio rural, ficando nesses locais as pessoas mais idosas. Então existe uma baixa taxa de fecundidade no meio rural e um envelhecimento mais elevado que nas áreas urbanas. Isso naturalmente leva a um menor crescimento vegetativo da população, que com o fenômeno migratório para os grandes centros, contribui com à retração da população no meio rural”.
Além disso, foi realizada a compatibilização nos dois períodos censitários da malha dos setores censitários, por situação e tipo, segundo a classificação vigente na pesquisa de 2022, uma vez que os setores censitários são atualizados em sua classificação urbana e rural conforme a evolução da configuração territorial observada.
por - AEN
Os 60 anos de atuação da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) na garantia de moradia aos habitantes paranaenses mais vulneráveis foram celebrados na noite desta segunda-feira (2) no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.
A sessão solene também condecorou a atuação do diretor-presidente da empresa de economia mista, o contador Jorge Luiz Lange; de empregados públicos e ex-diretores presidentes.
“A Cohapar é uma grande marca do estado do Paraná, e tem uma história que transformou milhares de vidas”, ressaltou o deputado Gugu Bueno (PSD), 1º secretário da Alep, que propôs a homenagem junto ao deputado Luis Corti (PSB). “Quando a gente fala em casa própria, falamos em dar dignidade ao cidadão. Todo ele tem direito a habitação”.
Criada em 14 de maio de 1965 para estudar o problema da habitação popular e proporcionar residência ou ampliação dos lares àqueles com poucos rendimentos, a Companhia criou até então 353.945 moradias em todo o Paraná, conforme dados da própria Cohapar. De 2019 para cá, 18.497 ações de regularização fundiária foram realizadas – totalizando 372 mil lares. "Isso significa uma média de quase 17 casas por dia, todos os dias, incluindo sábados, domingos e feriados", destacou Bueno.
Do total, cerca de 92 mil lares foram criados a partir de 2019, quando Jorge Luiz Lange se tornou presidente da empresa de economia mista, na gestão do governador Ratinho Júnior (PSD). Mais de 111 mil famílias foram atendidas mesmo período. O investimento corresponde a mais R$ 1 bilhão e a movimentação financeira na construção civil supera a casa dos R$ 19 milhões, ainda segundo a Companhia.
Corti, que já ocupou o posto de diretor de regularização fundiária na Cohapar, apontou a importância das atividades de regularização exercidas pela empresa. “Tive a honra de receber a missão de transformar posse e ocupação em propriedades. É um instrumento de garantia de segurança jurídica e de nascimento de propriedade”, pontuou.
“A Cohapar tem feito um trabalho extraordinário. Participo de diversas solenidades, mas não tem nada mais gratificante que participar da entrega de uma casa popular”, destacou o deputado Alexandre Curi (PSD). O presidente da Alep realçou ampliações recentes do programa de habitação, como Casa Fácil Paraná Terceira Idade. A iniciativa anunciada pelo governo do Paraná deve garantir subsídios de R$ 80 mil para que pessoas com mais de 60 anos utilizem como valor de entrada na aquisição da moradia.
“É um momento especial. Foram mais de 360 mil sonhos, de quem conseguiu adquirir sua casa própria e ter seu abrigo”, frisou Lange. O diretor-presidente pontuou que o trato da habitação popular como política pública foi fortalecida em 2020, com a criação do programa Casa Fácil Paraná, iniciativa do Executivo aprovada pela Assembleia Legislativa. “Ela funciona tão bem que foi replicada em 14 estados e seis cidades no Brasil”.
"Só quem morou em mocó [habitação precária], em beira de rio, em área de risco, sabe quão relevante é superar essas dificuldades. Só quem é instável juridicamente, sem título, sem documento, sabe quão importante é a política de regularização fundiária", refletiu o secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, representando o governo do Paraná. "Há muita gente precisando das políticas do Estado para ter dignidade".
Homenagens
Menções honrosas foram entregues aos ex-diretores presidentes que passaram pela Cohapar. A honraria conta com os seguintes dizeres: “Em reconhecimento pelo importante trabalho desenvolvido durante sua gestão, ao longo dos 60 anos de história da Cohapar, atuando de forma decisiva para a sua consolidação e para o fortalecimento dos programas habitacionais no estado do Paraná”.
A homenagem foi entregue aos seguintes nomes que chefiaram a Cohapar: os deputados Nelson Justus (União), diretor-presidente em 1986; e Luiz Claudio Romanelli (PSD), que ocupou a chefia da empresa mista em dois momentos, nos períodos 1991 - 1994 e 2003 - 2006; Teobaldo Vitorio Machado (diretor-presidente entre 1983-1986), Odeni Villaca Mongruel (1987 – 1990), José Lagana (1990), Rosangela Curra Kosak (2006 – 2007), Rafael Greca (2007 – 2010), Everaldo Belo Moreno (2010 – 2011), Mounir Chaowiche (2011 – 2015), Abelardo Luiz Lupion (2015 – 2018) e Nelson Cordeiro Justus (2015, 2018 – 2019).
Romanelli, representando todos os ex-diretores presidentes, se manifestou ressaltando a importância da Cohapar para combater a desigualdade social e garantir inclusão. “Todos que passaram pela gestão da Cohapar se apaixonaram pela história da empresa. Construir é moradias é garantir dignidade para as famílias”.
O diretor administrativo-financeiro da Cohapar, Paulo de Castro Campos, recebeu a honraria em nome da empresa. Ele integra o quadro de servidores da Companhia há 45 anos.
O deputado Soldado Adriano José (PP) subiu à tribuna para parabenizar todos os gestores. "Desejo que Deus dê muita saúde e paz para que possam desempenhar o trabalho com muita sabedoria", afirmou. "Vocês nunca deixaram a peteca cair. A entrega de casas é o evento que mais me emociona".
Também compuseram a mesa de honra Orlando Pessuti, secretário do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul); Paulo Cesar Nauiack, vice-presidente da Fecomércio; Gilberto Onofre da Luzo superintendente Regional da Caixa em Curitiba; Renato Silva, prefeito de Cascável; e Guto Silva, secretário das Cidades do Estado do Paraná.
Trajetória
A preocupação com a difusão de favelas e habitações irregulares no Paraná da década de 1960 está explícita na lei estadual que criou a Cohapar. Para garantir moradia digna, as ações da Companhia são realizadas em articulação com o Governo Federal, prefeituras e demais órgãos estaduais, além da iniciativa privada.
O trabalho da empresa de economia mista é hoje realizado por 432 profissionais. Além da sede no bairro Cristo Rei, em Curitiba, há ainda escritórios regionais em 12 municípios paranaenses: Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cornélio Procópio, Francisco Beltrão, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa, Umuarama e União da Vitória.
Dentre as iniciativas da Cohapar está o programa Casa Fácil, responsável por viabilizar a construção de moradias para famílias com renda mensal até dez salários mínimos em todos os 399 municípios paranaenses. Destaca-se também a coordenação do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Paraná, realizada pela empresa mista.
Jorge Luiz Lange se tornou diretor-presidente da Cohapar em 2019. Desde então, o contador formado pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel (Fecivel) – hoje Unioeste contribui com a empresa mista levando um currículo de experiências como vice-prefeito e secretário de Obras de Cascavel (2018 - 2019), presidente da Companhia de Engenharia e Trânsito de Cascavel (2009 - 2011), deputado federal, entre outros.
Natural de Querência do Norte, Lange mora em Cascavel desde os sete anos.
Hoje ele também é membro do Conselho Deliberativo e do Conselho Consultivo e de Acompanhamento do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop-PR), presidente do Conselho Estadual de Habitação de Interesse Social (Coehis) e presidente nacional do Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano (FNSHDU).
Por - ALEP
































