Educação divulga matriz curricular do Novo Ensino Médio

A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte publicou nesta sexta-feira (17) a Instrução Normativa Conjunta nº 008/2021 com a matriz curricular do Novo Ensino Médio na rede estadual de ensino a partir do ano letivo de 2022. 

A construção da matriz foi feita com base no referencial curricular aprovado em julho pelo Conselho Estadual de Educação (CEE/PR) e nas consultas à comunidade realizadas tanto para o referencial quanto para o currículo do novo modelo.

Conforme já anunciado, o Novo Ensino Médio será composto por dois conjuntos de aprendizagens: a Formação Geral Básica (FGB) e os itinerários formativos. Além disso, terá ampliação em sua carga horária, passando de 800 horas para 1.000 horas anuais. O total, portanto, será de 3 mil horas ao longo de três anos, sendo 1.800 destinadas para a FGB e 1.200 para a realização dos itinerários formativos.

A implantação do novo modelo também será gradativa. Começa pelo 1º ano do Ensino Médio no ano que vem, seguirá em 2023 para as segundas séries e, em 2024, completando o ciclo, para as terceiras séries. Para quem já está no Ensino Médio, nada muda, pois esses estudantes continuarão na organização curricular atual.

Dessa forma, a Formação Geral Básica, que contempla as competências e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), considerando cada uma das áreas do conhecimento e seus respectivos componentes curriculares, terá 24 horas-aula semanais na primeira série, diminuindo para 18 horas-aula semanais na 2ª e 12 na 3ª série. Já os itinerários formativos fazem o “caminho inverso”, subindo de seis horas-aula semanais na primeira série para 12 na 2ª e 18 horas na 3ª série — para que todas as séries tenham 30 horas-aula semanais.

ITINERÁRIOS FORMATIVOS – No primeiro ano, essas seis horas-aula semanais do itinerário formativo já estão definidas com Educação Financeira, Projeto de Vida e Pensamento Computacional, duas para cada. A Educação Financeira, que já havia entrado na grade curricular do Ensino Médio deste ano com uma aula, será ampliada. Nessa parte do itinerário, existem adaptações conforme a modalidade da instituição, como nos Colégios Cívico-Militares, Indígenas, Quilombolas, em Tempo Integral, entre outros.

Com ampliação da carga horária dos itinerários na 2ª e 3ª séries, o estudante do Novo Ensino Médio poderá escolher um itinerário formativo, para se aprofundar ainda mais nos conhecimentos que despertam seu interesse e aptidão, seja em Linguagens e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais ou em Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

Para escolher entre os itinerários, o estudante terá as aulas do Projeto de Vida, nas quais irá desenvolver habilidades e receber apoio para pensar sobre seus sonhos e objetivos. Dessa maneira, eles estarão mais preparados para optar por um itinerário formativo e planejar seus próximos passos na vida acadêmica e profissional.

DUAS AULAS POR SEMANA – A organização da matriz curricular feita pela Secretaria da Educação garante que cada componente curricular (disciplina) tenha ao menos duas aulas por semana. Contudo, em virtude da nova organização do Ensino Médio, com a redução dos componentes da base comum de 2,4 mil para 1,8 mil horas, as disciplinas não estarão presentes em todos os anos da modalidade.

Física, por exemplo, terá duas aulas semanais no primeiro e outras duas no terceiro ano. Já História terá duas aulas semanais no primeiro e outras duas no segundo ano. É importante ressaltar que os conteúdos ligados a essas e todas as demais disciplinas, e os professores atrelados a elas, também vão compor as aulas dos itinerários formativos, a depender da escolha do estudante.

NOVO ENSINO MÉDIO – Instituído pela Lei Federal nº 13.415/2017, o novo modelo do Ensino Médio propõe mudanças na carga horária e na organização curricular de escolas das redes de ensino públicas e privadas de todo o Brasil, que valem a partir de 2022. As transformações na estrutura do Ensino Médio têm como objetivo incentivar o papel protagonista dos estudantes, valorizando suas aptidões e interesses.

 

 

 

Por - AEN

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Em nota técnica, IDR-Paraná divulga orientações sobre colheita de feijão

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) divulgou nesta semana uma nota técnica com orientações sobre o manejo da colheita de feijão, especialmente a tecnologia de dessecação das lavouras. O documento pode ser acessado AQUI.

As instruções foram consolidadas no fórum técnico Boas Práticas na Cultura do Feijão, que reuniu cerca de 70 participantes em Cascavel (Oeste do Estado). 

De acordo com o zootecnista Endrigo Antônio de Carvalho, coordenador do Polo de Pesquisas do IDR-Paraná em Santa Tereza do Oeste, o evento foi realizado por demanda de produtores, cerealistas e empacotadores da região. Além de profissionais ligados à extensão rural e assistência técnica, o programa do encontro contemplou palestras de especialistas em defesa sanitária, tecnologia de alimentos, saúde e meio ambiente. 

“Uma oportunidade para discutir as condições de produção, renda para o produtor e qualidade do produto para o consumidor”, avaliou o engenheiro agrônomo Germano Kusdra, coordenador estadual do programa feijão do IDR-Paraná.

O fórum técnico Boas Práticas na Cultura do Feijão foi realizado em parceria com a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel (Areac) e o núcleo regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab).

CULTIVO – Na safra de 2020/21, conforme dados da Conab, a produção nacional de feijão foi de 2,25 milhões de toneladas. O Estado do Paraná liderou a produção com 23,7% do total produzido, seguido por Minas Gerais (23,1%), Goiás (15%), Mato Grosso (9%) e São Paulo (7,7%). No Paraná, predomina a participação da agricultura familiar na produção, compondo a renda com outras atividades nas propriedades rurais.

 

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Compagas avança para fechar contrato de suprimento com a Petrobras

Após amplas negociações durante o processo de Chamada Pública Coordenada junto a potenciais supridores com as distribuidoras do Centro-Sul do País para contratação de suprimento, a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) está em fase final de negociação do contrato que será assinado com a Petrobras – único supridor que apresentou viabilidade de fornecimento – para garantir a distribuição de gás natural ao Paraná a partir de janeiro de 2022. 

Em volume, o novo contrato permitirá um fornecimento de cerca de 500 mil m³/dia para o próximo ano em complementação ao volume já anteriormente contratado com o supridor. Para os anos seguintes (2023 a 2025), o contrato foi negociado para que existam janelas de oportunidades para contratações futuras advindas de outros supridores.

“Garantimos o suprimento de gás natural para o ano de 2022 e parte da demanda dos próximos anos. Por acreditar na abertura do mercado, decidimos manter a Chamada Pública em aberto e vamos continuar interagindo com os supridores na busca de oportunidades para diversificação dos nossos contratos de suprimento e de melhores condições comerciais de fornecimento de gás para melhor atender nossos mercados”, ressalta o diretor-presidente da Compagas, Rafael Lamastra Junior.

Desde a abertura da CP22, em março deste ano, as distribuidoras MSGÁS (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul), GasBrasiliano (Gas Brasiliano Distribuidora), Compagas, SCGÁS (Companhia de Gás de Santa Catarina) e SULGÁS (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul) tinham como objetivo central a criação de novas condições de fornecimento que possibilitassem o desenvolvimento do mercado, com a diversificação de agentes supridores, e que melhor atendesse às necessidades dos usuários, resultando em um gás com preço mais competitivo. No entanto, ao longo das negociações com os agentes participantes do processo, foi observado que restavam pendentes uma série de entraves no âmbito federal que dificultam a efetiva abertura do mercado nacional de gás.

As principais barreiras identificadas estão ligadas a questões estruturais do setor e envolvem a ausência de regras de acesso às infraestruturas essenciais de escoamento e transporte, a indefinição da integração das malhas e de tarifas de transporte e a falta de capacidade física de entrega de gás no trecho sul do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Todos esses apontamentos foram debatidos ao longo do ano pelas distribuidoras, apoiadas pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), em conjunto a órgãos e instituições nacionais ligadas ao setor de gás com o objetivo de criar uma agenda positiva e propor resoluções aos agentes.

“Entendemos que o mercado nacional passa por um período de transição, mas é preciso unir esforços entre as instituições para que todos tenham benefícios mais imediatos. Mato Grosso do Sul é um Estado que usa o gás natural como força motriz para o seu desenvolvimento, e estamos certos de que em 2022 nosso combustível, mais uma vez, terá o protagonismo na retomada do crescimento econômico”, reforça Rui Pires dos Santos, diretor-presidente da MSGÁS. 

Após o fechamento destes contratos, MSGÁS, GasBrasiliano, Compagas, SCGÁS e SULGÁS manterão a chamada pública em aberto e darão continuidade ao processo para interagir com potenciais supridores na busca contínua da diversificação de seus portfólios e contratos de suprimento, com o objetivo permanente de obter melhores condições comerciais e operacionais de fornecimento de gás natural para atendimento as suas áreas de concessão.

”O resultado desta Chamada Pública, até o momento, demonstra a necessidade de se continuar buscando fontes alternativas de suprimento, como o biometano, e também de se buscar alternativas de suprimento via novos pontos de entrega” diz Carlos Camargo de Colón, diretor–presidente da SULGÁS.

NOVO CONTRATO – O novo contrato a ser firmado entre as distribuidoras do Centro-Sul e a Petrobras garantirá o atendimento aos mercados cativos de cada companhia a partir de janeiro de 2022. O produto em negociação, único viável entre os ofertados pelo supridor, é para um contrato de quatro anos e possui novas condições de preço, com um reajuste de aproximadamente 44% em relação ao preço do atual contrato para o primeiro ano. Outros produtos ofertados implicariam em reajustes de até 200% em relação ao preço atual.

“Vamos persistir na promoção de ações estruturais que efetivamente promovam a abertura do mercado em condições de efetiva competição e transparência, tendo em vista garantir a competitividade de nosso mercado”, diz Willian Anderson Lehmkuhl, presidente da SCGÁS.

No total, somente para 2022, o volume contratado junto à Petrobras supera a marca dos 3 milhões de m³/dia. Juntas, as cinco distribuidoras que integram a CP22 respondem por 15% do mercado de distribuição de gás no Brasil e atendem mais de 170 mil consumidores.

CP22 – Lançada em março deste ano, a Chamada Pública Coordenada (CP22) das distribuidoras do Centro-Sul reuniu mais de 130 propostas enviadas por 13 empresas participantes, contemplando diferentes modalidades de atendimento e vinculadas à importação, produção nacional, gás natural liquefeito (GNL) e biometano. Destas, mais de 100 propostas seguiram para a etapa de negociação – entre os agentes supridores estiveram os produtores Shell e Petrobras, os comercializadores GasBridge, Trafigura, EBrasil, Compass, New Fortress e Nimofast, dois produtores de biometano, CRVR e Cocal, e a Tradener, produtora de gás em terra (onshore).

O número de propostas recebidas e de agentes participantes foi superior ao primeiro processo realizado pelas concessionárias em 2018 e demonstrou a clara contribuição das distribuidoras em prol da abertura do mercado de gás no País, principalmente pelo alinhamento prévio ao cronograma previsto para a chamada pública de capacidade de transporte.

“Independentemente do resultado, esta foi uma oportunidade de as distribuidoras se aproximarem e negociarem com novos potenciais supridores, vislumbrando um aumento da competitividade do produto e de investimentos futuros. O caminho para um mercado aberto ainda tem que ser aprimorado e ajustado, mas não tem volta”, ressalta Alex Gasparetto, diretor-presidente da GasBrasiliano.

Em todas as negociações foram consideradas, além do preço, as condições operacionais e comerciais e as garantias de fornecimento ofertadas pelos supridores. O número de proponentes selecionados em cada Companhia foi variado conforme as condições e características de suprimento previstas em seus respectivos editais. A CP22 é uma iniciativa das distribuidoras MSGÁS, GasBrasiliano, Compagas, SCGÁS e SULGÁS e mantém o objetivo de oferecer mais competitividade aos mercados cativos atendidos. 

COMPAGAS – Empresa de economia mista, tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia – Copel, com 51% das ações, a Gaspetro, com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 24,5%. Em março de 2000, a empresa passou a ser a primeira distribuidora do Sul do país a fornecer o gás natural canalizado aos seus clientes, com a inauguração do ramal sul do gasoduto Bolívia – Brasil (Gasbol). Atualmente, a Compagas conta com mais de 50 mil clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial, veicular e geração de energia elétrica e está presente em 16 municípios: Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Colombo, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Campina Grande do Sul, Paranaguá, Carambeí, Castro e Arapoti.

 

 

 

 

Por - AEN

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