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Incêndio na COP30 expõe falhas previamente alertadas pela ONU

Incêndio na COP30 expõe falhas previamente alertadas pela ONU

Um incêndio no Pavilhão dos Países da COP30, em Belém, provocou o evacuação da Zona Azul – o coração das negociações climáticas – e interrompeu os trabalhos da conferência na tarde desta quinta-feira (20). O fogo, controlado em seis minutos, deixou 13 pessoas atendidas por inalação de fumaça e revelou vulnerabilidades de segurança e infraestrutura que a própria ONU havia alertado ao governo brasileiro há uma semana.

De acordo com a organização do evento, o local permanecerá fechado até pelo menos as 20h para uma inspeção completa dos bombeiros. O governador do Pará, Helder Barbalho, informou que as hipóteses iniciais apontam para uma falha em um gerador ou um curto-circuito em um dos estandes.

O incidente ocorre em um contexto de tensão sobre a infraestrutura da cúpula. Em carta enviada na semana passada ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, a secretaria da ONU para o clima (UNFCCC) já havia alertado para "brechas graves" na segurança e riscos associados a "instalações elétricas" próximas a áreas com água, além de citar explicitamente problemas de climatização e infiltrações.

Em contraste com a avaliação técnica, o ministro do Turismo, Celso Sabino, minimizou o ocorrido, atribuindo-o a "um celular pegando fogo ou um curto-circuito" e afirmando que o evento não está comprometido.

Enquanto a Zona Azul permanece fechada, com a programação de negociações e eventos paralelos suspensa, a Zona Verde – área dedicada à sociedade civil – segue em funcionamento. A situação coloca sob escrutínio a capacidade do Brasil em gerir com segurança um evento global de tal magnitude, especialmente após a tentativa de invasão por ativistas registrada dois dias antes.

 

 

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