Uma soma de esforços entre iniciativa pública e privada fez com que o ano de 2021 se tornasse histórico para o setor agropecuário paranaense.
No mês de maio, o Paraná recebeu da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. A entidade também concedeu ao Estado a certificação de zona livre de peste suína clássica independente.
“Foram passos importantes, que permitiram ao Paraná se tornar ainda mais competitivo no mercado internacional, gerando novos empregos e mais renda”, diz o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
O Estado lutava há cerca de 50 anos por essa chancela, que tem potencial para transformar significativamente o patamar de produção da pecuária paranaense. “Para que a conquista se concretizasse, foi fundamental o apoio das entidades do setor produtivo e organização da estrutura de saúde animal”, diz o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Otamir César Martins.
Desde que o último foco da doença foi confirmado, em 2006, o governo e o setor produtivo se organizaram para melhorar a estrutura sanitária paranaense, o que incluiu a criação da Adapar, o reforço da fiscalização nas divisas e do controle dos rebanhos, além da contratação de profissionais por meio de concurso público realizado em setembro.
A imunização contra a aftosa no Estado foi interrompida em 2019 e a campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela campanha de atualização de rebanhos, que foi modernizada e pode ser feita de forma online. Nos últimos anos também foi realizado um extenso inquérito epidemiológico, com coletas de amostras do sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais, provando que o vírus já não circula no Paraná.
E o esforço foi reconhecido. Em 2021, a Adapar foi a vencedora na categoria “Destaque em Políticas Públicas” do Prêmio Clotilde de Lourdes Branco Germiniani de Saúde Única, concedido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR). Também recebeu o Prêmio Saúde Animal, do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado do Paraná (Sindivet), em razão dos serviços prestados.
PRODUÇÃO – Maior produtor e exportador de proteína animal do País, com liderança em avicultura e piscicultura, o reconhecimento internacional vai ajudar a abrir mercados para a carne paranaense e outros produtos de origem animal, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto, como Japão, Coreia do Sul e México.
Em 2020, o Estado produziu mais de 5,7 milhões de toneladas de carne de porco, boi e frango, quase um quarto do que foi produzido no País. O Estado é responsável por 33% da produção nacional de frango e 21,4% em piscicultura, liderando os setores.
Também ocupa o segundo posto em relação à carne suína, com 21% da produção brasileira e mantém a vice-liderança na produção de leite (13,6%) e ovos (9%). A expectativa com a abertura de mercados é que o Estado atinja a liderança nacional na produção de suínos.
PESTE SUÍNA – Já a classificação de zona livre de peste suína clássica independente confirmou definitivamente o Paraná fora de um grupo atualmente formado por 11 estados, garantindo vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional. Essa chancela permite aos suinocultores paranaenses ganhar volume.
DEFESA VEGETAL – Na área vegetal, a Adapar iniciou o ano de 2021 se deparando com a detecção de um foco de Ralstonia solanacearum raça 2 (Moko da bananeira), praga quarentenária ausente no Paraná, e com grande potencial de causar danos e restrições comerciais para a Bananicultura no Estado.
Mas a Agência erradicou rapidamente o foco e realizou a inspeção de uma área de 5 quilômetros ao redor do ponto, inclusive com a utilização de drones, ferramenta que permitiu as inspeções em áreas de difícil acesso. Após meses de trabalho a praga foi contida, e o status fitossanitário de Praga Ausente foi mantido no Paraná.
A Agência também iniciou um trabalho de monitoramento de plantas daninhas resistentes a herbicidas, cujo objetivo é auxiliar o setor produtivo no manejo adequado destas pragas por meio da detecção precoce de focos do problema e auxílio das entidades de pesquisa para eliminação das plantas, impedindo a disseminação e aumento no uso de herbicidas.
Um importante avanço para a Defesa Agropecuária foi a publicação da Portaria Nº 63/2021 a qual estabelece a obrigatoriedade da notificação de novas pragas no Paraná. “Já colhendo os frutos desta Portaria, foi identificada a presença da lagarta Rachiplusia nu, em plantas de soja resistentes a lagartas”, conta o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Blood.
Em outubro, junto com a Polícia Civil, a Adapar apreendeu 111 toneladas de fertilizantes NPK ilícitos que seriam comercializados. A ação impediu perdas significativas ao setor produtivo.
DERIVA – Quanto ao uso de agrotóxicos, a equipe da Adapar foi capacitada para inspeção de equipamentos de pulverização, facilitando a identificação de problemas primários, reduzindo as derivas de agrotóxicos, que têm trazido grandes prejuízos para a saúde humana, meio ambiente, produtores de bicho da seda, fruticultura e apicultura.
Em 2021, com o objetivo de aperfeiçoar a ação do Estado nesse sentido, o Grupo Gestor (instituído pela Adapar e composto por entidades do setor privado como Faep, Ocepar, Fetaep, além da Embrapa e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná) estabeleceu um redirecionamento na estratégia.
As iniciativas incluem localização georreferenciada das propriedades com culturas sensíveis (Sericicultura, Apicultura, Viticultura e propriedades orgânicas); cruzamento dos dados obtidos; identificação de regiões e municípios com maior impacto; organização de ações de orientação, capacitação, assistência técnica e fiscalização.
Por - AEN
O Governo do Paraná reforçou a estrutura de proteção à fauna silvestre em 2021.
A criação de novos centros de reabilitação para animais vitimados, pela Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) em parceria com as universidades, ampliou a capacidade de atendimento e as seis unidades existentes receberam, triaram, trataram e destinaram 3,9 mil animais silvestres.
Foram inaugurados este ano quatro Centros de Apoio à Fauna Silvestre (Cafs) em Cascavel, Londrina, Guarapuava e Maringá, além de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Ponta Grossa. Também foi renovada a parceria com a prefeitura da capital para a manutenção do Cafs Curitiba.
“O investimento passa de R$ 1 milhão, mas a participação das universidades, com o know how que têm nas áreas de veterinária e biologia, é fundamental e ainda abre a possibilidade para que aos alunos se envolvam e desenvolvam pesquisas nessas áreas”, diz o secretário Marcio Nunes.
Esses locais prestam atendimento a animais vítimas de atropelamento, maus-tratos, comércio ilegal, tráfico e cativeiro irregular e que precisam de reabilitação para serem reinseridos no meio ambiente ou encaminhados a cativeiros regularizados.
Segundo os dados da Polícia Ambiental Força Verde (BPAmb-FV), a média anual de animais apreendidos no Paraná é de 5,5 mil – entre aves, mamíferos, répteis e anfíbios. Deste total, as aves representam mais de 90%. “A maioria dos animais sofrem maus-tratos, podendo chegar a óbito”, completa Nunes.
Os Cafs e Cetas integram as inciativas Pró-Fauna da Sedest, desenvolvidas pelo Instituto Água e Terra (IAT). Elas são voltadas ao combate à pesca e caça ilegal, e apreensão de animais mantidos em cativeiro sem autorização ou em más condições.
MAIS PEIXES NOS RIOS – Também faz parte o Programa Rio Vivo, lançado pela Sedest, IAT e Superintendência de Pesca e Bacias Hidrográficas visando a preservação da vida aquática nas bacias hidrográficas do Estado.
Em 2021, foram soltos 1,2 milhão de peixes de espécies nativas – como lambari, dourado, pintado, jaú, surubim, bagre e traíra. Faz parte do programa um estudo que mostra quais espécies devem ser soltas em cada Bacia Hidrográfica, além da análise genética dos peixes.
A partir desse levantamento foi editada a Resolução nº 10/2021, regulamentando as normas de estocagem e repovoamento dos rios do Paraná. Além disso, o Rio Vivo prevê a participação das comunidades nos eventos de soltura e atividades paralelas de educação ambiental, como o plantio de mudas de árvores nativas nas margens dos rios.
“O programa é completo na questão da educação ambiental, pois além de garantirmos espécimes de peixes para as gerações futuras, estamos mobilizando a sociedade para cuidar da qualidade das águas e do entorno dos rios. São ações simples, mas que ajudam a colocar o Paraná em destaque no ranking de desenvolvimento sustentável”, destaca o secretário Márcio Nunes.
ESTERILIZAÇÃO – A atenção à saúde animal também se volta aos bichos urbanos e domésticos. O Programa Permanente de Esterilização de Cães e Gatos (CastraPet Paraná) promoveu a castração de gatos em 89 municípios em 2021. No total, o programa já esterilizou gratuitamente mais de 25 mil animais de rua ou com tutores de baixa renda.
Promovido pela Sedest em parceria com as prefeituras, o CastraPet busca o controle populacional de cães e gatos e prevenção de zoonoses no contexto da Saúde Única, conscientizando a população sobre a importância da castração na saúde dos animais, na prevenção do abandono (evitando ninhadas indesejáveis) e quanto a importância da vacinação.
Após a castração, as famílias tutoras recebem também gratuitamente a medicação pós-operatória e aplicação de microchip eletrônico de identificação animal. A meta do programa é que até final de 2022 a castração ocorra em 60% dos municípios paranaenses.
Por - AEN
Até novembro de 2021, o Governo alcançou a marca de R$ 86,8 milhões aplicados pelo Fundo Paraná, para o fomento da pesquisa científica e tecnológica, por meio do financiamento de 236 projetos estratégicos para o Estado.
O resultado foi divulgado pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), durante a 28ª reunião ordinária do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT Paraná), no final de dezembro.
Foi apresentado o relatório operacional do Fundo Paraná 2021 (parcial), assim como a previsão orçamentária para o ano de 2022, que deve chegar a R$ 92,9 milhões. Conforme determina a Constituição do Paraná, o aporte financeiro equivale a uma parcela de 2% da receita tributária estadual, com possibilidade de acréscimo de recursos, a depender do desempenho da economia, ao longo do exercício.
A distribuição dos recursos compreende 40% para a Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), vinculada à Seti, que no ano passado respondeu pela aplicação de R$ 32,1 milhões; 40% para a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que utilizou R$ 32,1 milhões; e 20% para o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), com R$ 16 milhões aplicados. Ainda em 2021, a dotação orçamentária foi complementada com R$ 6,7 milhões, oriundos de encargos especiais.
Para 2022, a estimativa da Seti é que os recursos sejam aplicados da seguinte maneira: R$ 37,1 milhões pela UGF, mais R$ 37,1 milhões pela Fundação Araucária e R$ 18,5 milhões pelo Tecpar.
LEGISLAÇÃO – O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destacou que os recursos do Fundo Paraná são alocados conforme estabelecido na Lei Estadual 12.020/1998 e os respectivos decretos regulamentadores. “Atualmente, 1,5% se destina ao pagamento de ativos tecnológicos, enquanto 0,5% são direcionados ao financiamento de projetos”, afirmou.
Ele explicou que essa pequena parcela da arrecadação tributária estadual mantém um grande volume de atividades e projetos essenciais ao desenvolvimento do Paraná, operacionalizados principalmente pelas universidades estaduais.
“O Fundo Paraná tem viabilizado a implantação e manutenção de programas e projetos considerados estratégicos, possibilitando o apoio à infraestrutura das sete universidades estaduais e dos institutos de pesquisa científica. Os recursos contemplam desde a construção e reforma de laboratórios, até a aquisição de equipamentos de ponta para melhoria das condições de pesquisa”, disse o superintendente.
Durante a reunião, os membros do CCT Paraná reforçaram a necessidade de retorno da divisão dos recursos para os próximos exercícios, ficando 1% dos recursos para os ativos tecnológicos e 1% para os projetos estratégicos do Estado.
PRIORIDADE – Segundo o coordenador da UGF, Luiz Cezar Kawano, os projetos apoiados pelo Fundo Paraná condizem com as áreas prioritárias definidas pelo CCT Paraná: Agricultura e Agronegócios, Biotecnologia e Saúde, Energias Sustentáveis e Renováveis, Cidades Inteligentes e Sociedade, Educação e Economia.
“Todos os projetos também se inserem em duas condicionantes, a transformação digital e o desenvolvimento sustentável”, disse.
Kawano explica que o intuito é ampliar a capacidade de fomentar políticas públicas de inclusão social e digital, a curto, médio e longo prazo, unindo academia, governo, sociedade civil e empresas; e auxiliar na difusão de iniciativas multidisciplinares, conciliando desenvolvimento econômico, preservação de recursos naturais e coesão social em uma sociedade digital.
PARCERIA – A Fundação Araucária dispõe de três linhas de atuação para aplicação dos recursos: fomento à produção científica, tecnológica e de inovação; verticalização do ensino superior e formação de professores; e disseminação científica, tecnológica e de inovação.
A instituição tem priorizado o financiamento do trabalho em rede interdisciplinar e interinstitucional, desde a implementação de 25 Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napis). Essa ação vem incentivando as instituições de ensino superior e de pesquisa científica a trabalhem em conjunto, a fim de otimizar a aplicação dos recursos públicos.
Já o Tecpar, além de ofertar serviços tecnológicos e atuar como entidade certificadora, desenvolve projetos na área de pesquisa e insumos e produtos para a saúde humana e animal.
CONSELHO – O Conselho de Ciência e Tecnologia do Paraná é responsável pela proposição da Política Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, como parte integrante da Política de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado do Paraná. Além disso, avalia planos, metas e prioridades, estabelecendo diretrizes para aplicação de recursos em programas e projetos estratégicos.
Presidido pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, o colegiado é composto por 11 membros: o superintendente Aldo Bona e o secretário de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge, representando o Poder Executivo; os presidentes da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, e do Tecpar, Jorge Augusto Callado, representando a comunidade tecnológica. Os demais membros representam as comunidades, científicas, empresarial e trabalhadora.
Por - AEN
Em 2021, o Paraná se destacou em quantidade de agricultores orgânicos certificados, ficando à frente de estados com maiores áreas territoriais, como São Paulo, Bahia e Maranhão. Somando 3.752 produtores certificados, o Estado fica atrás somente do Rio Grande do Sul, com uma diferença de 192 certificações emitidas.
Esses produtos são aqueles obtidos em sistemas orgânicos de produção agropecuária ou oriundos de processos extrativistas sustentáveis e não prejudiciais aos ecossistemas locais e regionais. Para serem comercializados, precisam de certificação específica expedida por instituições credenciadas.
Nesse cenário, o Paraná Mais Orgânicos (PMO), programa operacionalizado pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), vem contribuindo de maneira expressiva para os resultados estaduais. As atividades são desenvolvidas, desde 2009, nas universidades estaduais, onde estão localizados os Núcleos de Certificação Orgânica.
Para além de emissões de certificados, ao longo deste ano, o programa viabilizou 1.777 ações de assistência técnica e extensão rural, serviços fundamentais no processo de desenvolvimento rural e da atividade agropecuária.
Outras iniciativas consolidam o programa como um instrumento de disseminação de conhecimento científico e tecnológico. No período de janeiro a dezembro de 2021, foram realizadas 140 participações de pesquisadores, professores e estudantes em eventos técnico-científicos; 47 publicações de trabalhos acadêmico-científicos; e 69 atividades acadêmicas realizadas, entre aulas, palestras, seminários e webnários.
MERCADO – Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, entre os vários benefícios, a certificação de produtos orgânicos facilita a abertura de novos mercados para os produtores rurais, inclusive para exportação. “O padrão de produção e processamento dos alimentos orgânicos possibilita que os agricultores alcancem níveis de gestão e qualidade para disputar novos espaços de comercialização, até mesmo em outros países”, afirma.
Ele ressalta que o desenvolvimento sustentável tem sido intensificado no Paraná, conforme orientação do governador Carlos Massa Ratinho Junior. “É necessário apoiar, cada vez mais, alternativas de produção baseadas na ciência, preservação de recursos naturais, competitividade dos pequenos produtores rurais e no cuidado com a saúde da população”, destaca.
O Paraná Mais Orgânico é operacionalizado com recursos do Fundo Paraná, que apoia o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado, por meio de financiamento de programas e projetos de pesquisas institucionais.
O coordenador da Unidade Gestora do Fundo (UGF), Luiz Cezar Kawano, enfatiza que as normas de produção, processamento, certificação e comercialização de orgânicos surgiram para reduzir as dúvidas de consumidores em relação à qualidade e origem dos alimentos.
“A importância da certificação orgânica está na regulamentação dos processos e tecnologias de produção. Geralmente a certificação é apresentada sob a forma de um selo, afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem dos produtos. Isso garante que os produtos orgânicos rotulados foram produzidos de acordo com as normas e práticas da agricultura orgânica”, diz o gestor.
Na prática, a certificação indica a procedência e a qualidade natural desse tipo de alimento. O agricultor ganha diferencial de mercado, por comercializar produtos de melhor qualidade, enquanto os consumidores têm a segurança de alimentos sem contaminação química, cuja produção respeita o meio ambiente e os trabalhadores.
CERTIFICAÇÕES – Entre janeiro e novembro deste ano, o programa somou 946 certificações emitidas para agricultores familiares de todas as regiões do Estado. O projeto contribui, entre outros aspectos, para a redução de custos nesse processo de certificação dos produtores rurais.
Doutor em Desenvolvimento Rural Sustentável, o coordenador do programa, professor Rogério Barbosa Macedo, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), explica que o PMO é direcionado a agricultores familiares interessados em produzir alimentos de maneira orgânica.
“A certificação assegura que esses produtores aprendam a converter lavouras tradicionais para o modelo orgânico, ou seja, livres de agrotóxicos, de sementes transgênicas e de outras substâncias tóxicas ou sintéticas”, diz o coordenador, explicando que esse processo ocorre “em conformidade com as normas da legislação brasileira para produtos e sistemas de produção orgânica”.
Além das universidades estaduais, o PMO atua em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). Ao todo, o programa envolve 62 pessoas, entre professores e estudantes de graduação e pós-graduação e profissionais do segmento rural.
MERENDA – Em março de 2020, o Governo do Estado publicou o Decreto 4.211/2020, regulamentando a Lei nº 16.751/2010, que instituiu a alimentação escolar orgânica no Sistema Estadual de Ensino Fundamental e Médio. Desde então, os produtos orgânicos vêm sendo inseridos, gradativamente, na alimentação dos alunos das mais de duas mil escolas estaduais, com previsão de alcançar a marca de 100% em 2030.
Dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), apontam que, em 2021, foram adquiridos 18,4% de produtos orgânicos para a alimentação escolar. A estimativa é que 25% desses alimentos sejam oriundos dos agricultores familiares certificados pelo Paraná Mais Orgânico.
SETOR – De acordo com o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atualmente, o Brasil dispõe de 25.516 produtores orgânicos.
Na Região Sul, o sistema orgânico é composto, principalmente, por agricultores familiares, cooperativas e pequenas propriedades rurais. No Estado do Paraná, os principais produtos orgânicos são: açúcar, café, erva-mate e soja. Os pequenos produtores também são os principais responsáveis pelo abastecimento interno, produzindo hortaliças, frutas e alimentos processados.
Por - AEN
Instituição financeira cooperativa manteve presença na 20º edição do anuário Valor Grandes Grupos, com a 68ª colocação no ranking geral e destaque em três categorias em finanças.
O Sicredi – instituição financeira cooperativa com mais de 5,5 milhões de associados e atuação em 25 estados e no Distrito Federal – marca novamente presença no ranking dos maiores grupos empresariais do Brasil. A instituição repete o feito dos últimos anos e é destaque no anuário Valor Grandes Grupos, elaborado pelo jornal Valor Econômico, que apresenta a análise 200 principais companhias em atividade no país.
Na edição 2021, publicada em dezembro, o Sicredi subiu uma posição em relação a 2020 e figurou na 68º colocação geral, considerando todas as empresas listadas. Entre as 20 maiores companhias da área de finanças, a instituição ficou em 12º lugar. Outros marcos foram o 9º lugar entre os 20 maiores em Lucro Líquido e também entre os 20 melhores em Patrimônio Líquido; e a 12ª posição em Rentabilidade Patrimonial.
Neste ano, o Valor Grandes Grupos, que considera as demonstrações financeiras combinadas, completa duas décadas de existência. O anuário traz organogramas completos com as participações acionárias de grupos empresarias, além de projeções e análises de especialista sobre quatro grandes setores: comércio, indústria, serviços e finanças.
Outras premiações e rankings em 2021
Em 2021, o Sicredi também marcou presença em outros rankings e premiações nacionais de relevância, evidenciando a robustez do modelo de gestão da instituição financeira cooperativa. Além da conquista de posições no Valor Grandes Grupos, recentemente, a instituição foi destaque também nos rankings Finanças Mais (jornal O Estado de S.Paulo), Melhores & Maiores (revista Exame), Valor 1000 (jornal Valor Econômico) e Época Negócios 360º (revista Época). Também neste ano, o Sicredi teve seu Relatório de Sustentabilidade 2020 premiado no 23º Prêmio da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), com o segundo lugar na categoria Empresas de Capital Fechado.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 5,5 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 25 estados* e no Distrito Federal, com mais de 2.000 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).
*Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Por assessoria
Operações de crédito para municípios contabilizadas até novembro somamram R$ 372 milhões. Outros R$ 170 milhões foram liberados para empreendedores informais, MEIs, micro e pequenas empresas.
O Sistema de Financiamento aos Municípios, linha de financiamentos gerenciada pela Fomento Paraná, em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas e o Serviço Social Autônomo Paranacidade, fechou 2021 com mais de R$ 400 milhões em operações com municípios.
São contratos para financiar obras de infraestrutura e mobilidade urbana, aquisição de máquinas e equipamentos, construção de escolas, postos de saúde, projetos de engenharia e de eficiência energética, entre outros. Mais de 100 municípios foram atendidos. É um volume recorde de recursos, que supera a marca alcançada em 2018, de R$ 390 milhões.
O avanço na contratação de Operações do Setor Público da Fomento Paraná deve-se a um conjunto de ações adotadas em 2021. Foram revistas as condições de taxas de juros em duas oportunidades. Também foram internalizados diversos procedimentos que eram feitos pelo Paranacidade, para melhorar a operacionalização, o que reduziu os prazos de 90 para 20 dias e qualificou a análise das operações ainda mais.
EMPREENDEDORISMO — No âmbito do Setor Privado, a Fomento Paraná também fechou o ano com um volume significativo de operações contratadas. A empresa alcançou a marca de 53 mil clientes ativos entre empreendedores informais, MEIS, microempresas e de pequeno e médio porte, que contrataram empréstimos ou financiamentos com recursos próprios da instituição, do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), repasses do BNDES, BRDE ou da Finep, e clientes de Ativos do Estado.
De janeiro a dezembro, a instituição contratou 13.400 operações que representam R$ 170 milhões em crédito. Neste volume destaca-se 5.900 operações que somam R$ 24,8 milhões liberados pela linha Paraná Recupera, que foi reativada em março, com aporte do Tesouro Estadual (Sefa) e recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico.
O Banco da Mulher Paranaense atendeu 3,6 mil empreendedoras com a liberação de R$ 41,3 milhões em crédito de janeiro a novembro. O programa disponibiliza crédito com taxas de juros mais baixas para empreendimentos que tem mulheres como proprietárias ou sócias. Em dois anos já são quase R$ 88 milhões liberados e 7.300 empreendimentos beneficiados.
A Fomento Paraná reduziu as taxas de juros para operações de microcrédito em 4 pontos percentuais ao ano, em maio. O Banco da Mulher Paranaense, que tinha taxas a partir de 0,76% ao mês, baixou para a partir de 0,45% ao mês. No Banco do Empreendedor a menor taxa mensal passou de 0,91% para 0,60%.
A Fomento Paraná promoveu diversas campanhas para sensibilizar e estimular a clientela a procurar a instituição e solicitar a renegociação de contratos, com direito a novos prazos de carência e de parcelamento. Foram atendidos até 30 de novembro quase 3 mil empreendedores de todos os portes e aproximadamente R$ 100 milhões foram renegociados em contratos que incluem ativos do Estado, do FDE, recursos próprios da Fomento Paraná ou de repasse.
PARCERIAS — O ano de 2021 foi marcado por um grande número de novas parcerias firmadas, com grandes avanços em diversas frentes.
Com a Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho foi retomada a oferta de microcrédito na Agência do Trabalhador de Curitiba.
Com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento foi lançado o programa Banco do Agricultor Paranaense, que visa reduzir as taxas de juros de financiamentos de crédito rural junto às instituições financeiras. O BRDE e o Banco do Brasil foram as primeiras instituições a se credenciar e as cooperativas de crédito Sicoob, Sicredi e Cresol já estão em fase de credenciamento.
O programa atende principalmente agricultores familiares e pequenas cooperativas, e empreendimentos maiores podem ter acesso ao crédito para projetos que envolvem instalação e equipamentos para geração de energias renováveis e irrigação. A subvenção das taxas de juros é feita por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico, que tem a Fomento Paraná como gestora. Até 30 de novembro o programa somava mais de R$ 152 milhões de financiamentos efetivados pelo setor bancário em 1.235 projetos.
Em outra parceria com o BRDE, que também compõe o Sistema Paranaense de Fomento, a Fomento captou R$ 10 milhões para operações de microcrédito.
A instituição vem trabalhando na captação de novas fontes de recursos para financiamentos, inclusive do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Banco do Brasil e da Caixa Econômica e do próprio BNDES — o BNDES renovou o limite da Fomento Paraná para operações de crédito com repasse de recursos para o período de julho de 2021 a junho de 2022, na ordem de R$ 123,9 milhões.
Em parceria com o Sebrae a Fomento Paraná colocou em operação o Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), uma opção alternativa de garantia ao aval de terceiros em operações de microcrédito. O Fampe pode garantir até R$ 48 milhões em operações de microcrédito.
Ainda em parceria com o Sebrae foram realizados seis Encontros Regionais de Agentes de Crédito e Correspondentes nas cidades polo de Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Pato Branco e o Encontro estadual de Agentes de Crédito, em Foz do Iguaçu, com quase 300 participantes.
Outra parceria importante foi com o município de Francisco Beltrão que criou um mecanismo próprio e destinou recursos orçamentários para permitir a equalização de taxas de juros pelo Programa Juro Zero para empreendedores locais. Já foram feitas parcerias semelhantes com os municípios de Foz do Iguaçu, Guarapuava e Ponta Grossa.
A Fomento Paraná repetiu em 2021 a Caravana de Crédito Turismo, que percorreu o Litoral, Costa Oeste e municípios banhados por represas dos rios Iguaçu e Paranapanema, e que apresentam potencial turístico. Os eventos realizados em 33 cidades contaram com parceria das prefeituras e associações comerciais.
Foram capacitadas dez turmas de agentes de crédito e outras dez turmas de correspondentes, tendo sido ativados 259 novos prepostos de entidades ou empresas especializadas. Com isso a Fomento Paraná está presente em 280 municípios com agentes de crédito ou correspondentes, com um total de 427 postos de atendimento.
APOIOS E SINERGIAS — A Fomento Paraná é uma das patrocinadoras do projeto Academia Abrasel, que qualifica jovens para trabalhar em bares e restaurantes de Curitiba.
A Fomento Paraná destinou R$ 8,4 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico para pagamento da subvenção do prêmio do Seguro Rural para apoiar o Programa de Seguro Rural para a Agricultura Familiar, gerenciado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento. A subvenção reduz em até 50% o custo que o produtor paga a título de prêmio pela apólice de seguro beneficiando 29 culturas agrícolas.
Foi aprovada a Lei Estadual 20.743/2021, que instituiu o Programa de Recuperação dos Ativos e Créditos oriundos das operações de titularidade do Estado do Paraná, resultantes da liquidação do Banco de Desenvolvimento do Estado do Paraná (Badep). A chamada Lei do Badep transfere à Fomento Paraná a gestão plena e a administração dos ativos, créditos e direitos resultantes da liquidação e autoriza também a cobrança administrativa pelos valores e encargos contratuais vigentes dos contratos em situação de adimplência.
O FAG (Fundo de Aval Garantidor das Micro e Pequenas Empresas), que é gerenciado pela Fomento Paraná, e vinha sendo usado como opção de garantia para empreendimentos ligados ao Turismo está sendo adaptado para ser mais uma opção de garantia no microcrédito, a partir do início de 2022. Pode garantir até R$ 22 milhões em operações para atender empreendimentos de MEIs e microempresas com faturamento anual de até R$ 360 mil.
A Fomento Paraná assinou o boletim de subscrição de cotas do Fundo VC4 Trivèlla. Trata-se de um Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia que possui prazo de 7 anos e objetivo de investir em empresas de tecnologia que apresentem soluções de hardware e/ou software e que estejam em etapa de expansão nacional e/ou internacional, através de crescimento orgânico ou via consolidação de mercado. Com a participação da Fomento Paraná o fundo deverá destinar investimento também a empresas paranaenses.
A Instituição assinou um termo de cooperação com o Parque Tecnológico Itaipu Brasil, um ecossistema de inovação que integra instituições de ensino, empresas e órgãos governamentais. A intenção da Fomento é colocar à disposição a nova parceria os recursos do Fundo de Inovação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Fime/PR) e do Fundo de Capital de Risco das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, ambos em fase de estruturação, para ofertar crédito a empresas envolvidas em projetos de inovação.
A Fomento Paraná aderiu ao Programa Nacional de Prevenção à Corrupção. A iniciativa da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro é coordenada e executada pelas Redes de Controle nos Estados, patrocinada pelo Tribunal de Contas da União e Controladoria-Geral da União. O objetivo é reduzir a incidência de fraudes e corrupção nos diferentes organismos dos governos municipal, estadual e federal.
Com AEN








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