A crise hídrica, o impacto do uso de agrotóxicos na agricultura e o programa Lixo Zero, entre outros temas, estiveram no foco dos debates da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Paraná neste 2021.
“Foi um ano muito importante, não apenas por aprovarmos projetos relevantes como a reconstituição da mata ciliar nos reservatórios do estado e o Plano Estadual de Resíduos Sólidos, que visa adotar políticas mais adequadas de tratamento do lixo, mas também pela realização da COP 26, com as discussões e encaminhamentos urgentes sobre o clima”, destaca o presidente do grupo, deputado Goura (PDT).
A Comissão analisou dezenas de projetos e promoveu 13 audiências públicas, diversas reuniões de trabalho e 13 visitas em reservatórios, áreas de conservação, comunidades do litoral, a quilombolas do vale do Ribeira; parques e municípios, com o objetivo, segundo Goura, de “apontar na direção de um Paraná mais sustentável com políticas públicas efetivas”
Entre os destaques das propostas analisadas em 2021, estão o projeto que instituiu o Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais, que veio do Poder Executivo e já se tornou lei no Paraná. O Fórum pretende sensibilizar e mobilizar a sociedade paranaense para a discussão e tomada de posição sobre o fenômeno das mudanças climáticas globais, subsidiando a elaboração e implementação de políticas públicas relacionadas ao tema, promover a articulação das ações de enfrentamento das mudanças climáticas em nível estadual com as praticadas nas esferas nacional e municipais, sejam públicas ou privadas. E ainda, facilitar a interação entre a sociedade e o Poder Público, com a participação de membros das Secretarias de Estado; das Superintendências do Poder Executivo; da Assembleia Legislativa do Paraná; Ministério Público; de órgãos como o Instituo Água e Terra, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná; além de Sanepar, Copel, Simepar, Adapar e Comec e representantes da sociedade.
Se em 2020, a preocupação dos deputados que compõem a Comissão de Meio Ambiente era a crise hídrica que continuou a afetar o Paraná e a Região Metropolitana de Curitiba, em 2021 não foi muito diferente. O tema também gerou debates. “Tudo que envolve o meio ambiente está ligado à crise hídrica, porque temos que lembrar que ela não ocorre apenas pela estiagem, mas é a consequência direta do desmatamento que o estado do Paraná sofreu nos últimos 70 anos. Antes disso, a nossa cobertura vegetal era gigante. A grande Floresta de Araucárias foi interrompida em sua extensão; hoje temos fragmentos de mata. Por isso as onças e os grandes felinos estão desaparecendo”, lamenta o deputado. Felinos que foram tema de outra audiência pública da Comissão, que aconteceu no mês de novembro. “Eles não vivem em lugares que não sejam matas. Sem a floresta em pé, nossos mananciais, nossas nascentes secam e os animais não sobrevivem”, acrescenta.
Outra discussão do grupo de deputados ao longo do ano foi a implantação das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que, na opinião de Goura, “de pequenas não têm nada”. Os parlamentares veem com preocupação a liberação desses empreendimentos, que, para eles, têm grandes impactos ambientais. Eles prometem fiscalizar as ações do Governo nesse sentido. “Quando necessário, vamos sim acionar a Polícia Ambiental e o Ministério Público”, indica Goura.
Um ano intenso
Renovação da licença do Parque Nacional do Iguaçu; Fórum Regional de Municípios Lixo Zero; discussão das travessias de fauna nas estradas nos novos contratos de pedágios; rios Urbanos nos Campos Gerais e a privatização da Eletrobrás em parceria com o SENGE também foram assuntos debatidos em audiências, encontros e visitas in loco feitas por integrantes da Comissão. Mas a maioria do trabalho ficou mesmo no campo virtual. “Não imaginávamos que ficaríamos tanto tempo nesse modelo de discussão, que avalio: tem prós e contras. Os prós é que muito mais gente pôde participar. O contra é que ficamos restritos a essa interface digital. Sinto falta da presença das pessoas. O modo remoto precisa continuar, porque ajuda muito. Não substitui, mas foi importante sim. Mas a política se faz nesse encontro de pessoas”, destaca o presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e proteção aos Animais.
Para 2022, os parlamentares encaram o próximo ano como um período de muitos desafios e prometem investir pesado na fiscalização dos atos do Poder Executivo, olhando com preocupação a futura engorda da faixa de areia de Matinhos; a faixa de infraestrutura em Pontal do Paraná e projetos de porto privado no município; a discussão sobre a pavimentação da PR-405, que liga Antonina a Guaraqueçaba; a situação dos quilombolas, caiçaras e indígenas do litoral e de todo o Paraná. “Queremos estar mais presentes nessas comunidades. Já visitamos várias unidades de conservação com todos os cuidados e agora, graças à vacina, queremos voltar às visitas. O objetivo é continuar a fiscalizar tudo. Essa Comissão está de portas abertas. Ela é do povo do Paraná. Se a população tiver denúncias, encaminharemos, ou ideias de projetos de leis, que nos envie. Se depender de nós, teremos muito trabalho para que possamos cuidar das presentes e futuras gerações”, conclui Goura.
Além de Goura, fazem parte da Comissão os deputados Evandro Araújo (PSC), Ademir Bier (PSD), Alexandre Curi (PSB), Gugu Bueno (PL), Ricardo Arruda (PSL) e Tadeu Veneri (PT).
Por - ALEP
O produtor rural Gelson Sbardelotto, de 35 anos, precisava quitar algumas parcelas do financiamento de custeio de plantio do grupo agropecuário da família, em Dois Vizinhos, na região Sudoeste do Paraná. Em meados de julho, o preço da soja estava bom, mas como o mercado está aquecido, o agricultor ponderou que a tendência era de que o produto continuasse se valorizando.
Ele optou, então, por uma estratégia: vendeu 2 mil sacas no mercado físico, pagou as dívidas e, paralelamente, fez contratos de venda no mercado futuro de soja, que estavam com cotação de US$ 13,40 por bushel. Em agosto, 20 dias depois, as cotações alcançavam US$ 13,70 por bushel. Ou seja, a operação permitiu que ele quitasse as parcelas do financiamento (com a venda física) e, ao mesmo tempo, participasse das altas no mercado.
“Já tivemos um lucrinho. Essas operações são um ótimo instrumento para o produtor rural. Se preciso de dinheiro para custeio, vendo [a soja ou o milho] no mercado físico e vou para o mercado futuro”, exemplifica Sbardelotto.
Há dez anos o produtor utiliza dos instrumentais do mercado financeiro para se valer de oscilações de preço: tanto para se proteger de quedas, quanto para aproveitar de altas. Assim como ele, cada vez mais as aplicações em bolsa têm feito parte da rotina de agricultores, como estratégia para garantir renda.
Na prática
Pode parecer um pouco complexo a um primeiro olhar, mas, na prática, o bicho não é tão feio quanto parece. Operando em bolsa (no Brasil, na B3), o mercado futuro corresponde a negociações em que alguém se compromete a comprar ou vender um ativo (uma commodity, por exemplo) em uma data posterior, a preço pré-determinado. Os contratos são padronizados pela bolsa (ou seja, cada lote tem um volume específico, por exemplo) e as cotações oscilam conforme a dinâmica do mercado. Nessa modalidade, o produtor não precisa fazer a entrega física do produto: a liquidação é financeira, ou seja, o investidor paga ou recebe de acordo com as cotações na data do encerramento do contrato.
“O produtor tem que enxergar esse mercado como mais uma ferramenta de gestão da propriedade. Precisa ficar atento aos movimentos de bolsa e ao seu custo de produção. Dessa forma, ele consegue proteger o seu negócio e garantir rentabilidade”, diz Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.
Como fez Sbardelotto, o produtor pode recorrer ao mercado futuro quando tem elementos para crer que os preços de determinada commodity vão subir, valendo-se das altas das cotações. Por outro lado, o agropecuarista também pode usar esse instrumento para se proteger de quedas, fazendo contratos de venda futura, por um preço que cubra seus custos de produção e lhe garanta certa margem – fazendo o chamado hedge.
Ainda parece difícil? Vamos a um exemplo. Imagine um produtor de milho que, na época do plantio, tem custo de produção de R$ 64 por saca. Para garantir renda, ele vai à bolsa e faz contrato de compra de milho para dali a seis meses, a R$ 85 por saca. Se na data de liquidação do contrato a cotação estiver abaixo deste valor – a R$ 80, por exemplo –, ele se protegeu da queda, travando posição em R$ 85. Se o mercado subir, no entanto, ele não participa da variação positiva. Na prática, a estratégia funciona como uma espécie de seguro de queda. “Como a liquidação do contrato é financeira, o produtor pega esse dinheiro na mão e vende sua produção no mercado físico”, observa Ferreira.
Cotações
Para ficar de olho no mercado, o produtor pode acompanhar o sobe e desce das commodities em tempo real no site da B3 (www.b3.com.br). Desde agosto, o Sistema FAEP/SENAR-PR disponibiliza as cotações em seu site e em seu aplicativo. A variação dos preços aferida ao fim de cada pregão, seja de crédito ou de débito, devem ser liquidadas diariamente – o chamado ajuste diário. Dessa forma, para operar na bolsa, o investidor deve abrir uma conta com o equivalente a 30% do valor integral do contrato. Assim, se o ativo que ele detém tiver valorização naquele dia, o dinheiro entra na conta. Se a ação se desvalorizar, esse fundo é usado para cobrir a diferença.
Outro ponto é que, como os contratos são padronizados, partem de volumes pré-definidos. No caso do milho e da soja, por exemplo, cada contrato – ou lote – corresponde a 450 sacas de 60 quilos. Para o café, cada contrato equivale a 100 sacas de 60 quilos, e para o açúcar, 508 sacas de 50 quilos. Já o boi gordo tem cada contrato fixado em 330 arrobas. Apesar de serem volumes consideráveis, esses pontos de partida permitem que mesmo produtores médios ou ainda de pequeno porte possam utilizar esses instrumentais como estratégia de negócio.
Sbardelotto, mesmo, começou aos poucos, até para entender os mecanismos das aplicações. Ele ressalta que o produtor que recorrer ao mercado futuro deve estar sempre ligado às movimentações das cotações, mas que a prática pode muito bem ser conciliada com as atividades de gestão da propriedade. “Quando comecei, eu assisti a uma palestra e fiquei interessado. Comecei movimentando pouco: um lotinho, dois lotinhos. Depois, conforme fui entendendo, ganhando confiança e aumentando as operações”, relembra o produtor. “Falando, parece difícil. Mas na prática o produtor vê que não é um bicho de sete cabeças”, acrescenta.
Mercado de opções
Outra alternativa que pode ser usada pelo produtor tanto para proteção quanto para garantir renda é o mercado de opções. Nessa modalidade, o investidor compra uma espécie de título que lhe dá o direito de comprar ou de vender determinado ativo no futuro, a um preço pré-determinado.
Por exemplo, se o produtor rural quer garantir que vai vender seu milho a R$ 99 a saca em janeiro de 2022, ele adquire uma put (direito de venda) estabelecendo esse preço. Quando chegar o vencimento do contrato, ele garante esse valor, ainda que a cotação caia abaixo desse patamar. Vale ressaltar que é uma opção, não uma obrigatoriedade. Assim, se a saca de milho estiver acima dos R$ 99, ele não precisa exercer o direito de venda pelo preço pré-determinado.
Por outro lado, se um pecuarista, por exemplo, quiser se proteger de altas no preço do milho, ele pode fazer uma call (direito de compra).
Vamos a um caso prático: para manter seu custo de produção em um nível razoável, um bovinocultor precisa adquirir a saca milho a R$ 92, em janeiro de 2022. Ele estabelece esse valor no contrato da call. No vencimento, ele tem o direito de comprar o produto a esse preço, ainda que as cotações no mercado físico estejam mais elevadas.
Assim como no mercado futuro, as opções não envolvem entrega física de mercadoria. Ou seja, os contratos são liquidados financeiramente. Além disso, o mercado de opções oferece tanto a possibilidade de investimento em bolsa (com contratos padronizados), quanto em negociações de balcão (sem padronização).
Mercado em expansão exige conhecimento prévio
Para que o produtor rural comece a lançar mão desses instrumentais, o ideal é procurar uma corretora especializada. E na visão de quem atua nessas modalidades de operação financeiras, cada vez mais os mercados futuro e de opções têm sido usados por agropecuaristas como forma de ampliar rendimentos e/ou se precaver de oscilações. Analista de mercado e sócio da Granoeste Investimentos, Robson Polotto atribui o aumento da procura à maior difusão de informações, às perspectivas positivas em que essas aplicações implicam e à mudança gradativa do perfil dos produtores rurais, que estão cada vez mais afinados às novas tecnologias.
“É um mercado que tem crescido ano a ano. Hoje, o agricultor e o pecuarista estão mais tecnificados, usando as informações a seu favor. Com o celular na mão, têm acesso a esse mercado. E quando o produtor entende, ele percebe que pode aproveitar a correlação entre a bolsa e o mercado físico e usar isso a seu favor”, diz Polotto.
Hoje, a Granoeste tem como clientes produtores rurais do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina. Segundo Polotto, as estratégias de operação são traçadas de forma conjunta, entre o cliente e a agência. “Na maioria dos casos, o cliente já sabe o que precisa: quer se proteger contra baixas ou contra altas. A gente senta com eles e monta uma estratégia. Aí, ele só precisa ter uma conta em um banco oficial”, conta.
Polotto ressalta que o mercado é acessível não só a grandes produtores, mas a agropecuaristas que conduzam propriedades de pequeno ou médio porte. Mesmo com os preços dos grãos e da arroba nas alturas, o especialista destaca que é imprescindível que o homem do campo fique de olho no vai e vem das cotações. “Quem acha que não precisa fazer nada porque o mercado está bom, pode se surpreender. O agropecuarista tem que usar as ferramentas para garantir um preço mínimo, para garantir seus custos e continuar produzindo com sustentabilidade financeira. Aumentar seus lucros não faz mal para ninguém”, afirma.
Luiz Eliezer Ferreira, do DTE do Sistema FAEP/ SENAR-PR, no entanto, destaca que o produtor deve procurar conhecer bem os mecanismos do mercado, antes de começar a operar. Ele recomenda que o investidor comece aplicando volumes pequenos, com cautela, para aprender os meandros de cada modalidade. “São instrumentos muito interessantes, mas que não admite aventureiros. Antes de entrar, o produtor deve buscar informações, conversar com um corretor especializado. Como todo produto financeiro, tem um risco”, orientou.
Mercado futuro
Os contratos negociados no mercado futuro estabelecem uma obrigatoriedade de comprar ou vender certa quantidade de um ativo a um preço pré-estabelecido, com liquidação em data futura. Todos os contratos são padronizados e operacionalizados em bolsa (no caso do Brasil, na B3).
Exemplo:
A saca de milho está em R$ 100 no mercado físico.
Um agricultor quer garantir que vai obter esse preço em janeiro de 2022, quando ele for colher a safra.
Ele emite contratos de venda para janeiro de 2022, a R$ 100 – valor que ele vai receber quando o contrato for liquidado.
Se o preço cair, ele se protegeu da queda – ou seja, faz o chamado hedge. Mas se o preço subir, ele não participa da alta.
Características:
CAFÉ – Volume do contrato: 100 sacas; Cotação: US$/saca
BOI GORDO – Volume do contrato: 330 arrobas; Cotação: R$/arroba
SOJA – Volume do contrato: 450 sacas; Cotação: US$/bushel
AÇÚCAR – Volume do contrato: 508 sacas; Cotação: R$/saca
MILHO – Volume do contrato: 450 sacas; Cotação: R$/saca
ETANOL – Volume do contrato: 30 mil litros; Cotação: R$/m³
Mercado de opções
O investidor compra o direito de comprar ou de vender suas ações no futuro, pelo mesmo preço inscrito no mercado no momento da aquisição. Modalidades:
É o direito de compra
O investidor que adquire uma call tem o direito de comprar determinada ação pelo preço de contrato inscrito no momento da aquisição. Assim, até o prazo de vencimento do contrato, ele pode exercer a compra pelo preço previsto, se protegendo de altas.
É o direito de venda
Dá ao proprietário a opção de vender suas ações pelo preço estipulado durante a assinatura do contrato. Assim, o detentor da put pode vender seus papéis, ainda que eles se desvalorizem, se protegendo de quedas.
Características:
PRODUTOS NEGOCIADOS – Quaisquer. Negociados em bolsa ou em balcão
AQUISIÇÃO – Quem compra a opção (call ou put) paga um prêmio ao lançador dos papéis
CONTRATOS NÃO PADRONIZADOS – Negociantes estabelecem os parâmetros (volume e preço)
LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA – O produtor não precisa fazer entrega física do produto
Por - FAEP
Em 2021, o Governo do Estado implementou dois importantes programas com foco no desenvolvimento socioeconômico, competitividade e na transformação do resultado de pesquisas acadêmicas em produtos com potencial de mercado.
Foram eles: o Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade e o Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime).
Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, o intuito dos programas é contribuir para a prospecção de negócios e desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços inovadores, gerando trabalho, emprego e renda para diferentes regiões.
“O Paraná tem diferentes realidades, e em cada região é preciso fazer uma atuação focada em suas potencialidades. Nosso objetivo é intensificar a pesquisa científica e tecnológica em áreas estratégicas, contribuindo para o desenvolvimento do setor produtivo”, afirmou Bona.
Idealizado pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade cria as Agências de Inovação para o Desenvolvimento Regional Sustentável (Ageuni) que serão implementadas pelas sete universidades estaduais do Paraná.
A iniciativa terá o investimento de R$ 10 milhões, provenientes do Fundo Paraná e da Secretaria de Estado da Fazenda. Esse montante será operacionalizado pela Fundação Araucária a partir de três editais de chamamento. A gestão dos recursos será realizada pelas Fundações de Apoio das instituições de ensino superior.
O projeto vai apoiar iniciativas locais e regionais, com foco na realização de projetos de educação e qualificação profissional; ciência, tecnologia e inovação; infraestrutura econômica e urbana; e desenvolvimento social, artístico e cultural, fortalecendo os mecanismos de gestão, infraestrutura e serviços tecnológicos das instituições estaduais de ensino superior.
EIXOS – As atividades da Ageuni contemplam quatro eixos temáticos: parceria entre universidade e empresa; inovação e apoio para microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas (MPEs), cooperativas, associações e empreendimentos solidários; universidade empreendedora; e universidade e desenvolvimento regional sustentável.
“As universidades estaduais nasceram regionalmente para que houvesse ensino, pesquisa e extensão de qualidade nas cidades do Paraná. As agências consolidam aquilo que as universidades vêm fazendo, potencializando a capacidade das instituições de resolver os problemas locais”, destacou a coordenadora de Ensino Superior, Gisele Onuki.
MERCADO - Com foco na transformação do resultado de pesquisas acadêmicas em produtos, o Prime finalizou, em 2021, sua primeira edição. Ao longo do programa, os pesquisadores ligados às Universidade Estaduais submeteram seus projetos e iniciativas a várias rodadas de pitchs, técnica utilizada para apresentação de negócios inovadores. Além disso, receberam mentorias especializadas para estruturar os modelos de negócios e compreender como a comercialização dos respectivos produtos e serviços poderá transformar a realidade dos públicos de interesse.
Ao final da primeira edição foram selecionados cinco finalistas que serão contemplados com um programa de pré-aceleração de startups, ofertado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae/PR). Eles também receberão uma bolsa-auxílio e capacitação avançada em desenvolvimento de negócios.
FINALISTAS - O primeiro lugar foi conquistado pelo professor Carlos Ricardo Maneck Malfatti, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), que desenvolveu uma cerveja artesanal, enriquecida com bioativos para diabéticos, a partir da utilização de alecrim do campo.
Na segunda colocação, o professor Admilton Oliveira Deméter, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), dará continuidade ao desenvolvimento de um agente biológico para o controle de doenças de plantas. Na pesquisa, além da ação fungicida, o bioproduto obteve resultados favoráveis para o crescimento de plantas com mais vigor. Ele poderá ser aplicado, por exemplo, contra o mofo branco e a ferrugem da soja.
Completam o pódio, em terceiro, a professora Mayra Gallo, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), com o Bio-HiJAck, fungicida biológico para combater a ferrugem-asiática, doença da soja; em quarto, o professor Afonso Gonçalves Júnior, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com um filtro sustentável para descontaminação de águas e solos com base de tabaco; e, em quinto, a estudante de mestrado Camila Rick, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), com Daoxi, dispositivo para o controle automatizado da oxigenoterapia (utilização de oxigénio para tratamentos médicos).
Por - AEN
De janeiro a novembro de 2021, das 53 milhões de toneladas movimentadas pelos portos de Paranaguá e Antonina, 10,5 milhões (19,8%) foram de fertilizantes descarregados. A importação dos adubos pelos portos do Paraná está em alta. O volume é 14% maior que as 9,17 milhões de toneladas registradas nos mesmos 11 meses de 2020.
Em novembro deste ano, cerca de 1 milhão de toneladas de fertilizantes chegaram ao Brasil pelos portos paranaenses. No mesmo mês de 2020, foram 877.159 toneladas dos produtos recebidos. O aumento, nessa comparação, chega a 16%.
“Os portos do Paraná, os primeiros do Brasil em importação de fertilizantes, receberam quase 27% de todo o volume de adubo importado de janeiro a novembro de 2021, que foi pouco mais de 38 milhões de toneladas”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Entre os principais fertilizantes importados pelos portos de Paranaguá e Antonina, estão o cloreto de potássio, a ureia, MAP (fosfato monoamônico), produtos do complexo NPK, além de outros. Os adubos chegam, principalmente, da China, Rússia, Canadá, Bielorússia, Marrocos e Estados Unidos.
Produtor eleva compra de fertilizantes
A conjuntura internacional explica a alta no volume de importação dos produtos. “O dólar em alta torna nossas commodities agrícolas bastante atrativas para quem produz e vende. Capitalizado, o produtor compra mais fertilizantes, a exemplo de outros insumos”, afirma o gerente-executivo do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), Décio Luiz Gomes.
Apesar do receio diante do cenário mundial, com questões políticas, energéticas, meteorológicas e de saúde pública, por conta da Covid-19, a compra dos fertilizantes no período faz parte, segundo ele, do ciclo agrícola brasileiro. “Os fertilizantes comprados até março/abril ainda atendiam a aplicação na lavoura deste ano, no plantio da soja. Já as compras de adubos nos meses mais recentes, de abril em diante, são para preparação dos produtores para as próximas safras, de 2022 em diante”, diz Gomes.
“Alguns fatores desfavoráveis no exterior influenciaram. O alto custo do gás natural, matéria-prima dos fertilizantes nitrogenados, a crise política na Bielorússia, o direcionamento da produção da Rússia para o mercado interno e a redução da produção das fábricas na China. Tudo isso fez com que diminuísse a oferta e o preço subisse. Mas, com os preços internacionais da soja muito bons, o agricultor brasileiro sabe que o mercado mundial vai absorver o produto, antecipa a compra de fertilizantes e faz estoques para não faltar insumos pra safra 2022”, afirmou o gerente do Sindiadubos.
Expectativas
“O cenário para o ano que vem é promissor. A produção de fertilizantes já está sendo regulada. A ministra Tereza Cristina esteve em novembro na Rússia para retomar as importações de fertilizantes. Se não houver nenhum solavanco internacional, o mercado de fertilizantes deverá ser regularizado em 2022 e 2023”, avalia Gomes.
Por - Canal Rural
Com fiscalização redobrada em toda a malha rodoviária estadual, o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) registrou 4.045 imagens captadas por radar de carros em excesso de velocidade e aplicou 893 autos de infração de trânsito durante o feriado de Natal.
A Polícia Militar pede aos condutores que respeitem o código de trânsito e os limites de velocidade.
Entre 23 e 26 de dezembro, houve 62 acidentes de trânsito, com 71 pessoas feridas e 22 mortes. “Continuamos a orientar às pessoas para terem todo o cuidado com a direção e que saiam com antecedência, pois a pressa pode causar acidentes”, afirmou o comandante do BPRv, tenente-coronel Welengton Joserli Selmer.
O comandante reitera aos usuários das rodovias a importância do respeito à sinalização de trânsito e de não ingerir bebida alcoólica nem antes e nem durante a direção. “Reforçamos também que os condutores não ultrapassem os limites de velocidade da via”, disse.
Policiais militares rodoviários, nos postos da coorporação e em pontos com maior circulação de veículos, fizeram abordagens e aplicaram testes com etilômetro. Foram feitos 413 testes: 10 motoristas foram presos por embriaguez ao volante e 14 que foram autuados pelo mesmo crime.
ORIENTAÇÃO – Além da fiscalização de trânsito, o BPRv atuou com orientações aos motoristas, principalmente na região do Litoral. Devido ao grande número de veículos, a 1ª Companhia adequou o sentido da Avenida Paraná, em Guaratuba, no domingo (26/12), para o sentido único ao Ferry Boat. A mudança foi adotada para diminuir o congestionamento e melhorar a fluidez do trânsito na cidade.
No combate a crimes, o batalhão intensificou o trabalho da Rondas Ostensivas Tático Móvel (ROTAM), de Operações com Cães e abordagens gerais para encontrar drogas, armas e contrabando. Um exemplo foi o que ocorreu em Iporã (PR), na sexta-feira (24/12), em que foram apreendidos 7,8 quilos de skunk, uma derivação mais forte de maconha, durante uma abordagem a um ônibus de viagem que seguia de Francisco Alves para Curitiba. Um rapaz, de 19 anos, foi preso e encaminhado à Polícia Civil.
OPERAÇÕES COM CÃES - Além de contar com mais policiais militares rodoviários nos postos rodoviários, graças a uma readequação interna de efetivo, também foram preparadas equipes de operações com cães para elevar a eficiência das abordagens e fiscalizações a veículos, principalmente no Litoral do estado.
Com maior público na região por conta das festas de Natal e Ano-Novo, o batalhão está usando equipes de operações com cães nos acessos aos municípios para inibir a entrada de drogas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrou, às 23h59 de domingo (26), a Operação Natal 2021 no Paraná.
Neste ano, durante os quatro dias de operação, que teve início na quinta (23), agentes da PRF flagraram 100 motoristas dirigindo bêbados; 14 foram presos. 371 condutores ou passageiros estavam sem o cinto de segurança, além de 75 ocasiões em que crianças não utilizavam adequadamente um dispositivo de retenção, como a cadeirinha.
A PRF registrou 99 acidentes, 129 feridos e 12 mortos. Na operação do ano passado, durante o período de restrições impostas pela pandemia, entre os dias 24 e 27 de dezembro, 62 acidentes foram atendidos, 84 pessoas ficaram feridas e outras cinco perderam a vida. Os dados são preliminares e podem sofrer alterações.
Foram registradas 406 ultrapassagens irregulares durante o feriado, representando mais de quatro flagrantes por hora de operação. Esse tipo de ultrapassagem é responsável pela maioria dos acidentes do tipo colisão frontal, onde o motorista não consegue efetuar em tempo a manobra de ultrapassagem ou força a ultrapassagem, colidindo frontalmente com o veículo que está trafegando no sentido contrário. Oito pessoas perderam a vida nesse tipo de acidente durante o feriado, número que corresponde a mais de 66% do total de 12 mortos.
Foram fiscalizadas 10,346 pessoas e 10.149 veículos. 2.847 infrações foram registradas pelos policiais, nos cerca de quatro mil quilômetros de rodovias federais da circunscrição da PRF no Paraná. No total, 105 veículos foram recolhidos, por diferentes irregularidades.
Além disso, foram apreendidos pelos policiais rodoviários federais no Paraná mais de 182 quilos de maconha, seis veículos foram recuperados e 36 pessoas foram detidas por diversos motivos.
Por - PRF








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