Governo quer ampliar venda de produtos paranaenses para o mercado norte-americano

O Governo do Paraná quer ampliar as exportações para os Estados Unidos incluindo novos itens na pauta comercial.

O assunto foi tratado em reunião nesta terça-feira (22) entre o vice-governador Darci Piana, o diretor-presidente da Invest Paraná, José Eduardo Bekin, e o cônsul-geral adjunto dos Estados Unidos em São Paulo, Jonathan Austin.

Segundo maior parceiro de comércio exterior do Paraná, os Estados Unidos vêm ampliando suas importações. Em 2021, o valor total dos produtos paranaenses exportados para o mercado norte-americano alcançou US$ 1,501 bilhão, um crescimento superior a 60% em relação a 2019, quando as vendas para aquele país somaram US$ 934,6 milhões.

Atualmente, o principal produto negociado é a madeira, que responde por 64,4% das exportações. Em segundo lugar estão produtos alimentícios, com 8,45%. O objetivo é reforçar a fatia dos alimentos na carteira de exportações e também abrir caminho para a venda de produtos industrializados de madeira.

MISSÃO – Um dos itens que já estão em estágio adiantado de negociação é a tilápia. “O Paraná é líder nacional na produção de peixes de cultivo, principalmente de tilápia. Temos uma participação de 22% no mercado brasileiro e condições de atender o mercado norte-americano”, informou Darci Piana. A produção paranaense chegou a 188 mil toneladas em 2021, um aumento de 9,3% em relação a 2020.

Em junho, uma missão com 25 empresários organizada pela Invest Paraná vai aos Estados Unidos para rodadas de negócios com a rede nacional de supermercados do país. A missão foi precedida de conversas, que já abriram caminho para a exportação da tilápia paranaense. A negociação pode ser fechada durante as reuniões.

Hoje os Estados Unidos importam o peixe conhecido por Saint Peter de poucos países e querem diversificar os fornecedores. Além da tilápia, o Paraná vai negociar a venda de produtos dos segmentos de alimentos, bebidas e ingredientes culinários, além de itens de saúde, beleza e higiene. Outras missões estão em planejamento e uma delas negociará a inclusão na pauta de exportações de produtos industrializados de madeira, como móveis.

OPORTUNIDADES – Além da exportação de produtos paranaenses, o vice-governador também destacou oportunidades de investimentos para empresas americanas, como as concessões do modal rodoviário, que devem acontecer no segundo semestre, e do ferroviário, com a Nova Ferroeste, prevista para o final de 2022.

“Nesses três anos já ultrapassamos a casa de R$ 100 bilhões em investimentos privados atraídos para o Estado. Existem ótimas oportunidades de investimentos nas áreas de infraestrutura, energia e segurança que podem interessar a indústrias americanas”, disse.

Piana disse que o Paraná busca tecnologia e capital para a produção de energia com biomassa, biodisel e biometano. “Produzimos 34% da energia elétrica do País, o primeiro parque aeólico é daqui, e o governo oferece apoio para a produção de energia fovoltáica nos aviários, o que tem reduzido bastante os custos desses empreendimentos”, contou.

SEGURANÇA – Na avaliação de Jonathan Austin, uma área promissora para negócios é a da segurança. Empresas americanas poderão entrar na concorrência para oferecer soluções tecnológicas de videomonitoramento e controle de fronteiras para o programa Olho Vivo. Austin afirmou que o aumento das relações comerciais com o Paraná interessa aos Estados Unidos. “O desempenho do Estado é impressionante e reconhecido”, afirmou.

Ele também elogiou as ações na área ambiental, que levaram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE a indicar o Paraná como o Estado mais sustentável do Brasil.

UCRÂNIA – Outro assunto trazido pelo representante consular dos Estados Unidos foi o conflito militar entre Rússia e Ucrânia. Austin agradeceu o apoio dado pelo governo paranaense à comunidade ucraniana, que é bastante numerosa no Estado. Na última semana, o Paraná recebeu 29 refugiados da guerra e já estrutura serviços de apoio para a chegada de um número bem maior.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

Hashtag:
Com 3 milhões de "faltosos", Saúde reforça necessidade da dose reforço contra a Covid-19

Com o novo cenário da flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos no Paraná, a vacinação contra a Covid-19, organizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e pelas 399 secretarias municipais, ganha um papel ainda mais importante.

Quase 80% da população está com a cobertura vacinal completa, com duas doses ou a dose única, mas muitos paranaenses acima de 18 anos não compareceram ainda aos postos de saúde para a aplicação da dose de reforço, que aumenta a quantidade de anticorpos contra o vírus. 

Um levantamento realizado pela Sesa nesta segunda-feira (21) mostra que 3.862.627 pessoas tomaram a primeira e segunda doses (esquema primário completo) e por algum motivo não especificado não retornaram para a dose de reforço no prazo recomendado pelo Ministério da Saúde (MS). Os dados são da Interface de Programação de Aplicações (API) de Consumo de Dados contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e são mais fieis do que o Vacinômetro nacional porque refletem um cruzamento de CPFs, impedindo eventual duplicidade ou atraso na notificação.

O número de 3.862.627 leva em consideração um universo de 8.207.305 pessoas aptas a tomarem o reforço (D2 e dose única), representando quase 50% dessa população. Existe uma prevalência de ausência nas faixas etária de 20 a 34 anos (15,9% vacinados de 20 a 24, 21,39% de 25 a 29 e 27,54% de 30 a 34). Na outra ponta, 81,97% dos que têm entre 70 e 74 e 81,28% dos que têm entre 65 e 69 anos tomaram o reforço.

Dos faltosos, 39,75% correspondem àqueles que receberam o esquema primário com doses da AstraZeneca, 34,43% com Pfizer, 22,38% com CoronaVac e 3,44% com Janssen.

Há algumas diferenças para os dados públicos do Ministério da Saúde. Segundo o Vacinômetro, 8.952.981 pessoas receberam a D2 ou DU, sendo que 91,68% (8.207.465) correspondem ao registro de doses aplicadas em maiores de 18 anos e 8,32% (744.632) em menores de idade, enquanto 3.968.486 tomaram a DR, resultando em pouco mais de 4,2 milhões “faltosos”. 

A diferença acontece porque o levantamento da Sesa contabiliza apenas os esquemas completos (D1+D2 ou DU) realizados no Estado, desconsiderando aquelas pessoas que tomaram apenas uma dose do esquema primário no Paraná.

“A vacinação é a principal estratégia de prevenção de saúde pública para conter a pandemia da Covid-19, contribuindo para a diminuição do número de mortes e dos casos mais graves da doença, além de permitir a tomada de decisões por parte do Estado, como o uso de máscaras. Por isso, aqueles que estão em falta com esta dose precisam fazer esse reforço”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. 

 “Temos vacinas para atender ao público e precisamos vacinar não só com a segunda dose, que garante proteção completa, mas também com a dose de reforço. Toda semana recebemos vacinas, então, precisamos é que as pessoas se conscientizem da importância desse complemento. Caso seja ultrapassado o prazo, é fundamental que o cidadão procure uma unidade básica de saúde assim que possível”, finalizou.

A DR é para aqueles que já completaram o esquema primário e têm mais de 18 anos, além de gestantes e imunossuprimidos. O intervalo deve ser de quatro meses entre as doses da CoronaVac/Butantan, AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer/BioNTech (sendo aplicado a dose de reforço preferencialmente com o imunizante da Pfizer/BioNTech e de forma alternativa AstraZeneca/Fiocruz). Para quem tomou a dose única da Janssen/Johnson&Johnson, o Ministério da Saúde recomenda um intervalo de dois meses com o mesmo imunizante.

NÚMEROS DETALHADOS – Dentre os municípios, Altamira do Paraná, Nova Cantu, Corumbataí do Sul, Piên, Janiópolis, Guarapuava, Boa Vista da Aparecida, Mamborê e Jundiaí do Sul registraram o maior número de faltosos para a dose de reforço, todos com mais de 70% de ausência da população. Em Curitiba, a taxa é de 45,26%, com 683.672 pessoas acima de 18 anos em falta com a vacina. Londrina (32,20%), Maringá (40,27%), Cascavel (41,69%) e Ponta Grossa (45,56%) registram números acima dos 30%.

Uniflor, situado na área de abrangência de Maringá, teve o menor índice. Das 2.023 pessoas aptas à imunização, 496 estão em atraso (24,52%). Em seguida estão os municípios de São Pedro do Ivaí (24,58%), Alvorada do Sul (24,86%) e São Pedro do Ivaí (25,13%). 

RECOMENDAÇÃO – Em fevereiro, o Ministério da Saúde recomendou a aplicação de uma dose de reforço para os adolescentes (12 a 17 anos) imunocomprometidos. A orientação é de que o esquema primário de vacinação desse grupo deve ser feito com três doses – primeira, segunda e dose adicional – com intervalo de oito semanas entre elas.

Após a conclusão desse esquema, é recomendada ainda uma dose de reforço quatro meses após a terceira dose (ou dose adicional). Essa orientação já vale para a população adulta, com mais de 18 anos, com alto grau de imunossupressão. A vacinação para o público adolescente imunocomprometido deve ser feita obrigatoriamente com a vacina da Pfizer.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

Hashtag:
Saúde promove novo ciclo de workshops para capacitação de equipes no PlanificaSUS

A Secretaria estadual da Saúde promove um novo ciclo do PlanificaSUS Paraná, programa de educação permanente dos profissionais da área com foco nas necessidades dos usuários do Sistema Único da Saúde.

Os workshops começaram nesta segunda-feira (21) e prosseguem nesta terça-feira (22). Cerca de 10 mil profissionais das equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) e da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) de 21 Regiões de Saúde participam das atividades.

O PlanificaSus foi proposto aos 27 estados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e tem parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e o Ministério da Saúde (MS). É composto por várias etapas, operacionalizadas por meio de workshops e oficinas tutoriais. O Paraná é o primeiro estado a expandir a metodologia para todas as regiões.

No Estado, a 4ª Regional de Saúde, em Irati, no Centro-Sul, não participa desta etapa porque foi escolhida para implantação do projeto-piloto em 2019 e já está na execução da etapa 6.

“Com muito trabalho, conseguimos implantar o PlanificaSUS nos 399 municípios paranaenses e agora o desafio é continuar em constante atualização e integração das equipes de saúde. Isso garantirá uma melhor assistência aos usuários do SUS”, explica o secretário da Saúde, Beto Preto.

INTEGRAÇÃO – Nos módulos aplicados nesta semana, os participantes discutem a integração da atenção primária e da atenção ambulatorial especializada, território e gestão com base populacional. Alguns dos assuntos abordados são a territorialização, a identificação das subpopulações-alvo, cadastro familiar e estratificação de risco familiar e a integração das unidades básicas dos municípios com o ambulatório de atenção especializada.

 “Com o apoio dos municípios, o trabalho está sendo realizado com êxito. Ainda temos um longo caminho pela frente, a atualização deve ser constante e seguimos focados no propósito de qualificar cada vez mais as equipes de saúde em prol da população”, afirma a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde e coordenadora do PlanificaSUS Paraná, Maria Goretti David Lopes.

PARANÁ – Em agosto de 2021 foi publicada a Resolução Sesa 720, que instituiu o Grupo Condutor Estadual do PlanificaSUS Paraná. Esse Grupo possui representação das áreas técnicas da secretaria estadual da Saúde, do Conselho Estadual de Saúde do Paraná (CES/PR), do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/PR) e da Associação dos Consórcios e Associações Intermunicipais de Saúde do Paraná (Acispar).

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

Hashtag:
IDR-Paraná promove ação para aumentar produtividade da cultura de abóbora no Estado

O Polo de Pesquisa e Inovação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná - Iapar - Emater (IDR-Paraná) de Santa Tereza do Oeste doou 500 quilos de abóbora para o programa Banco de Alimentos da Ceasa Paraná.

O programa garante o acesso a alimentos de qualidade à população em situação de insegurança alimentar e nutricional. Os frutos entregues foram o resultado de um experimento de campo para avaliação do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), coordenado pela pesquisadora Josiane Bürkner dos Santos.

O principal objetivo do experimento foi introduzir e difundir o SPDH nas regiões Oeste e Noroeste do Paraná. Foi plantado um hectare, dividido em 36 parcelas, com duas variedades de abóbora, a cabotiá e a moranga. Isso foi feito porque a abóbora cabotiá é um híbrido e suas flores não são autofecundáveis, necessitando da moranga para que haja o cruzamento e produção de frutos. O plantio das sementes ocorreu na primeira semana de novembro e a colheita no início de março. A produtividade média das parcelas chegou a 60 toneladas por hectare, enquanto a média na região é de 40 toneladas por hectare.

De acordo com Josiane, com o experimento foi possível analisar vários aspectos como as melhores coberturas de inverno e verão e as plantas mais indicadas para a rotação de culturas. A pesquisadora observou que no Polo de Pesquisa o plantio de abóbora se desenvolveu bem. “Onde havia trigo mourisco, usado como cobertura, o cultivo se desenvolveu de forma mais saudável, com menor incidência de oídio, em comparação às parcelas sem essa cultura. As coberturas de solo foram auxiliares no cultivo e resultaram em maior produção e frutos com mais qualidade”, destacou.

De acordo com pesquisadores, o SPDH deve seguir três princípios básicos: o não revolvimento do solo; a rotação de culturas, com a diversificação de espécies comerciais e de cobertura; e a cobertura permanente do solo, tanto de plantas vivas quanto de resíduos culturais. Dentre os benefícios dessa prática estão a redução das perdas por erosão das chuvas em torno de 90%, perdendo assim também menos nutrientes do solo (adubos, nitrogênio, fósforo e potássio), menores perdas de água por evaporação, lixiviação e consequente economia de água, principalmente das culturas irrigadas, em até 30%.

Outras vantagens são a diminuição dos custos na mecanização em até 75% e o controle de plantas espontâneas, diminuindo o número de capinas. A presença da palhada também reduz os extremos de temperatura em até 10ºC na superfície do solo.

O SPDH aumenta os teores de matéria orgânica e a ação biológica de minhocas e outros organismos. O sistema ainda contribui para uma menor dispersão de doenças. Tem-se observado que, em função da preservação do solo, pelo maior retorno de resíduos orgânicos, o SPDH permite uma maior recuperação da qualidade do solo. Com isso, o nível de necessidade de reposição de nutrientes é menor, minimizando os custos de adubação, sem prejuízo da produtividade das lavouras.

AGROECOLOGIA – A partir do experimento de Santa Tereza do Oeste foi possível verificar que as áreas cultivadas neste sistema apresentaram menores perdas causadas por geadas ou estiagem. Josiane informou, também, que o cultivo foi feito com o mínimo de insumos e sempre usando controles agroecológicos ou, até mesmo, orgânicos.

“Somente em último caso o agroquímico foi usado para o controle de pragas e doenças. Além disso, foram usados adubos orgânicos e químicos, seguindo estritamente os indicadores da análise de solo, sem excesso de nutrientes”, explicou a pesquisadora.

“O custo com insumos foi reduzido e conseguimos uma produção 50% maior que a média da região, apenas com a adubação conforme a análise química. Os agroquímicos foram aplicados somente quando as pragas e doenças ofereciam risco de danos à lavoura, o que reduziu o seu uso. Normalmente o produtor calendariza a aplicação de fungicidas, inseticidas e adubos, o que não é economicamente viável, principalmente na nossa realidade atual”, disse.

DOAÇÃO – A doação das abóboras ao Banco de Alimentos da Ceasa foi possível graças ao esforço de todos os servidores e colaboradores do IDR-Paraná que trabalharam durante o ano passado, planejando e instalando o experimento. Uma outra parte da colheita foi destinada aos restaurantes do IDR-Paraná de Ponta Grossa, Londrina, Pato Branco e Santa Tereza do Oeste. Apenas algumas abóboras ficaram no Polo para a análise de qualidade do pós-colheita dos frutos.

Esta ação está em acordo com a missão do Instituto, que pretende prestar serviço integrado de pesquisa, experimentação agrícola e extensão para a expansão da produção de base de agroecológica na produção de alimentos com alta qualidade e sustentabilidade ambiental. Além disso, a iniciativa atende aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

Hashtag:
feed-image
SICREDI 02