Deixar de usar agrotóxicos em um cultivo não é o suficiente para que ele seja considerado orgânico.
Mais do que isso, o agricultor precisa adotar uma nova forma de administrar a propriedade, levando em conta os cuidados com solo, água, áreas de mata nativa, práticas de manejo, destino do lixo e também as condições de trabalho das pessoas no meio rural.
Segundo André Luis Miguel, coordenador estadual do programa Agroecologia, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná), a certificação tem como objetivo assegurar para o consumidor que as normas e os princípios foram seguidos na produção dos alimentos.
“É uma garantia de que aquele produto que tem em mãos seguiu toda a legislação, que não foram utilizados agrotóxicos ou insumos químicos na sua produção, que foi produzido preservando o meio ambiente, promovendo a biodiversidade e respeitando os direitos trabalhistas”, afirma.
O agricultor ganha com a certificação, pois tem acesso a novos mercados e seu produto é mais valorizado. No entanto, muitos ainda enfrentam dificuldades para obter a certificação de suas propriedades. Além das exigências da legislação, eles reclamam do custo do processo.
O Governo do Estado conta com um programa que apoia aqueles interessados em conseguir a certificação – o Paraná Mais Orgânico. É uma iniciativa da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), junto com o IDR-Paraná, Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e universidades estaduais. O programa incentiva e facilita a regulamentação das propriedades, inclusive diminuindo os custos para os produtores. O Paraná Mais Orgânico é aberto à participação de todos os produtores.
CERTIFICAÇÕES – A certificação participativa está presente em 60% das propriedades com selo de produção orgânica no Paraná. Nesse modelo são formados os Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade (Opac), que funcionam como certificadores. Os Opac são compostos pelos próprios agricultores, técnicos e consumidores.
Os agricultores visitam uns aos outros, podendo compartilhar ideias e conhecimento para resolver os problemas que surgem durante a produção. O compromisso entre os integrantes do grupo assegura a qualidade dos produtos, pois se algum deles cometer uma inconformidade severa, todos perdem a certificação. Esse fator aumenta o controle interno e a segurança da produção.
A Rede Ecovida é a principal certificadora desse modelo no Estado e o valor para os produtores fica entre R$ 500 e R$ 700 por ano. “Na certificação participativa você aprende muito porque a ação se estende a outros grupos e é possível conhecer a experiência de outros produtores, aprender com a vivência que ainda não se tem. A certificação participativa educa o produtor. A Rede Ecovida me ensinou a trabalhar”, declarou Adair Andrade de Souza, produtor orgânico desde 1992.
Ele afirma que o custo da certificação não é alto, diante do benefício para o agricultor. “Sem a certificação eu não poderia vender os produtos como orgânicos. E esse processo coloca a produção num outro nível”, acentuou. Andrade produz alho e outras hortaliças vendidos em três feiras de Curitiba, além de entregar para a alimentação escolar.
AUDITORIAS – Outro modelo de certificação à disposição dos produtores é o selo concedido via auditagem, feita por empresas contratadas, pelo Tecpar e os Núcleos de Agroecologia distribuídos pelo Estado (a Estação Agroecológica CPRA, em Curitiba; o IDR-Paraná de Ivaiporã e sete universidades estaduais), responsáveis pelas auditorias. Esse modelo corresponde a 40% das propriedades certificadas no Estado.
Além disso, há outras empresas, como o Instituto Biodinâmico (IBD) e o Ecocert, que fazem o mesmo trabalho. Nesse modelo, o produtor recebe a visita de profissionais que verificam se a propriedade está seguindo todos os preceitos da produção orgânica e indicam as adequações a serem feitas para que consiga a certificação. Os produtores também contam com a orientação dos extensionistas do IDR-Paraná para colocar em prática os fundamentos da agricultura orgânica.
Os agricultores atendidos pelo programa Paraná Mais Orgânico conseguem a certificação pelo Tecpar de forma gratuita. Mas, para outros produtores, o custo do processo feito por auditagem pode se situar entre R$ 1.500 e R$ 2.000 por ano.
Os valores variam de acordo com o tipo de produção (vegetal, animal ou agroindustrial), área cultivada e, principalmente, da necessidade de deslocamento do auditor. “É possível conseguir valores menores, até uns R$ 800 por ano, mas aí são grupos de produtores que dividem os custos das despesas com o auditor”, explicou André Luis Miguel.
Para o agricultor que deseja produzir orgânicos e vender em circuitos curtos (feiras, compras institucionais e venda direta ao consumidor), a melhor alternativa é participar de uma Organização de Controle Social (OCS). Nesse caso, o produtor não tem a certificação mas, por meio de um registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, consegue comprovar que segue os preceitos da produção orgânica.
APRENDIZADO – Na opinião de Paulo Lizarelli, coordenador do Núcleo Vale do Ivaí do Programa Paraná Mais Orgânico, a certificação ainda é um entrave para muitos produtores, não só pelos custos, mas porque exige uma mudança de atitude. “A partir do momento em que o agricultor decide trabalhar com a produção orgânica ele vai ter que aprender novas tecnologias, adequar equipamentos, adaptar a propriedade para atender a legislação, tem que saber quais produtos e insumos pode usar, terá que registrar todas as operações feitas na propriedade e apresentar documentos”, enumerou. “Nem sempre o agricultor domina esse conhecimento e é nesse ponto que o programa Paraná Mais Orgânico pode ajudar.”
Até receber o certificado de produtor orgânico, o agricultor passa por um processo longo e intenso, que não se restringe a eliminar o agrotóxico na propriedade. Lizarelli explica que será preciso comprovar o uso somente de produtos e insumos permitidos por lei. Adubos químicos sintéticos de alta solubilidade e transgênicos são proibidos na produção orgânica.
A área com agricultura orgânica deve ser isolada por barreiras para evitar a contaminação por agrotóxicos ou pólen de plantas transgênicas de outras propriedades. É preciso mudar o perfil da gestão da propriedade, ter um plano de manejo, determinando qual a área destinada à produção orgânica e que produtos serão cultivados. É necessário também ter um caderno de campo onde se anotam todas as operações feitas na propriedade como a aplicação de insumos (quantidade, data, custos), destino do lixo, e outras.
Se tiver irrigação, é preciso possuir a outorga da água, emitida pelo Instituto Água e Terra (IAT), documento que autoriza o uso de águas superficiais ou de poços. Os pequenos produtores podem conseguir a dispensa desse documento. Essa exigência vale também para a água usada na lavagem dos produtos.
Júlio Bittencourt, do IDR-Paraná de Curitiba, lembra, também, que nos sistemas orgânicos tudo está relacionado. “Solo, água, plantas, organismos e o que o agricultor realiza de práticas agrícolas interfere em todos esses elementos e fatores”, afirmou. Ele acrescenta que o confinamento de animais, por exemplo, não é permitido no modelo orgânico.
Áreas de pastagem devem ter árvores para fazer o sombreamento dos animais e, se o rebanho recebe ração, 80% do volume precisa ser orgânico e sem transgênicos. André Luis Miguel destacou, ainda, que para conseguir a certificação, o produtor deve observar questões sociais e trabalhistas, além de implementar ações de preservação dos recursos naturais.
IDEOLOGIA DO BEM – Cleber Cristiano Gasparin tem propriedade em Rio Branco do Sul, onde cultiva hortaliças no sistema orgânico desde 1999. Ele vende a produção em feiras e mercados e também entrega para empresas. Para o produtor, a certificação é fundamental no comércio. “O maior ganho é ficar livre dos agrotóxicos, tanto para nós produtores como para os consumidores. E isso não tem preço”, destacou o agricultor.
Gasparin afirmou que o processo para conseguir a certificação não foi complicado. “No começo foi difícil para a gente se adequar, você acha que não vai conseguir produzir e, no final das contas, você consegue”, disse Gasparin. “Uma das partes mais complicadas é a burocracia, fazer anotação no caderno de campo: o que plantou, o que colheu. É muita informação. Trabalha e anota tudo, o tempo todo”, completou.
Na opinião de Adair de Souza, os inúmeros encontros exigidos para a certificação participativa leva o produtor a se identificar com o que ele chama de “ideologia do bem”. “Trabalhamos todos os aspectos da produção, aprendemos a não separar o homem da terra, a produzir e deixar a propriedade em harmonia para as novas gerações, porque se o homem se separar da terra ele só causa destruição”, afirmou o produtor.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde recebeu nesta semana 100 monitores Lifetouch, no valor de R$ 2.415.642.
Os equipamentos vão ajudar a fortalecer as redes de saúde do Paraná, em especial para a recuperação e tratamento dos pacientes acometidos pela Covid-19. O monitor de sinais vitais multiparamétrico é responsável por indicar em tempo real os sinais vitais do paciente, possibilitando o acompanhamento e evolução do quadro clínico através de informações quantitativas.
A doação acontece após parceria entre o Ministério e a empresa Lifemed, por meio do programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que visa ampliar o acesso a medicamentos, produtos e equipamentos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde.
“Esses são equipamentos de última geração, com todos os recursos tecnológicos, o que será fundamental principalmente no cenário pós-pandemia, com políticas públicas voltadas para um grande número de paranaenses. Agradecemos imensamente esse gesto do Ministério da Saúde, que sempre foi um grande parceiro do Estado do Paraná”, disse o diretor de gabinete da Sesa, César Neves, que recebeu os aparelhos na Coordenação de Material de Patrimônio (Comp).
“É com grande satisfação que realizamos a entrega destes monitores. É mais um aceno da grande parceria entre o Ministério da Saúde e o Paraná. São aparelhos com alta capacidade tecnológica e que melhoram e expandem o atendimento aos pacientes, principalmente no pós-Covid”, reforçou a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde, Adriana Melo Teixeira.
por - AEN
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), investirá mais de R$ 36 milhões na Rede de Atenção Materno Infantil visando o fortalecimento dos protocolos assistenciais e a responsabilidade do cuidado compartilhado.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (24), em Curitiba, no Seminário de Atualização da Linha de Cuidado Materno Infantil.
“Com estes investimentos estamos dando mais um passo no desenho de uma rede de assistência referencial às gestantes do Paraná”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Tudo isso só foi possível porque lá atrás o governador Ratinho Junior nos confiou a missão de regionalizar a saúde e levar o serviço mais perto das pessoas”.
O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Ariel Karolinski, destacou o Paraná por priorizar o cuidado materno infantil. “A redução da mortalidade materno infantil no Paraná é resultado de diversos investimentos. A OPAS e a Organização Mundial da Saúde se colocam à disposição para ajudar o Paraná a se tornar um estado cada vez com mais saúde e bem-estar para todas as mães, bebês e crianças”, disse.
O seminário também serviu para revisar e atualizar a Linha de Cuidado Materno Infantil (Linha Guia), que é um trabalho multidisciplinar integrado, envolvendo um conjunto de ações de gestão assistenciais e que tem como objetivo garantir assistência à gestação, ao parto e ao puerpério das mulheres paranaenses e a saúde e desenvolvimento dos bebês até dois anos de idade.
Esta é a 8ª edição do documento Linha Guia, construído de forma ascendente e participativa, de acordo com o Planejamento Regional Integrado (PRI) e a Planificação da Atenção à Saúde (PlanificaSUS). A revisão da Linha Guia foi coordenada pela Divisão de Atenção à Saúde da Mulher, em conjunto com profissionais da Atenção Primária, Ambulatorial Especializada e Hospitalar, além de técnicos e profissionais da área.
O documento tem a aprovação do Conselho de Secretarias Municipais do Paraná (Cosems). “Este seminário atualiza alguns gargalos dentro de um tema tão importante que é a celebração de uma nova vida. O Paraná é diferenciado em vários aspectos no atendimento materno-infantil, graças a grandes investimentos por parte do Governo”, disse o presidente da entidade, Ivoliciano Leonarchik.
INVESTIMENTOS – Os investimentos anunciados nesta quinta incluem equipamentos de última geração, como 14 sistemas e equipamentos de ultrassom, dois conjuntos de endoscópicos, torre de laparoscopia, 20 computadores para os Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar e recursos para aquisição de ultrassons para Atenção Primária à Saúde, repassado diretamente para os municípios. Somados, esses recursos chegam a R$ 18,67 milhões.
Foram contemplados o Hospital Regional do Litoral (HRL), Hospital do Trabalhador, Instituto Virmond, Santa Casa de Paranavaí, Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná, Hospitais Regionais de Telêmaco Borba e do Sudoeste e os Hospitais Universitários dos Campos Gerais, do Oeste do Paraná, de Maringá e de Londrina.
Neste ano, também foi anunciado o projeto de reforma da Maternidade Maria de Lourdes Elias Nunes, em Paranaguá, demanda antiga da região litorânea do Estado. Serão 1.634,78 metros quadrados de área construída, que fará interligação com o Hospital Regional do Litoral (HRL). O valor total da obra é de R$ 5,59 milhões. O governo estadual também anunciou o lançamento do futuro Ambulatório Médico de Especialidades do Litoral (AME) que funcionará como parte integrante do HRL. O investimento nesta obra é de R$ 6 milhões.
No seminário, o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque falou em nome das prefeituras. “Esta maternidade é esperada há mais de 15 anos. Teremos agora a oportunidade de atender não só os moradores de Paranaguá, mas de todo o Litoral. Além disso, o Ambulatório vai permitir que nossa população tenha atendimento especializado dentro da cidade. São praticamente R$ 11 milhões de investimento no nosso Litoral”, disse.
PARTOS DE RISCOS – Além disso, houve aumento no repasse para parto de risco habitual (de R$ 200,00 para R$ 400,00 por parto), partos de risco intermediário (de R$ 320,00 para R$ 640,00) e partos de alto risco (de R$ 100 mil/mês para R$ 120 mil ou R$ 130 mil/mês para cada hospital). Somente no ano passado, foram repassados R$ 7,6 milhões para estes serviços e agora o repasse deve ultrapassar R$ 13,2 milhões – acréscimo de mais de R$ 5,59 milhões.
Para qualificar ainda mais o serviço, o Estado também investiu na bolsa de pós-graduação de enfermagem obstétrica, ofertada pela Escola de Saúde Pública do Paraná, passando de R$ 399,6 mil para R$ 492,7 mil (10 bolsas) e especialização em enfermagem obstétrica, com previsão orçamentária de R$ 267,3 mil para 40 alunos, durante todo o curso. Ao todo, serão R$ 760 mil em especializações.
PRESENÇAS – Participaram do evento o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Junior; o diretor de Gestão em Saúde, Vinícius Filipak; o chefe de gabinete, César Neves; a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes; o diretor da Escola de Saúde Pública, Edevar Daniel; a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak; o presidente da Funeas, Marcello Machado; a representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Maria José Oliveira Evangelista; a representante do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), Sandra Lia Leda Bazzo Barwinski; a conselheira do Conselho Estadual de Saúde do Paraná, Vivian Biazon El Reda Feijó; o representante da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa), Charles London; a vice-presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Nacional, Márcia Regina Cubas; o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná, Wilmar Mendonça Guimarães; a presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Paraná, Patrícia Rossafa Branco; o presidente do Conselho Regional de Odontologia do Paraná, Guilherme Fernandes Graziane; o diretor-geral da Paraná Edificações, Marcus Tesserolli; a enfermeira e chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher, Carolina Poliquesi, além de profissionais de Saúde das 22 Regionais e gestores municipais e estaduais.
Por - AEN
O setor produtivo de grãos (soja e milho e trigo) pode ganhar novo fôlego com a execução do projeto da Nova Ferroeste.
Essa é a aposta da diretoria da Associação das Empresas Cerealistas do Paraná (ACEPAR), que esteve reunida quinta-feira (24) com parte da equipe do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário. O presidente da entidade, Alberto Araújo, entregou ao coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, uma carta de apoio ao projeto.
A Nova Ferroeste é um projeto do Governo do Paraná que vai ligar o Porto de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, por trilhos. Ao todo serão 1.304 quilômetros, que vão cortar o Oeste do Paraná, celeiro da produção de grãos. Um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu vai permitir a captação de carga do Paraguai e da Argentina. Outra ligação de Cascavel com Chapecó, em Santa Catarina, está em fase de estudos.
“Os cerealistas representam quase 35% da produção do agronegócio paranaense. Um dos eixos do projeto sempre foi observar essa dinâmica do setor produtivo, razão pela qual o empreendimento é uma aposta entre os empresários”, disse Fagundes. “Com a redução do custo logístico as empresas vão poder fazer novos investimentos, isso também vai impactar o preço final dos produtos nas gôndolas”.
”Cada ano colhemos um volume maior e mais rápido de grãos, então precisamos de estruturas como as ferrovias, que são muito mais eficientes para escoar todo esse volume”, destacou o presidente da ACEPAR.
A entidade nasceu em 2003 e hoje congrega 27 empresas cerealistas do Paraná. Juntas, possuem 200 unidades de recebimento e estocagem de grãos, boa parte localizada próximo ao traçado da nova ferrovia. Países da Ásia e Europa são o principal destino da colheita paranaense. Só no ano passado a exportação representou 70% da movimentação entre os associados. “Com essa estrutura vamos poder programar melhor a exportação e a cadeia ganha como um todo”, reforçou Araújo.
Ele destacou que os associados comercializam em média 34% da safra de soja, milho e trigo colhida no Paraná. O principal atrativo do modal ferroviário frente ao rodoviário é o baixo custo. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) indicou que o valor do frete da Nova Ferroeste será quase 30% mais barato em comparação com o transporte rodoviário. Outro benefício será a eficiência. Hoje uma carga de Cascavel leva cinco dias para chegar a Paranaguá. A previsão é de que esse trecho seja percorrido em 20 horas na estrada de ferro.
NOVA FERROESTE – A Nova Ferroeste será o segundo maior corredor de grãos e contêineres refrigerados do País, o que deve transformar o Paraná num hub logístico da América do Sul por atrair parte da produção de países vizinhos como a Argentina e o Paraguai. Se estivesse em operação hoje, a ferrovia poderia transportar cerca de 38 milhões de toneladas de produtos, 26 milhões de toneladas seguiriam diretamente para o Porto de Paranaguá.
O projeto está no processo de obtenção da Licença Prévia Ambiental junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). As audiências públicas terão início no mês de abril. O projeto deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) no segundo semestre. O investimento é de R$ 29,4 bilhões. A empresa ou consórcio vencedor fará a obra e poderá explorar a ferrovia por 70 anos.
Por - AEN
Em reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB-PR) realizada nesta quinta-feira (24), gestores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e das secretarias municipais de Saúde aprovaram o início da vacinação da quarta dose de reforço contra a Covid-19 em idosos acima de 80 anos no Paraná.
A decisão seguiu a recomendação do Ministério da Saúde, anunciada nesta quarta-feira (23), por meio da Nota Técnica 20/2022.
Com a decisão, os 399 municípios paranaenses responsáveis pela aplicação das doses poderão vacinar os idosos assim que os imunizantes forem enviados pelo governo federal, direcionados para este público-alvo.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, participou da reunião, e disse que o processo de vacinação é dinâmico, e que seguir as recomendações dos órgãos competentes garante mais proteção à população. “Devemos estender a 4ª dose para população acima de 80 anos, mas estamos pleiteando no PNI que possamos estender para toda a população acima de 18 anos, de forma decrescente”, disse.
“Esperamos as doses que o Ministério da Saúde irá nos mandar. Os municípios são nossos parceiros e contamos com todos eles para efetuarem a busca ativa e que não deixemos de lado essa ação tão importante”, acrescentou.
Atualmente, o Paraná já aplicou 3.995.416 terceiras doses. Quase 80% da população também já foi vacinada com as duas doses ou a dose única (ciclo completo).
OUTROS TEMAS – O setor de Imunização da Sesa também propôs uma oficina de multiplicadores para a vacina BCG, a ser replicada em todas as Regionais de Saúde, assegurando a busca ativa, para que nenhum recém-nascido deixe de ser imunizado nos primeiros dias de vida. Com a aprovação, por unanimidade, a capacitação terá início no dia 3 de maio.
“Esse tipo de pactuação é importante para todos os municípios. Estávamos com foco apenas na Covid-19, e agora temos de expandir novas ações para que outras doenças não tenham espaço no Paraná. Manter as crianças protegidas com o calendário vacinal em dia é fundamental”, disse o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Ivoliciano Leonarchik.
Também foi aprovada a nova Linha Guia de Cuidado Materno-Infantil do Paraná. Em sua 8ª edição, a proposta aumenta o valor do repasse para parto de risco habitual em 100% do praticado atualmente. Além desse aumento também foi anunciado o investimento de cerca de R$ 30 milhões na Rede de Atenção Materno Infantil.
Na mesma reunião, os membros da CIB aprovaram a indicação de hospitais do Estado para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, a homologação dos municípios que receberão a Telecardiologia, um serviço de telediagnóstico que disponibiliza laudos de eletrocardiograma online, além do custeio de ações de vigilância, prevenção e controle das Ist/Aids e hepatites virais, do grupo de Vigilância em Saúde.
PRESENÇAS – Da Sesa, participaram da reunião o diretor-geral Nestor Werner Junior; o chefe de gabinete, César Neves; o diretor de Gestão em Saúde, Vinícius Filipak; e a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes. Também estiveram presentes a 1ª diretora administrativa do Cosems e secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak; o 1º diretor financeiro do Cosems e secretário municipal de Saúde de Campo Mourão, Sérgio Henrique dos Santos; o conselheiro fiscal do Cosems e secretário municipal de Saúde de Bandeirantes, Wanderson de Oliveira; além dos diretores das 22 Regionais de Saúde do Estado e gestores municipais de Saúde.
Por - AEN
O Conselho dos Gestores Estaduais de Proteção e Defesa Civil (Congepdec) reuniu nesta quarta e quinta-feira (23 e 24), em Curitiba, os representantes pelas defesas civis de todos os Estados.
A abertura da 8ª reunião ordinária contou com a palestra da primeira-dama do Estado, Luciana Saito Massa, sobre as ações desenvolvidas em conjunto entre Defesa Civil e a Superintendência Geral de Ação Solidária. O procurador de Justiça do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Mayor Neto, falou sobre o direito envolvido nos desastres.
Estiveram presentes também o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Fábio de Souza Camargo.
A reunião teve como objetivo abordar temas de relevância para a proteção da população em ações de defesa civil, compartilhando experiências, boas práticas e dificuldades que cada estado enfrenta dentro de suas especificidades.
Uma das experiências trazidas na reunião foi o atendimento ao desastre ocorrido em Petrópolis (RJ), abordando as formas de alerta utilizados e a resposta das pessoas aos sistemas existentes, evidenciando novas atitudes que devem ser focadas e englobadas pelos estados para que a população possa sobreviver aos impactos das mudanças climáticas. Representantes da Defesa Civil do Paraná participaram das ações de resgate no Rio de Janeiro.
Também foram apresentadas tecnologias que podem ser utilizadas para registrar ocorrências e emergências de defesa civil, novas legislações federais acerca do atendimento aos desastres e metodologias que a serem adaptadas por cada ente federativo para suas realidades. "Esta troca de experiências permitiu potencializar as melhorias nas ações de proteção e defesa civil que têm sido implementadas", afirmou o coronel Fernando Schunig, coordenador estadual da Defesa Civil.
REFERÊNCIA – A Defesa Civil do Paraná é reconhecida como uma das referências nas ações de proteção e defesa no Brasil, tendo informações compiladas e disponíveis através do SISDC (Sistema de Defesa Civil), uma ferramenta informatizada premiada pela ONU em 2015 como o melhor sistema institucional de controle das Américas. O prêmio foi recebido na conferência de Sendai, no Japão.
MEDALHA DE DEFESA CIVIL – Na cerimônia de abertura foi entregue a Medalha de Mérito da Defesa Civil ao presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Fábio de Souza Camargo, e ao procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Mayor Neto, em reconhecimento às ações que auxiliaram na estruturação e desenvolvimento da Defesa Civil no Estado e de suas ações de proteção da população.
Por - AEN








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