Paraná ganha mapa estadual de feiras orgânicas e agroecológicas

O material foi reunido com ajuda de servidores, prefeituras, entidades do setor e bases de dados já disponíveis em mapas nacionais. Antes da publicação, as informações passaram por processo de checagem para que se garantisse a atualidade dos dados.

O Sistema Estadual da Agricultura (Seagri), formado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e órgãos vinculados, disponibiliza a partir desta sexta-feira (15) um mapa de feiras de produtos orgânicos e agroecológicos no Paraná. A ferramenta, disponível no site da Seab, contém datas, horários e endereços.

O material foi reunido com ajuda de servidores, prefeituras, entidades do setor e bases de dados já disponíveis em mapas nacionais. Antes da publicação, as informações passaram por processo de checagem para que se garantisse a atualidade dos dados.

A comercialização é uma das principais dificuldades dos produtores orgânicos. Com a pandemia, que causou a suspensão de diversas feiras, a renda dos produtores foi prejudicada. Por outro lado, cresceu a demanda dos consumidores por alimentos mais saudáveis. A ampla divulgação pode colaborar para que esses espaços se popularizem ainda mais, contribuindo para o fomento da agricultura orgânica paranaense.

A ferramenta, desenvolvida com apoio da Celepar (Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná), é colaborativa. Organizações de produtores, entidades e consumidores estão convidados a enviar informações sobre outras feiras que ainda não estejam registradas no mapa.

O lançamento do serviço é parte da série de reportagens sobre agricultura orgânica no Paraná, que iniciou em março e encerrou nesta sexta. A série percorreu o sistema de "compra por assinatura" de produtos orgânicos; o Coopera Paraná e o Compra Direta Paraná, voltados a promover renda; pesquisas do IDR-Paraná que ajudam a inserir tecnologia na produção; o comitê do Governo do Estado que estimula a inserção de orgânicos nas merendas; o impulso e a grande rede de certificação do Paraná; e um panorama regional dessa cadeia, que promove saúde pública e é um braço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Estado.

 

 

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Estado e produtores formulam programa para agregar mais valor ao mate e ao pinhão

Lideranças locais e produtores de mate e pinhão de São Mateus do Sul e outros 12 municípios da região Centro-Sul do Paraná participaram de um encontro com representantes do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS).

 Elaborado pela Invest Paraná, vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, e executado em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR Paraná), com diversas secretarias estaduais e instituições, o programa VRS busca direcionar produtos paranaenses sustentáveis e com valor agregado aos mercados nacional e internacional. O encontro aconteceu nesta terça-feira (12). 

“Este é um programa que busca valorizar os produtos locais, resgatando a história da comunidade e da produção, envolvendo também o fomento ao turismo e, especialmente, agregar valor dentro da cadeia de produção”, explicou o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco. Eles destacou que o VRS foi lançado como alternativa para a retomada econômica pós-pandemia da Covid-19.

Inspirado em experiências já implantadas na Alemanha e no Japão, o programa incentiva as cadeias de valor e busca abrir mercados a produtos típicos paranaenses, produzidos de forma sustentável e de maneira tradicional, especialmente no ramo da alimentação.  De acordo com o gerente de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Bruno Banzato, o programa é desenvolvido em várias etapas, sendo uma delas a conversa com as lideranças e produtores locais. “Trata-se da fase de diagnóstico. Após essa etapa, será elaborado o plano de ação”, disse.

Ele explicou que a primeira fase do trabalho gera apontamentos por parte dos produtores, que são levados em consideração para o objetivo final, que é aumentar a qualidade e o valor desses produtos. “O foco é agregar mais renda aos produtores, que estão na ponta da cadeia de comercialização”, completou Banzato.

O VRS também é desenvolvido no Litoral do Estado, com os produtos derivados da Mata Atlântica, e em Campo Mourão (Centro-Oeste), com foco na tecnologia para a produção de eletromédicos e produtos hospitalares. O programa trabalha, conjuntamente, a valorização de produtos e a promoção do turismo regional.

Em outra etapa está prevista a promoção desses produtos em estações de estrada (Michi no Eki). Os locais devem ser instalados para recepção de turistas e promoção dos produtos e das atrações locais. O projeto foi inspirado em estruturas já existentes no Japão, na província de Hyogo.

POTENCIAL – Na região Centro-Sul, o potencial identificado foi com o pinhão e o mate, ambos com produção caracterizada pelo manejo sustentável. A valorização do mate já foi debatida em dezembro do ano passado, durante o 10º Fórum Institucional da Cadeia Produtiva da Erva-Mate, no campus da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) em Irati. A promoção dos produtos na região Centro-Sul conta com a parceria do IDR-Paraná.

O presidente da Associação dos Amigos da Erva-Mate de São Mateus (IG-Mathe), Fernando Vaccari Toppel, explica que a região tem um diferencial por produzir o mate em consonância com a vegetação nativa, como araucárias e imbuia. “As características da região, como condições climáticas, precipitações, solo, e as condições em que a planta está inserida trazem um produto de diferente qualidade”, destacou.

O Centro-Sul do Paraná já vende para outras regiões do País para fazer o blend, produto usado para suavizar o sabor dos derivados do mate. “Temos a única indicação geográfica para erva-mate do país, pelo Instituto Nacional de propriedade Industrial (INPI). Para isso, foi preciso elaborar um dossiê de mais de mil páginas para comprovar essa notoriedade. E isso não quer dizer que temos apenas um produto único, mas que é diferenciado”, completou Toppel.

A prefeita de São Mateus do Sul, Fernanda Sardanha, destacou que em 2020 o IBGE divulgou uma estimativa de produção de 90 mil toneladas no município. Em 2021, a previsão é de 100 mil toneladas. “A região representa quase 20% da produção nacional. Em São Mateus do Sul chamamos de ouro verde, com festas típicas e onde tudo é trabalhado de forma organizada, buscando esse protagonismo”, disse.

A cidade possui em torno de 10 empresas que atuam na comercialização do mate, com exportação, e várias já caminhando para isso. “O programa VRS é importante para valorizar desde o manejo até o fortalecimento da agricultura familiar como alternativa de renda. Hoje temos mais de 5 mil pequenos agricultores familiares, sendo a maioria produtora de mate”, completou a prefeita.

PINHÃO – O Paraná também tem como símbolo a Araucária. O pinhão, fruto da árvore nativa, possui grande valor de mercado. Segundo dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o Centro-Sul do Paraná é a principal região onde estão localizadas as araucárias. O Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura de Guarapuava, composto por dez municípios, concentra aproximadamente 37% da produção estadual de pinhão.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por -AEN

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Com aumento de casos, Estado estuda reforçar campanhas contra a dengue

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou nesta quarta-feira (13) a primeira reunião do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue no Paraná, do período epidemiológico 2021/2022.

O encontro, que envolveu diversas secretarias e órgãos do Estado, além de representantes do Serviço Social do Comércio (Sesc/PR), teve como finalidade propor um balanço e ampla análise das medidas já adotadas para o combate do mosquito, considerando também a atual situação da doença e possíveis novas ações.

O secretário de Estado da Saúde, César Neves, destacou a importância do encontro e o alinhamento das ações. “Estamos notando um grande aumento nos casos em um período não sazonal, já se aproximando do inverno. Diante desse diagnóstico é importante manter o alinhamento entre as secretarias e os órgãos do Estado para que possamos combater essa doença da maneira mais efetiva possível”, assinalou.

O boletim semanal da dengue, divulgado nesta terça-feira (12), confirma mais três óbitos, totalizando cinco mortes pela doença neste período epidemiológico (de 1º de agosto de 2021 a julho de 2022). Também foram confirmados mais 4.882 casos, somando 16.560 confirmações. São 12.465 novas notificações, totalizando 65.040 registros em 360 municípios (sete a mais do que o anterior). Há ainda, 19.051 casos em investigação.

A coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, apresentou o quadro epidemiológico do Estado e enfatizou a necessidade de reforçar as campanhas. “O Paraná tem registrado uma expansão alarmante dos casos de dengue. Estamos monitorando todos os municípios, principalmente as áreas com maior incidência. É imprescindível fortalecer as campanhas de enfrentamento neste momento para que tenhamos maior adesão nesse combate”, avaliou.

SESC – Com a campanha “Aqui o mosquito não entra”, iniciada em 2021, o Sesc/PR propôs a criação de um aplicativo para que as pessoas registrem suas ações diárias de combate à doença, sobretudo pela eliminação de focos. A estratégia teve como objetivo conscientizar sobre áreas como saúde e meio ambiente. Para participar da atividade basta fazer o download do aplicativo Sesc. O passo a passo pode ser conferido AQUI.

“Essa estratégia garantiu engajamento em todos os municípios do Estado, unindo informação, ação e interatividade. As ações integradas à Sesa e as Regionais de Saúde são fundamentais para que possamos conscientizar o maior número de pessoas”, afirmou a representante do Sesc, Suelen Costa.

Durante a reunião, a Assessoria de Comunicação da Sesa pontuou ações realizadas desde 2019, além de novas propostas para intensificar a campanha “Paraná contra a Dengue – Mude sua atitude”. Com forte presença midiática, a Sesa tem expandido o alcance e divulgação de materiais tanto de ordem impressa como digital.

PRESENÇAS – Também participaram da reunião Liana Bacil, representando a Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social do Estado (Sudis); Orlando Bonetti, pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas (Sedu); Carlos Mário Pereira, da Casa Civil; Hernani Bergossi, da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná; Ricardo Hoffman, da Casa Militar; Silvio dos Santos, da Secretaria de Estado da Segurança Pública; Gerson Cândido Rocha, da Defesa Civil; Ediane Mance, do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde; e Isael Pastuch, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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Boletim agropecuário analisa impacto do reajuste do trigo no preço do pão francês

Pelo terceiro mês seguido, o quilo do pão francês se manteve acima de R$ 10,00. Mas poderia ter ultrapassado R$ 16,00, caso o reajuste tivesse acompanhado o mesmo índice que encareceu o trigo em grão.

Esse é um dos assuntos analisados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 8 a 14 de abril.

De acordo com o levantamento do Deral, em dezembro de 2021 o quilo do pão francês no Paraná custava, em média, R$ 9,94 para o varejo. No primeiro mês de 2022, houve um reajuste de 2% e passou a R$ 10,13. Em fevereiro, subiu para R$ 10,26 e, em março, se elevou em 3% passando a custar R$ 10,54 o quilo. Comparando com março de 2021, o pão mais consumido pelo brasileiro custa 7% a mais. Naquele mês, o levantamento apontava R$ 9,87.

Ainda que o reajuste tenha sido inferior à inflação dos últimos doze meses, que ficou em 11%, de acordo com o IPCA, há preocupação no setor, pois o estudo mostra um descompasso dos preços desde o início da pandemia.

Se o parâmetro comparativo for março de 2019, o preço do pão francês subiu 28%; o das farinhas, 63%; e os do trigo em grão, mais de 100%. Ou seja, se o aumento seguisse esses índices, o pão francês superaria os R$ 13,00 comparativamente com as farinhas e ultrapassaria R$ 16,00, caso acompanhasse o do trigo.

FEIJÃO E MANDIOCA – O boletim também analisa a produção de feijão no Estado. Com condições climáticas adversas, a primeira safra teve redução de aproximadamente 30% em relação à estimativa inicial e fechou com 195 mil toneladas. Já a segunda safra começa a preocupar os produtores em razão das chuvas constantes, que provocaram queda de 92% para 86% nas plantações consideradas boas no campo.

Os produtores de mandioca estão, em sua maioria, no trabalho de colheita do produto. Até o final de março, 20% da área de 131 mil hectares tinha sido colhida. Essa tarefa, no Paraná, é quase toda feita de forma manual. A prática é uma das razões pelas quais está havendo redução de área no Estado, visto que a mão de obra está cada vez menor.

FRUTAS E PECUÁRIA – O documento traz, ainda, uma análise sobre a cultura do caqui em termos mundiais, brasileiro e paranaense. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em 2019 foram produzidas 4,7 milhões de toneladas da fruta no mundo. O Brasil é responsável por 168,7 mil toneladas. O Paraná responde por 6,2% desse volume. Em 2020, o Estado produziu 9,8 mil toneladas.

No caso da pecuária, o registro é de suave queda no preço da arroba bovina nos últimos dias. Com o retorno das chuvas e melhoria das pastagens, a tendência é a redução dos custos com alimentação do rebanho, encurtando a permanência no pasto, o que reflete nos preços pagos pelos frigoríficos.

OUTROS PRODUTOS – O boletim também fala sobre a evolução no custo de produção de frango no Estado, que tem na alimentação o principal insumo. Em relação à soja, o documento registra que a colheita já atingiu 94% da área semeada, enquanto o plantio da cultura do milho já está encerrado, atingindo 2,69 milhões de hectares.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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