Nova lei moderniza mercado de gás natural no Paraná

O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta segunda-feira (30) a lei estadual (Lei Complementar 247/2022) que incorpora na legislação a Nova Lei do Gás, do governo federal.

A proposta do Executivo prevê a abertura de mercado na área, permitindo que mais consumidores possam contratar seu suprimento de gás natural diretamente com os agentes supridores.

Na prática, os usuários que utilizam a partir de 10 mil m³ por dia de gás natural poderão migrar para o mercado livre e contratar seu suprimento de forma direta, cabendo à Compagas, estatal estadual, apenas a remuneração pela distribuição do energético. Para as termoelétricas, poderão ser comercializados a partir de 100 mil m³ de gás por dia.

O mercado livre de gás natural será regulamentado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agepar), com base nas diretrizes da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o que pode derrubar o preço do insumo, aumentando a competitividade da indústria paranaense.

Além disso, a mudança também deve evitar a concentração de mercado e ampliar a concorrência, promovendo a entrada de novos fornecedores ao setor. 

 “Estamos indo para um mercado livre de gás natural, um ambiente jovem, muito recente, e o Paraná está se colocando de forma bem moderna nesse tema, ampliando a concorrência e trazendo ganhos e redução de custos para o consumidor final”, explicou o economista Marcelo Curado, representante da Casa Civil no Comitê Intersecretarial do Plano Estadual do Gás.

A nova lei também aponta revisão tarifária nos próximos anos. "As revisões tarifárias periódicas passarão a acontecer a cada cinco anos. É uma modernização regulatória e que acompanha o que já acontece em outros estados, inclusive em outros setores ligados à infraestrutura. Além disso, num prazo maior é possível aperfeiçoar o planejamento da distribuidora e conciliar uma agenda regulatória mais eficiente, e também proteger o mercado consumidor de atualizações muito frequentes”, complementou.

NOVA LEI DO GÁS – A lei federal 14.134/2021, chamada de Nova Lei do Gás, estabelece um novo marco legal no setor, com o objetivo de aumentar a concorrência e os investimentos. Ela também incorpora o regime de autorização para novos gaseodutos, nos mesmos moldes do modelo ferroviário. Essa nova lei exige que que ume empresa ofereça acesso a terceiros às suas infraestruturas e atualiza a norma vigente até então, de 2009.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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Com qualidade sanitária reconhecida, carne paranaense está competitiva, afirma secretário

Após 50 anos de construção de um sistema sólido de sanidade agropecuária, que incluiu campanhas regulares de vacinação, muito diálogo com produtores e a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o Estado finalmente conquistou o status de área livre de febre aftosa sem vacinação.

A chancela da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) completou um ano no último dia de 27 de maio e já traz reflexos na agropecuária do Paraná, o maior produtor de proteína animal do País.

Em entrevista para a Agência Estadual de Notícias (AEN), o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destaca o que o Estado tem feito atualmente para garantir a abertura de novos mercados para a carne e outros produtos de origem animal oriundos do Paraná. Já refletindo esse reconhecimento, o Estado conta com investimentos bilionários de cooperativas e frigoríficos nos diferentes segmentos pecuários.

“Todo o movimento para obter a certificação foi feito para vender os produtos paranaenses. Temos produção, qualidade e, agora, condição sanitária reconhecida, o que amplia a capacidade competitiva contra nossos concorrentes”, destaca Ortigara.

Para a manutenção desse status, o Governo do Estado atua fortemente na vigilância dos rebanhos, fortalecendo a estrutura de fiscalização da Adapar e promovendo a atualização dos plantéis junto aos produtores rurais. Em meados de maio, foram nomeados os novos profissionais para trabalhar na agência e também foi divulgado um novo edital para a contratação de técnicos agrícolas para reforçar a fiscalização.

 “É muito relevante não relaxar na vigilância, no monitoramento e na ação técnica para sustentar o conceito de área livre”, ressalta o secretário. “Foi um esforço feito ao longo de décadas, que ganhou consistência com a articulação institucional que visava essa conquista, voltada justamente para a vender nossa grande produção. O produto que se origina de uma área livre da enfermidade mostra ao mundo uma cara limpa, organizada e sinaliza que o serviço sanitário funciona”.

O que significa para o Estado ter alcançado o reconhecimento sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação?

Há um ano, o Estado conquistou, perante a OIE, o certificado de área livre de febre aftosa e foi reconhecido como uma unidade autônoma livre da peste suína clássica. Foram dois movimentos importantes que sinalizam a oportunidade de crescermos no comércio internacional de venda de produtos animais. Foi um esforço feito ao longo de décadas, que ganhou consistência com a articulação institucional que visava essa conquista, voltada justamente para a vender nossa grande produção.

O Paraná é o maior produtor e exportador nacional de frango. A espécie não é suscetível ao vírus, mas o produto que se origina de uma área livre da enfermidade mostra ao mundo uma cara limpa, organizada e sinaliza que o serviço sanitário funciona. O Estado é também líder na produção de peixe, é o segundo maior produtor de suínos – mercado em que temos espaço para crescer de 50% a 70% com novos investimentos – e de laticínios, que era um espaço que não disputávamos no mercado mundial justamente por causa da vacinação. Com isso, mega empresas estão investindo no Paraná já de olho nesse mercado.

O que avançou na produção e na comercialização dos produtos agropecuários desde então?

O que temos feito agora é exercitar um pouco mais nossa habilidade comercial. Existe uma grande aproximação entre os governos estadual e federal e empresas daqui para prospectar novos negócios em outros países. Queremos construir uma relação comercial duradoura e confiável com parceiros internacionais. Em novembro, iremos em uma missão internacional até o Japão, um grande mercado, para fazer essa prospecção. O mesmo ocorreu no ano passado, em Dubai, para ampliar a relação com o Oriente Médio. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também atua nesse sentido, buscando novos negócios com o México e o Canadá. Também há oportunidades no Leste Asiático e na Europa, que queremos conquistar com a nossa produção competitiva, de qualidade e sanitariamente adequada.

A manutenção desse status é fundamental na prospecção de novos mercados. O que tem sido feito atualmente?

É muito relevante não relaxar na vigilância, no monitoramento e na ação técnica para sustentar o conceito de área livre. Estamos reforçando nosso apelo junto a organizações locais e aos conselhos municipais e intermunicipais de sanidade agropecuária, porque é um interesse comum de produtores, agroindústrias e do governo. Estamos fortalecendo a capacidade de intervenção do Estado com a contratação de médicos veterinários e técnicos agrícolas para reforçar a estrutura da Adapar. Está em andamento a requalificação do plano de carreira dos fiscais agropecuários e dos técnicos auxiliares da fiscalização, além de investimentos em tecnologia para o uso de ferramentas mais modernas, como câmeras e drones, para manter a vigilância no campo. Contamos com a parceria das Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, principalmente em zonas de fronteira, para coibir contrabando ilícito e fiscalizar o trânsito de animais. Temos, ainda, um fundo de indenização com R$ 84 milhões para uma eventual intervenção. As condições estão estabelecidas para evoluirmos no comércio.

Como é feito o monitoramento junto aos produtores?

Passamos a exigir do produtor, de forma simplificada, a declaração de rebanho, que é feita uma vez por ano e sem custos. Apostamos na confiança de que os agricultores vão cadastrar seus plantéis. É uma ferramenta de planejamento, que permite intervenções eficazes caso tenhamos alguma recaída. Por isso, é necessário declarar todos os animais que existem na propriedade: bois, búfalos, ovinos, caprinos, galinhas, coelhos, suínos, cavalos, mulas, asininos, produção de mel e de peixe. O cadastramento pode ser feito pela internet, nas Unidades Regionais de Sanidade Agropecuária da Adapar ou nos sindicatos credenciados. Há penalidades caso a atualização não seja feita, com a aplicação de multa e a não emissão da Guita de Trânsito Animal (GTA).

Como estão a confiança do setor produtivo e os investimentos dos frigoríficos e agroindústrias no Estado?

Há vários investimentos em andamento nos diferentes segmentos de proteína animal, tanto na expansão de frigoríficos existentes como na implantação de novos empreendimentos. Entre os destaques estão algumas das maiores empresas do setor, como o frigorífico de porcos da Frimesa, em Assis Chateaubriand, que será o maior da América Latina e vai abater até 15 mil suínos por dia quando estiver em pleno funcionamento. Em Rolândia, está em construção a maior fábrica de empanados de frango da América Latina, um investimento de R$ 1,8 bilhão da JBS. Em parceria com o Estado, a Agro Laranjeiras investe R$ 30 milhões para viabilizar a produção de 980 mil leitões por ano, com mais de 30 mil matrizes produzindo. Em São Jorge d’Oeste, a Piracanjuba está implantando a maior fábrica de queijos do Brasil. São pequenos, médio e grandes empreendimentos em todo o Estado.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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Segurança Pública reúne servidoras para discutir aspectos da saúde materna

O Maio Furta-Cor, campanha de promoção e atenção à saúde mental materna, foi tema do seminário “Eu cuido da vida - policial, mulher e mãe”, que ocorreu nesta segunda-feira (30) no auditório da Secretaria da Segurança Pública (Sesp), em Curitiba.

O evento contou com a participação de mais de 100 mulheres, entre policiais e servidoras das unidades da Sesp, e foi promovido pelo Programa Prumos.

Com o objetivo de sensibilizar a população para a causa da saúde mental materna, a escolha do mês não foi ao acaso. Maio é celebração o Dia das Mães e, por isso, tido como um momento oportuno de fomentar discussões sobre as causas maternas e os índices de depressão, ansiedade e esgotamento. Burnout e sobrecarga materna foram alguns dos assuntos abordados.

A psiquiatra, pesquisadora e idealizadora da campanha, Patrícia Cristine Piper Ehlke, explica que o objetivo é olhar para a saúde da mulher. "Há décadas as mulheres têm sido responsabilizadas pelos cuidados dos filhos. Agora, é preciso olhar o cuidado sobre elas. Burnout e sobrecarga materna vêm justamente do excesso de funções e tarefas, além do sentimento de que a maternidade aparenta ser cada vez mais cercada de julgamentos, cobranças, sentimentos de culpa e insuficiência", afirmou.

“Além de policiais e servidoras da Secretaria da Segurança Pública, nós também somos mães e mulheres. Este é também um momento de escuta, de maneira profissional, com o suporte do Prumos, programa de saúde mental da Sesp”, afirmou a diretora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen) e organizadora do evento, Marilza Hack.

O Maio Furta-Cor ajuda a mostrar a todas as mães que é comum sentir medo, estar triste, se sentir cansada e ter dificuldade para conciliar todas as tarefas. "Mas, mais do que isso, ajuda a mostrar que essas mães não precisam encarar tudo isso sozinhas”, destacou o assessor civil da Sesp, delegado Leonardo Bueno Carneiro.

Para o diretor-geral do Departamento de Polícia Penal (Deppen), Francisco Caricati, a campanha é um marco para promover conscientização. “A saúde mental do policial já é um tema que precisa de muita atenção, e quando considerada a questão materna tudo se multiplica, uma vez que há um estigma social muito grande em relação a isso”, alertou.

DINÂMICA – Como parte da dinâmica, as participantes foram divididas em três grupos, sendo cada um mediado por uma psicóloga do programa. Na ocasião, as policiais puderam contar causos e experiências pessoais da profissão.

“Discutir estes assuntos é engrandecedor. Somos poucas mães e mulheres na instituição. Este é um grupo de apoio que temos e que podemos melhorar muito. A partir disso, sabemos que podemos nos fortalecer cada vez mais”, afirmou Simone Aparecida dos Santos Sidri, 3º sargento do Corpo de Bombeiros.

Mãe de uma menina de 14 anos e madrasta de um menino de 7, a cabo Vania Berbert, da PM, comemorou o evento. “Como mãe e profissional da Segurança Pública, vejo que todas nós passamos por isso em algum momento da vida e, quando estamos numa situação, acabamos nos sentindo sozinhas e sem saber que há outras mães precisando de apoio. Em casos assim, podemos nos unir e formar uma rede”, destacou.

 “Muitas vezes, a correria do dia a dia não deixa tempo para a gente olhar e pensar na gente. É uma abordagem salutar, necessária e que precisa ser levada para todas as forças policiais e unidades da Sesp, porque temos diversas servidoras nesta situação, que são mães, com ou sem marido, e que têm mais de uma jornada”, afirmou a policial penal e diretora da Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu - Unidade de Progressão (PFF-UP), Claudia Grignet Souto, que também é mãe de dois filhos, de 6 e 12 anos.

MAIO FURTA-COR – No mês de maio, a saúde mental materna ganha visibilidade em todo o Brasil. Com o nome Maio Furta-Cor, a campanha surgiu em 2021 com a ideia de dar mais atenção ao sofrimento mental de mulheres com a extensa demanda da maternidade.

PRESENÇAS – Também estiveram presentes no encontro o comandante-geral da PMPR, coronel Hudson Teixeira; a delegada Daniele Siregeli, representando o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach; o subcomandante-geral da PM, coronel Carlos Eduardo Cidreira; o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Júnior; o chefe de gabinete da SESP, coronel Nelson Ademar Piske; o assessor militar da SESP, coronel Waldick Alan de Almeida Garrett; e a coordenadora do projeto Mães de Farda, tenente Beatriz Carolina Gertz.

 

 

 

 

 

 

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Estado oferta curso para profissionais da Atenção Primária com foco na saúde mental

A saúde mental é tema de mais um curso iniciado nesta segunda-feira (30), na modalidade EaD, ofertado pela Secretaria de Estado da Saúde. Ele é direcionado para profissionais que atuam na estratégia da saúde da família e nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), ambulatórios e serviços ligados à rede de atenção psicossocial.

Com duração de seis meses, tem como objetivo ampliar o acesso ao tratamento dos pacientes e aumentar o campo de interação multiprofissional para intervenção adequada na Atenção Primária.

Para o secretário de Estado da Saúde, César Neves, o aperfeiçoamento nesta área é crucial para o atendimento no cenário pós-Covid-19. “O diagnóstico e o acolhimento do paciente devem ser feitos de forma assertiva. O curso terá um forte impacto na saúde mental dos paranaenses que precisam ou precisarão de atendimento adequado e humano”, disse.

Ao todo são 516 participantes que têm a oportunidade em aprofundar os conhecimentos sobre a saúde mental no contexto das políticas públicas, na organização do trabalho, na gestão do cuidado e de casos em saúde mental. A aula inaugural contou com a presença do professor da Universidade de São Paulo (USP) e integrante da Reforma Psiquiátrica Brasileira, Altieres Edemar Frei.

“Será um semestre dedicado à Atenção Primária, muitas horas para o bem da saúde pública e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Nossos processos de trabalho devem ser qualificados e nossos profissionais altamente capacitados”, ressaltou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

A especialização foi organizada pela Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP), que atua na elaboração e coordenação da Política de Educação Permanente em Saúde no Paraná, contribuindo com o fortalecimento do SUS.

Para o presidente da Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (Funeas), Marcello Machado, que também participou da abertura do curso, o momento é muito importante, já que os profissionais podem ter uma capacitação ainda maior nesta área. “Estamos felizes em fazer parte desse processo através da Funeas, pois as sequelas da Covid-19 afetam diretamente a saúde não só física, como também a saúde metal”, afirmou.

 

 

 

 

 

 

 

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Em apresentação na Assembleia, Fazenda aponta riscos nas contas com mudanças na tributação

O secretário de Estado da Fazenda, Renê Garcia Junior, apresentou em audiência pública nesta segunda-feira (30), na Assembleia Legislativa do Paraná, o Relatório de Gestão Fiscal do 1º Quadrimestre de 2022.

Ele discorreu sobre o cenário econômico/fiscal que pode se tornar o mais desafiador da história com a aprovação do projeto que unifica e reduz a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis, transportes, energia e telecomunicações.

Com aprovação, o impacto potencial sobre as receitas paranaenses chegará em R$ 6,33 bilhões/ano, o que significa uma redução de 17,4% na arrecadação de ICMS do Paraná prevista na Lei Orçamentária Anual 2022 (LOA). Esse valor equivale a "quatro pandemias da Covid-19" nas contas públicas – em 2020 o Estado registrou uma perda total de R$ 1,48 bilhão na arrecadação. Naquele ano, medidas foram tomadas para amenizar os prejuízos, como transferências da União. Agora, segundo a Fazenda, a crise será permanente nas finanças públicas.

De acordo com o secretário, o Paraná tenta manter o equilíbrio das contas públicas e financiamento de investimentos e serviços públicos. Mas o cenário, caso haja renúncia de fontes prioritárias em sua arrecadação, é grave.

“O cenário de equilíbrio que o Estado se encontra pode acabar. A pressão do projeto que tramita no Congresso é enorme e provoca riscos fiscais nos orçamentos estaduais, apresentando incertezas para a política econômica do Paraná. Vai afetar diretamente os repasses obrigatórios com municípios, outros Poderes e Fundeb”, disse Garcia.

No contexto de incertezas, o secretário também apontou a Guerra na Ucrânia, com elevação nos preços e redução na perspectiva da atividade econômica global em 2022, como fator preocupante – o Fundo Monetário Internacional (FMI) já reduziu as perspectivas de crescimento para a economia. No cenário nacional, segundo ele, a inflação de 12,1% e a taxa básica de juros a 12,7% seguem influenciando negativamente a atividade econômica nacional, limitando o poder de compra do brasileiros.

RECEITAS E DESPESAS – Na questão orçamentária atual, a aceleração inflacionária influenciou positivamente a receita tributária. Na arrecadação de impostos (ICMS, IPVA e ITCMD), houve um crescimento de 25% (R$ 11,9 bilhões) em valores nominais e 11% em valores reais (descontados da inflação) em comparação ao mesmo período de 2021 (janeiro a abril).

Por outro lado, a normalização dos serviços públicos, a necessidade de ampliação dos investimentos e o aumento da taxa básica de juros pressionaram o serviço dos estados com a dívida pública. As despesas correntes do Governo tiveram aumento de 15%. Foram R$ 15 bilhões entre janeiro e abril deste ano, ante R$ 13,1 bilhões do mesmo período do ano passado. Houve, ainda, crescimento de 10,7% das despesas relacionadas à Insuficiência Financeira da Previdência na comparação com o mesmo período do 2021.

A carga sobre Juros e Encargos da Dívida aumentou 21% para o Estado. Só no primeiro quadrimestre deste ano foram quitados, em juros, R$ 568 milhões da dívida contratual, que estava em R$ 23 bilhões no mês abril.

Os investimentos do Estado superam R$ 1,1 bilhão, aumento de 54% em relação aos R$ 729 bilhões registrados no primeiro quadrimestre de 2021. Obras de infraestrutura urbana, infraestrutura rodoviária e meio ambiente concentraram os maiores recursos.

COVID-19 – Neste primeiro quadrimestre, o Estado precisou aportar R$ 58 milhões de fonte livre para poder fazer frente às necessidades da pandemia e cobrir os recursos que foram destinados pela LC 173/2020 (lei que instituiu os repasses da União para reequilíbrio das contas estaduais pela Covid-19). As receitas destinadas exclusivamente ao combate à doença, no entanto, continuam em trajetória de queda com a melhora do cenário e a vacinação.

GESTÃO – Segundo a Secretaria da Fazenda, o Paraná segue bem ranqueado em gestão fiscal e mantém sua Capacidade de Pagamento no patamar B, indicador que garante ao Estado a garantia da União para empréstimos junto ao sistema bancário. Assim, os financiamentos garantem a manutenção dos investimentos, bem como operações de créditos e demais garantias.

 

 

 

 

 

 

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Paraná e Mato Grosso do Sul dão mais um passo para conectar os estados com nova ponte

Os governadores Carlos Massa Ratinho Junior e Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul, assinaram nesta segunda-feira (30) um convênio para dar início aos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a construção de uma nova ponte de dois quilômetros entre os dois estados, ligando o distrito de Porto São José, em São Pedro do Paraná (PR), a Taquarussu (MS).

O objetivo é melhorar o escoamento da produção agrícola e atrair novos investimentos. O valor do estudo é de R$ 3,2 milhões, bancado pela Itaipu Binacional.

A assinatura do documento foi realizada durante um encontro com autoridades dos estados no Palácio Iguaçu, em Curitiba. O EVTEA apontará as vantagens da implantação dessa nova travessia entre os estados e os impactos no desenvolvimento socioeconômico da região. A Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar) é parceira da iniciativa.

“É um estudo complexo de R$ 3,2 milhões que vai demonstrar qual é o melhor traçado, o que tem menor impacto ambiental e o que é mais sustentável dessa nova ligação entre Paraná e Mato Grosso do Sul. Ao atravessar o Rio Paraná temos um potencial econômico muito forte para atender o Noroeste do Paraná tanto na parte turística, como na produção de alimentos. Essa nova rota vai diminuir em média 80 quilômetros de quem vem do Mato Grosso do Sul para o Paraná”, disse Ratinho Junior.

Segundo o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, os estados que investem na agroindústria são os que mais crescem economicamente no Brasil e, consequentemente, têm demandado mais investimentos em logística. “Essa ligação de Porto São José ao Mato Grosso do Sul encurta caminho e abre uma nova fronteira de desenvolvimento na nossa região, além de integrar novamente os dois estados. Abrir esse caminho melhora o desenvolvimento e a logística, diminui custo e traz mais progresso e oportunidades”, disse.

“Estamos tentando exercer em toda a sociedade o papel da Itaipu, que não é só de produção de energia, mas de desenvolvimento social. Porto São José tem uma estação hidrológica onde as anotações do Rio Paraná serviram para o projeto inicial de Itaipu. Estamos retribuindo o que esse local trouxe para a Itaipu. Hoje estamos assinando um projeto que vai melhorar a rota bioceânica e diminuir o tempo de deslocamento para as pessoas”, completou o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Anatalicio Risden.

Luiz Felipe Carbonell, diretor de Coordenação da Itaipu, destacou a importância da atuação da binacional para criar um novo eixo de desenvolvimento regional e local. “Estamos investindo principalmente em infraestrutura. Nesse EVTEA, estamos viabilizando um novo eixo logístico entre os estados. A visão da Itaipu é de que podemos auxiliar o desenvolvimento socioeconômico e ambiental dessa região”, afirmou.

A ponte faz parte de um projeto ainda mais amplo, que inclui a duplicação da BR-376, conhecida como a Rodovia do Agronegócio Brasileiro, pela grande quantidade de caminhões que transportam a safra sul-mato-grossense passando pelo Paraná a caminho do Porto do Paranaguá. A estimativa de custo dessa obra é de cerca de R$ 350 milhões.

EXPECTATIVA LOCAL – Segundo o prefeito de Taquarussu, Clóvis do Banco, a ligação será um marco no desenvolvimento do município. “Como não temos ligação com outra cidade, ter essa possibilidade de ligação com o Paraná, que é uma região agrícola, vai ser um avanço muito grande. A nossa região também vai ganhar muito com a geração de empregos”, afirmou.

Para a prefeita de São Pedro do Paraná, Neila de Fatima Luiza Fernandes, a ponte também contribuirá para outras áreas, além do agronegócio. “Essa ligação entre Paraná e Mato Grosso do Sul vai fomentar o turismo regional, a agricultura e o comércio. Hoje foi dado um grande passo”, afirmou.

Heraldo Trento, prefeito de Guaíra, ressaltou que uma nova ponte mais ao Noroeste do Estado é fundamental para o desenvolvimento dos estados. A cidade já possui a Ponte Ayrton Senna com a vizinha Mundo Novo (MS). “Quanto mais pontes tivermos, encurtando distâncias e viabilizando o transporte de insumos, de produção agrícola e de produtos industrializados, mais favoreceremos os dois estados”, afirmou.

PRESENÇAS – Participaram da solenidade o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; os secretários de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; e da Administração e Previdência, Elisandro Frigo; os secretários sul-mato-grossenses de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Rocha, e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck; o deputado federal Ricardo Barros; os deputados estaduais Marcel Micheletto, Ricardo Arruda, Soldado Adriano José, Luiz Cláudio Romanelli, Maria Victória, Tião Medeiros, Douglas Fabrício, Jonas Guimarães, Marcio Nunes e Tiago Amaral; a conselheira de administração da Itaipu Binacional e ex-governadora do Paraná, Cida Borghetti; os presidentes do Tecpar, Jorge Callado; do Socipar, Demerval Silvestre; e da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e prefeitos, vice-prefeitos e demais autoridades do Paraná e Mato Grosso do Sul.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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