Durante a próxima semana, em alusão à Semana Mundial do Meio Ambiente, 19 Escritórios Regionais do Instituto Água e Terra (IAT) promovem uma campanha para recolhimento de lixo eletrônico. Equipamentos que não têm mais utilidade para as pessoas podem ser destinados de forma adequada entre os dias 30 de maio e 03 de junho.
A entrega dos resíduos poderá ser realizada nos seguintes escritórios regionais: Curitiba, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo, Umuarama e União da Vitória. Também será possível doar na Ilha do Mel, nas praias de Brasília e Encantadas.
A ação tem o objetivo de chamar a atenção para a logística reversa desses equipamentos, política que está em fase de implantação no Estado do Paraná pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest).
“É uma campanha muito importante e esperamos que toda a população possa contribuir com esse cuidado ao meio ambiente. O lixo eletrônico, se depositado de maneira errada, como em aterros sanitários, oferece muitos danos como poluição, degradação do solo e da água, o que prejudica todos os paranaenses”, destacou o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza.
A campanha visa evitar que esses equipamentos sejam depositados na rua ou lançado em terrenos baldios, áreas de bota fora ou ainda encaminhados para aterros. “Estes resíduos, além de possuírem componentes com valores agregados, como alumínio e outros, também possuem substâncias tóxicas”, explicou o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto.
A destinação adequada do material recolhido durante a semana será feita por instituições parceiras do IAT, que atuam em atendimento às políticas públicas de resíduos sólidos. Uma das parceiras é a Green Eletron, entidade representativa do setor de eletroeletrônicos. Ela será responsável por coletar os resíduos em 16 Escritórios Regionais do IAT.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) define logística reversa como um instrumento para viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Os resíduos de eletroeletrônicos são divididos em quatro categorias, de acordo com a sua composição:
Linha Branca: geladeiras, freezers, máquinas de lavar, fogões, condicionadores de ar, microondas e afins;
Linha marrom: TV’s, DVD’s, CD’s, aparelhos de som e demais aparelhos de projeção e som;
Linha Azul: pequenos eletrodomésticos como batedeiras, secadores, liquidificadores, ferros de passar e afins;
Linha verde: microcomputadores, laptops, celulares, tablets e afins.
Confira os endereços para destinar o lixo eletrônico:
Curitiba: Rua Engenheiros Rebouças, 1375 – Rebouças
Campo Mourão: Rua Santa Cruz, 679 – Centro
Cascavel: Rua Afonso Pena, 1766 – Centro
Cianorte: Av. Espírito Santo, 951 – Zona 01
Cornélio Procópio: Av. São Paulo, 389 – Centro
Foz do Iguaçu: Av. Araucária, 801 (Esquina com Av. Paraná) – Vila A
Guarapuava: Avenida Sebastião de Camargo Ribas, 2165 – Bonsucesso
Ilha do Mel: bases do IAT nas praias de Brasília e Encantadas
Irati: Rua Caetano Zarpellon, 19 – Rio Bonito
Ivaiporã: Av. Souza Naves, 2280 – Centro
Jacarezinho: Rua Fernando Eugênio, 490 – Centro
Londrina: Rua Brasil, 1115 – Centro
Maringá: Rua Bento Munhoz da Rocha, 16 – Zona 7
Paranaguá: Rua Benjamim Constant, 277 – Centro Histórico
Paranavaí: Av. Dep. Heitor de Alencar Furtado, 3210 – Jardim Belo Horizonte
Pato Branco (somente dia 04.05): Rua Guarani, 1002 – Centro
Ponta Grossa: Rua Balduíno Taques, 217 – Estrela
Toledo: Rua Guaíra, 3132 – Jardim La Salle
Umuarama: Av. Presidente Castelo Branco, 5200 – Zona Vl
União da Vitória: Rua Quintino Bocaiuva, 12 – Centro
Por - AEN
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) está realizando um curso de atualização e formação de Agentes de Trânsito de todas as suas regionais.
Participam cerca de 50 servidores da autarquia, que irão atuar na fiscalização do excesso de peso em veículos de transporte de carga e de passageiros, parte da iniciativa de empregar novas balanças veiculares nas principais rodovias estaduais paranaenses.
O curso é realizado em parceria com o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar do Paraná e o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR), com atividades na sede do DER/PR em Curitiba. O curso começou na segunda-feira (23) e segue até esta sexta-feira (27).
“Um dos nossos pilares de atuação é a área de operações, a área de trânsito, e esse curso é uma continuidade desse trabalho. Por mais que ele tenha uma formação voltada para as balanças, os agentes sairão aptos a lavrarem qualquer tipo de infração prevista no Código de Trânsito Brasileiro”, explica o diretor-geral do DER/PR, Alexandre Castro Fernandes.
Até então, as infrações em rodovias estaduais eram autuadas em grande parte pelo BPRv, por meio de convênio entre o DER/PR e a Secretaria de Segurança Pública.
Os conteúdos abordados na semana foram direito da fiscalização de trânsito; Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito; suspensão direta do direito de dirigir; operações que visam coibir o excesso de peso nas rodovias; limites de pesos e dimensões de veículos que trafegam por rodovias; abordagem, solicitação de documento e demais ações realizadas pelos agentes de fiscalização; preenchimento de autos de infração; e cadastro das autuações, entre outros.
A capacitação segue critérios estabelecidos em portaria da Secretaria Nacional de Trânsito, sendo uma atualização para os servidores que já atuam na área de fiscalização, e servindo como base para os novos agentes de trânsito, que também vão passar por treinamento prático.
PESAGEM – O DER/PR vai iniciar em breve a fiscalização com balanças veiculares nas principais rodovias estaduais paranaenses. A medida visa aumentar a segurança para condutores e diminuir os danos ao pavimento causados por veículos com excesso de carga. Serão pesados caminhões, tratores, chassi-plataforma, reboque e semirreboque, ônibus e micro-ônibus, ficando de fora os veículos de passeio.
São, ao todo, 26 conjuntos de Unidades Móveis Operacionais (UMO), que incluem, além do sistema de pesagem e controle, veículos, equipamentos de apoio, sistema de sinalização e segurança, suprimento de energia e um sistema de monitoramento e comunicação. São dois tipos de balança: a estática, em que o veículo precisa ficar parado, e a dinâmica, em que o veículo precisa apenas reduzir a velocidade para a pesagem. Cada UMO contará com uma equipe própria para operação.
Estão previstos 35 pontos de fiscalização com balanças estáticas e 16 pontos de fiscalização com pesagem dinâmica, com o trabalho das equipes de campo contando com a atuação dos agentes de trânsito nos Centros de Controle de Operações das cinco superintendências regionais do DER/PR. O Centro de Controle de Informações na sede do departamento em Curitiba irá coordenador todas as operações.
DESGASTE – Além das penalidades previstas na legislação vigente, o excesso de peso pode levar a maior desgaste estrutural nos veículos, danos nos pneus, maior consumo de combustível e lentidão, e é um dos principais fatores no surgimento de patologias no asfalto, como buracos, trincas, escorregamentos e afundamentos de trilha de roda.
Com o novo serviço de fiscalização por pesagem com balanças, o DER/PR espera reduzir o índice de acidentes, os custos de recuperação do pavimento e o consumo de combustível no transporte de cargas e passageiros, beneficiando o meio ambiente e evitando o desgaste excessivo dos veículos que circulam pelas rodovias estaduais.
Por - AEN
O Paraná completa nesta sexta-feira (27) um ano da certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação, resultado de uma luta de mais de 50 anos do Governo do Estado e do setor produtivo.
O status sanitário foi confirmado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), na 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, realizada em maio do ano passado em Paris, na França.
Maior produtor e exportador de proteína animal do País, com liderança em avicultura e piscicultura, o reconhecimento internacional tem contribuído para a abertura de mercados para a carne paranaense e outros produtos de origem animal, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto, como Japão, Coreia do Sul e México.
“Nossos rebanhos já não são mais vacinados e há anos o vírus não circula mais no Estado. Com o apoio das entidades do setor produtivo, organizamos toda a estrutura de sanidade animal. Esse reconhecimento vai ajudar a abrir mercado para a carne produzida no Paraná, ampliando os investimentos no Estado, que vão gerar mais emprego e renda para a população”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Para o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Aparecido Calegari, a parceria entre iniciativa privada e Estado foi essencial para conseguir a conquista. “Graças ao esforço do Governo e aos parceiros do setor produtivo, comemoramos um ano da certificação internacional. O esforço coletivo proporcionou avanços e benefícios, uma vez que esse reconhecimento abre mais mercados para a carne produzida no Paraná”, disse.
“O Estado do Paraná é o maior produtor de proteína animal do País, sendo grande parte produzida pelos agricultores familiares. Eles fazem parte dessa grande engrenagem de sucesso, mantendo seus rebanhos e criações saudáveis, seguindo todas as recomendações sanitárias e, agora, atualizando seus rebanhos para garantir o status conquistado”, completou.
Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar, afirma que os resultados estão aparecendo e muitos investimentos e sinalizações de novos mercados já estão sendo estruturados no Paraná, como, por exemplo, a construção do novo frigorífico da Frimesa, em Assis Chateaubriand. Além disso, ele explica que o diálogo da entidade é constante com os produtores e que toda a produção foi valorizada um ano após o reconhecimento internacional.
“Percebemos que o produtor rural paranaense está cada vez mais engajado em crescimento, alavancado pelo status sanitário”, afirmou.
Além disso, explica Meneguette, outro impacto positivo do status sanitário foi a redução de custos para o produtor e a possibilidade de mudar o foco para outras áreas da produção. “A dose da vacina de febre aftosa variava no Estado, na média de R$ 1,20. A economia não vem somente no valor de doses, mas no envolvimento de todo o processo: diminui mão de obra; reduz o gasto com insumos, como seringas, pistolas automáticas e agulhas; diminui as lesões ocasionadas pela vacina. É uma economia significativa no protocolo sanitário da propriedade”, disse.
Essa redução, segundo ele, é mais uma oportunidade para o pecuarista dedicar mais atenção em outros âmbitos produtivos ou até mesmo em outras doenças, a exemplo da brucelose e tuberculose.
NOVOS NEGÓCIOS – Alexandre Monteiro, médico veterinário e analista da Gerência de Desenvolvimento Técnico do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), explica que a conquista internacional foi um passo importante para a produção agropecuária, principalmente para as cooperativas e, um ano após a conquista, o setor produtivo de proteína animal já se prepara para abrir caminho a um novo patamar de produção e exportação.
“As cooperativas têm investido bastante no relacionamento com os parceiros comerciais e na prospecção dos novos mercados”, disse.
Segundo ele, nesse primeiro ano, tem sido feita uma mobilização forte com países como Japão e Coreia do Sul, que não estavam abertos. “As cooperativas têm feito um trabalho forte de aproximação desses mercados e têm tido alguns avanços comerciais. Temos condições de manter isso e ampliar a exportação para novos mercados e alcançar novas oportunidades comerciais”, completou.
O selo ainda trouxe mudanças no trabalho das cooperativas, principalmente em relação no sentido sanitário. “Elas têm intensificado os trabalhos de prevenção, sempre orientando os seus produtores, fazendo um trabalho de fomento a campo e incentivando a manutenção desse status, porque depois da conquista tem a manutenção”, acrescentou.
Para Irineo da Costa Rodrigues, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), o momento é de comemorar, já que o selo favorece também a abertura aos mercados estrangeiros até mesmo para a avicultura, que não é diretamente afetada pela febre aftosa.
“A avicultura não é afetada por essas doenças, No entanto, quando temos uma área livre de aftosas sem vacinação isso mostra que o Estado está organizado, tanto pela área pública como pela iniciativa privada, que fez um trabalho em conjunto. Se o Estado é eficiente contra a febre aftosa, é claro que é eficiente também na sanidade que poderia afetar a avicultura”, destacou.
VIGILÂNCIA – Desde que o último foco da doença foi confirmado, em 2006, o governo estadual e o setor produtivo se organizaram para melhorar a estrutura sanitária paranaense, o que incluiu a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o reforço da fiscalização nas divisas e o controle dos rebanhos. A imunização contra a aftosa foi interrompida em 2019 e a campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela de atualização de rebanhos. O cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais.
Isso só foi possível graças a um extenso inquérito epidemiológico, com coletas de amostras de sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais, provando que o vírus já não circula no Paraná. Agora, 25 médicos veterinários e 13 técnicos de manejo e meio ambiente vão reforçar o trabalho permanente de controle da Adapar.
“Tivemos uma mudança em todo nosso sistema. Passamos de uma situação de fazer vacinação para fazer vigilância sanitária, o que nos permite acompanhar atentamente todos os rebanhos do Paraná. Em maio e junho tem a atualização de rebanho. Estamos fazendo essa vigilância, a partir da retirada da vacina, reforçando nosso quadro com médicos veterinários, e técnicos”, explicou o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.
“Fazemos um apelo aos produtores, é muito importante que façam a atualização, compareçam às nossas unidades, e hoje pode ser feito pelo aplicativo, internet, escritórios dos municípios, sindicatos rurais. É importante sabermos quantas cabeças temos para que essa vigilância seja efetiva”, destacou.
“Vemos a importância desse trabalho desenvolvido pela Adapar. As cooperativas vêm apoiando essas campanhas de cadastramento do rebanho, orientando seus produtores, e incentivando essa atuação. O cadastramento é fundamental para termos o controle e o cuidado com a produção do nosso Estado. A produção pecuária é o bem de maior valor e no sentido sanitário”, complementou Monteiro, da Ocepar.
PRODUÇÃO – Em 2021, o Estado produziu mais de 6,2 milhões de toneladas de carne de porco, boi e frango. O Estado é responsável por 33,6% da produção nacional de frango e 22% em piscicultura de cultivo, liderando os setores.
Também ocupa o segundo posto em relação à carne suína, com 21% da produção brasileira e mantém a vice-liderança na produção de leite (13,6%) e ovos (9%). A expectativa com a abertura de mercados é que o Estado atinja a liderança nacional na produção de suínos.
Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o principal recado que o Paraná passa é mostrar ao mundo uma estrutura produtiva mais desenvolvida e sadia, com um serviço de inspeção sanitária de qualidade. “Tudo isso vai refletir em novos negócios e na geração de empregos, que foi o motivo para lutarmos por essa chancela. O aumento na produção, com a expansão de novas plantas e abertura de mais turnos, significa mais gente trabalhando”, afirmou.
Por - AEN
O reconhecimento internacional do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação completa um ano nesta sexta-feira, 27 de maio.
Em 2021, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) concedeu ao Paraná, por meio da chancela ao bom trabalho de sanidade agropecuária, uma credencial para abrir mercados para as proteínas animais produzidas no Estado, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto.
A conquista é fruto de mais de 50 anos de trabalho e parceria entre iniciativa privada, entidades representativas do agronegócio e governo estadual, tendo em vista os benefícios econômicos que o status pode proporcionar a todo o Estado.
Da mesma forma, a união foi fundamental para a classificação como zona livre de peste suína clássica independente, confirmando o Paraná fora de um grupo atualmente formado por 11 estados, o que garante maior proteção internamente e vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional.
Os reflexos dessas duas conquistas já podem ser notados pelo volume de investimentos que indústrias do setor de proteínas animais realizam nas cadeias de suínos, peixes, frangos, leite e pecuária bovina de corte.
Tendo como premissa que a mudança dos olhos do mundo em relação à sanidade bovina também reflete na busca por outras proteínas animais, nos últimos anos, cerca de 30 frigoríficos anunciaram a instalação ou ampliação de unidades no Paraná. Os investimentos já anunciados ou previstos somam aproximadamente R$ 6,6 bilhões em pelo menos 23 municípios, gerando cerca de 14 mil empregos diretos.
SEGURANÇA – Para o setor privado, o status garantiu mais segurança para investimentos, analisa o diretor-presidente da Cooperativa Agroindustrial Consolata - Copacol, Valter Pitol. A empresa estabeleceu um projeto de crescimento e já começou a investir. Em Assis Chateaubriand, o Frigorífico da Frimesa – resultado da união das cooperativas Copacol, C. Vale, Lar, Primato e Copagril – deve iniciar as operações em 2023. O valor investido é de R$ 2,5 bilhões.
“O fato de o Paraná ter se antecipado nos trouxe benefícios, permitiu acessar novos mercados na suinocultura. Então, pudemos investir com mais intensidade no aumento da produção de suínos por meio da Frimesa”, disse Pitol.
Os novos projetos incluem outras proteínas. A Copacol adquiriu o frigorífico da Tilápia Pisces, de Toledo, com investimento de R$ 60 milhões. O projeto inclui uma estrutura de meio ambiente para informar e orientar cooperados que estão entrando na atividade de piscicultura e também para os que estão ampliando a produção. A unidade de Toledo produz 170 mil tilápias por dia. Em 2025, a meta é 230 mil diariamente.
Outro exemplo é a BRF, que vai investir R$ 292 milhões em modernização e ampliação de suas unidades no Paraná. Também foi confirmada a retomada da produção de perus em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, poucas semanas depois de a planta ter recebido a habilitação para exportar ao México.
DESEMPENHO – O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, reafirma a diversidade de setores que estão sendo beneficiados pelo novo status sanitário. Ele cita exemplos no setor de piscicultura, como da Copacol e C. Vale, em Palotina, que ampliou sua capacidade; Cocari e Aurora, que atuam em frango em Mandaguari e assumiram frigorífico em Alvorada do Sul; a Coopermota, que assumiu indústria em Cornélio Procópio; o grupo Friella, em Santa Helena; a Plusval, em Iporã, e um investimento de R$ 500 milhões em uma fábrica de queijo nos Campos Gerais.
“Várias regiões estão fazendo grandes, médios e pequenos investimentos. Todos os grandes atores do Paraná estão fazendo investimento, e cabe mais. Queremos agregar valor ao produto estadual. São passos importantes que permitem ao Paraná se tornar ainda mais competitivo no mercado internacional, gerando novos empregos e mais renda”, afirmou Ortigara.
Os números comprovam a força da agropecuária paranaense. No ano passado, o Estado ampliou o bom desempenho que tem na produção de proteínas animais. Em 2021, somando-se as carnes bovina, suína e de frango, o Paraná produziu 6,213 milhões de toneladas.
Foi o estado que mais abateu frangos, reforçando a liderança no setor, com 33,6% de participação nacional, o que representa 20,2 pontos percentuais acima de Santa Catarina, segundo colocado. Também houve crescimento expressivo na suinocultura, com abate de 786,36 mil cabeças a mais que em 2020. Nesse segmento, o Estado é o segundo colocado, com 20,3% de participação, atrás de Santa Catarina, com 28,4% do abate nacional.
Em carne bovina, devido ao fechamento de mercado, particularmente da China, houve redução no abate em todo o País e o Paraná seguiu a tendência, com 238,96 mil cabeças a menos em comparação a 2020, queda de 16,1%. No entanto, os números de produção de proteínas animais continuam em alta.
ESTRADAS – A conquista da certificação de Estado livre da febre aftosa sem vacinação e o aparte como bloco único livre de peste suína clássica foram estimuladores do crescimento no rebanho e em número de abates, reforçando a liderança do Paraná na produção brasileira de proteína animal. Mas não são atos isolados. Paralelo a isso, o Estado reforçou investimentos, entre outras atividades, em estradas rurais, com vistas a oferecer condições de transporte mais adequado; e em agroindústrias para ajudar, sobretudo, a agricultura familiar a processar os alimentos.
Um dos mais recentes empreendimentos inaugurados no Estado, a Unidade de Produção de Desmamados (UPD), na Estrada Alvorada, em Jesuítas, no Oeste do Estado, recebeu investimentos de R$ 120 milhões. Foram criados 85 empregos diretos e mais 90 cooperados devem se integrar aos 146 que hoje já participam do processo de criação de suínos. Ao final, serão acrescidos mais 300 mil leitões por ano na terminação, que serão entregues à planta industrial da Frimesa em Assis Chateaubriand.
Para que não haja atrasos tanto na chegada de insumos quanto na retirada dos animais, boas estradas são fundamentais. Em Jesuítas, a Estrada Roma, importante ligação entre comunidades do meio rural, está recebendo pavimentação com pedras irregulares como parte do Programa Estradas Rurais Integradas aos Princípios e Sistemas Conservacionistas – Estradas da Integração. O investimento de mais de R$ 1,1 milhão do Estado, em parceria com a prefeitura, possibilitará a ligação com um matrizeiro de ovos galados da Copacol, estendendo-se por 4.356 metros lineares.
“É muito importante a participação do Estado, principalmente na melhoria das estradas rurais para ter acesso regular tanto na unidade quanto nas propriedades dos cooperados”, disse o presidente da Copacol, Valter Pitol. “Nós não podemos falhar na questão de acesso, pois sairão 300 mil leitões por ano e precisamos estar tranquilos em relação a isso”.
Segundo ele, as obras representam economia no transporte e na manutenção dos veículos. “Há quem precisava buscar frango, peixe, leitão e acabava atolando o caminhão”, acentuou.
Esse trabalho também será realizado na Estrada Alvorada, em Iracema do Oeste, que também beneficiará produtores de Formosa do Oeste e de Jesuítas, fazendo a ligação com a Unidade de Produção de Desmamados. Ali estão previstos 5.600 metros de pavimentação com pedras irregulares, com investimento de pouco mais de R$ 1,8 milhão por parte do Estado.
E não é apenas naquela região que as estradas rurais têm facilitado a chegada aos complexos em que as proteínas animais são processadas. Em Palotina, por exemplo, o complexo industrial da C. Vale é acessado por meio da Linha Concórdia. Para o trecho de 2,2 quilômetros de extensão o Estado participou com R$ 527 mil. O que é apenas uma parte dos R$ 304 milhões investidos na pavimentação de mais de 1 mil quilômetros de estradas rurais desde 2019 em todo o Estado, ajudando os agropecuaristas paranaenses a produzir e retirar a produção de sua propriedade de uma forma mais confortável.
Em pouco mais de três anos, o Governo do Estado pavimentou 1.000 quilômetros de estradas rurais com pedras poliédricas ou com blocos sextavados em todo o Paraná. O investimento chegou a R$ 304 milhões, beneficiando 18 mil famílias de 2 mil comunidades em 202 municípios
ENERGIA – Segundo Valter Pitol, a participação do Estado também é importante para facilitar o acesso dos produtores a energias renováveis, visto que esse é um insumo que interfere em 30% do custo no caso do peixe, e de 15% a 20% na cadeia do frango. “A energia fotovoltaica, principalmente para peixe e frango, reduz significativamente o custo de produção e viabiliza a propriedade”, afirmou.
Para atender a esse pedido, o Governo lançou o Banco do Agricultor Paranaense, pelo qual o Estado assume parte ou a integralidade dos juros de financiamentos. No caso específico da energia rural renovável, seja por sistema solar fotovoltaico ou pelo uso de biomassa para bioenergia ou biometano, os projetos apresentados até 31 de dezembro de 2022 têm 100% dos juros assumidos pelo Estado.
A C. Vale está investindo R$ 75 milhões em uma Unidade Produtora de Leitões Desmamados (UPD). Serão levantados cinco galpões capazes de alojar até cinco mil fêmeas. A previsão é produzir 160 mil leitões por ano, abastecendo até 40 novas unidades de terminação de suínos, possibilitando, inclusive, a inclusão de novos produtores. A produção vai alimentar o frigorífico da Frimesa em Assis Chateaubriand. Os dejetos devem ser utilizados para produção de aproximadamente 5.700 Kwh/dia de energia elétrica.
Ainda área da energia, o setor agropecuária é beneficiado pelo programa Paraná Trifásico, um investimento de R$ 2,7 bilhões, feito pela Copel, para substituir antigas estruturas monofásicas por trifásicas e garantir energia de maior qualidade à população rural, contribuindo para o desenvolvimento do setor agroindustrial paranaense.
Desde que foi lançado, em 2019, o programa construiu 7.913 quilômetros de redes trifaseadas em todo o Estado. A extensão equivale a mais de 10 vezes a distância entre Foz do Iguaçu e Paranaguá. As estruturas concluídas representam 31,6% do total previsto para a iniciativa até 2025, período em que serão construídos 25 mil quilômetros de redes em áreas rurais. Somente em 2022, o programa vai investir R$ 450 milhões em 4 mil quilômetros de novas redes.
Confira alguns investimentos que o Paraná recebe nesse mercado:
SUÍNOS
Assis Chateaubriand – Frigorífico da Frimesa, que é resultado da união das cooperativas Copacol, C. Vale, Lar, Primato e Copagril, deve iniciar produção em 2023. O investimento é de R$ 2,5 bilhões.
Cascavel – A Coopavel fez investimento de R$ 220 milhões para ampliar estruturas e aumentar a produção e abate de suínos.
Castro – A Alegra Foods, empresa das cooperativas Frísia, Capal e Castrolanda, investiu cerca de R$ 60 milhões nos últimos anos para ampliar de 3,2 mil para 3,9 mil abates de suínos/dia. Já a Castrolanda inaugurou em 2021 a quinta maternidade da Unidade de Produção de Leitões.
Ibiporã – O RPF Group, que abate 3,1 mil cabeças diariamente, investiu R$ 20 milhões em unidade para processamento dos subprodutos suínos para fabricação de farinha e óleo para alimentação dos animais (capacidade para 50 toneladas dia de matéria-prima) e em uma fábrica de banha com capacidade para 20 toneladas/dia
Jesuítas – Unidade de Produção de Desmamados (UPD) da Copacol, com investimento de R$ 120 milhões.
Laranjeiras do Sul – A Agro Laranjeiras investiu R$ 377 milhões em unidade de desmamados, com produção de 980 mil leitões desmamados por ano.
Paranavaí/Santo Antônio do Caiuá – A Agroceres Pic, núcleo genético e unidade de disseminação de genes de suínos, recebeu investimento superior a R$ 100 milhões com capacidade para alojar 3,6 mil fêmeas de elite com produção de até 110 mil animais por ano. Criação de 300 postos de trabalhos diretos e indiretos.
Rio Negro – O frigorífico Primaz recebeu, em 2019, o selo do Sisbi – Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, à época foi o 32º do Estado, e está aumentando a produção.
Santa Helena – A Alimentos Friella constrói moderno frigorífico, com previsão de abate de 6 mil suínos por dia, estima que cerca de mil empregos sejam gerados em cada turno.
- Vale – Constrói UPD em Palotina, visando ao fornecimento a integrados para atender o novo frigorífico da Frimesa que está sendo construído em Assis Chateaubriand. O investimento é de R$ 75 milhões.
FRANGO
Cascavel – Lar Cooperativa Agroindustrial investe R$ 82 milhões.
Iporã – Administrada pela PlusVal (joint venture da Pluma Alimentos, de Dois Vizinhos, e C. Vale, de Palotina), faz investimento de R$ 12 milhões na cidade.
Marechal Cândido Rondon – Lar Cooperativa assumiu o comando de um frigorífico local, passando a ter quatro unidades e abate de 925 mil aves/dia. Investimento de R$ 410 milhões.
Medianeira – Cooperativa Lar anunciou investimento de R$ 135 milhões para aumentar capacidade de produção.
Rolândia – Lar Cooperativa Agroindustrial. Complexo com capacidade para processamento diário de 175 mil frangos, fábrica de ração com capacidade de produzir 19 mil toneladas/mês e unidade de recepção e beneficiamento de grãos com capacidade de 16,8 mil toneladas. Geração de 1.900 empregos diretos.
Rondon – Foi reativado, em 2019, o frigorífico da antiga Averama, que funciona em parceria operacional com a Jaguafrangos, de Jaguapitã.
Umuarama – PlusVal realiza investimentos com vista a ampliar a capacidade de abate para até 200 mil frangos/dia, com possibilidade de ter pelo menos mais 1 mil novos empregos.
PEIXES
Alvorada do Sul – Unidade de Beneficiamento de Pescados Luís Carlos Bufalo foi reativada, com investimentos dos governos federal, estadual e municipal em valor de R$ 4,2 milhões.
São João do Ivaí – O frigorífico Mais Fish recebeu chancela do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), concedido pelo Consórcio Cid Centro. Com isso, os produtos da marca Mais Fish podem ser vendidos em todo o Brasil. De 30 funcionários deve duplicar e o proprietário já projeta expansão do frigorífico.
Toledo – Copacol adquiriu o frigorífico da Tilápia Pisces, em investimento de R$ 60 milhões. Abate de 40 mil tilápias ao dia.
BOVINOS
Piraí do Sul – Grupo Boi Barão constrói frigorífico com investimento de mais de R$ 10 milhões e previsão de gerar 70 empregos diretos.
PERU
Francisco Beltrão – A BRF vai investir R$ 292 milhões em modernização e ampliação de suas unidades no Paraná. Também foi confirmada a retomada da produção de perus em Francisco Beltrão, poucas semanas depois de a planta ter recebido a habilitação para exportar ao México. A nova linha criará mais de 400 empregos diretos.
GERAL
Guarapuava – CooperAliança Carnes Nobres com R$ 83 milhões em investimento e geração de 219 empregos diretos. Previsão de abater 345 cabeças/dia de bovinos e ovinos para carnes nobres.
Rolândia – JBS investe R$ 1,8 bilhão para construção da maior fábrica de empanados e salsichas do mundo.
Toledo – A Primato tem investimento de R$ 250 milhões na cidade.
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta quinta-feira (26) em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, da abertura do Congresso Sul Brasileiro de Corretores de Seguro (Brasesul) e destacou o papel do setor na economia paranaense.
Ele citou, principalmente, o suporte das seguradoras aos produtores rurais após a quebra de safra na agricultura por causa da estiagem prolongada no Estado.
O Brasesul é o maior evento do mercado de seguros da Região Sul do Brasil, agregando a indústria do seguro do País, com a participação de cerca de 2,4 mil pessoas, entre corretores de seguros, seguradores, securitários e prestadores de serviço. O congresso é realizado pelos Sindicatos dos Corretores de Seguro do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Segundo Ratinho Junior, o Paraná é um dos estados mais relevantes no seguro para o agronegócio, com subvenção ao apoio dos plantios.
“É um mercado que vem crescendo muito no Brasil e no Estado, faturando em torno de R$ 10 bilhões no Paraná no ano passado, com destaque para o setor de seguro agrícola”, disse. “Com a estiagem que sofremos nos últimos anos, o setor nos ajudou a diminuir os prejuízos que prejudicaram as lavouras. Isso é essencial para um Estado que tem a agricultura e a agroindústria como base econômica”.
O Paraná registrou desempenho positivo em 2021 no setor. Dos R$ 141 bilhões arrecadados no Brasil (sem contar VGBL/DPVAT), o Estado respondeu por quase R$ 10 bilhões, um crescimento de 19,2% em relação a 2020. O mercado de seguro tem crescido em torno de dois dígitos ao longo dos últimos anos, representando 6,8% do PIB nacional.
“O mercado de seguros é primordial para que a economia brasileira se consolide e garanta o seu crescimento”, ressaltou o governador.
Ele salientou que outros setores da economia também são beneficiados por esse mercado, que tem ainda grande possibilidade de crescimento. “O meu desejo é conseguirmos chegar a um patamar como o do mercado americano, em que tudo passa pelas corretoras, desde um objeto pessoal até as grande obras. Dessa forma, não seríamos um País de contratos inacabados, pois elas poderiam ser amparados por um seguro”, afirmou.
PANDEMIA – A indústria de seguros suportou a crise da pandemia indenizando em mais de R$ 6 bilhões as famílias de pessoas que faleceram em razão da Covid-19. Os seguros privados de saúde foram essenciais durante a escalada da doença, com investimentos que superaram o Sistema Único de Saúde (SUS). Os corretores também foram fundamentais durante todo o período, atendendo e dando amparo aos segurados.
“A indústria se mostrou resiliente e deu apoio às vítimas da Covid-19. Apesar de a pandemia ser um excludente, as seguradoras se uniram. Os corretores estiveram na ponta para dar esse apoio”, explicou José Antonio de Castro, vice-presidente do Sincor-PR (Sindicato dos Corretores de Seguros e Empresas Corretoras de Seguros, Resseguros, Vida, Capitalização, Previdência Privada e Saúde no Estado do Paraná) e coordenador-geral do Brasesul.
EVENTO – O Brasesul segue até a sexta-feira (27) e tem como tema “Diversifique, Fidelize, Monetize”. Entre os palestrantes confirmados estão o cantor e compositor Léo Chaves (palestra “A grande arte de se reinventar”); a ex-atleta Hortência Marcari (“Lições de uma vida – estratégia, valores e atitude de uma campeã”); o professor Ricardo Carvalho (“A arte da liderança como ingrediente de competência para o 3º milênio”); e o empresário, palestrante e consultor, Marcelo Caetano (“Diversifique, Fidelize e Monetize”).
A última edição do Brasesul, realizada em 2018, reuniu mais de 2 mil pessoas em Florianópolis (SC), e teve como tema central “Caminhos, Alternativas e Soluções”. Na ocasião, estiveram em pauta os avanços tecnológicos e as novas opções de atuação para melhorar a relação entre corretor e clientes.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade os presidentes da Fenacor, Armando Vergílio; do Sincor-PR, Wilson Pereira; do Sincor-SC, Afonso Coelho; do Sincor-RS, André Thozeski; do Ibracor (Instituto Brasileiro de Regulação de Mercado), Joaquim Mendanha; o superintendente da Susep (Superintendência de Seguros Privados), André Camilo; o diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional de Seguros, Genildo Albuquerque Neto; o diretor-geral da Escola de Negócios de Seguros, Tarcísio José Godoy; e o vice-presidente do Sincor-RS, Ricardo Pansera.
Por - AEN
A proposta aprovada pela Câmara Federal na quarta-feira (25) que reduz a alíquota do ICMS de combustíveis, transportes, energia e telecomunicações (PLP 18/2022) para 17% vai causar prejuízos ao orçamento do Paraná, com impacto direto no equilíbrio das contas públicas.
A estimativa da Secretaria de Estado da Fazenda é de uma perda de receita de R$ 6,33 bilhões, sendo R$ 2,04 bilhões em combustível, R$ 2,07 bilhões em energia elétrica, R$ 610 milhões em telecomunicações e R$ 1,39 bilhão com a retirada do ICMS sobre as tarifas de uso de transmissão e de distribuição de energia elétrica (TUST, TUSD). Esse valor equivale a uma redução de 17,4% na arrecadação de ICMS do Paraná prevista na Lei Orçamentária Anual 2022 (LOA), com igual impacto nos repasses obrigatórios aos municípios e outros Poderes.
“O projeto de lei que tramita no Congresso traz uma complicação gravíssima para os estados, pois não é só a perda de arrecadação, mas a incapacidade de fazer frente às demandas sociais com investimentos na área da educação, saúde e segurança pública. Sendo aprovado, provocará uma verdadeira crise que afetará todos os estados e diretamente a prestação de serviços para a população”, afirma o secretário da Fazenda, Renê Garcia Júnior.
O ICMS é a principal fonte de arrecadação dos governos, mas não fica integralmente no caixa do Estado, provocando um verdadeiro efeito cascata nos orçamentos públicos. Do total, 25% do valor é repassado para os municípios e 20% para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Há, ainda, a necessidade de se investir 25% em educação e 12% na saúde, dentre outras vinculações obrigatórias, conforme as Constituições Federal e Estadual.
A redução afeta consideravelmente a execução de serviços essenciais custeados com o dinheiro do ICMS. O impacto nos municípios, que deixariam igualmente de receber a cota-parte atual do imposto, seria de R$ 1,18 bilhão, além das perdas para educação (R$ 1,4 bilhão) e saúde (R$ 566 milhões). Já os Poderes seriam impactados da seguinte maneira: Legislativo (R$ 236 milhões), Judiciário (R$ 448,4 milhões) e Ministério Público (R$ 193,5 milhões).
Para o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o projeto quer agravar cortes de financiamento de serviços aos mais pobres para transferir receitas a setores de energia, combustíveis e telecomunicações. Outro ponto que merece consideração é que os estados já abriram mão de uma parte do imposto ao congelar, em novembro, o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) sobre combustíveis. A renúncia é calculada em R$ 15,9 bilhões. Antes o PMPF costumava ser alterado a cada 15 dias.
Além disso, o Paraná apresenta os menores preços médios de referência dos combustíveis do País. As alíquotas de ICMS praticadas no Estado estão dentro da média nacional, no caso da gasolina, e abaixo da média, nos casos do diesel e do etanol. A alíquota sobre o óleo diesel, por exemplo, é de apenas 12%.
Segundo um levantamento da Fecombustíveis com a defasagem nos preços médios ponderados, além de não ser reajustado para seguir o preço de mercado, o ICMS também não acompanhou a inflação, o que na prática representa uma redução real do tributo ao longo desses mais de seis meses. Como hoje o preço médio do diesel está em R$ 6,72, o Paraná cobra uma alíquota equivalente de ICMS igual a 7,9%, muito inferior aos 12% estabelecidos pela legislação estadual.
Alinha-se a isso a política de preços da Petrobras e a inflação, deteriorando o ambiente econômico do País. A estatal escolhe uma política de preços diferente de todos os países produtores de petróleo, adotando uma precificação de país importador, desprezando totalmente custos de produção. A empresa registrou lucro de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022, sendo o segundo maior das petroleiras do mundo. O resultado é 3,7% superior aos R$ 1,1 bilhão registrados no mesmo período de 2021 e o terceiro melhor já registrado por uma companhia aberta no Brasil.
Por - AEN








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