A indústria de transformação do Paraná é a terceira maior do País, de acordo a Pesquisa Industrial Anual (PIA) de 2022, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Valor da Transformação Industrial (VTI) do setor manufatureiro paranaense atingiu R$ 165,3 bilhões, sendo superado apenas pelas indústrias de transformação de São Paulo (VTI de R$ 722,6 bilhões) e Minas Gerais (R$ 212,7 bilhões) e superando os resultados do Rio de Janeiro (R$ 158,6 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 154,1 bilhões) e Santa Catarina (R$ 118,5 bilhões).
O Valor de Transformação Industrial é a diferença entre o valor bruto da produção industrial (VBPI) e o custo com as operações industriais (COI), e indica a força da atividade das indústrias no Brasil e nos estados.
O Estado do Paraná lidera o ranking nacional no segmento de produtos madeireiros, com um VTI de R$ 7,7 bilhões, e também tem a segunda posição nos ramos de alimentos (R$ 44,6 bilhões), papel e celulose (R$ 8,6 bilhões) e veículos automotores (R$ 15,4 bilhões). O Estado também tem a terceira colocação na produção de derivados de petróleo e biocombustíveis, que geraram um VTI de R$ 25,6 bilhões no Paraná em 2022, material elétrico (R$ 5,2 bilhões), máquinas e equipamentos (R$ 10,3 bilhões), móveis (R$ 3,5 bilhões) e edição e impressão (R$ 1,3 bilhão).
O governador Ratinho Junior destaca que uma das prioridades da gestão é justamente apostar na transformação dos alimentos pela indústria, reforçando o papel do Paraná de supermercado do mundo, além da atração de investimentos em outras áreas. Ele lembra do aporte recorde da Klabin nos Campos Gerais, que recentemente anunciou mais R$ 1,7 bilhão em novos investimentos, e os anúncios recentes da Volkswagen, TCS Group, Ambev, Nissin e Electrolux.
“Hoje o Paraná é um ambiente que oferece boas condições para que a iniciativa privada faça seus investimentos e pense no longo prazo. Isso passa pela segurança jurídica e pelos projetos de infraestrutura do Estado. Como consequência, temos geração de empregos e desenvolvimento econômico regional”, disse o governador.
EMPREGOS – Ainda de acordo com a pesquisa do IBGE, o número de ocupados na indústria de transformação paranaense atingiu 687 mil em 2022, o que representou 9,1% do total nacional (7,5 milhões de ocupados). Os dados se referem a unidades industriais com cinco ou mais pessoas ocupadas. Além disso, segundo a PNAD Contínua, outro estudo mais recente do próprio IBGE, os empregos formais na indústria já ultrapassaram 1 milhão no primeiro trimestre de 2024, o maior valor da história.
Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os dados reafirmam a diversificação e a pujança da indústria paranaense. “Poucos estados são representativos da produção de alimentos até a fabricação automotiva, passando ainda por posições de destaque nacional na oferta de bens de capital e combustíveis”, afirmou o diretor-presidente.
“Os números do emprego industrial comprovam que a importância da atividade manufatureira estadual extrapola o âmbito econômico, produzindo ganhos relevantes também em nível social”, complementou Jorge Callado.
RANKING NACIONAL – O ranking nacional de participação das atividades industriais na receita líquida de vendas é liderado pela fabricação de produtos alimentícios (22,5%), seguida por fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (12,4%), fabricação de produtos químicos (10,8%), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (7,9%) e metalurgia (6,8%).
Por - AEN
As férias escolares de julho estão batendo à porta. Para facilitar a vida de pais e estudantes, o Instituto Água e Terra (IAT) preparou uma lista com quatro recomendações de passeios para quem quer se distrair e aproveitar conhecer um pouco mais dos encantos naturais do Paraná.
Com a divisão por grupos temáticos, com base na terra, água, fauna e flora, apresentamos alguns cantinhos do Estado que vão te surpreender.
TERRA – A indicação é desbravar as formações geológicas do Parque Estadual de Vila Velha, um dos cartões-postais do Paraná. Localizado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, a Unidade de Conservação (UC) possui, entre outros atrativos, arenitos com formatos únicos, como a famosa taça. Além disso, há opções de passeio pelas furnas, lagoa dourada e atividades de aventura, como arvorismo e tirolesa, além trilhas que passam por entre a vegetação nativa.
A Unidade de Conservação (UC) terá uma programação especial de férias. Entre os dias 6 e 28 de julho, Vila Velha oferecerá várias brincadeiras tradicionais, como carrinho de rolimã, pega-pega, pai-cola, pipa, bolinha de gude, corrida do saco e ovo na colher, para que pais e filhos possam se divertir longe da tecnologia e mais perto da natureza. O espaço também foi todo planejado para que as crianças possam aproveitar com segurança um circuito de tirolesinhas, balanços e escorregadores.
Entre os dias 3 e 29 de julho, o parque estadual vai funcionar das 9h às 17h (a bilheteria fica aberta até as 15 horas). Os ingressos custam R$ 120, com meia entrada para estudantes, pessoas com deficiência e idosos. Os moradores de Ponta Grossa pagam R$ 55 para moradores. Mais informações pelo site do parque.
ÁGUA – Para quem gosta de ambientes aquáticos, o Aquário de Paranaguá, no Litoral, é uma excelente pedida para conhecer a fauna marinha do Estado. O espaço de 2 mil metros quadrados conta com 507 animais de 93 espécies, expostos em tanques e aquários nos dois andares do prédio.
O aquário funciona das 9h às 18h, todos os dias da semana. Fica na Rua João Régis, no Centro Histórico de Paranaguá. Os ingressos custam R$ 28. Crianças de 5 a 12 anos, estudantes, pessoas com mais de 60 anos e moradores de Paranaguá (é necessário apresentar o comprovante) pagam R$ 14.
FAUNA – Já para quem gosta de animais, uma boa opção é a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Observatório Ornitológico Nascentes do Iguaçu, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A área de 11,72 hectares ajuda a preservar uma grande quantidade de fauna e flora paranaenses, com destaque para 458 espécies de aves nativas. Para apreciar essa variedade, os visitantes podem subir em uma torre de observação de 13 metros de altura, além de passear por três trilhas que proporcionam um contato direto com a vegetação.
Os preços variam entre R$ 180 e R$ 900 de acordo com a atividade desejada e a quantidade de pessoas que formam o grupo de visita. O agendamento deve ser realizado via WhatsApp pelo número (41) 99708-5514 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A RPPN fica na Rua dos Curiós, quadras 09, 14 e 15 – Recreio da Serra, Piraquara.
FLORA – Para os amantes das plantas, a recomendação é passar um período no Jardim Botânico de Londrina, no Norte do Paraná. O local de 97 hectares possui uma grande variedade de espécies da flora paranaense divididos em cinco jardins temáticos: o Arboreto Nativas do Paraná, que reúne espécies de diversas regiões fitogeográficas do Estado; o Jardim das Barrigudas, que abriga o baobá (Adansonia digitata), uma árvore característica de Madagascar; o Jardim das Coníferas, com plantas como a araucária (Araucária angustifólia); o Jardim Desértico, com espécies do semiárido nordestino, como as cactáceas; e o Jardim da Vovó, com várias plantas presentes nos jardins domésticos.
Com entrada gratuita, a UC está aberta das 8h às 18h, e fica na Avenida dos Expedicionários, número 1.999, no conjunto Vivendas do Arvoredo, em Londrina.
Por - AEN
Municípios do Paraná já estão recebendo do Governo do Estado os recursos do Programa Infância Feliz, que prevê a construção de 300 creches para abrigar, cada uma, até 66 crianças de zero a 3 anos, em turnos alternados ou de forma integral, de acordo com a realidade dos municípios. São contemplados 258 municípios.
Lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior no começo do mês, o programa recebe investimento de R$ 391,4 milhões. É o maior pacote da história voltado à infraestrutura de educação infantil do Paraná e o maior do País, com a previsão de atender entre 10.200 e 13.800 crianças.
Receberam o dinheiro os municípios que já tiveram a documentação analisada e corrigida. Foram transferidos R$ 11.873.608,95, referentes à primeira parcela para a obra. O custo de construção de cada creche é calculado em R$ 1,3 milhão. “Por ser um ano atípico, devido ao período eleitoral, estamos dando agilidade aos nossos processos, a fim de que essas construções saiam do papel o mais rápido possível”, declarou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.
Os 258 municípios elencados de acordo com os critérios Potencial de Creche por Município (PCM) já encaminharam suas documentações e o processo segue normal, para que em breve todos tenham a primeira parcela paga.
Os recursos para o programa são fruto de uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Família (Sedef) e a Casa Civil, com aporte do Tesouro Estadual, do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA) e da Assembleia Legislativa do Paraná. O dinheiro é depositado diretamente nos fundos municipais e as prefeituras serão responsáveis pela licitação. Cada unidade deve receber cerca de R$ 1,3 milhão.
O programa atende um pedido das prefeituras para reduzir o déficit de vagas na educação infantil paranaense. Há mais de 20 anos que o Governo do Paraná não lançava um pacote de construção de creches desse porte para apoiar os municípios.
Todos os atos que envolvem o Programa Infância Feliz, em especial a construção das creches, estão publicados nos Diários Oficiais do Governo do Paraná, com a listagem de cidades, critérios de seleção e outras informações.
PRIMEIRA INFÂNCIA – O investimento também vai fortalecer a Política da Primeira Infância no Paraná, conforme a Lei Estadual 21.870/2023, que prevê a implantação do programa Infância Feliz e que, entre outras ações, trata da construção desses espaços. O Estado tem um dos menores índices do País de crianças de 0 a 3 anos que não frequentam a creche, além de ter o segundo melhor índice de alfabetização de crianças do País.
“A primeira infância, que vai do zero aos 6 anos, é uma idade propícia para desenvolver conexões neurais e a capacidade de se relacionar com as pessoas no mundo”, explicou a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Juliana Sabbag.
“Tem uma frase que eu gosto muito, que diz que ‘o berço da desigualdade é a desigualdade no berço’. Então, quando a gente começa uma vida sem ter a oportunidade de ter o desenvolvimento garantido, isso influencia lá na frente. Nosso objetivo é garantir que todas as crianças tenham condição de se desenvolver igualmente”, destacou.
Por - AEN
O Paraná foi o terceiro estado que mais gerou empregos formais em todo o Brasil nos cinco primeiros meses de 2024, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.
Entre janeiro e maio, foram gerados 96.019 novos postos de trabalho em todo o Estado, resultado da diferença entre as 880.456 admissões e os 784.437 desligamentos registrados em 2024.
O Paraná ficou atrás somente de São Paulo (328.685) e Minas Gerais (133.412), que são estados mais populosos. Na sequência, com menos empregos criados do que o Paraná, estão Santa Catarina (84.481), Rio de Janeiro (73.310), Goiás (58.813) e Rio Grande do Sul (47.125). Em todo o Brasil, o saldo positivo de empregos no acumulado do ano foi de 1.088.955.
“Este índice confirma mais uma vez o bom momento da economia paranaense, resultado da vinda de investimentos de peso para o Estado e do trabalho de desburocratização que o Governo tem feito para facilitar a contratação de trabalhadores”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
O saldo positivo de vagas criadas no Paraná em 2024 é 51,7% superior ao registrado no mesmo período de 2023, quando foram registrados 63.272 novos empregos. Levando em conta somente os postos de trabalho criados em maio de 2024, o saldo positivo foi de 8.082 novas vagas, fruto da diferença de 163.473 admissões e 155.391 desligamentos.
Com isso, o Paraná chega a 3.187.420 pessoas empregadas com carteira assinada segundo o Caged, o maior estoque já registrado em toda a série histórica do levantamento desde que foram adotados os padrões estatísticos atuais, em janeiro de 2020.
SETORES – Das 96.019 novas vagas de trabalho formais criadas ao longo do ano, 52.437 são ligadas ao setor de serviços, com destaque para a as atividades administrativas, que foram responsáveis pela criação de 20.523 novos empregos, e atividades ligadas à educação, com 7.404 novas vagas.
Na indústria, segundo setor que mais criou vagas no Estado, com 22.905 novos empregos, a área de melhor desempenho foi a fabricação de produtos alimentícios, com 5.905 novos postos formais de trabalho.
Entre os setores, na sequência, estão a construção, com um saldo positivo de 11.389 empregos, o comércio, com 8.063 novas vagas no ano, e a agropecuária, com 1.227 novos postos de trabalho.
Por - AEN
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou nesta quarta e quinta-feira (26 e 27) uma capacitação para profissionais que integram a 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu e a 10ª Regional de Cascavel, no Oeste do Paraná.
Os encontros são voltados para o cuidado e atenção às pessoas com mais de 60 anos, mais uma ação do Governo do Estado direcionada a esta faixa etária, seguindo as políticas públicas para idosos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Mais de 500 pessoas participaram do evento que aconteceu nos municípios de Cascavel e Medianeira. As equipes da Rede de Atenção à Saúde das regiões visam a expansão do conhecimento sobre a Linha de Cuidado da Pessoa Idosa.
Os eventos estão previstos como etapa do PlanificaSUS Paraná, discutido no Planejamento Regional Integrado e programados na agenda estratégica do projeto “Envelhecer com Saúde no Paraná”.
“As ações de saúde para a pessoa idosa precisam estar voltadas para a manutenção e a recuperação da autonomia e da independência. Não basta só cuidar de doenças, precisamos promover o envelhecimento com autonomia, independência e qualidade de vida”, ressaltou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.
“Esses encontros ajudam a colocar em prática essas mudanças inovadoras no processo de trabalho das equipes de saúde e no perfil assistencial”, acrescentou.
MUTIRÃO – Além da capacitação técnica, os profissionais participaram também do Mutirão de Saúde da Pessoa Idosa. Em Cascavel, a ação contou com a presença de aproximadamente 60 pessoas, que puderam colocar em dia a caderneta de saúde da pessoa idosa e ainda serem atendidas pela equipe multiprofissional. Em Medianeira, a iniciativa reuniu 150 pessoas.
O mutirão é uma das estratégias utilizadas no Paraná para identificar os riscos de saúde das pessoas idosas, capacitar as equipes de saúde e educar o público-alvo da região sobre cuidados necessários à saúde e sobre seus direitos.
Os profissionais de saúde colocam em prática muitos dos conteúdos abordados durante o encontro, como, por exemplo, a estratificação de risco, que permite definir priorizações necessárias para o cuidado ideal.
“O cuidado individualizado é uma das diretrizes do Projeto Envelhecer com Saúde no Paraná, que tem na Atenção Primária a porta de entrada da assistência, e por isso a necessidade de qualificação e atualização de todos os profissionais envolvidos, sejam dos municípios ou do Estado. Um trabalho conjunto refletirá em melhores atendimentos e maior resolubilidade”, destacou a chefe da Divisão de Atenção à Saúde do Idoso da Sesa, Giseli Rocha.
Por - AEN
O cuidado paliativo, prestado por equipes multiprofissionais que trabalham na assistência do paciente e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida, é uma principais vertentes da atenção primária e atenção especializada, para reforçar o atendimento humanizado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
No Paraná, de acordo com levantamento da Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde, 3.958 pessoas receberam esse tipo de atendimento entre janeiro e maio deste ano, dentro da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Os dados foram extraídos do Sistema de Informação da Atenção Básica (Sisab), do Ministério da Saúde.
“Historicamente, no Paraná os cuidados paliativos são ofertados de forma predominante na área hospitalar, com foco na oncologia. Entretanto, é necessário avançar para a prática desse cuidado em outros níveis da Rede de Atenção da saúde pública, considerando que muitos usuários com doenças ameaçadoras da vida estão nos domicílios”, diz a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a maioria das pessoas vivendo o processo ativo de adoecimento está em casa, sendo a família a provedora de aproximadamente 85% dos cuidados em saúde. Estima-se que mais de 56 milhões de pessoas ao redor do mundo e 625 mil, somente no Brasil, tenham necessidade desse tipo de cuidado.
Do total de atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em cuidados paliativos, de janeiro a maio deste ano, 1.200 foram realizados na atenção primária (prestada nos municípios) e 2.758 na atenção especializada, que envolve atendimento domiciliar e ambulatorial. Esse cuidado integra profissionais de diversas áreas, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, médicos, psicólogos e fisioterapeutas. Em todo o ano de 2023 foram registrados 13.099 atendimentos em cuidados paliativos na atenção primária (4.150) e atenção especializada (8.949).
O Governo do Estado acompanha essa necessidade e tendência mundial de atendimento domiciliar. Nesse contexto, a Sesa instituiu, em outubro do ano passado, por meio da
, o Grupo Condutor, responsável pela elaboração e monitoramento do Plano Estadual de Cuidado Paliativo no Estado.No início deste mês de junho, cerca de 100 profissionais das Regionais de Saúde se reuniram para aperfeiçoarem seus conhecimentos no tema, a fim de replicarem aos demais profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e ambulatórios dos municípios. O encontro fez parte de mais uma etapa do PlanificaSUS, projeto estratégico de reorganização e metodologias do SUS.
VISITAS - No Noroeste do Paraná, no município de Iguaraçu, de abrangência da 15ª Regional de Maringá, Luriko Tsukamoto, 86 anos, faz parte deste recorte, e recebe acompanhamento multiprofissional, feito pela equipe de saúde da família da unidade Copacabana. O atendimento domiciliar teve início em 2022. As visitas são realizadas, em média, uma vez por mês pelo médico e semanal ou quinzenal por equipe formada por técnica de enfermagem, enfermeira e fisioterapeuta, além do acompanhamento no município, com o geriatra. Ela tem hipertensão arterial e doença de Alzheimer.
EXPERIÊNCIA DOS HOSPITAIS - Esta humanização no cuidado com o paciente também é uma busca dos hospitais, que contam com equipes ou mesmo centros de cuidados paliativos. Em 2023 houve 7.488 atendimentos, em 18 unidades hospitalares, visando proporcionar uma experiência mais digna e confortável para os pacientes. A comissão de cuidados paliativos dos Hospitais Zona Norte e Sul de Londrina, no Norte do Estado, acompanhou 226 pacientes.
Aqueles elegíveis para cuidados paliativos são do próprio município ou referenciados da Macrorregião Norte. No total são 16 leitos exclusivos, das duas unidades hospitalares. Todos os pacientes internados recebem atendimento multiprofissional, contando com médico exclusivo, psicóloga, nutricionista, fisioterapeuta, assistente social e equipe de enfermagem.
“A enfermaria possui horário de visita ampliado, permitindo um número maior de visitantes por paciente. Isso visa humanizar o ambiente hospitalar, tornando-o mais acolhedor e impactando positivamente a experiência e o conforto dos pacientes”, disse Reilly Lopes, diretor-geral do Hospital Zona Norte.
Para o diretor-geral do Hospital Zona Sul, Geraldo Júnior Guilherme, trata-se de um trabalho maravilhoso, acolhedor e que envolve muitas pessoas. “Humanizamos a assistência em pacientes com pouca perspectiva terapêutica. Esse cuidado evita medidas invasivas e agressivas. A terminalidade da vida deve ser digna para todas as pessoas. É uma forma moderna de tratar e cuidar das pessoas”.
EFETIVIDADE - Em dezembro de 2023, o Ministério da Saúde anunciou a implantação da Política Nacional de Cuidados Paliativos, com a adesão de estados e municípios. A Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) e a Frente Paliativista têm mapeado diversos lugares que ofertam esses cuidados, mas a autodeclaração dos serviços ainda é incipiente.
“Essa política pública está em andamento no Paraná, assim como em todo o país. Estamos expandindo esse cuidado e capacitando os profissionais para identificarem quem são esses pacientes e quais são elegíveis. Nossa prioridade é sempre, valorizar a vida”, finaliza Maria Goretti.
Por - AEN