Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) nesta quarta-feira (29) colocou as rodovias paranaenses entre as melhores do Brasil.
De acordo com os critérios estabelecidos pelo estudo anual, que analisou 6.386 quilômetros de estradas no Estado, 40,8% dos trechos das rodovias paranaenses foram classificados como bons ou ótimos e 43,2% como regular.
Os números do Paraná estão acima da média nacional, que registrou 32,5% de trechos considerados bons ou ótimos, 41,4% de regulares e 26,1% de ruins ou péssimos na somatória dos 26 estados e do Distrito Federal.
O Estado também apresentou evolução no comparativo com os próprios dados contidos no estudo de 2022 da CNT. Houve um aumento de 3,3 pontos percentuais na avaliação positiva, que passou de 37,5% (sendo 26,2% bom e 11,3% ótimo) para os atuais 40,8% (28,3% bom e 12,5% ótimo) na avaliação geral.
Entre os critérios avaliados, estão as condições do pavimento, acostamentos e pontes, faixas adicionais, existência de trechos perigosos, sinalização e a visibilidade dos motoristas que trafegam pelas rodovias. Cada critério macro foi subdivido em outros indicadores específicos que podem ser consultados na
.O cálculo dos indicadores estabelecidos coloca as rodovias do Paraná nas melhores condições da região Sul. No Estado, 12,5% dos trechos são avaliados como ótimo, enquanto esse percentual é de 9,4% em Santa Catarina e de 5% no Rio Grande do Sul. Na outra ponta, o Paraná também possui menor percentual de trechos considerados péssimos, com apenas 2,6% do total, ante 3,3% no Rio Grande do Sul e 8% em Santa Catarina.
O Paraná também é líder da região no critério de classificação por sinalização. O ranking leva em conta a presença e visibilidade de placas de regulamentação, indicação e advertência, dispositivos auxiliares e a sinalização horizontal existente no pavimento, como pinturas das faixas centrais e laterais. Neste quesito, o Estado registra 53% de avaliação ótima ou boa, contra 30,2% de Santa Catarina e 29,9% do Rio Grande do Sul. Na média nacional, o índice é de 40,1% de avaliação positiva.
Outro critério avaliado pela CNT foi a composição das rodovias, que no estudo foi chamado de Geometria da Via. Na prática, o indicador avalia o percentual de pistas simples ou duplas, a presença ou não de faixas adicionais para ultrapassagem, a existência de barreiras ou canteiros centrais para separação das vias em sentidos opostos e as condições de pontes e viadutos, incluindo a proteção contra quedas.
Novamente, o Paraná apresenta índices melhores do que a média nacional e os melhores do Sul do Brasil. A avaliação da Geometria da Via aponta que 40,7% das rodovias analisadas no Paraná são boas ou ótimas. O mesmo critério tem 34% de aprovação na média nacional, 31,7% no Rio Grande do Sul, e 30,7% em Santa Catarina.
MELHORIAS – Mesmo já figurando entre os melhores estados do País, a perspectiva do Paraná é de continuar melhorando no ranking de rodovias nos próximos anos. Isso se deve à perspectiva de investimentos de mais de R$ 50 bilhões por meio do pacote de novas concessões rodoviárias, em que dois lotes já foram leiloados, e que serão aplicados em melhorias de 3,3 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais.
Além das parcerias com a iniciativa privada, o Governo do Estado também está executando outros R$ 8 bilhões em obras de infraestrutura e logística com recursos próprios e de outros parceiros, como a Itaipu Binacional e os municípios.
O DER/PR ainda prepara para 2024 três novos programas de conservação: Programa de Manutenção/Conservação do Pavimento - ProMAC, contemplando cerca de 10.000 km de rodovias; Programa de Conservação da Faixa de Domínio - ProFaixa, que consiste basicamente na limpeza dos dispositivos de drenagem e sinalização e controle da vegetação ao longo das rodovias; e Programa de Manutenção da Pista e da Faixa de Domínio (Novas Concessões) - ProIntegra, concebido para atender aos trechos de rodovias estaduais que constam no rol de rodovias que estão em processo de concessão.
PESQUISA – Em sua 26ª edição, na Pesquisa CNT de Rodovias os dados de 2023 foram coletados por 20 equipes de pesquisa, que, saindo de 12 capitais, avaliaram 111.502 quilômetros em 32 dias. Cada equipe foi alocada em uma rota, recebendo instruções específicas para o seu trajeto.
Os dados utilizados foram obtidos por meio de análise visual em campo, captura de imagem em vídeo com posterior avaliação via inteligência artificial, mapeamento prévio em escritório, a partir das bases de dados de edições anteriores da pesquisa e de outras bases georreferenciadas de uso público. Ao fim da coleta, os dados obtidos pelas três fontes foram processados em conjunto para gerar a avaliação.
Por - AEN
O Governo do Paraná incentiva a criação de conselhos municipais da pessoa com deficiência para ampliar e reforçar as ações voltadas a esse público.
O tema fez parte da pauta do Encontro Regional dos Conselhos Municipais da Pessoa com Deficiência, realizado em Ibiporã, no Norte do Estado, nesta quarta-feira (29). O evento foi uma parceria entre Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, prefeitura, núcleo regional e Instâncias Avançadas da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef).
O objetivo foi a troca de experiências e o incentivo para que mais municípios criem e fortaleçam os conselhos. Atualmente são 163 conselhos municipais atuando e 329.158 pessoas com deficiência cadastradas no CadÚnico.
“Em setembro, o governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou a lei de criação do Fundo da Pessoa com Deficiência para a destinação de recursos fundo a fundo aos municípios. Por isso estamos incentivando a criação dos conselhos e dos fundos municipais, para que esses recursos possam ser aplicados na garantia de direitos e na concretização das políticas públicas para as pessoas com deficiência”, destacou o secretário Rogério Carboni.
Durante todo o dia, mais de 50 pessoas, de 40 municípios, puderam conhecer mais detalhadamente as leis pertinentes para a criação de conselhos e receberam orientações sobre os procedimentos necessários para isso.
“O crescimento dos conselhos municipais é uma das formas de fortalecimento da política da garantia de direitos para as pessoas com deficiência Paraná. Ao ouvi-los, conseguiremos melhorar os projetos e programas para que possam atender aos que mais precisam", afirmou o coordenador das Políticas da Pessoa com Deficiência da Sedef, Felipe Braga Côrtes.
Para o prefeito de Ibiporã, José Maria Ferreira, o encontro demonstra o cuidado e o zelo, tanto da gestão municipal quanto do Governo do Estado, para com as pessoas com deficiência. “O governador e todo o seu secretariado têm feito um esforço grande para alavancar recursos para o desenvolvimento de programas para que nós, gestores municipais, possamos fazer o desenvolvimento social das nossas cidades, oferecendo uma qualidade de vida ainda melhor”, ressaltou.
A Fomento Paraná e o Sebrae/PR firmaram nesta quarta-feira (29) um termo de cooperação que amplia a parceria entre as duas instituições no âmbito do Programa Nacional de Crédito Produtivo Orientado (PNMPO).
A cooperação das entidades estabelece uma atuação coordenada, com compartilhamento de informações técnicas e a conjugação de esforços visando o apoio aos empreendedores que buscam crédito na Fomento Paraná.
O acordo foi assinado durante o Encontro Estadual de Agentes de Crédito, que acontece em Foz do Iguaçu. O evento, que começou terça e segue até esta quinta-feira (30), reúne agentes que atuam em mais de 300 municípios operacionalizando o acesso ao microcrédito por meio de salas do empreendedor, agências do trabalhador e outras estruturas públicas.
A Fomento Paraná já atua com modelo de crédito orientado, ou seja, apoia o empreendedor na elaboração do projeto, solicita plano de negócios, acompanha de perto o empreendimento e a aplicação do recurso liberado. A parceria vai reforçar essa atuação.
Além do programa conjunto de formação continuada de agentes de crédito, o Sebrae/PR colocará uma série de estratégias e soluções de crédito orientado à disposição das micro e pequenas empresas atendidas pela Fomento Paraná, tanto no pré-crédito, principalmente para empresas sem o acesso a ele, quanto no pós-crédito.
De acordo com o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves, a parceria com o Sebrae é fundamental para que a instituição financeira do Governo do Estado alcance o empreendedor em cada canto do Estado, seja levando capacitação, para ele gerenciar melhor o negócio, seja levando crédito em condições adequadas para crescer.
“Agora vamos avançar na integração de esforços para ajudar aqueles empreendedores que têm o crédito recusado e podem, por meio da capacitação e assessoria do Sebrae, entender as dificuldades e implantar melhorias em seus negócios para que o crédito possa ser efetivamente usado de forma produtiva”, afirmou.
O diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta, detalha que esse foco de trabalho com o chamado pré-crédito ampliará o número de empresas atendidas. “Vamos, junto com a Fomento, buscar aqueles empreendedores que não têm acesso, orientá-los, e gerar mais condições para que acessem as linhas específicas e fundos que são feitos para favorecer as micro e pequenas empresas”, explicou.
Assinaram o termo de cooperação o presidente da Fomento Paraná, o superintendente do Sebrae-PR, os diretores de Mercado da Fomento Paraná, Vinícius Rocha, e de Operações do Setor Privado, Renato Maçaneiro, que é também membro do Conselho do Sebrae/PR, e Luiz Marcelo Padilha, gerente da Unidade de Ambiente de Negócios do Sebrae/PR.
Por - AEN
O Paraná segue se destacando no controle ao desmatamento ilegal da Mata Atlântica. Um relatório divulgado nesta quarta-feira (29) pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com a Arcplan e o MapBiomas revela que o Estado reduziu em 64% a supressão vegetal entre janeiro e agosto deste ano no comparativo com o mesmo período do ano passado. Passou de 2.763 hectares para 992 hectares desflorestados.
O índice é o segundo melhor do País, atrás apenas de Santa Catarina (66%), e superior à média nacional (59%).
O estudo também aponta que o total de eventos relacionados ao desmatamento reduziu de 4.414 para 2.386, assim com a área média desmatada, de 4,4 hectares para 3,4 hectares.
O desempenho corrobora os números divulgados em julho pelo menos grupo de pesquisadores do bioma nacional. Na ocasião, o Paraná apresentou queda de 54% nos primeiros cinco meses de 2023, novamente no mesmo intervalo de tempo em 2022. O desmatamento também já tinha diminuído 42% entre 2021 e 2022 no Paraná.
Para Everton Souza, diretor-presidente do IAT, a redução está diretamente ligada à política de meio ambiente implementada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior a partir de 2019. Segundo ele, as ações estão direcionadas para fiscalização, repressão, educação e incentivo ao uso da tecnologia como aliada à técnica e experiência dos profissionais do IAT.
“É resultado de um trabalho muito sério. O Paraná fez do combate ao desmatamento ilegal uma obsessão, se tornou ainda mais vigilante, e assim conseguimos salvar muitas florestas. Essa redução reforça que o planejamento implementado pelo governador Ratinho Junior está surtindo o efeito desejado”, destacou. “Mas não estamos completamente satisfeitos. Queremos e vamos melhorar ainda mais esses números. Aqui no Paraná a tolerância com o desmatamento é zero”.
O diretor-presidente do órgão ambiental lembrou que o combate ao desmatamento se tornou muito mais intenso nos últimos anos no Paraná e é realizado diariamente por cerca de 600 pessoas em todo o Estado. De 2018 até a primeira quinzena de novembro de 2023 foram expedidos 16.282 Autos de Infração Ambiental (AIA), com multas que somam R$ 362 milhões. Desse montante, 3.319 AIA e R$ 102,7 milhões em multas são deste ano. “Há uma fiscalização intensa, 24 horas por dia, via satélite. Quem teimar em andar fora de lei, será descoberto”, afirmou Souza.
O valor arrecadado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000.
TECNOLOGIA – O cuidado com o bioma natural paranaense ganhou apoio significativo da tecnologia nos últimos anos. O instituto ambiental do Estado passou a fiscalizar supressões de floresta natural a partir de alertas gerados por imagens de satélite.
Os Alertas MapBiomas são publicados na Plataforma MapBiomas Alerta e, a partir deles, o NGI analisa as imagens mais recentes, que tem um "delay" de cerca de um mês. Essa investigação resulta na elaboração de laudos técnicos com a delimitação da área do desmatamento, os possíveis autos de infração e áreas embargadas.
Além disso, a tecnologia permite verificar o licenciamento dos imóveis e também sua sobreposição com Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Os laudos são enviados diretamente para as regionais do IAT para serem tomadas as devidas providências.
Esse núcleo de inteligência iniciou recentemente a análise de alertas de desmatamento detectados nos últimos cinco dias, via Plataforma Global Forest Watch. Ela integra alertas de desmatamento GLAD, criados pelo laboratório Global Land Analysis and Discovery (GLAD) da Universidade de Maryland, dos Estados Unidos.
Agora, está em andamento a contratação de um sistema próprio de detecção de mudança de uso e ocupação do solo. A plataforma busca identificar desmatamentos e movimentações de solo ilegais no Paraná utilizando imagens de alta resolução (3 metros), o que permite a detecção de áreas menores que 1 hectare, e praticamente em tempo real, o que pode levar policiais e fiscais a áreas sensíveis cada vez mais cedo.
O Estado também está investindo na implementação do Sistema de Fiscalização e Controle Ambiental (FICA) e outras aplicações geoespaciais. O FICA deve começar a funcionar em 2024 e modernizará todo o processo de gestão dos autos de infração, incorporando controle de todas as fases processuais em um ambiente web, integrando todos os sistemas do IAT, como o licenciamento ambiental, a outorga do uso da água e o de monitoramento. Assim possibilitará a elaboração de estratégias de fiscalização mais preditivas, proativas e com melhor embasamento técnico.
Um dos componentes do FICA é o APP Auto de Infração Ambiental Eletrônico – AIA-e, aplicativo para uso em dispositivos móveis, que permite o cadastro das autuações das infrações ambientais em campo. O AIA-e já está em fase de implantação e é baseado no uso da geotecnologia permitindo georreferenciar a ocorrência.
ÁREA VERDE EM CRESCIMENTO – Um levantamento preparado pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT, com base em dados de 2021 do MapBiomas, também revela que o Paraná teve um aumento significativo de cobertura florestal natural nos últimos anos. Passou de 54.856 km² em 2017 para 55.061 km² em 2022, uma diferença de 205 km², o equivalente a uma área de 20,5 mil campos de futebol.
O Paraná foi o único estado do Sul do País com aumento de cobertura vegetal no período. Santa Catarina reduziu a vegetação de 40,4 mil km² para 39,6 mil km² de 2017 a 2021. Já no Rio Grande do Sul passou de 27,9 mil km² para 27,7 mil km² no mesmo período. Em Santa Catarina houve um declínio constante da área verde desde 1985, com aumento entre 2010 e 2015, mesma realidade do Rio Grande do Sul, que observou uma pequena mudança de cenário entre 2012 e 2018.
COMO AJUDAR – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora silvestre. O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão. Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente).
Por - AEN
O Instituto Água e Terra (IAT) deu início nesta semana à formatação do Plano Estadual para a Conservação de Grandes Felinos.
A iniciativa integra o Programa de Conservação de Grandes Felinos no Estado, lei 21.306/2022 sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior no fim do ano passado. Essa é uma das ações do Governo do Paraná para celebrar o Dia Internacional da Onça-Pintada, comemorado nesta quarta-feira (29). A outra é o lançamento do e-book “Casos de suspeita de ataque por onças: como proceder?, Guia orientativo para agentes públicos do Estado do Paraná”, também disponível no site do órgão ambiental.
Biólogo da Divisão de Estratégias de Conservação do IAT, Mauro Britto explica que o plano estadual propõe como medidas iniciais o levantamento da existência de onças-pardas (Puma concolor) e onças-pintadas (Panthera onca) no território paranaense, assim como o monitoramento desses animais. De acordo com o Livro Vermelho da Fauna Paranaense, ambas as espécies correm risco de extinção em decorrência do desmatamento, caça e atropelamentos. Todas as proposições precisam ser colocadas em prática em um intervalo de até cinco anos.
“Procuramos tratar nesse plano todos os problemas na tentativa de reduzir essas ameaças, descobrir novas informações sobre as populações e quais as ações de incentivo podem gerar novos conhecimentos, a fim de proteger melhor os grandes felinos”, diz o biólogo.
A elaboração e execução do plano está sob responsabilidade do IAT, mas conta com a parceria do Projeto Onças do Iguaçu, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (ICMBio/CENAP), Grupo Especialista em Planejamento de Conservação (CPSG), Itaipu Binacional, Programa Mamíferos da Serra do Mar, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.
A região de fronteira do País com Paraguai e Argentina, no Oeste do Estado, e a Serra do Mar são os locais selecionados para o estudo por possuírem grandes áreas florestadas com remanescentes de Mata Atlântica e também pela existência confirmada de onças.
“Como não há mais muitas florestas, a onça-parda jovem fica perdida e tem de demarcar um território, mas como não existem presas, falta habitat, acaba indo parar nas cidades. Já a pintada tem uma preferência muito forte por áreas de florestas, dificilmente vai parar na cidade. Mas como ela é muito caçada, e sofre com atropelamentos também, isso acaba afetando as populações”, ressalta Britto.
Os monitoramentos serão executados tanto por armadilhas fotográficas quanto pela captura desses animais para obter informações para abastecer um robusto banco de dados. A captura consiste em uma armadilha para prender o animal para que biólogos e veterinários possam anestesiar a onça e coletar o sangue e o pelo, por exemplo. Essa informações serão usadas na formatação de um banco genético.
Logo após os estudos, as onças são devolvidas ao habitat natural, sem nenhum risco para a saúde dos animais.
E-BOOK – O IAT lançou, também nesta quarta-feira (29), o informativo “Casos de suspeita de ataque por onças: como proceder? Guia orientativo para agentes públicos do Estado do Paraná”. Ele é resultado de um trabalho de conclusão de curso do residente técnico do IAT, Bruno Reis Martins. A primeira versão foi elaborada entre os anos de 2021 e 2022. O trabalho que foi retomado em 2023 pela gerência de biodiversidade do órgão ambiental.
O material tem por objetivo orientar o quadro de funcionários do instituto para atender, de forma padronizada, as suspeitas de ataques de onças em propriedades agrícolas e residências mais afastadas, a fim de preservar a vida dos animais.
Nesse sentido, o documento busca evidenciar também a importância da coexistência pacífica entre as pessoas e os grandes felinos. “De forma geral, mortes de animais de rebanho costumam ser atribuídas às onças. Nessas situações, os escritórios do IAT costumam ser um dos primeiros locais nos quais a população busca ajuda, mas, devido à falta de padronização neste tipo de atendimento, e ao desconhecimento de parte das equipes técnicas, podem ocorrer atendimentos equivocados e orientações errôneas. Isso pode colocar em risco tanto as onças quanto a população”, explica a bióloga da Divisão de Estratégias de Conservação da Diretoria de Patrimônio Natural do IAT, Tauane Ingrid Ribeiro.
“Além disso, a capacitação técnica oferecida aos servidores do IAT amplia as competências profissionais de cada um, proporcionando atualização do conhecimento e melhoria na qualidade do serviço prestado pelo instituto”, acrescenta.
PROGRAMA – O Programa de Conservação de Grandes Felinos tem como linhas de ação a elaboração de políticas públicas e legislação; proteção, conservação, restauração e conexão de habitats; pesquisa científica e extensão; monitoramento e manejo populacional; saúde única; fiscalização; gestão de conflitos; educação ambiental; e comunicação e engajamento.
O programa também prevê a criação de um banco de dados de ocorrências envolvendo esses animais dentro do território paranaense, o que ajudará a mapear a quantidade, onde eles vivem e os níveis de ameaça contra a fauna.
Por - Agência Brasil
A Secretaria de Estado da Educação (SEED/PR) promove até sexta-feira (1º), em Curitiba, a Semana de Robótica, Conectando Mentes, evento especial de encerramento da jornada 2023, com 200 professores de robótica da rede estadual de ensino.
Realizada por meio da Diretoria de Tecnologia e Inovação, por meio da Coordenação de Tecnologias Educacionais (CTE), as atividades iniciaram na terça (27).
A programação é dedicada à valorização dos professores e práticas pedagógicas que tornam o programa de robótica da SEED uma referência nacional de ensino e aprendizagem. Em 2023, ele completa três anos, propiciando o desenvolvimento de novas habilidades, com estímulos à criatividade e ao trabalho em equipe, com ênfase no domínio dessa tecnologia para tornar o aprendizado mais interativo e dinâmico.
Em 2021, no início da implantação do ensino de robótica, a primeira ação da Secretaria de Estado da Educação foi a aquisição de 2.577 kits, distribuídos a 277 escolas, para iniciarem a oferta das aulas naquele mesmo ano. Em 2023, já são 1.672 escolas e 20.555 estudantes atendidos com mais de 18 mil kits distribuídos.
Na abertura, o secretário da Educação do Paraná, Roni Miranda, destacou alguns desafios que a Secretaria tem ultrapassado para proporcionar um ensino de qualidade para os milhares de alunos que têm aulas de robótica. “Os desafios são grandes. Trabalhamos com educação pública em 399 municípios, onde encontramos adversidades, como as relacionadas à localização geográfica de cada escola e à conexão com a internet, mas, gradativamente, estamos superando. No início, a internet era via satélite, hoje é por fibra ótica, incluindo as escolas indígenas”, lembrou.
De acordo com o secretário, neste ano a SEED adquiriu mais de 120 mil equipamentos de informática, investindo em computadores, tablets e chromebooks, que foram distribuídos para todas as escolas estaduais do Paraná.
“A qualidade do ensino no Paraná é reconhecida em todo o Brasil. Nada disso aconteceria se o professor e a professora não encampassem nossas propostas de ensino, inclusive a do programa de robótica. Os professores presenciam e testemunham o que os nossos meninos e meninas podem fazer, usando a criatividade, a resiliência e a persistência em buscar e realizar trabalhos de qualidade”, ressaltou.
Segundo o coordenador de Tecnologias Educacionais da Pasta, Marcelo Gasparin, está planejada uma nova expansão da robótica para o ano de 2024. O programa deve contemplar até 200 novas escolas da Educação em Tempo Integral e novos Colégios Cívico-Militares.
“Vamos seguir com o atendimento e possível expansão das turmas de ensino médio das escolas optantes pelo itinerário formativo de Matemática e Ciências da Natureza. Assim, a SEED pretende aumentar o seu quantitativo de novos kits educacionais de robótica livre em 10 dez mil unidades”, afirmou.
PROGRAMAÇÃO DA SEMANA – As atividades da Semana de Robótica incluem oficinas, palestras e apresentações com a participação de professores de robótica de toda a rede. São cinco oficinas inéditas, que acontecem nesta quinta-feira (30), sobre temas lúdicos como a folclórica busca pelo tesouro do pirata Zulmiro, unindo a robótica a histórias de Curitiba, com fatos históricos e gamificação.
“Os participantes dessa atividade usam os conhecimentos de robótica para superar desafios em um mapa de túneis subterrâneos para encontrar o suposto tesouro do pirata Zulmiro. Uma nova forma de trabalhar com robôs seguidores de linha e trabalho em equipe”, explicou o coordenador.
Há, ainda, oficinas sobre construção e programação de robôs controlados por meio de rede sem fio por dispositivos móveis, com direito à “dança dos robôs”, baseada na famosa brincadeira da “dança das cadeiras”; e de competições de sumô, por meio de robôs, colocando à prova a engenhosidade e habilidades de engenharia dos participantes.
“Nesta competição, pequenos robôs projetados e construídos pelos participantes devem competir em um ringue, com o objetivo de empurrar o adversário para fora ou desativá-lo. A disputa promove a aprendizagem de eletrônica, programação e estratégia, enquanto oferece uma experiência prática e divertida no mundo da robótica”, ressaltou.
Outras duas oficinas estão programadas para o grupo: uma delas para organizar projetos de robótica educacional, com a proposta de conceitos de aprendizado por storytelling, resolução de problemas e gamificação, juntando teoria e prática. Na outra, os professores serão desafiados a construir um protótipo para o ensino de eletrônica básica, tomando como base o formato de um programa televisivo, o "Masterchef", combinando componentes eletrônicos (ingredientes), para criar conexões modulares (tempero), com o objetivo de apresentar o protótipo final (prato).
Os participantes deverão adaptar o protótipo para eventuais necessidades especiais dos alunos (cegueira, surdez, TDAH, autismo, altas habilidades). Essa atividade será realizada em parceria com o Departamento de Educação Inclusiva (DEIN) da SEED.
Por - AEN