Com o objetivo de fortalecer as medidas de prevenção contra a planta daninha Amaranthus palmeri no Paraná, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) iniciou nesta semana uma capacitação para seus servidores de inspeção de colheitadeiras e outros equipamentos agrícolas.
O treinamento, que reforçará o conhecimento sobre esse trabalho, está sendo ministrado pelo Sistema Federação da Agricultura do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar), começou segunda-feira (24), com previsão de término para o dia 12 de julho. As atividades ocorrem no Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) da Faep/Senar em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná.
A Amaranthus palmeri está presente no Brasil desde 2015, mas sem ocorrência registrada no Paraná. Sua incidência impacta em qualquer cultura, mas os maiores prejuízos estariam nas lavouras de grãos. Relatos indicam que uma única planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes. O controle ineficiente pode até mesmo inviabilizar a colheita, aumentando o uso de herbicidas e os custos de produção, com potencial de causar grandes prejuízos para a agricultura paranaense.
O treinamento promovido pela Adapar está dividido em quatro turmas, cada uma delas composta por cerca de 15 participantes, totalizando 60 servidores. O chefe do Departamento de Sanidade Vegetal (Desv) da Adapar, Renato Rezende Young Blood, enfatiza a importância da iniciativa para a defesa agropecuária paranaense e para a aplicação da Portaria Adapar nº 129/2024 pelos servidores, como parte das ações para mitigar o risco de introdução de Amarathus palmeri no Paraná.
A Portaria estabelece procedimentos para a entrada de máquinas, implementos agrícolas e seus veículos transportadores no Paraná. Segundo a normativa, a entrada só é permitida se todos os componentes estiverem livres de solo e resíduos vegetais, tanto interna quanto externamente.
O chefe do Desv lembra que a detecção da praga no Mato Grosso do Sul, aliada à ausência de registros no Paraná, ratifica a necessidade de aprimorar as ações preventivas. Segundo Blood, a Amaranthus palmeri está entre as pragas consideradas de maior risco fitossanitário para o País, conforme hierarquização estabelecida no documento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A disseminação de plantas daninhas resistentes a herbicidas no Brasil ocorre principalmente pelo trânsito de máquinas e implementos agrícolas com solo aderido ou resíduos vegetais. O risco da introdução de Amaranthus palmeri no Paraná pode ser, dentre um deles, através do transporte de sementes em colheitadeiras e implementos agrícolas.
PLANO DE AÇÃO – O Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar trabalha com um plano de ação desde fevereiro do ano passado, quando houve a detecção da planta daninha em algumas propriedades no Mato Grosso do Sul. Este plano é fundamental para aumentar a proteção da agricultura paranaense e contribuir para a prevenção não só de Amaranthus palmeri, mas também de outras espécies de plantas daninhas resistentes, fungos, vírus, bactérias e nematoides.
POSTOS – A Adapar mantém mais de 30 Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário nas divisas do Paraná com Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, onde as inspeções de máquinas e implementos agrícolas são intensificadas para verificar a conformidade com a Portaria 129/24.
Por - AEN
O Sesi Paraná tem como missão promover a qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes, com foco na educação, segurança e saúde, além de estimular a gestão socialmente responsável da empresa industrial.
Tudo isso também é prioridade dentro da Primato, com isso a Cooperativa recebeu uma importante premiação que reconhece o trabalho promovido diariamente para garantir a segurança, a saúde e o bem-estar dos seus colaboradores.
Antes mesmo de realizar a entrega do selo que premiou a Primato, uma pesquisa foi realizada pelo Sesi em parceria com a empresa GPTW (Great Place to Work). Na ocasião as empresas avaliaram e certificaram o ambiente organizacional da Primato, reconhecendo as melhores práticas dentro dos critérios de segurança, saúde e bem-estar.
Diante dessa premiação a Cooperativa não somente celebra a organização e o reconhecimento, mas também está apta a usar este selo por 12 meses prazo para que uma nova premiação seja realizada.
“Trabalhamos incansavelmente em busca de melhorias em nossas relações. Esse prêmio evidencia como estamos dedicados e comprometidos com cada setor dentro da Primato e por isso celebramos mais esta conquista”, disse o gerente de divisão, Carlos Hech.
Por - Assessoria
Um estudo científico desenvolvido na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) busca auxiliar o tratamento de pacientes de diabetes tipo 2, uma doença crônica que afeta a forma como o corpo processa o açúcar do sangue, a chamada glicose.
O tratamento dessa condição clínica consiste no controle da glicemia com uso de medicamentos orais e injetáveis, associado com a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação balanceada.
A Federação Internacional de Diabetes (IDF), organização que reúne mais de 240 associações relacionadas à doença em mais de 161 países, estima que a prevalência dessa condição clínica no Brasil é de 10,5%, sendo a maioria, cerca de 90%, do tipo 2. A doença ocorre quando o organismo humano não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.
A pesquisa da instituição ligada ao Governo do Estado objetiva a substituição de medicamentos injetáveis por uma formulação oral em pacientes com o quadro avançado da doença. Desenvolvido no Departamento de Farmácia da Unicentro, o estudo propõe utilizar nanopartículas para proteger as moléculas do remédio durante a passagem pelo trato gastrointestinal, possibilitando a liberação prolongada do fármaco proteico no sangue.
Atualmente, pacientes que não respondem aos tratamentos medicamentosos convencionais precisam recorrer à combinação de insulina e liraglutida, um sintético injetável que reduz o índice glicêmico. As duas injeções precisam ser aplicadas diariamente, procedimento incômodo, desconfortável e até doloroso. A pesquisa paranaense resulta num medicamento que contém insulina e liraglutida e que pode ser ingerido por via oral em forma líquida, de modo que as nanopartículas transportam as substâncias pelo organismo humano.
Segundo a coordenadora da pesquisa, professora Rubiana Mara Mainardes, as nanopartículas atuam para proteger as moléculas do fármaco do meio ácido estomacal e das enzimas digestivas.
“Assim como temos comprimidos e cápsulas que transportam moléculas, trabalhamos com as nanopartículas, que têm tamanho muito pequeno e apresentam uma série de vantagens no organismo humano, para que essas estruturas sejam mais vantajosas para os pacientes”, explica a doutora em Ciências Farmacêuticas.
O projeto de pesquisa conta com financiamento do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, principal instituição de fomento científico paranaense, vinculada à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O estudo também recebeu recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
ESTUDO – O estudante de doutorado Jeferson Ziebarth participa do projeto como bolsista ligado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Unicentro. Com a supervisão da professora Rubiana Mainardes, o pesquisador desenvolve experimentos no Laboratório de Formulações Nanoestruturadas.
O estudo segue uma metodologia verde com abordagem baseada em proteínas vegetais, que é mais sustentável, de baixo custo e sem uso de solventes orgânicos, devido ao risco de resíduos tóxicos prejudiciais à saúde humana.
Mestre em química, Jeferson Ziebarth comenta sobre a relevância desse estudo acadêmico. “Essa pesquisa tem grande relevância para a sociedade, pois busca novas alternativas para o tratamento do diabetes pela via oral, e os resultados das análises, até então, são bastante animadores”, pontua o estudante.
Foram analisadas as proteínas do milho e da soja, que demonstraram eficácia em características de resistência ao suco gástrico, o principal agente da digestão de proteínas pelo estômago. Elas mostraram um potencial significativo para o transporte de moléculas instáveis nesse ambiente, como insulina e liraglutida. Na prática, a utilização dessas substâncias vegetais proporciona uma forma estável de proteção para essas moléculas.
Na primeira etapa, a pesquisa avaliou as características farmacológicas no transporte do medicamento pelas nanopartículas em quantidade suficiente para o tratamento da doença. Na fase seguinte, os pesquisadores analisaram a resistência de nanopartículas ao ambiente gástrico e às enzimas digestivas. O terceiro estágio dos experimentos constatou a eficácia do processo, comparáveis com os injetáveis convencionais. Parte dessa etapa foi conduzida em parceria com a doutora em Bioquímica Amanda Baviera, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, no interior de São Paulo.
A professora Rubiana Mainardes comenta sobre o estágio atual da pesquisa, que resultou em dois artigos científicos. “Agora estamos tratando os dados, fazendo todas as estatísticas, discutindo e procurando entender melhor os resultados”, salienta. “Como tivemos resultados muito bons, vamos pensar no desenvolvimento de um protótipo dessa formulação”, sinaliza a docente.
A docente reforça a importância da ciência para os avanços na área da saúde, como medicamentos, tratamentos e vacinas. “Obviamente o desenvolvimento de um país depende muito da pesquisa científica, o que torna necessário o incentivo governamental, inclusive para que mais alunos ingressem na pesquisa científica nas mais diferentes áreas do conhecimento”, salienta a pesquisadora.
O intuito é patentear a inovação para começar a produção em larga escala na indústria farmacêutica e disponibilizar, no futuro, o medicamento para os pacientes que vivem com a diabetes tipo 2.
SÉRIE – Esta é quarta matéria de uma série voltada para a divulgação científica, que tem como objetivo promover os resultados de estudos desenvolvidos por professores e estudantes que atuam com a pesquisa acadêmica nas sete universidades estaduais do Paraná.
Os textos são publicados semanalmente na Agência Estadual de Notícias (AEN) com o selo Paraná Mais Ciência, um programa estratégico do governo, previsto no Plano Plurianual do Estado (PPA). Esse programa viabiliza os recursos financeiros do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, administrado pela Secretaria da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
A primeira reportagem abordou uma pesquisa sobre aspectos de mudanças climáticas e a segunda tratou de estudo que analisa indicadores e aspectos epidemiológicos da saúde de mulheres paranaenses. A terceira matéria destacou um dermocosmético com capacidade para combater bactérias multirresistentes.
Por - AEN
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) recebe, entre os dias 25 e 28 de junho, as reuniões presenciais das Câmaras Técnicas da Associação Brasileira de Agências Reguladoras (Abar).
Na ocasião, especialistas de todo o país discutem as particularidades e o futuro da regulação de serviços públicos delegados no Brasil. Todos os painéis são híbridos, contando também com transmissão e participações online, por meio do canal da Associação Brasileira de Agências Reguladoras (Abar) no Youtube.
“Além de ser uma grande oportunidade de capacitação e aquisição de conhecimento para os nossos servidores, especialmente aqueles que integram o Quadro Próprio da Agepar, sediar as Câmaras Técnicas da Abar pela primeira vez demonstra que a Agência está crescendo em importância e relevância no cenário da regulação de serviços públicos no país”, analisa o Diretor-presidente da Agepar, Reinhold Stephanes. Entre os temas que serão discutidos ao longo da semana, estão saneamento básico, transportes e distribuição de gás canalizado, serviços públicos regulados pela Agência no Paraná.
Além de Stephanes, a cerimônia de abertura do evento, realizada na manhã desta terça-feira (25), contou com a presença do Presidente da Abar, Vinícius Benevides, do Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), Fernando Guimarães, do deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, do procurador-geral do Estado, Luciano Borges, e do procurador do Ministério Público João Henrique Vilela da Silveira.
Após agradecer a presença das autoridades, Benevides destacou a importância de reunir integrantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em um mesmo evento, para debater a regulação de serviços públicos no país. “Essa troca de informações é fundamental para o desenvolvimento das agências reguladoras de todo o país e é com muita honra que a gente vem ao Estado do Paraná para fazer este intercâmbio. Desta forma, a regulação de todo o país estará aqui no Paraná até sexta-feira”.
Guimarães, por sua vez, destacou que a participação do TCE-PR no evento também pode contribuir para o aprimoramento das atividades do Tribunal como órgão de controle. “Essas informações podem nos auxiliar a capacitar ainda mais nosso técnicos a respeito dos serviços públicos que são objeto de regulação no nosso Estado, pensando principalmente no usuário desses serviços”, ressaltou.
Durante a cerimônia de abertura das Câmaras Técnicas, também estiveram presentes os diretores da Agepar Rejane Maria Schirr Scolari (Regulação Econômica) e Marcelo Luiz Curado (Administrativo Financeiro), a Secretária-Geral das Microrregiões de Água e Esgoto, Márcia de Oliveira Amorim, e o Diretor Financeiro e Relações com Investidores da Sanepar, Abel Demetrio, assim como servidores da Agepar e de outras agências reguladoras e outros convidados.
Por - AEN
Com nota máxima, as Cataratas do Iguaçu, uma das Sete Maravilhas do Mundo, foram eleitas o principal atrativo do Brasil e da América do Sul, segundo levantamento da TripAdvisor, plataforma de viagens que atua como fornecedor de informações e opiniões sobre turismo. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (25).
A colocação em primeiro lugar faz parte do prêmio Travellers’ Choice, concedido a quem recebe um grande volume de avaliações e opiniões positivas da comunidade do site em um período de 12 meses.
As Cataratas do Iguaçu são mundialmente famosas por seu conjunto de 275 quedas de água no Rio Iguaçu, na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná. Elas se localizam no município de Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, fronteira do Brasil com Argentina e Paraguai.
“O mais interessante nesse trabalho é que percebemos muitas avaliações internacionais, o que mostra a alta procura dos nossos principais atrativos por estrangeiros”, destacou o secretário do Turismo do Paraná, Márcio Nunes.
Em 2023, o Estado recebeu 687,6 mil turistas estrangeiros, de acordo com dados da Embratur. O número foi 51% maior do que em 2022. Somente no primeiro trimestre de 2024, o volume de turistas estrangeiros no Estado é 36% superior do que no mesmo período do ano passado.
Outro indicador aponta que apenas as Cataratas receberam 734.833 pessoas (brasileiros e estrangeiros) nos primeiros cinco meses do ano.
MELHOR ATRATIVO – As Cataratas do Iguaçu aparecem em primeiro lugar na lista de 15 principais atrações do país apontadas pelos viajantes. Elas também estão em primeiro lugar na lista de 25 principais atrativos da América do Sul.
"Com certeza as Cataratas do Iguaçu são um fenômeno da natureza e essa colocação é o reconhecimento de um título merecido. O atrativo é um dos nossos principais pontos turísticos destacados na promoção do setor paranaense", afirma Irapuan Cortes, diretor-presidente do Viaje Paraná, órgão do Governo do Estado vinculado à Secretaria do Turismo.
Também aparecem na lista outros dois atrativos de Foz do Iguaçu: o Itaipu Dam, na Usina de Itaipu (13º lugar), e o Parque Nacional do Iguaçu (14ª colocação).
Os outros atrativos brasileiros que receberam destaque são: Cristo Redentor e o Parque Bondinho Pão de Açúcar (Rio de Janeiro); a Cachoeira Boca da Onça (Mato Grosso do Sul); o Lago Negro, a Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja Matriz São Pedro Apóstolo, as Esculturas Parque Pedras do Silêncio (Rio Grande do Sul); a Trilha do Rio do Boi (Santa Catarina); o Parque Ibirapuera e a Pinacoteca (São Paulo); as Dunas de Genipabu (Rio Grande do Norte); e a Foz do Rio São Francisco (Alagoas).
Já na lista dos principais atrativos elencados na América do Sul, também liderada pelas Cataratas do Iguaçu, aparecem os seguintes atrativos brasileiros: Cristo Redentor, Parque Bondinho Pão de Açúcar (Rio de Janeiro), Cachoeira Boca da Onça (Mato Grosso do Sul), Lago Negro (Rio Grande do Sul), Trilha do Rio Do Boi (Santa Catarina), Parque Ibirapuera (São Paulo), Dunas de Genipabu (Rio Grande do Norte).
Entre outros atrativos da América do Sul estão: Teleférico Santiago by Turistik (Chile); Machu Picchu, Museu Larco (Peru); Museu do Ouro, Cidade Murada (Colômbia); Perito Moreno Glacier (Argentina), entre outros. O Travellers’ Choice também aponta as melhores experiências, os parques aquáticos e de diversão, experiências imperdíveis, histórico e cultural, comida e bebida, para toda família, entre outras categorias.
Por - AEN
Professores de instituições de ensino superior públicas e privadas do Paraná podem inscrever até 3 de julho projetos de extensão universitária na nova edição do programa Universidade Sem Fronteiras (USF).
Em 2024, o Governo do Estado liberou recursos da ordem de R$ 18,9 milhões para esses projetos, valor 85% superior ao ano passado, quando foram aplicados R$ 10,2 milhões pelo programa. A expectativa é que os projetos em diferentes áreas do conhecimento comecem no próximo semestre, com duração de um ano.
Todos os projetos são propostos por professores, que coordenam os grupos de estudantes e profissionais recém-formados que participam das ações de extensão. Serão selecionadas até 128 propostas, com valor individual de no máximo R$ 148,2 mil, limitado a R$ 113,2 mil para o custeio de bolsas-auxílio e R$ 35 mil para a cobertura de despesas com diárias e combustível dos extensionistas na realização dos projetos.
Segundo o
, os projetos irão beneficiar, com prioridade, 100 municípios de todas as regiões paranaenses, definidos com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que envolve indicadores de educação, renda e saúde.Dentre as propostas, 106 devem ser exclusivas para ações extensionistas nessas cidades prioritárias. Dos outros 22 projetos, 14 podem contemplar quaisquer municípios paranaenses, mediante uma justificativa que comprove a importância das atividades em benefício da população local. As oito propostas restantes serão exclusivas para apoiar iniciativas desenvolvidas por incubadoras de economia solidária, ligadas às instituições de ensino superior do Paraná.
O programa USF é considerado uma política pública de Estado, com amparo na Lei Estadual nº 16.643/2010. O objetivo é contribuir para o cumprimento da função social das instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica, a partir do compartilhamento do conhecimento produzido com a sociedade, por meio da extensão universitária. Os recursos são oriundos do Fundo Paraná, uma dotação orçamentária de fomento científico administrada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
Para o coordenador da Unidade Executiva do Fundo Paraná, Luiz Cézar Kawano, as ações de extensão universitária contribuem com o desenvolvimento regional. “As atividades de extensão aproximam as universidades das comunidades locais, possibilitando que o conhecimento acadêmico seja aplicado na resolução de desafios e situações reais, principalmente em relação à melhoria da qualidade de vida das pessoas”, afirma.
“As iniciativas de extensão resultam em inovações sociais, novas práticas e soluções para esses desafios locais, beneficiando diretamente a comunidade e estimulando o desenvolvimento regional”, explica o gestor.
BOLSAS – As bolsas serão distribuídas em três modalidades: R$ 1.288 – professor orientador; R$ 931 – estudante de graduação e R$ 2,5 mil – profissional recém-formado. Os valores serão pagos mensalmente pelo período de um ano. Os bolsistas poderão exercer outras atividades remuneradas, desde que não haja interferência no cumprimento da carga horária fixada para cada modalidade, não sendo permitido o acumulo de bolsas financiadas pelo Tesouro Estadual.
Para participar dos projetos, os estudantes de graduação irão dedicar 30 horas semanais para as atividades. Já os profissionais recém-formados devem ter concluído a graduação há no máximo três anos e irão dedicar 40 horas semanais para as atividades relacionadas aos projetos de extensão.
As seleções dos bolsistas serão conduzidas pelas respectivas instituições de ensino superior, considerando critérios que priorizem candidatos em situação de vulnerabilidade social.
DESENVOLVIMENTO LOCAL – Da relação dos 100 municípios definidos para esta edição do programa USF, 21 estão localizados no Centro-Sul, 11 na região Central do Estado, 11 no Noroeste, 10 na Região Metropolitana de Curitiba, nove nos Campos Gerais, nove no Vale do Ivaí, sete na região Norte, cinco no Sudoeste, cinco na região Sul do Estado, quatro no Oeste, quatro no Centro-Oeste, três do Norte Pioneiro e um no Litoral.
Cada cidade pode receber até três projetos de instituições diferentes, desde que associados a indicadores distintos do IDH, entre saúde, educação e renda. Serão selecionadas até 12 propostas de cada uma das sete universidades estaduais, somando 84 projetos promovidos pelo Sistema Estadual de Ensino Superior, especificamente no grupo dos 100 municípios. Cada instituição ligada ao Governo do Estado poderá desenvolver, ainda, mais dois projetos em quaisquer cidades.
Entre os critérios de avaliação, está o alinhamento das propostas com as áreas prioritárias do Fundo do Paraná: agricultura e agronegócios; biotecnologia e saúde; energias sustentáveis e renováveis; cidades inteligentes; e sociedade, educação e economia. Os projetos também devem envolver a transformação digital e o desenvolvimento sustentável.
Serviço:
Seleção de projetos de extensão para instituições públicas e privadas de ensino superior
Inscrições: até 3 de julho – Edital
Divulgação de propostas classificadas: a partir de 13 de setembro
Assinaturas dos termos de convênio: em definição
Por - AEN