Secretaria da Saúde do Paraná monitora febre Oropouche e reforça análise laboratorial

Apesar de não ter nenhum caso autóctone no Paraná, quando a doença é contraída localmente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Vigilância Ambiental, monitora o cenário da febre Oropouche e se mantém vigilante e alerta em relação à doença.

Até ao momento, foram registrados nove casos importados no Estado e nenhum óbito. De acordo com o Ministério da Saúde, são 7.653 casos neste ano em todo o País, em 22 estados brasileiros e dois óbitos confirmados, na Bahia.

Existe uma morte em investigação de um paciente residente no Paraná, que contraiu a doença em Santa Catarina. O caso está sendo pesquisado quanto à possível relação com a infecção com vírus Oropouche.

A infecção causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) é transmitida principalmente pelo inseto da espécie Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias.

Os municípios que tiveram casos detectados da doença foram: Curitiba (2), Lupionópolis, São José dos Pinhais, Cascavel, Apucarana, União da Vitória, Altônia e Adrianópolis. Os locais prováveis de infecção foram Santa Catarina, Acre, Rondônia e Amazonas.

“O Ministério da Saúde nos enviou esta semana uma nova nota técnica alertando sobre a disseminação do vírus. Já fazíamos a vigilância laboratorial para febre Oropouche, e iniciamos a articulação com os municípios, envolvendo as áreas técnicas específicas”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

MONITORAMENTO – O monitoramento e diagnóstico da arbovirose é feito pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen-PR). Ele foi o primeiro laboratório do País a implantar a testagem das febres do Mayaro e do Oropouche na testagem de rotina. Atualmente, as amostras são processadas diariamente junto com as demais arboviroses. Esse processo garante uma identificação mais rápida e eficaz das doenças, tão logo surjam no Estado, além de auxiliar em futuras ações de bloqueio, caso seja necessário.

No método padrão ouro – procedimento em que é possível identificar o RNA viral presente na amostra de sangue – são testados nove arbovírus de uma só vez: dengue tipo 1, 2, 3 e 4, chikungunya, Zika vírus, febre amarela, febre de Mayaro e do Oropouche. Cada processo de RT-qPCR do Setor de Biologia Molecular de Arboviroses do Lacen-PR, testa, de uma só vez, amostras de 96 pacientes, separando o material genético em três reações.

Na primeira, dengue 1, 2, 3 e 4; na segunda chikungunya, Zika Vírus e controle interno; e, na terceira, as febres Amarela, Mayaro e Oropouche e mais um controle, somando 384 amostras testadas por processo.

“A Sesa sempre monitorou todas as arboviroses, porém, desde 2023 passamos a realizar análises laboratoriais de PCR para Oropouche e Mayaro nas amostras coletadas nas 65 Unidades Sentinelas de dengue, estrategicamente distribuídas no Estado”, ressaltou a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Lúcia Belmonte.

SINTOMAS – O quadro clínico agudo pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular, náusea e diarreia. Outros sintomas, como tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia também são relatados. Casos mais graves podem incluir o acometimento do sistema nervoso central, por exemplo de meningoencefalite, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Ainda há relatos de manifestações hemorrágicas.

RECOMENDAÇÕES – No dia 8 de agosto, o Ministério da Saúde informou um caso de anomalia congênita associada à Oropouche, em um bebê nascido no Acre, resultando na publicação da Nota Técnica conjunta SVSA/SAPS/SAES Nº 135/2024. Este documento traz as recomendações e orientações para notificação e investigação de casos suspeitos de Oropouche em gestantes, anomalias congênitas ou óbitos fetais e que os estados permaneçam vigilantes e atentos à suspeita desse agravo.

Algumas das medidas de proteção para gestantes são: limpeza de quintais que tenham acúmulo de folhas, cascas de frutas, ou matéria orgânica, sempre que possível; proteção com telas de malha fina nas portas e janelas das residências, prevenindo-se, desta maneira, também outras arboviroses; uso de roupas compridas, que cubram as pernas, os braços ou partes do corpo onde os insetos possam picar, se houver casos de Oropouche na residência ou na vizinhança; e uso de mosquiteiros feitos de malha fina, como o filó ou o voil branco.

 

 

 

 

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 Investimentos do Paraná na agricultura cresceram 344% no primeiro semestre de 2024

Os investimentos em agricultura mais do que quadruplicaram no Paraná no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Ao todo, o Estado empenhou R$ 147,8 milhões no setor entre os meses de janeiro e junho, segundo levantamento da assessoria econômica da Secretaria da Fazenda (Sefa).

O número faz parte dos dados preliminares do Relatório Resumido de Execução Orçamentária divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e mostra um crescimento de 344,4% em relação ao que foi investido nos seis primeiros meses de 2023, quando o Estado garantiu cerca de R$ 33,2 milhões ao campo.

A variação diz respeito aos empenhos, termo usado para se referir à reserva de dinheiro do orçamento para pagar os bens e serviços contratados pelo Estado. E esse aumento mais do que expressivo na agricultura lidera o crescimento dos investimentos no semestre — período em que o Paraná quebrou seu recorde histórico, com R$ 3,3 bilhões empenhados, sua maior marca em 24 anos.

Entre as ações, estão o apoio ao fortalecimento das cadeias produtivas regionais, a melhoria da trafegabilidade no meio rural, compra de equipamentos e viabilização de iniciativas que promovem a segurança alimentar. A maior parte desse montante foi destinada à promoção da produção agropecuária, cuja ampliação foi de 450% em relação a 2023, com R$ 143,2 milhões.

Dentro deste valor estão incluídos programas ligados à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), como o Banco do Agricultor Paranaense, que facilita os investimentos no campo ao subsidiar integral ou parcialmente as taxas de juros para os produtores; e o Coopera Paraná, que destina recursos para organizações e cooperativas da agricultura familiar.

O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, destaca que o agronegócio é o carro-chefe da economia paranaense, responsável por cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e que, por isso, merece atenção especial. “Esse é um investimento no ganha-pão dos paranaenses, ampliando sua capacidade de produzir alimentos para nós e para o mundo”, afirma. “Mais do que isso, são melhorias que impactam diretamente no dia a dia de milhares de famílias”.

Outro investimento importante no campo que impulsionou os números neste primeiro semestre foi o Programa Estradas Rurais Integradas aos Princípios e Sistemas Conservacionistas (Estradas da Integração), voltado à pavimentação de estradas rurais. Somente nos seis primeiros meses de 2024, o Governo do Estado assinou convênios que, somados, superam R$ 125 milhões para a construção e manutenção de 114,78 quilômetros de estradas em 35 municípios.

Para o secretário da Agricultura e Abastecimento, Natalino Avance de Souza, esses investimentos buscam principalmente tornar o Estado mais sustentável, além de promover o desenvolvimento econômico e social de toda a região. “São investimentos que visam tornar a vida do homem do campo menos árdua”, diz.

Segundo ele, o Governo do Estado tem demonstrado uma grande sensibilidade para o segmento que é central no desenvolvimento do Paraná. “E faz isso pensando na agricultura como um todo, mas também nos pequenos agricultores que precisam acompanhar o processo de desenvolvimento que faz parte de médias e grandes propriedades rurais”.

ABASTECIMENTO – O aumento do investimento paranaense em agricultura não se limita apenas à agropecuária. O abastecimento também é parte importante dessa ampliação, com R$ 3,4 milhões empenhados no semestre.

Um dos principais programas nessa área é o Compra Direta Paraná, que adquire alimentos de cooperativas e associações da agricultura familiar e entrega para instituições da rede socioassistencial do estado. Os convênios firmados para construção de restaurantes populares, como os de Pato Branco e Campo Mourão, também estão entre essas ações.

NOVOS INVESTIMENTOS – E o Governo do Paraná já prepara novos investimentos no setor com a destinação de R$ 300 milhões em créditos do ICMS via Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados (Siscred) para serem utilizados em estufas, armazenagem e no fortalecimento da agroindústria como um todo. Além disso, estão previstos mais R$ 300 milhões para investimento em energias renováveis, especialmente fotovoltaica e biogás.

Essas ações fazem parte do Rota do Progresso, programa criado para estimular o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida em 80 municípios do estado com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

E há ainda uma nova política de investimento saindo do forno. “Nessa mesma visão de futuro, estamos trabalhando ainda neste mês de agosto em um programa ousado para incentivo à produção, guarda e uso da água na agricultura na forma de irrigação”, antecipa o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. “Isso tem a ver com produção rural, tem a ver com geração de oportunidades nas nossas agroindústrias e tem a ver com o movimento da economia”.

 

 

 

 

 

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 Estado orienta municípios sobre uso de créditos de ICMS no programa Rota do Progresso

A Secretaria de Estado do Planejamento realizou nesta quinta-feira (15) uma reunião técnica virtual com prefeitos, secretários e técnicos municipais das 80 cidades participantes do programa Rota do Progresso, promovido pelo Governo do Estado.

O objetivo foi apresentar o funcionamento do SISCRED (Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados), gerido pela Invest Paraná, agência de atração e captação de investimentos do Estado, além de explicar como acessar os recursos disponíveis.

“O Rota do Progresso é um dos maiores programas de desenvolvimento regional do Brasil, focado em apoiar municípios com dificuldades em atrair empresas e gerar empregos. O objetivo é criar essas oportunidades de emprego e evitar a migração para grandes centros, proporcionando melhores perspectivas para os jovens e comunidades de cidades pequenas”, destaca o secretário de Planejamento Guto Silva.

A seleção dos 80 municípios contemplados foi baseada em um indicador criado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O IPDM fator Renda, avalia o desempenho dos municípios paranaenses em termos de renda, consolidando dados sobre mercado de trabalho formal, agropecuária, educação e saúde das 399 cidades do Estado.

Os resultados finais variam entre 0 e 1, sendo classificados em quatro categorias de desempenho: Baixo Desempenho (0 a 0,39), Médio-Baixo Desempenho (0,4 a 0,59), Médio Desempenho (0,6 a 0,79) e Alto Desempenho (0,8 a 1).

O diretor de projetos da Secretaria de Planejamento do Paraná, Marcos Junior Marini, ressaltou a importância da reunião. "Tivemos a participação de um grande número de representantes dos municípios selecionados para o Programa Rota do Progresso, demonstrando o interesse nessa política pública, a qual possibilitará uma verdadeira transformação nos indicadores e na qualidade de vida para a população desses municípios”, destaca.

A reunião teve como foco o Eixo 2 do Programa Rota do Progresso, que contará com recurso de R$ 1 bilhão destinado para ações nos municípios, sendo que R$ 300 milhões já estão disponíveis. Os créditos poderão ser usados pelas empresas em empreendimentos industriais em um ou mais municípios contemplados, desde que cumpram os critérios de geração de empregos nessas localidades.

As empresas interessadas em participar têm até o dia 30 de agosto para submeter suas propostas de implantação de empreendimentos, por meio do formulário disponível na página do Paraná Competitivo. 

O diretor de Mercado e Novos Negócios da Invest Paraná, Gustavo Cejas, explicou a integração do programa com os municípios. “O programa Paraná Competitivo é fundamental para atrair investimentos globais e locais, promovendo o desenvolvimento regional. Ao integrá-lo com o Rota do Progresso, conseguimos movimentar de forma mais ativa os créditos acumulados na Secretaria da Fazenda, impulsionando o desenvolvimento dos municípios. Esse enfoque permite maior atração de investimentos e estímulo à economia local”, comenta.

ROTA DO PROGRESSO  O Programa Rota do Progresso foi lançado em junho deste ano pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e prevê investimentos de R$ 2,5 bilhões para os municípios com os menores índices de desenvolvimento do Estado. Os recursos estão separados em nove eixos programáticos, que visam estimular a economia, a geração de emprego e levar mais qualidade de vida à população dessas cidades.

Os recursos liberados serão investidos em obras de infraestrutura urbana, construção de barracões industriais, saneamento, estradas rurais, capacitação de pessoas, além de outras ações visando a geração de emprego, renda e qualidade de vida nesses municípios.

CRÉDITO ACUMULADO – A Secretaria de Estado da Fazenda, responsável pela gestão do SISCRED, reformulou o Decreto nº 6.434/17 do programa Paraná Competitivo para expandir o limite de utilização dos créditos de ICMS para empresas que investirem em determinados municípios. Conforme a nova regulamentação, empresas que realizarem empreendimentos fora da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) poderão utilizar 100% do crédito acumulado de ICMS, enquanto na RMC o limite é de até 50%.

O SISCRED foi instituído para gerenciar o processo de credenciamento dos contribuintes, a habilitação dos créditos acumulados, bem como o controle da transferência e utilização desses créditos. Esses recursos podem ser direcionados para financiar investimentos em projetos específicos, como a construção de silos, usinas de biomassa e fotovoltaicas, além de investimentos em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Municipal (IPDM).

MUNICÍPIOS – Os investimentos atendem as cidades de Agudos do Sul, Altamira do Paraná, Anahy, Antônio Olinto, Antonina Barbosa Ferraz, Bela Vista da Caroba, Boa Vista da Aparecida, Bom Sucesso, Borrazópolis, Cafezal do Sul, Campina da Lagoa, Cândido de Abreu, Cantagalo, Cerro Azul, Congonhinhas, Cruz Machado, Cruzeiro do Sul, Curiúva, Diamante do Sul, Diamante do Oeste, Doutor Camargo, Doutor Ulysses, Espigão Alto do Iguaçu, Francisco Alves, Godoy Moreira, Grandes Rios, Guaraci, Guaraqueçaba, Inajá, Itaguajé, Itaperuçu, Itambaracá,  Jaboti, Japira, Jundiaí do Sul,Kaloré,  Laranjal, Lidianópolis, Lunardelli, Mamborê, Marilena, Mato Rico, Morretes, Munhoz de Melo, Nova Tebas, Nova Santa Bárbara, Nossa Senhora das Graças, Palmital, Paulo Frontin, Pérola D'Oeste, Pinhalão, Porecatu, Paranapoema, Presidente Castelo Branco, Ramilândia, Rancho Alegre, Ribeirão do Pinhal, Rio Bom, Rio Branco do Ivaí, Rosário do Ivaí, Salto do Itararé, Salto do Lontra, Santa Amelia, Santa Cruz de Monte Castelo, Santana do Itararé, Santo Antônio do Caiuá, São João do Caiuá, São Jorge do Patrocínio, São José da Boa Vista, São Sebastião da Amoreira, São Jerônimo da Serra, São José das Palmeiras, Santa Isabel do Ivaí, Santa Mônica, Sapopema, Santa Cruz de Monte Castelo, Tomazina, Tuneiras do Oeste, Vera Cruz do Oeste e Xambrê.

 

 

 

 

 

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 Governo apresenta programa de conservação de rodovias, que prevê aporte de R$ 5,5 bilhões

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), realizou nesta quinta-feira (15) a audiência pública do novo Programa de Manutenção e Conservação de Rodovias do Estado do Paraná (ProMAC).

Será contratada a conservação do pavimento em uma extensão aproximada de 10 mil quilômetros de rodovias estaduais. O investimento previsto é de cerca de R$ 5,5 bilhões, com execução programada para os próximos três anos.

O edital deve ser publicado ainda este ano e será dividido em 40 lotes, contemplando todas as regiões do Paraná.

O ProMAC prevê soluções de conservação periódica e de segurança ao usuário. A conservação periódica abrange serviços de fresagem, reperfilagem, microrrevestimento asfáltico e aplicação de camada de reforço em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). Já os serviços de segurança ao usuário incluem remendos superficiais, remendos profundos, além da selagem de trincas com emulsão asfáltica e pó de pedra ou areia.

Foram realizados levantamentos funcionais e estruturais na malha rodoviária estadual para aprimorar o planejamento dos programas de conservação como esse, e para garantir um diagnóstico mais preciso das condições das rodovias. Simultaneamente foi desenvolvido um Sistema de Gerência de Pavimentos (SGP) específico para o órgão, permitindo ao DER/PR estruturar de forma mais precisa esse novo programa.

Outros dois programas, o ProFaixa, voltado para a conservação de faixa de domínio das rodovias, e o ProIntegra, para atender rodovias estaduais que serão concedidas em breve, estão em elaboração.

PARTICIPAÇÕES – A audiência foi realizada no auditório do DER/PR, em Curitiba, e também transmitida pela internet, pela plataforma do YouTube, estando disponível neste link para quem não pôde acompanhar ao vivo.

Interessados devem encaminhar questionamentos e sugestões relativos ao tema pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até as 18h do dia 22 de agosto. Todas as mensagens serão respondidas, assim como foram as participações durante o evento.

A apresentação, estudo técnico preliminar e anexos, e demais materiais de apoio estão disponíveis no portal do DER/PR.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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