A partir desta sexta-feira (7) os paranaenses terão mais uma opção de aposta lotérica, a popular Raspinha.
A empresa Apostou.com, autorizada a comercializar a modalidade lotérica instantânea aos paranaenses após concessão na Bolsa de Valores, finalizou a integração dos seus sistemas lotéricos com a plataforma de gestão e meios de pagamento da Lottopar. Com isso, foi assinada a ordem de serviço que autoriza a comercialização deste produto lotérico. As cartelas vão custar R$ 2,50, com faixas de premiação que variam de R$ 2,50 a R$ 60.000,00. O prazo de vigência para a empresa comercializar a loteria instantânea é de dez anos, prorrogável por mais dez anos.
Os locais de venda poderão ser consultados no portal da Lottopar a partir de sexta-feira (7). O operador também vai colocar no ar em breve o site www.raspinha.com.br para consulta. Os pontos de venda da Raspinha só poderão ser abertos com a autorização da Lottopar. Nessa primeira etapa, a venda será somente física, mas em um segundo momento entra em operação a venda da Raspinha digital.
Essa é uma nova forma de entretenimento, homologada e certificada pela Lottopar, o que permite uma diversão segura e confiável aos paranaenses, com a possibilidade de ganhar prêmios e ainda com retorno social para toda a população. A empresa pagou R$ 15 milhões de outorga fixa pela operação e o contrato prevê outorgas variáveis.
“Desde o início buscamos os melhores modelos das loterias mundiais. Essa loteria instantânea autorizada pela Lottopar opera nos mesmos moldes de países europeus e norte-americanos com qualidade internacional”, afirma o diretor-presidente da Lottopar, Daniel Romanowski. "Todas as etapas prévias ao lançamento desse produto lotérico passaram por rigorosos testes e por certificação de laboratórios renomados, garantindo um entretenimento seguro", complementa.
Para o diretor de Operações da Lottopar, Fabio Veiga, essa assinatura da ordem de serviço representa uma evolução do processo da Lottopar. "A loteria instantânea nos remete muito ao saudosismo e agora com esse produto fiscalizado pela Lottopar, tenho certeza de que o paranaense está ganhando uma nova opção de entretenimento, seguro e confiável”, afirma.
COMO VAI FUNCIONAR – A loteria instantânea é uma modalidade de jogo na qual o resultado é imediato. O apostador sabe se o bilhete está ou não premiado raspando os campos encobertos desse bilhete, onde estão gravadas combinações de símbolos que determinam os prêmios.
Em todos os pontos de venda físicos, o consumidor poderá adquirir uma raspinha pelo valor de R$ 2,50. Os jogos rápidos serão: “Aposta Certa”, “Bilhar”, Strike” e “Jogo da Velha”. O sistema é o "achou, ganhou". São milhares de prêmios com valores de R$ 2,50 a R$ 60.000,00.
“Outro diferencial é que ao adquirir a raspinha, além de concorrer a grandes prêmios e praticar o jogo de modo seguro e regulamentado, existe essa contrapartida que será revertida em prol de toda a sociedade paranaense”, afirma João Motta, CEO da Apostou.com.
SEGURANÇA – A fase de integração é obrigatória para que os sistemas dos concessionários sejam conectados na plataforma da Lottopar, garantindo a segurança das operações lotéricas no Estado. Isso garante que todas as operações nos sites de apostas esportivas estejam espelhadas nessa plataforma, a fim de possibilitar um monitoramento em tempo real das operações e o rastreamento das operações lotéricas. Dessa forma, coibi-se situações que possam interferir na segurança dos jogos para os apostadores.
Por - AEN
A Seção de Crimes Ambientais (SCA) da Polícia Científica do Paraná (PCP) já concluiu 1.050 requisições de exames periciais desde a sua criação, em 2019. O dado foi divulgado na tarde desta quarta-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.
A SCA é responsável pelos exames periciais em locais de crimes contra a flora, incluindo de identificação de espécies arbóreas por análises dendrológicas e de anatomia da madeira; crimes contra a fauna, como necropsias animais; crimes contra a administração ambiental; poluição; mineração; microvestígios de solo, entre outros.
“A criação de uma seção especializada para atendimento de crimes ambientais na PCP possibilitou a priorização destes exames periciais, a realização de pesquisas e treinamentos nesta área”, afirma a chefe da seção, Angela Andreassa. “Com isso, as equipes periciais obtêm provas técnicas mais robustas, minimizando a impunidade e contribuindo com a proteção do meio ambiente”.
Das 1.050 requisições de exames periciais realizadas, 77% são de crimes contra a flora, 10% de crimes de poluição, 7% de crimes contra a fauna e 6% de outros crimes ambientais. Com o trabalho foi possível periciar cerca de 4.550 hectares de desmatamento do Bioma Mata Atlântica, área que equivale a mais de 4.200 campos de futebol.
Angela explica que houve aumento de exames relacionados a crimes contra a fauna. “Nota-se um aumento da demanda de exames periciais nesta área, principalmente crimes de maus-tratos”, diz.
Segundo ela, a SCA já fez 42 necropsias em animais, sendo 13 no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná e 29 na própria Polícia Científica, após a criação de uma sala de necropsia veterinária, em março de 2023.
A seção também participou, em 2021, 2022 e 2023, da Operação Mata Atlântica em Pé, coordenada pelo Ministério Público do Paraná, que busca coibir e recuperar áreas degradadas nos 17 estados com presença da Mata Atlântica. Também integrou a Operação contra o Tráfico de Animais, em conjunto com a Polícia Civil do Paraná, em 2024. As duas ações resultaram em 121 exames periciais em animais.
“Com o nosso trabalho esperamos ajudar a diminuir os crimes ambientais e divulgar ainda mais os cuidados com a preservação do meio ambiente”, completa Angela.
Por - AEN
As universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Paraná (Unespar) desenvolvem estudos científicos no âmbito do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) em Emergência Climática.
O objetivo é avaliar o impacto de mudanças climáticas no território paranaense, a fim de contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa provenientes de atividades industriais e agropecuárias.
A expectativa é que essas pesquisas viabilizem dados relativos a possíveis emergências climáticas, com possibilidade de sinalizar eventuais intervenções, considerando uma tendência de intensificação de fenômenos naturais extremos. O intuito é quantificar os impactos e a redução de riscos para as atividades econômicas e sociais da população mais vulnerável.
Esta matéria faz parte de uma série de reportagens voltadas para a divulgação científica e que tem como objetivo promover os resultados de estudos acadêmicos desenvolvidos por pesquisadores, professores e estudantes das sete universidades estaduais do Paraná. Os textos serão publicados semanalmente com o selo Paraná Mais Ciência, um programa estratégico do governo, previsto no Plano Plurianual do Estado (PPA), que viabiliza os recursos financeiros do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, administrado pela Secretaria da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
As pesquisas estão divididas em cinco eixos temáticos: perspectivas de mudanças climáticas globais e particularidades do Paraná; impactos de mudanças climáticas na biodiversidade e bases ecológicas do território paranaense; mitigação de emissões de gases de efeito estufa e poluentes climáticos de vida curta; adaptabilidade e resiliência humana para as mudanças e emergências climáticas no Estado; ações e perspectivas educacionais no processo de sensibilização e conscientização para o enfrentamento da emergência climática no Paraná.
Um dos estudos do arranjo de pesquisa em emergência climática é desenvolvido na UEPG, coordenado pelo professor de climatologia Gilson Campos Ferreira da Cruz, do Departamento de Geociências. O docente analisa aspectos de mudanças climáticas, considerando a formação de ilhas de calor, por meio da termografia de superfície e do ar, técnica que permite mapear o calor de um objeto, exibindo uma imagem da distribuição de temperatura.
Com foco no clima urbano, a pesquisa está alinhada ao quarto eixo, para relacionar diferentes formas de uso do solo com aquecimento da superfície e do ar. O estudo envolve, também, perspectivas relacionadas a inundações, especialmente em áreas urbanas de cidades paranaenses, principalmente Ponta Grossa, nos Campos Gerais, Campo Mourão, no Oeste do Estado, e Maringá e Paranavaí, no Noroeste.
Doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), o professor Gilson Cruz vem estudando essas questões desde a pós-graduação e já comprovou um aumento significativo da temperatura em conglomerados urbanos. Ele explica que a grande quantidade de pessoas, imóveis, vias asfaltadas e veículos nas cidades resulta em temperaturas mais altas e umidade do ar mais baixa.
O elemento climático da umidade, inclusive, interfere diretamente na precipitação pluviométrica (chuva) dos centros urbanos e regiões mais distantes. O pesquisador ressalta a relevância da ciência para evitar tragédias como as enchentes em diversas cidades do Rio Grande do Sul, depois das chuvas intensas que caíram sobre o estado entre abril e maio deste ano.
O professor destaca a importância de adotar medidas ambientalmente mais sustentáveis. “É preciso buscar formas para equilibrar o clima nas cidades, por meio de estudos das condições locais e promover adequações, que vão desde a arborização de ruas até a construção de parques e utilização de materiais e técnicas construtivas que interfiram no conforto climático”, afirma.
A pesquisa da UEPG utiliza imagens captadas desde 1984 da série de satélites Landsat, que foram enviados para a órbita da Terra na segunda metade do século passado, num projeto desenvolvido pela Agência Espacial Americana (NASA), com o objetivo de observar os recursos naturais do planeta. As imagens servem para subsidiar pesquisas em todo o mundo, em diferentes áreas do conhecimento, incluindo a climatologia.
Com ajuda dessas imagens, os cientistas conseguem identificar mudanças que ocorrem na superfície da Terra, provocadas por eventos naturais ou pela intervenção humana. A cada 16 dias, imagens são capturadas às 10h15 e processadas para gerar um comparativo com o período anterior e determinar as temperaturas de superfície e uso do solo.
Na análise da temperatura de superfície, estimada com base em imagens dos últimos dez anos e no processo de urbanização de Ponta Grossa, o professor Gilson Cruz identificou um aumento da temperatura local, na medida em que as áreas verdes cederam lugar para áreas construídas. Em uma medição feita entre a zona rural e a periferia da área urbana da cidade, o pesquisador observou um aumento de três graus Celsius na temperatura do ar.
Segundo ele, se o percurso fosse ampliado provavelmente a variação teria sido ainda maior. “Se eu tivesse ido para o centro da cidade, essa temperatura provavelmente teria variado cinco graus Celsius”, afirma o pesquisador. “No próximo ano devemos apresentar alguns resultados e um panorama das condições de mudança climática no Paraná para subsidiar planejamentos e políticas públicas”, sinaliza. "Contudo, a grande tomada de decisão vai acontecer pelos gestores, que vão buscar condições e formas de enfrentamento daquilo que pode ou virá a acontecer”.
Gilson Cruz destaca a importância da pesquisa científica para a sociedade. “A pesquisa científica torna viável identificar novas situações que podem ocorrer, fazer previsões e, de certa forma, possibilitar que a sociedade consiga viver melhor”, afirma. “É importante aproveitar o que a natureza oferece e, ao mesmo tempo, contribuir para que a natureza continue possibilitando à sociedade uma vida sustentável, com conforto, com qualidade”.
ENCHENTES – Vários fatores agravam o aumento de ocorrências de enchentes. Entre os principais está a falta de infiltração decorrente das edificações das cidades, que acarreta no escoamento mais rápido da água e, consequentemente, na cheia de rios num curto período de tempo. Da mesma forma, o assoreamento no leito de rios, com acúmulo de terra, lixo e matéria orgânica, reduz a capacidade de água e contribui para que transbordem com mais facilidade.
Para reduzir esse fenômeno, o ideal seria preservar a infiltração de água em calçadas e proteger as matas ciliares, que são as vegetações florestais que acompanham as margens dos rios. No Paraná, algumas cidades têm histórico de enchentes, como Cascavel, no Oeste do Estado, Jaguariaíva, na região dos Campos Gerais, e Londrina, no Norte.
O município mais conhecido pelos alagamentos é União da Vitória, no Sul do Estado, e que fica às margens do Rio Iguaçu. Nos últimos 40 anos, as cheias do rio provocaram quatro grandes enchentes na cidade: em 1983, 1992, 2014 e 2023. O evento climático mais marcante ocorreu em 1983 e afetou a vida de milhares de pessoas, além do fornecimento de energia elétrica e água potável.
Segundo dados da Defesa Civil do Paraná, na época, depois de uma semana de chuva, o nível das águas do Rio Iguaçu passou de 2 metros e meio de profundidade para mais de 10 metros, e inundou cerca de 70% da cidade. A média de chuva para junho e julho é de 138 milímetros, mas naquele ano choveu em torno de 800 milímetros.
ARRANJO DE PESQUISA – Mais de 40 pesquisadores estão engajados no arranjo de pesquisa, que deve ser finalizado até o final de 2025. Instituições de ensino superior públicas e privadas estão envolvidas, entre elas as universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Paraná (Unespar); além da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e o Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped), órgão de assessoramento da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, também participam do arranjo de pesquisa e inovação.
Por - AEN
A Receita Estadual do Paraná, em parceria com a Celepar, disponibilizou um ambiente de testes para homologação da Declaração de Conteúdo eletrônica (DC-e) para o transporte de bens e mercadorias por pessoas físicas e jurídicas não contribuintes do ICMS.
A partir de agora, empresas podem testar a integração de sistemas com o ambiente autorizador da declaração pelo site. A declaração deverá ser emitida para que o envio seja feito pelos Correios e demais transportadoras nas hipóteses em que a documentação fiscal do produto não for exigida.
“Um dos principais objetivos da declaração é a implantação de um sistema para facilitar e formalizar o envio de encomendas, especialmente no contexto dos Correios e serviços postais, eliminando a necessidade de preenchimento manual de formulários em papel”, esclareceu a diretora da Receita Estadual Suzane Gambetta.
Para o auditor fiscal Lhugo Tanaka, responsável pelo projeto, a Declaração de Conteúdo Eletrônica moderniza o envio de encomendas e traz benefícios tanto para os remetentes quanto para os serviços postais e a fiscalização. “Com a sua implementação, os processos se tornam mais rápidos, precisos e sustentáveis, refletindo as necessidades de uma sociedade cada vez mais digital e consciente do meio ambiente. Além de facilitar o rastreamento das encomendas e melhora a segurança das informações declaradas”, disse.
A medida atende ao Acordo de Cooperação Técnica 03/2023, aprovado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
As plataformas do setor de e-commerce poderão integrar seus sistemas com a DC-e, permitindo que a geração da declaração seja automática após a finalização da compra.
COMO FUNCIONA – O remetente precisará acessar o aplicativo, em desenvolvimento, para a emissão da DC-e, inserir as informações necessárias, incluindo descrição detalhada dos itens, quantidade, valor de cada item, e peso total da encomenda. Após a inserção dos dados, o sistema vai gerar um documento eletrônico que pode ser impresso e anexado à encomenda ou, em alguns casos, enviado digitalmente. A validação e conferência da Declaração de Conteúdo Eletrônica são realizadas durante a postagem da encomenda na agência dos Correios ou pela transportadora.
Declarar o conteúdo das encomendas de forma correta e detalhada é fundamental para a conformidade com as normas postais e alfandegárias. Falhas na declaração podem resultar em multas, devolução de encomendas, ou até mesmo problemas legais para o remetente.
Por - AEN
Profissionais recém-formados em administração, comunicação, design, direito, economia, engenharia ambiental, gestão pública e turismo podem se inscrever, a partir desta quarta-feira (5), na segunda edição do Programa de Residência Técnica (Restec) de Gestão em Turismo, do Governo do Paraná. Pela Restec, os selecionados terão uma experiência profissional no mercado de trabalho, atuando em órgãos estaduais.
A iniciativa envolve, ainda, um curso de pós-graduação em nível de especialização, custeado pelo Estado e ofertado pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), na modalidade de ensino a distância (EAD).
Ao todo, são 40 vagas para atuar na Secretaria de Estado do Turismo (Setu), em Curitiba, e nos núcleos regionais da pasta, que estão localizados em 11 municípios do Interior do Estado. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela internet até 25 de junho. As provas serão realizadas no formato online em 8 de julho, com previsão de divulgação do resultado para 19 de julho. A matrícula será realizada no período de 22 de julho a 9 de agosto. Já as atividades estão previstas para começar em setembro.
São ofertadas 15 vagas para a Capital; o Noroeste tem vagas distribuídas em Loanda (2), Maringá (2) e Umuarama (3); no Sudoeste, contam com vagas os municípios de Dois Vizinhos (2) e Pato Branco (2); no Oeste, Foz do Iguaçu (3); no Vale do Ivaí, Ivaiporã (3); já o Norte do Estado tem Londrina (3) e a região de Norte Pioneiro conta com Jacarezinho (2); o Litoral é representado por Paranaguá (2); enquanto Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, tem uma vaga.
Os selecionados irão receber bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 2.375,00, mais auxílio-transporte de R$ 264,00. Para concorrer às vagas, os interessados devem ter concluído o curso de graduação no máximo há três anos. O programa terá duração de dois anos, com previsão de 450 horas para o curso de especialização e 30 horas semanais para o desenvolvimento de atividades práticas.
Coordenados pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), os programas de Restec são desenvolvidos em parceria com outros órgãos do Poder Executivo e as instituições estaduais de ensino superior, que são responsáveis pelo conteúdo acadêmico. Na Restec de Gestão em Turismo, os profissionais selecionados terão oportunidade de atuar na cadeia produtiva e nos projetos empreendidos pelo governo para esse setor.
Segundo o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona, os programas de residência são voltados para a qualificação de profissionais para o setor público. “Essa modalidade de pós-graduação se destaca por oferecer aos profissionais de diferentes áreas do conhecimento uma imersão profunda em cenários reais de atuação governamental, complementando a base teórica adquirida durante a graduação, especialmente em áreas que demandam vivência prática”, afirmou.
Ele explica que o intuito é apresentar o setor público como uma oportunidade de carreira para os profissionais recém-formados. “O setor público oferece aos jovens um universo de oportunidades de aprendizado e desenvolvimento profissional, além de despertar um senso de propósito em prol do bem-estar social”, sinalizou o secretário.
O secretario de Turismo, Márcio Nunes, reforça que o programa de residência técnica é uma etapa essencial para formar novos profissionais do setor e também uma maneira de injetar sangue jovem e novas ideias na administração pública do turismo. “É crucial termos essa mescla na Secretaria: a experiência dos mais antigos com o ânimo e a vontade dos recém-graduados. Alguns residentes de outras áreas que já passaram por aqui se descobriram profissionalmente e perceberam a grandeza desse setor. É isso que nós buscamos: formar e capacitar trabalhadores, com diferentes conhecimentos, para que o Turismo do Paraná se destaque cada vez mais”, disse.
Para a coordenadora estadual dos programas de Restec, Fátima Padoan, as residências preparam os profissionais recém-formados para o mercado de trabalho. “O Programa de Gestão em Turismo oferece aos residentes a oportunidade de compreender e vivenciar na prática as questões relacionadas a esta área, com ênfase na divulgação e fortalecimento desse setor econômico”, salientou.
OPORTUNIDADE – Para a turismóloga Jaqueline Ferreira, trabalhar na Setu como residente técnica foi uma oportunidade única, pelo fato de estar em contato com o turismo dentro de um órgão público, uma vez que, segundo ela, boa parte dos graduandos acabam migrando para a iniciativa privada. “Foi uma experiência ótima, consegui trabalhar na minha área e colocar em prática o que eu vi na teoria durante a faculdade. Agora estou contratada na própria Secretaria, graças a todos esses conhecimentos que eu adquiri durante esses dois anos. Para os futuros turismólogos, eu recomendo que façam a residência técnica, principalmente os que visam entrar no mercado de trabalho na área pública”, disse.
PROVAS – A seleção dos candidatos será realizada em etapa única, por meio de uma prova online de caráter eliminatório e classificatório. O teste será aplicado em ambiente virtual de aprendizagem (AVA), com 10 questões objetivas, elaboradas a partir de conteúdo programático estabelecido no edital. Os candidatos terão uma hora para responder as questões.
POLÍTICA PÚBLICA – Os programas de Residência Técnica são reconhecidos como política pública de Estado, instituídos pela Lei n° 20.086/2019. Atualmente, são 1.393 residentes matriculados em 11 programas das áreas de ciências forenses, cultura, economia rural, engenharia e gestão ambiental, gestão pública, inovação e transformação digital, projetos e obras públicas, saúde pública e segurança pública.
Serviço:
Programa de Residência Técnica de Gestão em Turismo
Inscrições: até 25 de junho – Edital AQUI
Aplicação de provas: 8 de julho
Divulgação do resultado: 19 de julho
Matrículas: 22 de julho a 9 de agosto.
Início de atividades: 9 de setembro
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta terça-feira (04) a
, que cria o Programa Estadual de Segurança Hídrica na Agricultura.A lei foi proposta pelo Executivo e aprovada pela Assembleia Legislativa. Com essa medida, a segurança hídrica ganha força de política pública e um maior incentivo na adoção de práticas de preservação, conservação e produção de água por parte dos agricultores e suas organizações.
A proposição e execução das ações serão feitas pelo Sistema Estadual de Agricultura (Seagri). A lei prevê também a possibilidade de adoção de subvenção econômica a agricultores familiares, suas cooperativas ou organizações, e a empreendedores rurais, respeitando-se a disponibilidade orçamentária.
“A formalização dessa política pública é fundamental para a elaboração de medidas de precaução e enfrentamento a eventuais impactos causados por eventos climáticos adversos, tanto os naturais como aqueles decorrentes de fatores relacionados às mudanças climáticas globais”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Com isso fortalecemos a pretensão do Estado de garantir o abastecimento de alimentos e a produção de insumos para a indústria”.
O programa busca a implantação e valorização de práticas e procedimentos que garantam usos múltiplos da água em mananciais de interesse público, além da redução da escassez de recursos hídricos disponíveis para a população e para o setor produtivo em períodos de déficit hídrico, assegurando a todos o abastecimento adequado, tanto em quantidade como em qualidade.
Também se propõe a implantar tecnologia de proteção, recuperação e conservação dos recursos naturais, visando à melhoria do meio ambiente, consumo consciente de água, aumento da disponibilidade hídrica e melhoria da qualidade em seus atributos físicos, químicos e biológicos.
O compromisso do Programa Estadual de Segurança Hídrica na Agricultura é garantir igualmente que, mesmo nos períodos de déficit hídrico, haja continuidade da produção agrícola, da obtenção de renda pelo agricultor, do abastecimento e segurança alimentar. A promoção de ações de educação ambiental e de sistemas de produção mais sustentáveis também está entre os objetivos.
AÇÕES – O Estado pretende utilizar como ferramentas para a realização dos objetivos o zoneamento agrícola de risco climático; a fiscalização sanitária animal, vegetal e de uso do solo; a extensão rural, assistência técnica e pesquisa agrícola; os sistemas de informações agrícolas e climáticas; o crédito rural; a capacitação técnica e o monitoramento da qualidade da água.
As ações a serem propostas estarão focadas na proteção de nascentes e seu entorno, na reservação e uso racional da água, na irrigação, saneamento rural e no atendimento emergencial ao agricultor em caso de eventos climáticos de magnitude e que podem afetar significativamente a sua subsistência.
“São práticas já consagradas como eficientes”, diz o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza. “Precisamos ter essa visão de proteção aos recursos naturais e sustentabilidade, sem perder em momento algum a competitividade da agricultura, que é uma tendência global, e a participação de todos os entes envolvidos na gestão do processo”.
NASCENTES – Atualmente, em um trabalho realizado pelo Seagri, já estão protegidas e georreferenciadas cerca de 5 mil nascentes no Paraná. Com vistas à inovação nessa área, uma primeira turma de 15 extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) participa de curso de irrigação oferecido pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).
No final de fevereiro o governador Ratinho Junior liderou uma comitiva que conheceu projetos e empresas que trabalham com irrigação no Nebraska (EUA), estado referência nesse modelo. Como presidente do IDR-Paraná à época, Natalino fez parte do grupo, que tinha também o então secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
RECURSOS – O projeto de lei aprovado prevê que, observada a disponibilidade orçamentária, o Estado poderá conceder subvenção econômica aos beneficiários. No caso de agricultores familiares ou empreendedores rurais individuais, o valor da parcela não reembolsável não poderá exceder R$ 40 mil, enquanto o valor da parcela reembolsável fica limitado a R$ 100 mil.
Na subvenção econômica a beneficiário coletivo, organizações e cooperativas de agricultores familiares, o valor da parcela não reembolsável não poderá exceder a R$ 400 mil, já o de parcela reembolsável terá limite de R$ 1 milhão.
RESULTADOS – Com a implementação da Lei de Segurança Hídrica para a Agricultura, o Estado pretende ter uma redução significativa nas perdas ocasionais de safra por situação de déficit hídrico. O diretor técnico da Secretaria da Agricultura e do Abastecimeno, engenheiro agrônomo Benno Doetzer, enfatiza a estreita relação entre o uso do solo e a disponibilidade hídrica.
“A base e a essência da mitigação da falta de água nos períodos de déficit hídrico é o manejo e a conservação do solo”, salienta. “O perfil do solo é um grande armazenador de água, que controla a recarga do lençol freático e aquíferos, que formam nossas fontes de recursos hídricos, por isso toda prática que propicie o aumento da infiltração da água de chuva no solo deve ser incentivada”.
Doetzer menciona, ainda, a importância do setor agropecuário na gestão dos recursos hídricos. “Dois terços do território paranaense estão sob influência de atividade agropecuária, que também é o maior usuário de recursos hídricos. Assim, é fundamental uma ação de conservação e uso racional”, acentua.
Por - AEN