Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostra que o serviço aeromédico do Paraná realizou 4.003 atendimentos em 2023, numa média de 10,97 atendimentos por dia.
Foi um recorde desde o início do serviço, há 16 anos. Ele é 16% superior ao recorde anterior, batido em 2022, com 3.452 atendimentos. O resultado também é 41% superior a 2019 (2.833 atendimentos), 40% a 2020 (2.853) e 31% a 2021 (3.041).
Desde sua implantação, o serviço aeromédico fez 28.047 atendimentos, ajudando a salvar vidas de vítimas de acidentes, casos de emergência clínica, como infarto e AVC, de recém-nascidos que precisam de UTIs, entre outros, além de transporte de órgãos para transplante.
O atendimento é operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência e suas respectivas centrais. O serviço do Paraná é referência nacional, considerando o número de aeronaves, a capacitação dos profissionais e, principalmente, porque é o único coordenado e operado exclusivamente para atendimentos de saúde, sendo acionado por médicos reguladores via sistema de Urgência e Emergência sempre que há indicação clínica de gravidade e necessidade.
O transporte é feito por seis helicópteros e um avião que ficam em cinco bases (localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa) escolhidas estrategicamente para garantir a cobertura de 100% do Estado com o serviço. As aeronaves são tripuladas por pelo menos um piloto, um médico e um enfermeiro. O serviço é autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e segue as diretrizes dispostas no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) nº 90.
“O serviço aeromédico, uma das iniciativas do atendimento pré-hospitalar, é um hospital sobre asas transportando cidadãos e fazendo a diferença na vida dos paranaenses”, diz o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Esse serviço foi ampliado pelo Governo do Estado e agora registramos o maior número de atendimentos da história. Essa é a orientação do governador Ratinho Junior, para que possamos investir e fazer o que for possível para salvar vidas”.
BASES – Cada base de helicóptero é responsável por uma área de atendimento de até 250 quilômetros do seu ponto de origem, com voos de até duas horas de duração para possibilitar ida e volta sem a necessidade de reabastecimento. Atualmente todo o Paraná é coberto por cinco bases aeromédicas, que atuam de forma coordenada e complementar.
Em Curitiba ficam alocados dois helicópteros, um da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e um do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas do Paraná (BPMOA), além de um avião da Sesa. Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa contam com um helicóptero cada, contratados pela Sesa junto à empresa Helisul. As equipes médicas e de enfermagem são disponibilizadas pelos Samus Regionais.
Além destas, durante o Verão Maior Paraná, o Governo do Estado também disponibiliza mais uma aeronave com base em Matinhos para dar suporte aos atendimentos no Litoral paranaense, numa parceria entre a Sesa e Secretaria de Estado da Segurança Pública.
SOBREVIVENTE – Pedro Paulo Franzoni, de 49 anos, é mecânico e reside em Sertaneja, no Norte do Estado. Em novembro de 2022, ele sofreu um ataque cardíaco e precisou do serviço aeromédico para se deslocar cerca de 80 quilômetros até o Hospital Universitário de Londrina. Se o deslocamento do paciente fosse realizado por via terrestre, precisaria de uma ambulância de suporte avançado e demoraria mais de uma hora. De helicóptero chegou em 15 minutos.
Na avaliação clínica da equipe médica que fez o atendimento inicial, o risco de esperar muito pelo atendimento especializado poderia custar a vida do paciente. O município solicitou para a Regulação de Urgência a remoção e transferência de Pedro. No trajeto da base de Londrina até o HU, Pedro teve oito (dentre as 12 totais) paradas cardíacas e dois infartos. Ele ficou internado por oito dias, sendo que em três deles permaneceu intubado.
“O atendimento aeromédico é muito bom e muito importante porque eu acho que de outro jeito não teria dado tempo de chegar até o hospital e eu não estaria aqui para contar a história. A equipe de Sertaneja que me fez o primeiro atendimento e depois a equipe do aeromédico e do hospital fizeram o possível e o impossível para salvar a minha vida, atendimento de primeira”, afirma o paciente.
INVESTIMENTO – Todos os serviços aeromédicos do Paraná são financiados com recursos da Sesa. Anualmente, o contrato dos helicópteros de Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa e do avião alocado em Curitiba, prevê um investimento de até R$ 85,5 milhões, dependendo do uso durante o período. A secretaria também repassou, somente no ano passado, R$ 13,5 milhões pelo Fundo Estadual de Saúde para o BPMOA, além de custear as equipes médicas do Samu, que prestam os atendimentos aeromédicos, num montante de R$ 4,3 milhões em 2023.
Desde 2020, a Sesa adquire, com recursos próprios, um medicamento trombolítico usado para tratamento de ataque cardíaco. Cada ampola tem o custo de R$ 7.320,00 e é disponibilizada em ambulâncias e aeronaves que atendem urgência no Estado. Após receber esse medicamento, o paciente tende a ter o quadro estabilizado, garantindo melhores condições clínicas até chegar a um hospital. Em 16 anos cerca de 810 ampolas foram utilizadas, num investimento de quase R$ 6 milhões do Tesouro do Estado.
“Esses números mostram a consolidação do serviço aeromédico, chegando mais rápido onde precisa, com equipes altamente qualificadas, levando recursos de ponta para o atendimento destes pacientes, seja ele realizado em um acidente grave, um infarto, AVC, transporte de recém-nascidos para internações em UTI, transporte de órgãos ou até mesmo trazer de volta para o Estado paranaenses que precisam de atendimento médico e estavam em outros estados”, afirmou o gestor de Segurança Operacional da Unidade Aérea Pública da Sesa e coordenador da base aeromédica de Londrina, Marcos Laurentino da Silva.
TRANSFUSÕES DE SANGUE – Em outubro de 2022, o serviço aeromédico do Paraná iniciou um projeto inovador e experimental para realização de transfusões de sangue em pacientes graves no local da ocorrência, mesmo antes de serem encaminhados ao hospital. Em uma parceria da Sesa com a Helisul foi instalada, na base Maringá, uma sala para o acondicionamento das bolsas de sangue tipo “O -”, considerado universal.
Este procedimento segue rigorosamente as normativas de segurança e controle estabelecidas pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desde então, 24 pessoas em estado gravíssimo receberam transfusões no local do atendimento médico ou durante o voo até o serviço especializado mais próximo.
Alice Casagrande, de 69 anos, foi uma delas. Ela teve três costelas quebradas e um dos pulmões perfurado, além de lesão na clavícula e cabeça e hemorragia após ser atacada por um animal, em novembro do ano passado, no município de Nova Olímpia. Lucilene Caetano Gomes Casagrande é nora de Alice, e falou sobre a importância do serviço. “Foi tudo muito rápido quando o Samu chegou. Eles trouxeram sangue, que ela precisava muito porque tinha hemorragia. Então a rapidez e a disponibilidade do sangue foram fundamentais. Hoje ela está viva porque, com toda certeza, o Samu estava preparado para atender as necessidades dela”, afirma.
Após receber o sangue em Nova Olímpia, e com o quadro estabilizado, Alice foi transferida pelo helicóptero aeromédico da base de Maringá até o Hospital Universitário de Maringá, onde permaneceu internada por 50 dias, sendo que 46 foi na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Nosso coração está cheio de gratidão. Sempre esperamos não precisar, mas é muito bom saber que se precisarmos, podemos contar com um serviço que salva vidas. Estamos muito bem atendidos”, acrescentou Lucilene.
HISTÓRIA – Quando foi implantado no Estado, em agosto de 2007, o serviço aeromédico do Paraná contava com apenas um helicóptero da PRF, com equipe e equipamentos médicos da Sesa, em parceria com o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) de Curitiba. Era coordenado pelas forças militares e atuava diretamente apenas no atendimento e remoção de vítimas de trauma.
Em 2014 houve a ampliação do serviço com a inclusão de aeronaves próprias da Sesa, de um avião em Curitiba e um helicóptero em Cascavel, com equipes médicas e equipamentos para todo tipo de atendimento: além do trauma, emergências clínicas, infartos, AVCs, neonatos. Outra novidade foi que passou a ser acionado diretamente pelas Centrais de Regulação Médica de Urgência do Complexo Regulador do Estado.
Em 2016 houve a implantação de helicópteros em Londrina e Maringá, e em 2018 em Ponta Grossa – completando assim a frota atual do Serviço Aeromédico do Estado, no modelo assistencial que é mantido até hoje. Em 2017, mais uma evolução: o serviço passou a contar com uma equipe médica em voo.
O diretor de Gestão em Saúde da Sesa, Vinícius Filipak, responsável pela coordenação do Serviço Aeromédico da Sesa, foi o primeiro médico a integrar o atendimento no Paraná. Prestes a completar 40 anos de profissão, ele tinha 46 anos de idade quando voou pela primeira vez para um resgate aeromédico no Estado, em 2007. Na época, Filipak integrava a equipe médica do Siate e voava com um piloto e um enfermeiro da PRF para auxiliar na remoção de pacientes de trauma em Curitiba e Região Metropolitana (RMC).
“Um dos primeiros pacientes foi um montanhista com fratura exposta na Serra do Mar. Por ser um local de difícil acesso, o helicóptero realizou um serviço que demoraria muitas horas se fosse por via terrestre”, conta.
“Um caso que também me marcou foi de um paciente que sofreu um acidente de trânsito muito grave na RMC e teve uma parada cardíaca. Ele estava em estado crítico e se o atendimento demorasse cerca de cinco minutos a mais, ele não teria sobrevivido, o que só foi possível graças à atuação coordenada de todo o Sistema de Urgência, iniciando pelo helicóptero até a chegada ao hospital capacitado para o atendimento correto do paciente”, lembra o diretor.
Por - AEN
As Agências do Trabalhador do Paraná e postos avançados começam a semana com a oferta de 15.142 vagas de emprego com carteira assinada no Estado.
A maior parte é para auxiliar de linha de produção, com 2.615 oportunidades. Na sequência, aparecem as funções de repositor de mercadorias, com 428 vagas, operador de caixa, com 424, e safrista, com 349.
A Grande Curitiba concentra o maior volume de postos de trabalho disponíveis (5.034). São 424 vagas para repositor de mercadorias, 338 para auxiliar de linha de produção, 298 para operador de caixa e 291 para operador de telemarketing receptivo. Na Capital, a Agência do Trabalhador Central oferta 300 vagas para preenchimento imediato: auxiliar de limpeza (100), auxiliar de cozinha (79), fiscal de loja (60), vendedor interno (37) e cozinheiro geral (24).
A região de Cascavel, que engloba diversas cidades do Oeste, tem 3.729 vagas, com 709 oportunidades para auxiliar de linha de produção, 330 para abatedor de porco, 240 para operador de processo de produção e 213 para safrista. Na região de Foz do Iguaçu, também no Oeste, há oferta de emprego para as funções de auxiliar de linha de produção, com 291 oportunidades, alimentador de linha de produção, com 128, operador de caixa, com 64, repositor em supermercados, com 44.
Campo Mourão (1.314) e Londrina (1.701) também têm diversas vagas disponíveis. Em Campo Mourão, as funções que lideram as ofertas de vagas são auxiliar de linha de produção, com 323 vagas, safrista, com 136, magarefe, com 81, e abatedor de aves, com 63 oportunidades. Em Londrina, os destaques são para auxiliar de linha de produção (145), alimentador de linha de produção (84), trabalhador rural (45) e vendedor interno (27).
No Sudoeste, a região de Pato Branco tem 279 vagas abertas para auxiliar de linha de produção, 72 para trabalhador da avicultura de corte, 47 para operador de processo de produção e 45 para magarefe. Em Ponta Grossa, auxiliar de linha de produção (52) e ajudante de reflorestamento (52) são os empregos com mais ofertas.
Em Paranaguá, no Litoral, o comércio de veraneio busca vagas para operador de caixa (38), balconista de açougue (23) e atendente de padaria (17).
ATENDIMENTO – Os interessados devem buscar orientações entrando em contato com a unidade da Agência do Trabalhador de seu município. Para evitar aglomeração, a sugestão é que o atendimento seja feito com horário marcado. O agendamento deve ser feito AQUI.
Confira as vagas por região
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Por - AEN
A Secretaria de Segurança Pública de Cascavel informou nesta sexta-feira (12) que a principal suspeita pelo desaparecimento da menina Ágatha Saraiva é a mãe biológica dela que, de acordo com a pasta, teria raptado a menina que estava com uma família acolhedora.
A criança foi vista pela última vez na quinta-feira (11). De acordo com a Polícia Civil, ela estava brincando na frente da casa onde mora com a família acolhedora, no bairro Santa Cruz, quando um carro se aproximou e o motorista falou com a menina. Em seguida, ela entra no carro.
Conforme a secretaria, o veículo onde a menina entrou é do pai do atual companheiro da mãe biológica. O carro foi encontrado na propriedade da família e em seguida, foi apreendido, informou a pasta em nota.
O programa "Família Acolhedora" oferece o serviço de guarda temporária como proteção às crianças e adolescentes vítimas de algum tipo de violência ou abandono e que estejam em vulnerabilidade.
Nas redes sociais, o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PODE), falou que determinou às forças de seguranças municipais que redobrem os trabalhos em busca da menina desaparecida.
"Também estou pedindo ao comandante da nossa Polícia Militar, mais precisamente ao nosso helicóptero do governo do estado, da operação falcão, para dar toda a infraestrutura necessária", disse.
Em nota, o Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Cascavel, pediu à Justiça medidas para a localização da criança. O caso, segundo a promotoria, tramita na Vara da Infância e Juventude de Cascavel, sob sigilo, como determina a lei por envolver criança.
De acordo com o MP-PR, assim que for encontrada, a criança deverá ser reencaminhada para o acolhimento.
Qualquer informação sobre a criança pode ser repassada de forma anônima para o telefone da Policia Civil (45) 3301-5700 ou pelo número (45) 99802-1461.
Por G1
O Nota Paraná, vinculado à Secretaria de Estado da Fazenda, contemplou entidades sociais com prêmios de R$ 5 mil e R$ 100, no sorteio desta quinta-feira (11).
Ao todo, 1.665 instituições que atuam nas áreas de assistência social, educação, saúde e geração de emprego concorreram aos prêmios neste mês de janeiro.
Uma dessas instituições contempladas com valor de R$ 5 mil é a ONG Amor Viral de Campo Largo, da Região Metropolitana de Curitiba. Fundada em 2015, com caráter filantrópico e educacional, a entidade oferta assistência, serviços, programas e projetos que auxiliem no desenvolvimento integral das famílias e indivíduos que se encontram em risco de vulnerabilidade social. Atualmente a organização atende 150 crianças nos Projetos Guerreiros da Paz e Gol da Vida.
“Nós da Associação Amor Viral somos muito gratos ao programa, pois ele representa nossa maior fonte de renda, o que possibilita atendermos tantas pessoas nas diversas áreas que atuamos. Esse valor vai fazer toda a diferença aqui na vida das pessoas, especialmente das crianças”, diz o diretor executivo da ONG, Elias Azeredo.
Marta Gambini, coordenadora do Nota Paraná, explica que os 40 prêmios de R$ 5 mil foram introduzidos no ano passado. Antes, 10 instituições recebiam R$ 20 mil cada. “A novidade foi solicitada pelas organizações sociais, para que mais entidades fossem contempladas nos sorteios. Com esses sorteios, as entidades ganham valores bem expressivos e significativos do programa e isso faz toda a diferença na manutenção dos seus projetos”, afirma.
INSTITUIÇÕES – Foram distribuídos 40 prêmios de R$ 5 mil para instituições dos seguintes municípios: Alto Piquiri, Andirá, Assis Chateaubriand, Bela Vista do Paraíso, Cambé, Campo Largo, Cascavel, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Irati, Lobato, Londrina, Manoel Ribas, Maringá, Morretes, Palmeira, Paranavaí, Pato Branco, Pinhão, Ponta Grossa, Presidente Castelo Branco, Quitandinha, Reserva, São José dos Pinhais e Terra Rica. A lista completa das organizações sorteadas pode ser conferida
.COMO DOAR – Para ajudar as instituições, o cidadão pode doar as notas fiscais em que não informa seu CPF. Assim, os bilhetes para concorrer aos sorteios, concedidos de acordo com as compras, vão para a entidade, que terá mais chances de ser contemplada.
O consumidor pode vincular o CPF ao CNPJ de uma instituição social cadastrada para a transferência automática do crédito. Há três outras formas de efetivar a doação: por meio da aba “Minhas Doações” do site do Nota Paraná, onde é necessário inserir CPF, senha e a chave de acesso da nota fiscal, e pelo aplicativo do Nota Paraná, disponível para Android e iOS, em que é necessário escolher a opção “Doações”, buscar a entidade desejada e ler o QR Code da nota fiscal.
Por fim, a nota fiscal também pode ser depositada em urnas disponibilizadas pelas entidades nos estabelecimentos comerciais.
COMO PARTICIPAR – Participar do Programa é simples: ao efetuar compras nos estabelecimentos comerciais do Estado, os consumidores cadastrados devem solicitar a inclusão do CPF na nota fiscal. Essa prática possibilita a acumulação de créditos, os quais podem ser transferidos para a conta bancária do participante ou utilizados para abater valores do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Cada nota fiscal com CPF inserido gera bilhetes para concorrer nos sorteios mensais.
Para se cadastrar, basta acessar o site www.notaparana.pr.gov.br, clicar na opção “cadastre-se” e preencher a ficha com os dados pessoais, como CPF, data de nascimento, nome completo, CEP e endereço para criação da senha pessoal.
Por - AEN
A atividade industrial paranaense cresceu 5,4% entre outubro e novembro de 2023, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (12).
Foi o maior resultado nacional no período, à frente de Espírito Santo (4,3%), Rio de Janeiro (3,7%), Goiás (3,3%), Bahia (2,7%), Minas Gerais (2,5%) e Ceará (2%). A média nacional dos 18 locais mapeados pelo estudo ficou em 0,5% no período.
De acordo com o IBGE, além da alta individual, o Paraná teve a segunda maior influência no período para o crescimento do resultado nacional, atrás apenas de São Paulo, que tem o maior parque fabril do País. Novembro foi o quarto mês consecutivo de resultados positivos no Estado, que acumula ganho de 14,5% no período. Os outros resultados foram de 5,3% em agosto, 1,6% em setembro e 1,4% em outubro.
“Houve uma significativa melhora no ritmo de produção da indústria paranaense e podemos afirmar isso olhando os números relacionados aos números pré-pandemia. A indústria paranaense se encontra 9,6% acima do patamar pré-pandemia. É um patamar significativo, positivamente falando”, destacou o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, na divulgação oficial do IBGE.
Na comparação com novembro de 2022, os números são ainda mais expressivos: o setor industrial paranaense cresceu 21,2% em novembro de 2023. Novamente o resultado do Estado foi o melhor do Brasil, 19,9 pontos percentuais acima da média nacional (1,3%). Espírito Santo (18,5%), Goiás (16,6%), Pará (12,8%), Rio de Janeiro (10,5%) e Mato Grosso (10,0%) também assinalaram avanços de dois dígitos.
No índice acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial local assinalou variação positiva de 4,2%. Nesse indicador, o Estado divide as melhores colocações do País com Rio Grande do Norte (12,2%), Espírito Santo (9,4%). Mato Grosso (5,4%), Goiás (4,9%), Pará (4,5%), Rio de Janeiro (4,4%) e Minas Gerais (3,2%). As maiores influências positivas ao longo do ano no Paraná foram na fabricação de produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis (32,2%), alimentos (7,7%), bebias (4,1%) e móveis (2,7%).
"É um segmento primordial para a economia por causa da industrialização dos produtos do campo e geração de valor e tecnologia, além da atração de empregos qualificados e que pagam melhores salários. Tivemos recorde de exportações em 2023, aliado a um crescimento econômico expressivo, apontado pelo Banco Central como o melhor do Brasil. Com evolução em todos os setores e a menor taxa de desemprego da última década, vivemos um dos melhores ciclos econômicos da história recente do Paraná", afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
OUTROS DADOS – No índice de média móvel trimestral encerrado em novembro para a indústria, o crescimento do Paraná ficou em 2,9%, atrás apenas do Pará (4,7%). Goiás (2,7%), Bahia (2,4%), Ceará (2,3%) e Rio de Janeiro (1,9%) completam as maiores evoluções. A média nacional ficou em 0,2% no período.
O acumulado nos últimos 12 meses mostrou variação nula (0,0%) em novembro no território nacional, mas alguns estados tiveram índices positivos, casos de Espírito Santo (6,8%), Mato Grosso (4,9%), Goiás (4,6%), Rio de Janeiro (4,4%) e Paraná (3,5%).
Os embarques dos estudantes da rede estadual de ensino que farão intercâmbio pela quarta fase do programa Ganhando o Mundo, do Governo do Paraná, começaram nesta sexta-feira (12).
Ao todo, mil alunos viajarão a cinco países diferentes ao longo de 2024 nesta edição do programa. O primeiro grupo, composto por 28 alunos, decolou do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, com destino à Inglaterra. Nas próximas semanas, outros estudantes também viajam rumo aos Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Canadá.
Os adolescentes ficarão um semestre letivo nos países de destino, estudando e conhecendo a cultura local. Além de aprender uma nova língua, os estudantes viajam com o objetivo de compartilhar a experiência cultural de viver em outro país com os colegas quando retornarem para suas escolas de origem.
“A intenção do programa, idealizado pelo governador Ratinho Junior, é que estes adolescentes tenham uma imersão acadêmica e cultural para que, no retorno, disseminem este aprendizado com os outros estudantes. Assim, toda a rede é impactada pela experiência destes mil alunos”, afirmou o coordenador do programa Ganhando o Mundo na Secretaria da Educação, Marlon de Campos Mateus.
Na sala de embarque para a viagem do primeiro grupo de alunos intercambistas, a expectativa tomava conta dos 28 adolescentes. Ana Luiza Marioti Nunes, de 15 anos, moradora de Realeza, no Sudoeste do Paraná, está no grupo. Desde que recebeu a notícia que tinha sido uma das selecionadas para o programa, ela vem tentando controlar a ansiedade pesquisando sobre o destino dela, a cidade de Canterbury.
"Sempre foi um sonho fazer um intercâmbio. Eu fiquei muito feliz quando vi que havia sido classificada. Então eu pesquisei muito sobre a cidade e já estou em contato com a família que vai me acolher", contou.
Para muitos alunos, o intercâmbio pelo Ganhando o Mundo vai proporcionar a primeira viagem internacional da vida. É o caso de Danilo de Souza Bastos, que tem 15 anos e estuda no Colégio Estadual Colônia Murici, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele contou que esta é sua primeira grande viagem. O destino do estudante será Salisbury, cidade conhecida pela histórica formação de rochas Stonehenge.
"Minha expectativa para esse período é absorver a cultura de outro país. Uma experiência que eu nunca teria se não fosse o programa do Governo do Estado. Acho que isso vai me ajudar muito no futuro", disse.
PROGRAMA COLETIVO – Os alunos contaram que a alegria de terem sido selecionados para o intercâmbio foi compartilhada com colegas de escola. Como parte do objetivo do programa, eles devem dividir e disseminar as experiências e conhecimentos com os demais.
Melissa Poplade, também de São José dos Pinhais, disse que os amigos de escola ficaram tão felizes quanto ela quando souberam que ela viajaria para a Inglaterra. “Eles sabiam que meu sonho era fazer um intercâmbio como este e ficaram muito felizes por mim. Com certeza na volta, com a ajuda dos meus professores, eu vou compartilhar esta experiência com todos eles”, afirmou.
A estudante Valentina Bohler Piccoli, de Santa Izabel do Oeste, contou que se prepara há meses para a viagem, mas também para o momento em que vai dividir o conhecimento adquirido com os colegas. “Estou pesquisando muito sobre o que representa um intercâmbio, sobre como é a vida na Inglaterra. Venho me preparando para isso e para, depois, dividir com todos da escola”, contou a adolescente, que passará cinco meses em Bournemouth.
GANHANDO O MUNDO – Mais de 12 mil alunos se inscreveram para esta fase do programa. Para concorrer a uma vaga, os adolescentes precisavam ter média superior a 7 e frequência acima de 85%. Já a classificação para o intercâmbio considerou três itens: a nota padronizada obtida pelo estudante na Prova Paraná Mais, o número de certificados obtidos pelo estudante na plataforma Inglês Paraná e os certificados de participação como Aluno Monitor.
Ao todo, R$ 81,2 milhões serão investidos pela Secretaria de Educação nesta etapa para cobertura de todos os custos do intercâmbio. Isso inclui os gastos com alimentação, hospedagem, transporte, emissão de vistos e passaportes, passagens aéreas e terrestres, exames médicos, vacinas, seguro-viagem e de saúde, taxa de matrícula, mensalidade da escola no exterior, material didático, uniforme, tradução juramentada da documentação escolar e reuniões de orientação. Os alunos também recebem um auxílio de R$ 800,00 mensais no período do intercâmbio.
Com mil alunos selecionados, esta é a maior edição da iniciativa, que foi criada em 2022. Ao todo, 400 estudantes farão o intercâmbio no Canadá, 250 na Austrália, 250 na Nova Zelândia, 50 nos Estados Unidos e 50 na Inglaterra.
Nas fases anteriores do programa, 100 estudantes passaram o primeiro semestre letivo no Canadá e outros 100 foram estudar na Nova Zelândia no segundo semestre. No segundo semestre de 2023, 40 alunos da rede estadual viajaram para a França para um intercâmbio de seis meses.
Por - AEN